Cooperativa produz e exporta fluido antineve

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Um produto à base de álcool fabricado em uma destilaria do interior do Paraná vai entrar pela primeira vez no mercado inglês. A usina da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores (Copagra), de Nova Londrina, no Noroeste do estado, está exportando neste mês para a Inglaterra cerca de 2,5 milhões de litros do fluido antineve, cuja finalidade é limpar e proteger da neve os pára-brisas de carros e vidraças de janelas no inverno daquele país. O líquido é uma mistura de álcool industrializado com outros quatro elementos, dois deles importados.

Parceria - A exportação de álcool industrializado é um projeto que teve início no ano passado, em conjunto com a Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Paraná (Alcopar). De acordo com a associação, a destilaria entra para a história do cooperativismo como a primeira nesse segmento organizacional a exportar álcool industrial. "Estamos buscando novos mercados para o álcool paranaense e agora surgiu a oportunidade de exportar álcool para fins industriais", afirma o diretor-superintendente da Alcopar, Paulo Zanetti. Segundo ele, é a primeira vez que se faz no Brasil essa mistura para produzir e exportar o fluido antineve.

Matéria-prima - Cerca de 90% do produto é composto pelo álcool industrializado, fabricado a partir da cana-de-açúcar cultivada por produtores da Região Noroeste do estado. "Esse álcool é mais puro e interessou uma empresa da Inglaterra que usava um fluido antineve com álcool sintético, produzido lá mesmo", afirma o diretor-presidente da Copagra, Miguel Rubens Tranin. O nome da empresa inglesa não foi divulgado. De acordo com Tranin, o produto à base de álcool industrializado não tem cheiro. "É ecologicamente correto, de fonte renovável (por ser produzido a partir da cana-de-açúcar)."

Destilaria - O produto será entregue à granel à empresa inglesa, que vai colocá-lo em embalagens. A destilaria em Nova Londrina produz por ano 50 milhões de litros de álcool anidro (que é misturado à gasolina), hidratado (usado nos carros à álcool) e o industrializado. Para ele, o grande benefício do crescimento dos negócios no mercado externo é a possibilidade de expandir a área cultivada de cana-de-açúcar no Paraná. (Matéria publicada no site da Gazeta do Povo em 22/10/2002)

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