COPACOL II: Criador se profissionaliza para ampliar lucro
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Sebastião de Oliveira Filho é um dos 170 associados ao projeto da Copacol. Ele conta com a ajuda da esposa, Marilda Grigio, para cuidar de uma produção de 60 toneladas de peixe por ano. A família cria tilápia há uma década, mas agora vê a chance de ampliar o negócio. A produção era entregue a frigoríficos ou então para atravessadores . Mas, o mercado instável e a insegurança na relação com os compradores quase acabou com os peixes na Chácara Santa Clara, em Cafelândia. Problemas de preço e pagamento deixaram os tanques parados por mais de um ano.
Expectativa de lucro - Marilda espera lucrar, no sistema integrado, até R$ 0,60 por quilo de tilápia - 50% a mais que atualmente. Ela entrega por R$ 2 ao frigorífico ou ao atravessador e cobra R$ 7 por quilo do pescador (pesque-pague). "O produtor de peixe teve que se profissionalizar, com orientação técnica e conhecimento em livros, adotando cuidados que vão da maneira de alimentar ao monitoramento da temperatura do açude", diz Marilda. Ainda assim, explica, faltava uma estrutura comercial, propiciada agora pela cooperativa.
Produtividade - Para atender à expectativa dos produtores, como a de dona Marilda, Copacol tenta melhorar a produtividade dos tanques. A meta é melhorar a conversão alimentar de 1,4 para 1,1 quilo de ração por quilo de peixe. Nestor José Braun, técnico que assiste os produtores, diz que o rigoroso controle da cadeia é indispensável. Ele conta que, para garantir a qualidade da produção, a cooperativa controla todas as fases de desenvolvimento dos peixes.
Terceirização - A produção de alevinos é terceirizada. Antes de chegar ao produtor, a tilápia ainda passa por uma etapa chamada de fase juvenil, quando atinge 40 gramas. Só então segue aos tanques de terminação, para depois ser abatida com 650 gramas. (Gazeta do Povo/Caminhos do Campo)