ENDIVIDAMENTO: Deputados cobram do governo suspensão das dívidas agrícolas

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O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Marcos Montes (DEM-MG), e o deputado Homero Pereira (PR-MT), integrante da comissão, voltaram a cobrar ontem (09/01) do governo federal a suspensão da cobrança das dívidas agrícolas a vencer no primeiro trimestre deste ano até que o Executivo apresente, em 31 de março, uma proposta de renegociação para o setor.


Prorrogação - Os parlamentares se reuniram com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, no Palácio do Planalto. Inicialmente, o governo deveria ter apresentado um plano de renegociações das dívidas no final de 2007, mas um novo acordo firmado entre o Executivo e representantes do setor permitiu que a data fosse adiada para 31 de março, com a condição de que a cobrança das dívidas também ficasse suspensa nesse período.

 

Cobranças continuam - Montes alegou quebra de acordo. "As cobranças continuam a ser executadas, o que não vai de encontro com aquilo que acertamos", destacou o deputado, ao deixar o Palácio do Planalto. O parlamentar informou que, na próxima quarta-feira (16/01), Múcio se reunirá com ministros da área econômica para tratar da questão. Ainda na mesma semana, segundo o deputado, o ministro voltará a se encontrar com representantes do setor para dar uma resposta.

 

Atenção para o setor - O deputado voltou a pedir mais atenção do governo para com o setor agrícola, que sofreu fortes prejuízos nas últimas safras. "Acho que o governo está deixando essa situação para segundo plano, quando o agronegócio deveria ser o primeiro plano deste país. Se o Brasil hoje tem expectativas melhores, sem dúvida alguma, é por causa do agronegócio", argumentou Montes.


Crescimento pode ser comprometido - Para o deputado, a não-renegociação das dívidas pode comprometer o crescimento econômico do país. "Parece-me que o governo não conseguiu ainda enxergar a possibilidade de dar ao setor um oxigênio maior, para que o Brasil então possa crescer", avaliou. Montes disse ainda que a não-cobrança das parcelas que vencerão nos próximos 90 dias permitirá ao setor a readequação dos pagamentos, visando dar condições aos produtores de se organizarem financeiramente sem ter que a comprometer a sua rentabilidade. (Agência Brasil)

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