EXPORTAÇÕES: Missão chinesa chega segunda ao Brasil

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O Brasil se movimenta para entrar no seleto grupo dos cinco países que exportam carne suína para a China. Com dificuldades para abastecer o mercado interno, mesmo rigoroso na inspeção e na qualidade dos produtos, o governo chinês tem de ampliar seus fornecedores e por isso desembarca segunda feira em Brasília. A China deverá importar até 70 mil toneladas ainda em 2007, mais do que o dobro das 30 mil toneladas compradas de cinco nações nos primeiros sete meses do ano.

Negociação - Autoridades sanitárias brasileiras e chinesas devem firmar um protocolo de intenções, abrindo caminho para a venda de carnes brasileiras suína, bovina e de aves para aquele país. O mercado chinês de bovinos, por exemplo, está fechado para o Brasil desde os focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul e no Paraná em 2005. Em princípio, segundo o Ministério da Agricultura, não há previsão de que o grupo visite Estados. Conforme o diretor executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Suínos (Sips), Rogério Kerber, há boas perspectivas já que o país, tradicional exportador, sofre com a queda de produção de carne suína e o aumento do consumo interno. Outro fator que provoca o aumento das importações é uma doença chamada orelha azul, que afeta o rebanho suíno chinês.

Sanidade - Ironicamente, até agora eram exigências sanitárias que dificultavam a exportação de carnes do Brasil para a China. O governo chinês só reconheceu há pouco tempo que Estados livres de aftosa podem exportar. Até então, os chineses não faziam distinção entre os Estados em termos sanitários. O roteiro no Brasil da missão de técnicos do Departamento de Administração Estatal de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China não foi divulgado. O país asiático e a carne suína: Somente Estados Unidos, Canadá, França, Dinamarca e Irlanda têm autorização para exportar para os chineses. O país é o maior produtor mundial da carne: 52 milhões de toneladas em 2006, o que representa 53% do total do planeta. O país consome 50 milhões de toneladas/ano. (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio)

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