FÓRUM FUTURO 10 IV: Proposta foca os gargalos e faz um comparativo entre as obras prioritárias

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Os pleitos do Fórum Permanente Futuro 10 para o PAC 2 foram apresentados pelo superintendente adjunto do Sistema Ocepar, Nelson Costa. De acordo com ele, as solicitações das entidades que compõem o Fórum abrangem investimentos para os modais rodoviário, ferroviário e hidroviário. Ele explicou ainda que a proposta foi dividida em três partes: os gargalos da infraestrutura paranaense, o comparativo entre as obras prioritárias e que já foram incluídas no PAC, e as obras não incluídas no PAC.

Rodovias - No transporte rodoviário, além da precariedade da malha rodoviária, os gargalos incluem o alto custo do pedágio, que pode chegar a 3% do valor da soja e 7% do valor do milho.  "Além do preço, que encarece o custo do frete e diminui a renda dos produtores, há o fato de muitas obras que são necessárias para melhorar o transporte rodoviário foram excluídas dos contratos ou postergadas para o final da concessão.  Também há ações judiciais e recursos de ambos os lados que estão retardando a execução de obras, a exemplo da duplicação da rodovia Cascavel/Foz do Iguaçu", comentou Nelson Costa.  Os problemas envolvendo este modal envolvem ainda a baixa capacidade do Estado para investimentos na ampliação da malha viária e a paralisação de obras como a rodovia do Cerne e dos chamados caminhos da liberdade.  Além disso, faltam recursos para os municípios comprarem máquinas e equipamentos para manutenção das estradas vicinais e rurais.

Pleitos - De acordo com estudos, no Brasil, 60% do transporte é feito por rodovias, um número bastante elevado, quando comparado a países como Estados Unidos, onde apenas 16% do transporte acontece por meio deste tipo de modal. Para resolver os gargalos deste modal, o Fórum Permanente Futuro 10 pleiteia obras que são de responsabilidade das concessionárias que administram as rodovias estaduais, a exemplo, da implantação do Contorno Norte de Curitiba de responsabilidade da concessionária OHL; da duplicação de 70 Km da BR 277, entre Medianeira a Cascavel, de responsabilidade da EcoCataratas; e a duplicação de 28km da BR-116 na Serra do Cafezal em São Paulo, sob responsabilidade da OHL. Nas rodovias que são de responsabilidade do governo federal, os pleitos incluem adequações da BR 163 entre Cascavel e Barracão; adequações da  BR 487 entre Três Picos (Ivaí) e Bom Jardim do Sul (Ipiranga); reforma da BR 476 entre os municípios da Lapa e São Mateus do Sul; construção de acesso da BR 277 até ao Porto de Antonina; pavimentação do trecho da BR 153 entre Paulo Frontin e Paulo Freitas; e construção do viaduto de Cascavel. Além disso, as entidades que integram o Fórum pedem o apoio do governo federal nas negociações entre o Estado do Paraná e as concessionárias visando a revisão dos contratos das concessões do anel de integração, bem como a agilização nas licitações para a aquisição de equipamentos a serem repassados aos municípios.

Ferrovias - No Brasil, em função das limitações da malha ferroviária, apenas 33% da produção nacional de grãos destinados às exportações são transportados via férrea. Neste modal, um dos principais gargalos é a conclusão do anel ferroviário Cascavel - Ponta Grossa. "A composição que sai de Cascavel divide-se pela metade em Guarapuava, atrasando a operação. A capacidade de carga de Cascavel a Guarapuava é de até 5 milhões de toneladas, mas opera com 2 milhões, porque o trecho Guarapuava/Ponta Grossa trava a operação", explica o superintendente adjunto do Sistema Ocepar.

Curitiba/Paranaguá - As propostas de obras para o modal ferroviário  incluem a construção de uma nova ferrovia para atender o trecho entre Curitiba e Paranaguá, já que o trecho atualmente em uso foi construído em 1885 com a finalidade principal de transportar passageiros, e não cargas. "É um trecho sinuoso, o que reduz a capacidade de tráfego. Este trecho tem capacidade de operar apenas 30% do volume de granéis do Paraná", comentou Costa. A solicitação para o PAC 2 abrange ainda as seguintes obras: construção do corredor ferroviário: Panorama (SP) - Chapecó (SC) - Rio Grande do Norte (RS); corredor ferroviário do Paraná: Dourados (MS) - Cascavel(PR); contorno ferroviário de Curitiba; ligação ferroviária Campo Mourão - Jussara; construção do terminal ferroviário em Cascavel; e construção do metrô de Curitiba;

Modal Marítimo - Os pedidos de investimentos em obras de infraestruturas para o modal marítimo abrangem recursos para a construção do Porto de Pontal do Paraná e também para obras de melhorias no Porto de Paranaguá. Em relação ao Porto de Paranaguá, os recursos solicitados visam a construção do silo graneleiro; a dragagem de manutenção e aprofundamento do Porto - em 2009, a APPA realizou a dragagem do canal da galheta, porém não foi realizada a dragagem dos berços; a construção do terminal marítimo de passageiros, uma reivindicação nova de toda a sociedade paranaense; e a construção do Cais Oeste. 

Aeroportos - No modal aéreo as solicitações incluem a construção da nova pista do Aeroporto Afonso Pena, com 3.400 metros de extensão e a ampliação do terminal de passageiros; a construção do Aeroporto Regional do Oeste em Cascavel; e a ampliação do Aeroproto de Maringá em mais de 1.100 metros, atingindo 3.200 metros.

Clique aqui e acesse a síntese das propostas do Fórum Permanente Futuro 10 Paraná

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