Fraude de lácteos será combatida

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Entidades dos setores produtivo e industrial firmaram esta semana com o Ministério da Agricultura um convênio para combater a fraude nos produtos lácteos. Batizado de Programa Nacional para Controle e Melhoria da Qualidade do Leite ao Consumidor, o convênio prevê fiscalização intensiva dos laticínios, que será realizada pelo governo e financiada pelo setor. Para fontes do mercado, a fraude mais comum é a adição de soro ao longa vida. "O programa é benéfico para o consumidor, para a indústria, que deixa de enfrentar concorrência desleal, e para o produtor, pois aumenta a demanda por leite", diz Vicente Nogueira, do departamento econômico da Confederação Brasileira das Cooperativas de Laticínios (CBCL). O novo convênio é visto como um desdobramento do Programa de Qualidade do Leite. "Conseguimos melhorar a qualidade do leite dentro da fazenda. É preciso que essa qualidade chegue ao consumidor", afirma Rodrigo Alvim, da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária.

.Abrangência - Com duração de cinco anos, o convênio terá abrangência nacional, mas começa pelo Nordeste. "É a região mais afetada pelas fraudes", afirma Massao Tadano, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura. O acordo prevê a intensificação da fiscalização por parte do governo, que realizará testes periódicos dos produtos. O processo será viabilizado pelo setor. "Compraremos os equipamentos e os reagentes para os testes. Também contrataremos os técnicos que faltem ao governo", diz Alvim. Os gastos iniciais estão estimados em R$ 60 mil. As entidades que participam do projeto - CNA, CBCL, Leite Brasil, OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Abild (Associação Brasileira das Indústrias de Leite Desidratado), e Silemg (Sindicato das Indústrias de Laticínios de Minas Gerais) - se reúnem na próxima semana para discutir com quanto cada uma irá contribuir. O convênio foi firmado ontem na abertura da primeira reunião entre os secretários de agricultura dos Estados e o ministro Roberto Rodrigues. (Fonte: Valor Econômico)

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