Mercado Agrícola 04-11-2002

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Bolsa de Chicago (04/11)

Centavos de dólar p/ bushel

Soja

Variação em pontos

Milho

Trigo

Nov/02

574,40

5,4

-

-

Dez/02

-

-

245,20

410,40

Mar/03

566,60

2,2

249,20

408,00

Mai/03

558,00

1,2

252,20

374,40

Jul/03

554,00

1,4

253,60

331,00

           Fonte: CBOT (1 bushel de trigo/soja: 27,216kg; 1 bushel de milho: 25,40kg)

         Elaboração: Getec

Câmbio (04/11)

 

Compra

Venda

Variação diária (%)

Dólar

3,5350

3,5400

-1,67

Euro

3,4917

3,5031

-2,39

Risco País (04/11)

País

Último

Fechamento ant.

Variação diária (%)

Brasil

1.680

1.696

-0,94

           Fonte: CMA

           Elaboração: Getec

Preço pago ao produtor no Paraná (04/11)

R$ p/ saca de 60 kg

Soja

Milho

Trigo (tipo1)

Algodão (@)

Noroeste

-

-

-

-

Oeste

-

-

-

-

Centro-Sul

-

-

-

-

           Fonte: Cooperativas do Paraná        

           Elaboração: Getec

Dólar

                                   Fechamento dos contratos futuros do dólar na BM&F (04/11)

Mercadoria

Vcto

Preço de
Ajuste
Anterior

Preço de
Ajuste
Atual

Variação (%)

DOL – Dólar Comercial

DEZ02

3,548

3,503

-1,27

JAN03

3,510

3,473

-1,05

                Fonte: BM&F

Resumo da semana

Neste mês o mercado em Chicago estará de olho em três fatores fundamentais para a formação dos preços atuais e futuros: o relatório de novembro do USDA, que divulgará uma estimativa mais aproximada do tamanho da safra americana que está sendo colhida; as performances semanais das exportações de milho, soja e trigo americano; e a questão climática e o tamanho da safra brasileira 02/03 que está sendo plantada. O mercado também está receoso com as medidas que o futuro governo brasileiro pode tomar acerca da taxa de câmbio e possibilidade da instituição de um novo imposto de exportação incidente sobre os produtos agropecuários, em específico a soja. As chuvas que caíram durante a semana passada em algumas das principais regiões produtoras do Brasil, apesar de pequenas, ajudaram a pressionar para baixo as cotações do milho e  da soja. Mas os bons números das exportações semanais norte-americanas de soja divulgados quinta (31) de 1,65 milhões de toneladas ajudaram a sustentar as cotações, que tiveram boa alta na quinta.

Soja

Graças as chuvas da semana passada que atingiram as principais regiões produtoras no Brasil, o plantio de soja evoluiu bem na semana compreendida entre 28/10 e 01/11. Levantamento da Safras & Mercado indica uma área já semeada de 13%, contra 5% da semana anterior, 24% de igual período do ano passado e 17% da média histórica para o período. Mas na região Centro-Oeste, onde mais se produz soja, muitas regiões ainda encontram-se com deficiência de água no solo. Em Dourados, a Embrapa Agropecuária Oeste registrou 134,3 milímetros de 1º a 30 de outubro, mas em Vicentina, por exemplo, localizada a 50 quilômetros de distância, caíram apenas 5 mm na última semana, enquanto em outras áreas as chuvas chegaram a 50 mm. Os radares climáticos prevêem que continue chovendo  na região esta semana.

                 Fechamento dos contratos futuros de soja na BM&F (04/11), em US$ por tonelada.

Mercadoria

Vcto

Preço de
Ajuste
Anterior

Preço de
Ajuste
Atual

Variação

SOI - Soja

MAR3

198,10

199,00

0,90

ABR3

192,00

192,00

0,00

MAI3

188,00

188,00

0,00

JUL3

192,00

192,00

0,00

Milho

 

                    Fechamento dos contratos futuros de milho na BM&F (04/11), em R$ por saca.

Mercadoria

Vcto

Preço de
Ajuste
Anterior

Preço de
Ajuste
Atual

Variação

CNI - Milho

NOV2

29,70

30,00

0,30

JAN3

28,55

28,70

0,15

MAR3

23,50

23,35

-0,15

MAI3

23,00

23,00

23,00

JUL3

23,90

23,71

-0,19

Bovinos

O mercado de boi gordo no Brasil encontra-se bastante aquecido, com tendência de alta no curto prazo, visto que o final do ano é época de entressafra e de aumento do consumo. Muitos frigoríficos do estado de São Paulo estão trabalhando com escalas de abate bastante curtas, vindo procurar a mercadoria aqui no Paraná. A estiagem no Mato Grosso do Sul, principal fornecedor de bois para abate em São Paulo, também tem sido decisiva na redução da oferta. Mas o quadro de retração das vendas pode ser alterado em virtude da falta de chuva que vem prejudicando as pastagens e impedindo o ganho de peso dos animais. Dessa forma, apesar de os animais estarem abaixo do peso ideal de abate, os pecuaristas deverão ofertá-los No Paraná, como a oferta de bois de confinamento e pastagens de inverno é maior, as escalas de abate encontram-se dentro da normalidade e assim os preços máximos tem sido em Paranavaí e Maringá, ou seja R$ 55,00 para o boi gordo e R$ 47,00 a R$ 48,50 para vaca para abate. A cotação média no estado hoje é R$ 51,49 para o boi gordo, alta de 18,23% em relação aos R$ 43,55 praticados em outubro de 2001. A forte alta na cotação da arroba do boi nos últimos meses é um alívio para os pecuaristas, que tiveram altas significativas com o custo dos insumos que são atrelados ao dólar  e são utilizados para suplementar a alimentação do gado em tempos de pastos muito secos ou mesmo inexistentes.

Preço da @ do boi na BM&F

No período de 24 a 30 de outubro, o mercado do boi gordo seguiu firme e com cotações elevadas. No dia 30, o indicador Esalq/BM&F fechou em R$56,51/@, caracterizando alta de 2,49% no período.

Trigo Americano
O Brasil vai retomar esta semana as importações do trigo norte-americano. A decisão foi anunciada na última semana pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), após receber garantias das autoridades sanitárias dos Estados Unidos de que o produto não virá contaminado pela gramínea invasora Cirsium arvence - semente que infecta não só as lavouras de trigo, mas também outras culturas. A partir de agora, todo o trigo importado dos Estados Unidos terá que vir, obrigatoriamente, acompanhado da Declaração Adicional-15, com a garantia de estar o produto livre da Cirsium arvence. A declaração será acompanhada de um laudo laboratorial. A carga que está nos portos de Belém e Fortaleza será submetida à análise laboratorial antes da autorização para o desembarque. Na hipótese de ser verificada a presença da semente, os navios retornarão aos portos de origem. O Mapa suspendeu preventivamente na semana passada as importações de trigo dos Estados Unidos por suspeita de contaminação. A semente é inexistente nos países do Mercosul.

 

Conteúdos Relacionados