MERCADOS: Reconhecimento da OIE abre oportunidades de negócios

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O reconhecimento de Santa Catarina como área livre de febre aftosa sem vacinação pode abrir os principais mercados para a carne suína brasileira hoje fechados por conta da deficiência sanitária de outras unidades da federação. O reconhecimento foi ratificado ontem em reunião do comitê internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris. “Há uma esperança de retorno financeiro, principalmente para pequenos produtores”, diz o secretário estadual da Agricultura, Antonio Ceron. O analista do setor alimentício da ABN Corretora, Pedro Galdi, avalia que deve melhorar o preço do produto e dar novo fôlego aos produtores, que sofreram muitas perdas recentes. Ontem, em Chapecó, o produtor estava recebendo R$ 1,67 pelo quilo do suíno vivo. A expectativa do setor já se mede pelos investimentos anunciados por grandes frigoríficos (leia mais ao lado). “A indústria está investindo pesado para aumentar a capacidade de produção. O mercado interno também está aquecido, com inflação baixa e melhora de renda, o que favorece o consumo. É positivo, mas quem não investir vai ficar para trás”, afirma Galdi. A conquista de novos mercados, assim como a manutenção da certificação, dependem de uma série de investimentos. Um dos projetos, em fase de implantação, é a criação de uma “faixa de segurança” nas fronteiras entre Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia.

Orçamento - Com orçamento de R$ 80 milhões, a proposta implica no monitoramento de 15 quilômetros das fronteiras, no georeferenciamento das propriedades e no rastreamento do transporte dos animais. Para garantir a credibilidade da vigilância sanitária nos demais Estados, há a intenção de realizar a vacinação assistida, em especial nos municípios de fronteira. A idéia é de um trabalho conjunto com os governos dos países vizinhos. “Ainda não há definição para o início do trabalho, mas os R$ 80 milhões já estão disponíveis”, diz o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes. Santa Catarina também terá que investir em um programa de rastreabilidade dos rebanhos. Apesar de a adesão ser voluntária, o produtor depende da implantação dessas regras para poder exportar. (A Notícia)

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