MÍDIA COOPERATIVA I: Cooperativismo estimula diversificação na C.Vale

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A diversificação, como estratégia para ampliar rendimentos e enfrentar momentos de crise do agronegócio, foi o assunto de capa do Jornal C.Vale, edição de setembro. A matéria, que ocupou as páginas centrais da publicação, mostra que os associados da Cooperativa apostam na produção de leite, suínos, mandioca e frango para ampliar a renda. Este é o caso do associado José Givaldo Góes, produtor que poderia ter enfrentado graves problemas com a crise de 2004/2007, caso dependesse apenas da produção de grãos. No entanto, o associado da C.Vale, que cultiva mandioca no interior de Assis Chateaubriand, está tranqüilo e planeja investimentos.  Os três alqueires da planta sofreram com problemas climáticos, mas assim mesmo renderam 250 toneladas de raiz e estão assegurando rendimento líquido de R$ 1.000,00 mensais, considerando o ciclo de 18 meses da cultura.

Tranqüilidade - O produtor aderiu à diversificação a partir de 2002, ano em que a C.Vale inaugurou a amidonaria Navegantes. Consciente de que a renda da soja e do milho dos 5 alqueires cultiváveis da propriedade não seria capaz de garantir o sustento da família, Góes apostou no cultivo da mandioca, em substituição à soja. A decisão da C.Vale de apostar na criação de alternativas de renda levou em conta produtores como José Góes. Dos 5.500 associados da cooperativa no Paraná, 83% possuem até 20 alqueires (50 hectares) e teriam dificuldade em permanecer no campo somente com a produção a produção de grãos. O processo de agroindustrialização da C.Vale, colocado em prática a partir de 1995, seguiu uma estratégia estimulada pelo sistema cooperativista do estado como resposta à redução da rentabilidade do setor primário.

Avicultura - Quando optou por investir na diversificação, a direção da C.Vale observou as tendências de mercado que indicavam a necessidade de produção em grande escala para atuar de maneira competitiva em setores dominados por mega-empresas. Este foi o caso da avicultura. O sistema de integração priorizou a implantação de aviários climáticos e com capacidade de produção de 24 mil aves por lote, o dobro do que se produzia em outras empresas. Consciente de que a produção de soja, milho e trigo de uma propriedade de 35 alqueires dificilmente poderia manter sete pessoas, a família do produtor Celso Utech, de Maripá, passou a se dedicar à avicultura e também à atividade leiteira. Juntas, as duas atividades representam cerca de 60% dos rendimentos da família.

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