MÍDIA COOPERATIVA I: O problema dos fertilizantes

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Num momento de recuperação da agricultura graças aos preços das commodities no mercado mundial, os fertilizantes ocupam destaque na discussão do aumento dos custos de produção. Afinal, a sua participação no custo de produção vai de 12% no algodão e soja a 25 % no milho. O Jornal de Serviços da Cocamar de abril, baseado em reportagem da Folha de São Paulo, publicou matéria que fala da concentração do setor e da tentativa do governo em evitar o aumento da concentração. Parte da culpa do aumento dos preços nos últimos anos é da China, que compra cerca de 70% dos fertilizantes ofertado no mercado mundial. No Brasil, a Bunge detém 52,31%, a Mosaic (Cargill) 33,07%, a Yara 12,76% e a paranaense Fertipar fica com 1,37%.

Os grandes negócios -  Em 1993 a Fosfértil e Ultrafértil, que eram da Petrobrás, foram privatizadas, passando o controle para a Fertifós. Em 1998 a Bunge, que já era dona da Serrana, Fertisul e Elequeiroz, compra a IAP e 50% da Takanaka. Em 1999 a Bunge adquire a Fosbrasil, enquanto a Cargill adquire a Solorrico. Em 2000, a Bunge entra em cena novamente comprando a Manah, enquanto a Cargill adquire outras empresas do setor. Em 2001 o governo tenta evitar maior concentração, restringindo a fusão da Bunge com Manah. E nos anos 2003 e 2004 a Bunge compra empresas com participação na Fosfértil e Fertifós. A Yara, líder mundial do setor, a Mosaic, tentam ampliar sua participação no mercado.

Evolução dos preços -  Os preços das matérias-primas de fertilizantes entre 2000 a 2007 evoluíram de 171% a 188%, com exceção do KCL (cloreto de potássio), que subiu 78%. A tonelada de uréia, que custava US$ 125  em janeiro de 2002, pulou para US$ 450 em dezembro de 2007. E as perspectivas são de manutenção desse quadro. No mundo, os fertilizantes movimentam US$ 60 bilhões por ano. No Brasil, cerca de US$ 7,5 bilhões. (Jornal de Serviço Cocamar).

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