Nishimori alerta que o Paraná enfrenta grave crise na agricultura
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Em recente discurso feito na tribuna da Assembléia Legislativa do Paraná, o deputado estadual Luiz Nishimori, vice-presidente da Comissão de Agricultura, alertou os colegas parlamentares sobre a grave situação vivida hoje pelos agricultores e conclamou ajuda para solucionar o problema. De acordo com o parlamentar, quem vive hoje da agricultura sofre com as imposições feitas pelos fornecedores de insumos e equipamentos agrícolas, além de amargarem prejuízos resultantes da intensa estiagem ocorrida nos últimos meses de safra. “A situação é alarmante, caótica. Além da estiagem, quer causou uma quebra na safra de verão, o agricultor tem de se submeter à imposição de valores por parte das empresas que fornecem os insumos, sementes, adubos e maquinário agrícolas.
Monopólio - O que se vê é um monopólio, um abuso do poder econômico das empresas fornecedoras. São poucas as empresas que controlam o mercado de insumos, cobram muito alto pelo repasse e pagam pouquíssimo ao agricultor, que tem que se submeter a este absurdo. Enfim, um círculo vicioso que pode causar um grave problema na economia do nosso estado, já que o Paraná é, eminentemente, um estado agrícola. Esta situação prejudica, conseqüentemente, a indústria e comércio, causando problemas econômicos e estragos irreparáveis. Devo lembrar que foi a agricultura que possibilitou um saldo positivo na balança comercial do Paraná, dependemos muito da receita proveniente do setor, daí a importância deste alerta”, disse o parlamentar.
Dívidas - Nishimori disse também que estas empresas, para dominar totalmente o mercado, fizeram fusões, tornando-se ainda mais poderosas, e que o mais importante agora é sensibilizar os governos estadual e federal, principalmente. “Parcelamento ou adiamento das dívidas de financiamento agrícola, na verdade, não resolvem muita coisa, o problema só será estendido ainda mais. É preciso que as autoridades estaduais e federais façam algo para baixar o custo de fornecimento, estas empresas não sofrem fiscalização, e por isso, praticam os preços que bem entendem”, finalizou. O deputado pretende conversar com vários representantes da classe para discutir o assunto, para que a crise no setor agrícola seja revertida o mais rápido possível.