PALAVRA DO PRESIDENTE:
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(*) Márcio Lopes de Freitas O cooperativismo brasileiro está mais forte, com maior abrangência e profundidade no Brasil e no exterior. Em 2007, o Sistema Cooperativista Brasileiro (SCB) criou empregos, gerou mais renda a cada cooperado e produziu mais riquezas. As cooperativas também venceram muitos desafios e realizaram conquistas efetivas e oportunas. A mobilização de todo o Sistema rendeu ganhos históricos nos campos Legislativo, Executivo, Judiciário e social, além de um horizonte mais promissor para as cooperativas nos 13 ramos de atividades, em todas as regiões do País.
A representação e a defesa das cooperativas brasileiras nos diferentes ambientes de negociações ganharam força e amplitude. De maior impacto foi o redirecionamento dos 2,5% dos recursos do INSS, provenientes da folha de pagamento das cooperativas de crédito, para o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), instituição do Sistema S e braço educacional do SCB. Um marco histórico para a melhoria do sistema de crédito cooperativo do País, que também passou a atuar com a livre admissão, e um avanço qualitativo em gestão estratégica.
Além dessa nova perspectiva, um novo paradigma no movimento cooperativista. O lançamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo 2007, uma forma inovadora de interlocução com o Congresso Nacional. A publicação inédita veio facilitar o diálogo das cooperativas por meio da OCB e a atuação de parlamentares por intermédio da Frente Parlamentar do Cooperativismo, a Frencoop. O maior entendimento do Ato Cooperativo nos diversos ramos de atividades facilitou as ações legislativas.
Mais avanços: duas crises foram superadas com muita negociação e seriedade. A renegociação da dívida rural e as dificuldades quanto à qualidade de leite no País polarizaram os debates e as ações mostraram à sociedade que o sistema cooperativista tem responsabilidade e respeito pelo consumidor, pelo cidadão.
Seguramente, a atuação da OCB em 2007 foi melhor se comparada ao ano anterior. A base de sustentação desses processos foi participativa. A profissionalização da gestão em todo o Sistema envolveu o corpo organizacional da unidade nacional, e avançou nas unidades estaduais de representação, defesa e registro das cooperativas. Realizamos iniciativas que ampliaram ainda mais a inserção e a responsabilidade das cooperativas junto às comunidades onde atuam e à sociedade como um todo, entre outras ações que sensibilizaram estudantes quanto a temas e conceitos cooperativistas.
Há mais firmeza, porque há mais conhecimento. Ampliamos o nosso nível de informação, principalmente no ambiente cooperativista, bem como para formadores de opinião e segmentos especializados e à própria sociedade. Buscamos nos alinhar institucionalmente também por meio de ações e procedimentos que hoje são uniformalizados, ganhando uma abordagem comum a todas as 27 unidades do Sistema, fortalecendo a identidade e a imagem das cooperativas e suas representações no País.
Desafios e atividades se sucedem e envolvem cooperados, técnicos, pesquisadores, dirigentes e líderes do cooperativismo nacional. Precisamos avançar mais, qualificar melhor os resultados às cooperativas e nosso retorno à sociedade, além de garantir a ampla defesas dos interesses cooperativistas de modo que o Sistema possa seguir superando obstáculos, construindo novas alianças e gerando mais riqueza ao País e a todos os 25 milhões de brasileiros envolvidos direta e indiretamente com o movimento cooperativista.
Saudades cooperativistas!
(*) Presidente da OCB