SAFRA 2007/2008: Ocepar avalia plano anunciado pelo governo

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Na avaliação da Ocepar, o mais importante do anúncio do Plano Safra, que vai destinar R$ 58 bilhões em crédito rural, foi o compromisso assumido pelo governo federal nos pronunciamentos do presidente Luis Inácio Lula da Silva e do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em relação à implementação de uma política que garanta a sustentabilidade da renda ao agricultor. Os pontos positivos destacados pela Ocepar foram a criação da agenda de prioridades do ministério, que possui oito pontos básicos: defesa sanitária, seguro rural, infra-estrutura, endividamento rural, negociações internacionais, programa de bioenergia e etanol, taxa de juros de crédito rural e programa de insumos agrícolas. Com o anúncio desta agenda criaram-se as condições necessárias para a discussão de medidas estruturantes para a agricultura. A importância das medidas estruturantes foi frisada no discurso que o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, fez em nome do setor produtivo no lançamento do plano.

Palácio do Planalto - Para o presidente da Ocepar, que falou, em nome do setor produtivo, durante o lançamento do Plano Safra, na solenidade realizada no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (28/06), “a taxa de juros ainda está um pouco alta, o pleito do setor era 4,5%. Houve uma redução, mas, pelo discurso feito pelo presidente (Lula) e pelo ministro (Reinhold Stephanes), vamos continuar discutindo”. O volume de recursos disponibilizado pelo plano, R$ 58 bilhões, seria considerado bom se fosse a juros controlados, o que não é, pois somente R$ 36,45 bilhões são a juros contratados. “O volume de recursos, e todo ele de crédito rural, é importante, porque, toda vez que se anuncia um volume alto de recursos, grande percentual é fora do crédito rural, o que eleva o custo do agricultor”. O Seguro Rural e o Fundo de Catástrofe agradaram aos representantes do sistema cooperativista. “O mais importante do que foi anunciado é uma política de garantia de renda. Esse é o nosso grande problema, porque a agricultura tem, sistematicamente, problemas em relação à questão climática, e isso traz dificuldades”, disse João Paulo, da Ocepar.

OCB – Para o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, que também participou da solenidade no Palácio do Planalto, fez uma avaliação positiva do Plano e diz que o governo apresentou medidas que, com certeza, contribuirão para o desenvolvimento da agricultura e pecuária brasileira. “O aumento do volume de recursos e a redução da taxa de juros são pontos importantes. Outra questão relevante foi a determinação de uma taxa diferenciada de 6,25% para os médios agricultores”, avalia.

Adequação - A Ocepar avalia que alguns pontos ainda precisam ser melhor trabalhados, merecendo análise mais aprofundada e adequação. É o caso dos preços mínimos. Para a região sul não houve mudança nos preços mínimos vigentes na safra 2006/07 das principais culturas.  O setor produtivo pleiteou reajustes de 26,9% para o algodão, 38,3% para o feijão e 21,4% para o milho, entre outros. Já em relação ao montante de recursos, embora tenha ocorrido aumento nos recursos disponibilizados, o montante total é ainda insuficiente. O pleito do setor produtivo era de R$ 90 bilhões de reais, enquanto que o anunciado foi R$ 70 bilhões.

Limites de financiamento do custeio - Embora o governo tenha concedido aumento dos limites de financiamento para diversas culturas, houve a manutenção dos limites de financiamento das culturas da soja, do algodão, do café e da cana-de-açúcar.

Conclusão - Apesar do PAP 2007/08 representar um avanço, a Ocepar continuará reivindicando junto ao governo federal medidas complementares que atendam de forma definitiva as necessidades dos produtores rurais paranaenses e brasileiros.

CLIQUE AQUI e veja a análise completa feita pela Ocepar sobre o Plano Safra

Conteúdos Relacionados