SANIDADE: Saúde animal tem conseqüências socioeconômicas, diz diretor-geral da OIE

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A importância do combate a doenças animais foi  tema central da palestra do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Bernard Vallat, na 11ª Reunião do Comitê Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (COHEFA), realizada na segunda-feira (09/06), no Rio de Janeiro. Ele afirmou que a segurança alimentar começa na saúde dos animais.  "O impacto das doenças animais excede 20% na produção de animais em todo o mundo", informou.

Impactos - Vallat chamou atenção para os impactos socioeconômicos que as enfermidades animais causam mundialmente. Segundo o representante da OIE, com esses impactos a produção animal e a segurança alimentar estariam prejudicadas e haveria um aumento da pobreza, já que hoje, um bilhão de agricultores sobrevive da produção. Além disso, países perderiam oportunidades comerciais por causa do status sanitário e não receberiam investimentos. Ainda de acordo com o diretor-geral, esse fator poderia causar a insatisfação da população e, por conseqüência, a queda de governantes.

Zonas de alta Vigilância - A implantação das Zonas de Alta Vigilância foi indicada por Vallat como estratégias da OIE para acabar com as doenças animais e, no caso específico da reunião, com a febre aftosa. "É a maneira mais eficaz para que o vírus desapareça e ajuda o país a não perder o status sanitário no resto do seu território", disse. Para reafirmar a importância da saúde animal, o diretor da OIE recorreu aos dados de consumo. Segundo a organização, em 2007, foram abatidos 21 bilhões de animais para consumo humano e, até 2020, haverá um aumento de 20% no consumo mundial de proteína animal. (Mapa)

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