SIMPÓSIO OCB III: Mercado de carbono está crescendo rapidamente, diz embaixador
- Artigos em destaque na home: Nenhum
"O mercado de carbono global será uma ferramenta importante para a redução de gases que provocam o efeito estufa e está crescendo rapidamente em todo o mundo. O mercado global dobrou entre 2007 e 2008. Até 2020, está previsto que cresça para US$ 2 trilhões a US$ 3 trilhões", afirmou o embaixador do Reino Unido, Alan Charlton, na abertura do Simpósio de mercado de carbono iniciado nesta quarta-feira (24/03), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. Impossibilitado de participar pessoalmente do evento, ele gravou uma mensagem em vídeo para saudar os participantes do encontro.
Desafio - "As mudanças climáticas representam um dos maiores desafios que o mundo enfrenta pois põem em risco a prosperidade global. Se não nos preocuparmos em reduzir as emissões de gases estaremos sujeitos a secas, inundações e perdas de colheita. É por isso que o Reino Unido decidiu cortar as suas emissões em 32% até 2020 e 80% até 2050 e propôs um fundo de US$ 100 milhões ao ano para ajudar as nações em desenvolvimento a lutar contra essas mudanças", disse Charlton. De acordo com ele, a transição para uma economia de baixo carbono não significa sacrificar o crescimento ao restringir as pressões dos países ricos aos pobres. "É do interesse de todos enfrentarmos essa ameaça juntos. O comprometimento do Brasil em reduzir o crescimento das emissões em 39% até 2020, incluindo a redução de desmatamento em 80%, é realmente ambicioso e também representa uma oportunidade para setores chaves da economia principalmente, o florestal", ressaltou.
MDL Florestal - Charlton também comentou sobre o programa MDL Florestal, desenvolvido pela OCB em parceria com a embaixada do Reino Unido. "Esse ambicioso programa está ajudando produtores ligados à OCB a terem acesso à capacitação, à metodologia e ao programa de MDL Florestal, desenvolvidos e testados por esse projeto. Esperamos que o projeto apoie fazendeiros a recuperar vastas áreas de mata atlântica e ajudar outros a entender como podemos usar mercados de carbono para reduzir nossas emissões e recuperar áreas degradadas de maneira mais eficaz", afirmou. "Espero que esse simpósio seja um importante espaço de discussão entre cooperativas, governos, instituições financeiras, especialistas do mercado de carbono, representantes do agronegócio para podermos entender mais como podemos trabalhar em conjunto para tornar a agricultura mais produtiva e mais sustentável agora e para as gerações futuras. O Reino Unido e o Brasil tem muito que aprender um com o outro", completou o embaixador do Reino Unido.