SISTEMA OCEPAR I: Parceria com a Fiep e representação institucional são destaques na reunião das diretorias da Ocepar e Fecoopar

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Integrantes das diretorias do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e da Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopar) realizaram, na tarde desta quinta-feira (12/08), reunião ordinária de forma conjunta, por meio de videoconferência. Assinatura de um protocolo de intenções com o Sistema Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), alianças estratégicas entre as cooperativas do estado, expectativas em relação ao cenário de pandemia, quebra de safra do milho, por conta das geadas, o primeiro projeto do PRC200 (Plano Paraná Cooperativo 200) e o Prêmio Ocepar de Jornalismo foram os assuntos em pauta.

Convidados - Esta foi a 27ª da diretoria da Ocepar do ano e a 9ª da Fecoopar. O encontro, coordenado pelo presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, contou com a presença dos seguintes convidados: Carlos Valter, presidente do Sistema Fiep, José Fares, superintendente do Sistema Fiep; os parlamentares paranaenses e integrantes da Frente Parlamentar de Cooperativismo (Frencoop), Aline Sleutjes, Pedro Lupion, Sérgio Souza e Luiz Nishimori; a gerente geral da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Tânia Zanella, e a gerente de Relações Institucionais da OCB, Fabíola Motta.

Compartilhamento de conhecimento - O Protocolo de Intenções com o Sistema Fiep tem por objetivo fortalecer as relações institucionais entre as cooperativas e as indústrias, em especial, com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Social de Indústria (Sesi). Ambos integram o Sistema S e são referência em educação básica e formação profissional de jovens e adultos. “Este acordo vai abranger o compartilhamento de conhecimento em áreas estratégicas, como inovação, metodologias, tecnologias, capacitação e arbitragem, bem como o uso de instalações, com a perspectiva de criação de um laboratório de inovação voltado ao desenvolvimento de soluções para as agroindústrias das cooperativas”, disse o presidente José Roberto Ricken. “Estamos colocando o conhecimento do Sesi/Senai em âmbito nacional à disposição do setor cooperativo”, comentou o presidente Carlos Valter. “O Sescoop/PR é um grande parceiro nosso, em termos de formação. Temos tido grandes e produtivas conversas”, completou o superintendente José Fares.

Alianças estratégicas - No tópico sobre as alianças estratégicas, o destaque foi a Maltaria Campos Gerais, envolvendo a Agrária (Entre Rios), Bom Jesus (Lapa), Castrolanda (Castro), Capal (Arapoti), Coopagrícola (Ponta Grossa) e Frísia (Carambeí). O presidente da Agrária, Jorge Karl, contou que as obras em Ponta Grossa, onde será instalada a indústria, iniciam em setembro. “Hoje é um dia especial, porque formalizamos o acordo de intercooperação de um projeto de R$ 1,6 bilhão e que vai beneficiar 12 mil cooperados. É um projeto robusto e impactante e que vai mudar o perfil econômico da região centro-sul do estado”, disse.

Referência - O presidente da Bom Jesus, Luiz Roberto Baggio, contou que a aliança entre as cooperativas do centro-sul do estado se espelha no projeto da Unium, marca que também surgiu de uma ação de intercooperação, em que participam a Frísia, Capal e Castrolanda. “A Unium é uma referência positiva em relação as possibilidades que as cooperativas têm de otimizar o que elas já têm, seja de estrutura, pesquisa, comercial ou produção. O caminho do futuro passa por negócios em comum. Temos que discutir mais a união, criando condições para que as cooperativas possam se fortalecer e competir num mercado concentrado”, frisou Baggio. “Não temos outro jeito, senão pensar e discutir a intercooperação”, completou o presidente da Castrolanda, Frans Borg.

PRC200 - O primeiro projeto do Plano Paraná Cooperativo 200, o PRC200, foi outro destaque da reunião. Na ocasião, a coordenadora de relações parlamentares da Ocepar, Daniely Andressa da Silva, falou sobre a criação de uma área ligada a Gerência Técnica da Ocepar (Getec), para atuar na representação institucional das cooperativas paranaenses. “O objetivo é acompanhar as matérias de interesse no setor no Congresso Nacional e apoiar a OCB, na defesa, apresentação de propostas e interface com os integrantes da Frencoop”, disse. “Também vamos retomar o Programa de Educação Política visando formar uma base de apoio ao cooperativismo nas próximas eleições. Temos uma centena de matérias em tramitação no Congresso e que interessam ao cooperativismo”, disse.

Relato - Para fechar o tema sobre representação institucional, os quatro parlamentares convidados para a reunião fizeram um relato dos projetos que estão acompanhando em Brasília, envolvendo questões tributárias, legislação fundiária, licenciamentos, defensivos agrícolas, atualização do Código Florestal, questões do novo marco regulatório do crédito, entre outros. Eles também aproveitaram o momento para reforçar o apoio ao cooperativismo.  “Estamos aqui para defender o agro, que é o coração, a segurança do nosso país”, disse Aline Sleutjes. “A gente enche o peito de orgulho de dizer que somos paranaenses representando o cooperativismo do estado, que é referência para o mundo. Nossa responsabilidade é bem representá-los”, afirmou Pedro Lupion. Já o deputado Sérgio Souza citou as dificuldades enfrentadas nas últimas duas décadas para avançar em pautas importantes nas duas últimas décadas. “Acredito que até o final deste semestre devemos avançar nas principais pautas que interessam ao setor agropecuário”, comentou.

Modernização - Encerrando a participação dos parlamentares, o deputado Luiz Nishimori falou do seu trabalho em torno do PL 6299/02, em que é relator. Segundo ele, este projeto de lei pretende modernizar a sistemática relativa aos pesticidas. “A lei atual vigora há 40 anos. Neste período, houve um avanço muito grande na agricultura, por isso temos que atualizar e modernizar o marco legal dos pesticidas.   A proposta é propiciar maior produtividade e comida com preço mais acessível à população. A segurança alimentar é outro ponto importante, por isso batizei esse projeto de Lei do Alimento Mais Seguro”, contou o parlamentar. 

 

Conteúdos Relacionados