TRANGÊNICOS: Monsanto inicia testes com nova variedade neste ano
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A decisão da Monsanto de escolher o Brasil para instalar três novas estações experimentais e investir US$ 28 milhões em pesquisa nos próximos cinco anos pode ser atribuída a dois motivos. Segundo o presidente da multinacional, Alfonso Alba, nos últimos anos os produtores brasileiros têm respeitado os direitos de propriedade intelectual, pagando os royalties pelo uso da tecnologia. Além disso, a empresa considera que o processo regulatório no Brasil evoluiu nos últimos anos, o que também contribuiu para a decisão de se investir no Brasil. "A CTNBio conseguiu funcionar no último ano. Conta também o fato de acreditarmos no futuro da biotecnologia no Brasil", afirma Alba.
Paraná - O primeiro plantio da nova variedade de soja transgênica que será desenvolvida no Brasil, com resistência a insetos e à segunda geração de glifosato, será feito esse ano, nas estações já em funcionamento. A Monsanto já possui unidades para teste em Sorriso (MT) e Morrinhos (GO) e as três novas estações serão instaladas no Paraná, Tocantins e Rio Grande do Sul.
Prazos - Com o início dos testes com a nova variedade previstos já para a safra 2007/08, o executivo acredita que a sementes estejam prontas em até quatro anos, considerando condições normais de testes e pelo fato de a variedade já ter sido liberada pela Comissão Técnica Nacional de Biosssegurança (CTNBio) para experimentos em campo. A nova semente será resistente a quatro tipos de lagartas e à segunda geração de Roundup Read. "A primeira geração ficou ultrapassada. A nova tecnologia permite colocarmos o gene em uma posição da cadeia genética que consegue além de dar a resistência ao glifosato elevar entre 7% e 11% a produtividade de soja", afirma o presidente da Monsanto.
Redução de gastos - Nas contas da Monsanto, se toda a área plantada com soja fosse cultivada com essa nova variedade, o benefício gerado pela redução dos gastos com insumos e pelo aumento de produtividade seria da ordem de US$ 1 bilhão. Apenas com o controle da lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis) os produtores brasileiros gastam por ano US$ 300 milhões. "Essa é uma tecnologia que será desenvolvida especificamente para América do Sul e atende uma demanda que não existe nos Estados Unidos, por exemplo", afirma Alba. (Agrocast)