TRIGO: Preço continua com forte alta e petróleo puxa óleo de soja

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O trigo fechou em limite de alta na última sexta-feira (19/10), pressionado por mais demanda de importação. O contrato com vencimento em março na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou em US$ 874,50 centavos por bushel, alta de 3,5% em relação ao dia anterior. Na semana (entre os dias 12 e 19), a commodity com maior alta foi o óleo de soja, puxado fortemente pela escalada do Petróleo. "Países do Oriente Médio anunciaram mais aquisições do cereal e a Rússia aumentou a tarifa de exportação", justifica David Gonçalves, analista de gerenciamento de risco da FCSTone. Foi a alta do trigo que sustentou a soja, que poderia ter caído mais na sexta-feira. Os papéis da oleaginosa com vencimento em janeiro fecharam em US$ 1001,25 centavos por bushel, recuo de 0,89% em relação ao pregão do dia anterior.

Soja e biodisel - A correlação direta entre óleo de soja e o mercado de biodiesel fez com que a interferência do movimento do petróleo para esta commodity fosse maior que para outras. Na última semana - quando o barril do petróleo chegou a bater US$ 89,47 - o óleo de soja foi o produto com maior alta entre os agrícolas, de 3,8%. O contrato com vencimento em janeiro fechou em US$ 41,04 por libra-peso, ante os US$ 39,53 de sexta-feira passada, dia 12. "A subida do petróleo puxou o óleo de soja e também ajudou a sustentar todo o complexo soja".

Café - A possível recuperação dos cafezais do Brasil - que recentemente foram beneficiados por chuvas - fez com que a commodity tivesse a maior queda na semana. Na Bolsa de Nova York (Nybot), o recuo foi de 1,45%. O contrato para dezembro fechou em US$ 139 centavos por libra-peso, ante os US$ 137 centavos por libra-peso da sexta anterior.

 

 

Produção dos EUA - A Informa Economics, uma das principais consultorias americanas, do mesmo grupo da brasileira Agra-FNP, divulgou na sexta projeção para a safra de milho e soja nos Estados Unidos. O recuo dos preços do etanol de milho e a conseqüente redução da rentabilidade do grão, fez com que a consultoria identificasse uma maior disposição do produtor americano em cultivar soja. A estimativa é de que a área da oleaginosa será de 29 milhões de hectares, ante as 27 milhões dessa safra. Para o milho a redução prevista é de 38 milhões de hectares para 35 milhões. "Os números já eram previstos pelo mercado. Acredito que não refletirá significamente no pregão desta segunda-feira", diz Gonçalves. (Gazeta Mercantil)

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