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O analista econômico financeiro da Gerência de Desenvolvimento e Autogestão do Sescoop/PR, Emerson Barcik, ministrou uma palestra sobre cooperativismo, na última sexta-feira (23/09), na Escola Rural Nova Brasília, na Ilha do Mel, litoral paranaense. Ele falou para cooperados e filhos de cooperados da Cooperativa dos Transportadores Náuticos, Autônomos da Ilha do Mel (Cotranauta), além de outros profissionais da comunidade que estavam participando da última etapa do Curso de Formação de Marinheiro auxiliar de convés. A iniciativa teve como objetivo capacitar os condutores de embarcações para o transporte de passageiros e cargas e, consequentemente, proporcionar o desenvolvimento da comunidade. O treinamento, promovido pela Cotranauta, foi iniciado em setembro e teve como instrutores representantes da Capitania dos Portos de Paranaguá. “Em nossa explanação, nós apresentamos uma visão geral do cooperativismo. Também ressaltamos a importância do aprimoramento profissional e do papel do Sescoop na formação e qualificação do público ligado às cooperativas”, afirmou Emerson.
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Primeiro indicativo financeiro do ânimo dos produtores rurais, o desembolso de crédito rural nos dois primeiros meses do atual ano-safra (2011/12) alcançou R$ 17 bilhões. Em relação ao mesmo bimestre da temporada anterior (2010/11), quando foram liberados R$ 20,4 bilhões, houve retração de 16,6%. Apesar disso, o governo estima superar, até junho do ano que vem, o recorde de todo o ciclo passado, quando os desembolsos somaram R$ 94 bilhões.
Extinção do Procer - O desempenho inicial, portanto, não indica necessariamente uma tendência negativa para a ampliação das lavouras e novos investimentos, segundo avalia o diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, Ives Cézar Fülber. Conforme a instituição, a redução no ritmo de empréstimos nos dois primeiros meses da safra 2011/12 reflete, em grande medida, a extinção da linha de crédito Procer, responsável por R$ 2,872 bilhões em 2010/11. A linha, criada exclusivamente para financiar agroindústrias com juros subsidiados no ano-safra anterior, não está mais disponível agora.
Desembolsos totais - O BB confirmou que seus desembolsos totais aumentaram 19,1%, passando de R$ 6,530 bilhões entre julho e agosto do ciclo anterior para R$ 7,778 bilhões nos dois meses deste ano - acima do crescimento médio previsto para 2011/12 como um todo, de 17%.
BB Agroindustrial - Outro motivo para a retração observada foi a queda de repasses da linha de crédito BB Agroindustrial, que emprestou R$ 2 bilhões em julho e agosto da safra passada e no mesmo período deste ano só desembolsou R$ 180 milhões. O banco acredita que tem demanda para mais R$ 2 bilhões até o fim do ano. A diminuição dos repasses já era esperada. "Os empréstimos nessa linha são realizados para dois anos. Ou seja, quem pegou empréstimos para a safra 2010/11, que totalizou R$ 10 bilhões em repasses, ainda está capitalizado hoje", explicou Fülber ao Valor.
Oferta - Ao todo, o Banco do Brasil ofertará R$ 45,7 bilhões para operações de crédito rural na safra 2011/12, 17% a mais que na safra anterior. Do total, R$ 10,5 bilhões financiarão a agricultura familiar e R$ 35,2 bilhões atenderão aos agricultores empresariais e cooperativas rurais, um incremento de 20% e 16%, respectivamente, na oferta de crédito.
Safra passada - Em 2010/11, o desembolso total do crédito rural foi de R$ 94 bilhões, ou 94% do total programado para o ciclo agrícola. Foi o melhor desempenho já registrado desde a safra 1999/00, período em que o governo iniciou o levantamento. O crescimento de desembolso da safra 2010/11 foi de 8,6% ante a safra anterior, quando foram liberados R$ 86,7 bilhões nas linhas de custeio, comercialização e investimento no setor.
Participação BB - Foram desembolsados pelo Banco do Brasil, no ciclo 2010/11, R$ 39 bilhões, evolução de 12% em relação à safra 2009/10. Para a agricultura empresarial foram aplicados R$ 30,2 bilhões e para a agricultura familiar, R$ 8,8 bilhões. A participação do BB na safra 2010/11, levando em conta o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) no financiamento ao setor, somou 73% nos créditos destinados à agricultura familiar, 77% ao médio produtor rural e 40% aos demais agricultores.
Linhas - Segundo o gerente-executivo da diretoria de Agronegócios, João Pinto Rabelo Júnior, o governo se preocupou, no atual ano-safra, em garantir mais dinheiro para três linhas: agricultura de baixo carbono, cooperativismo e inovação tecnológica. Um exemplo, de acordo com Rabelo Júnior, é o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que incentiva processos tecnológicos que neutralizam ou minimizam os efeitos dos gases de efeito estufa no campo. Os recursos para a safra 2011/2012 somam R$ 3,15 bilhões, sendo somente R$ 850 milhões do Banco do Brasil. O governo garantiu, dentro do plano, recursos a agricultores e cooperativas, com limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário. O crédito será financiado com taxa de juros de 5,5% ao ano e prazo de reembolso de até 15 anos. (Valor Econômico)
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Estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (FAO-OCDE) aponta que o Brasil deverá aumentar em 40% a produção agrícola até 2019, superando com grande margem países como Ucrânia (29%), Rússia (26%), China (26%), Índia (21%), Austrália (17%), Estados Unidos e Canadá (10 a 15%). Para que essa projeção se concretize, porém, o país deverá avançar no uso de insumos agrícolas.
Quarto maior consumidor - Hoje o Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes. O consumo, em 2010, foi de 24,6 milhões de toneladas, o equivalente a 6% do mercado mundial, atrás dos EUA (12%), Índia (16%) e China (30%). Esse volume ainda é baixo diante do potencial do mercado brasileiro e dos desafios que o país terá de enfrentar.
Agricultura familiar - Segundo Francisco Eduardo Lápido-Loureiro, pesquisador do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) e um dos autores do livro "Fertilizantes, Agroindústria e Sustentabilidade", cerca de 80% das propriedades produtivas brasileiras são de pequenos produtores e baseadas em agricultura familiar, que usam pouca ou nenhuma tecnologia ou fertilizantes. "Cerca de 60% dos estabelecimentos agrários não aplicam nenhum tipo de fertilizante. Com isso, o país tem um déficit de 900 mil toneladas de fertilizantes nitrogenados, 400 mil toneladas dos fosfatados e os de potássio", diz.
Minerais - A utilização de insumos minerais, porém, é crescente: o Brasil passou de um consumo de 69 quilos por hectare em 1995 para 132 quilos em 2009. Ao mesmo tempo, os EUA caíram de 184 quilos por hectare para 114 quilos. Diante das perspectivas de crescimento da produção e do potencial de mercado a ser explorado, espera-se um aumento ainda maior na demanda por fertilizantes, cuja taxa de crescimento de 6% ao ano é o dobro da média mundial.
Aumento da oferta - Aumentar a oferta brasileira de fertilizantes é fundamental para o país garantir a continuidade da expansão do seu agronegócio. "Para atender a esta crescente demanda estão previstos, até 2015, investimentos de US$ 13 bilhões, que representam 15% de tudo o que será investido no mundo na área de fertilizantes", informa David Roquetti Filho, diretor executivo da Associação Nacional de Difusão de Adubos (Anda).
Demanda mundial - Em termos globais há vários fatores impulsionando o crescimento da demanda por fertilizantes, que deverá ultrapassar 200 milhões de toneladas em 2015 para atender as demandas de alimentos da população, que irá atingir 7,7 bilhões de pessoas. A começar pelo potencial de terras aráveis, limitado a 0,5% ao ano até 2020. Soma-se a isso o crescimento da população urbana, que tem padrões de dietas mais altos, e as perspectivas de aumento de consumo de grãos, que deverá atingir níveis recordes, exigindo cada vez mais aumento da produtividade devido à limitação de água potável e terras agrícolas.
Desafio - No Brasil o maior desafio hoje é reduzir a dependência da importação de minerais e macronutrientes, que historicamente atinge 70% dos fertilizantes que o país consome. Segundo a Anda, no ano passado esse percentual caiu para 62%. A produção nacional passou de 3,2 milhões de toneladas em 1990 para 10,1 milhões em 2010, uma expansão de 216%.
Escassez - As importações ocorrem em função da escassez de insumos utilizados na produção. Em 2010, o Brasil produziu apenas 10% do potássio de que necessita, 23% dos nitrogenados e 55% dos fosfatados. "Um país com o potencial agrícola como o Brasil não pode ficar nesta dependência", resume Benedito da Silva Ferreira, vice-presidente do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Fiesp.
ICMS - Segundo David Roquetti, da Anda, um dos principais pontos que afetam a competitividade é o ICMS de 8,4%. "Além disso, há problemas sérios de infraestrutura e logística. Um navio que fica parado no porto tem um custo diário de R$ 60 mil", resume.
Novas plantas - Apesar das dificuldades, ao menos 13 projetos de novas plantas de fertilizantes ou de produção de minérios como fosfato e potássio estão em curso. Na área de fosfatados são seis projetos. E dois novos projetos no Nordeste, em Santa Quitéria (CE), com investimento de US$ 615 milhões da Galvani; e em Arraias (TO), projeto da MBAC que soma US$ 220 milhões.
Sudeste - No Sudeste são dois empreendimentos, em Patrocínio (MG) e em Uberaba (MG), ambos da Vale , que somam US$ 3,3 bilhões. E há ainda um projeto de US$ 1,2 bilhão da Copebrás, em Catalão (GO). Todos envolvem a produção de rocha fosfática, ácido sulfúrico, ácido fosfórico e fertilizantes do tipo SSP (superfosfato simples, o de menor concentração de fósforo e de menor custo, sendo portanto o mais utilizado e o de maior produção no país); TSP (super fosfato triplo, com alto nível de concentração de fosfato e mais caro) e MAP (mono amônio fosfato, fertilizante binário composto por amônia e ácido fosfórico). No total estão previstos US$ 5,7 bilhões de investimentos e prazo de início de produção variando de 2012 a 2015.
Potássio - Em potássio, existe apenas um projeto a ser conduzido pela Vale em Sergipe, avaliado em US$ 1,8 bilhão, com capacidade para 1,2 milhão de toneladas e previsão de início de produção em 2015. Com relação aos nitrogenados, seis projetos somam investimentos de US$ 5,35 bilhões. São dois no Nordeste, em Candeias (BA), um investimento de US$ 22 milhões da Proquigel, e Laranjeiras (SE), um investimento de US$ 80 milhões da Petrobras. A estatal conta ainda com projetos em Três Lagoas (MS), que soma US$ 2 bilhões; Linhares (ES), US$ 2,5 bilhões, e Uberaba (MG), US$ 500 milhões. A Vale tem projeto de US$ 250 milhões em Cubatão. Juntos, produzirão 1,7 milhão de toneladas de amônia, 2 milhões de ureia e 264 mil toneladas de ácido nítrico. (Valor Econômico)
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A estratégia agressiva da Cocamar em trazer para dentro de casa inovações constantes na área de tecnologia de informação (TI), rendeu à cooperativa, sediada em Maringá (PR), um grande salto no ranking das 100 empresas mais inovadoras do país, segundo a revista especializada InformationWeek Brasil, edição de setembro. A escalada foi radical: a Cocamar saiu da 123ª posição em 2010 para o 37º lugar em 2011, integrando um seleto grupo de conglomerados do qual participam Petrobras, Rhodia, Votorantim, Grupo Abril, Yara Brasil, Ford Motor, Coca-Cola e outros. Entre as 50, ela se posiciona a frente de organizações como Renner, Chevron, Alcoa, Basf e Electrolux. Se considerado apenas o segmento agropecuário, a Cocamar aparece entre as três primeiras, abaixo apenas de Citrovita e Tortuga – respectivamente a 10ª e a 12ª no ranking geral.
“Case” - O superintendente administrativo Alair Zago, que representou a cooperativa na última terça-feira (20) em evento organizado pela revista em São Paulo, observa que os critérios de avaliação incluíram, desta vez, a análise de um “case” de sucesso. Segundo ele, chamou a atenção dos especialistas a implantação de um software da Microsoft por parte da Cooperativa: o Hyper-V, que permite a virtualização de servidores.
Informações - Zago explica que a ferramenta gera economia, praticidade e agilidade de informações ao possibilitar que em um único servidor físico sejam instalados diversos outros servidores virtuais. “Antes, precisávamos de um servidor para cada aplicativo”, acrescenta o superintendente, lembrando que com essa forma de contingenciamento, o nível de segurança para a companhia se torna muito maior.
Pioneira - Os avaliadores constataram que, no segmento agropecuário, a Cocamar é pioneira no uso desse software, o que exigiu por parte da cooperativa não apenas investimentos financeiros, mas especialização profissional. “Os prestadores são certificados pela Microsoft para implementar a nova tecnologia”, cita Zago, salientando que a agressividade da corporação nessa área, definida como prioridade da gestão, tem a finalidade de identificar e incorporar as melhores tecnologias ao seu negócio.
Destaque - Em termos internacionais, o fato é tão representativo para a própria Microsoft que a companhia incluiu o “case” da Cocamar em sua página oficial. De acordo com a gerente de TI da Cooperativa, Paula Rabelo, “a virtualização é uma ferramenta que propiciou agilidade nos negócios e uma estrutura de atendimento, produtos e serviços capaz de atender as demandas dos clientes”. (Imprensa Cocamar)
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A Organização Mundial do Comércio (OMC) cortou de 6,5% para 5,8% sua previsão de crescimento do comércio mundial, em volume, para 2011, comparado a um avanço de 14,5% no ano passado. Para a OMC, os riscos de deterioração da economia mundial se confirmam cada vez mais. Considera sua estimativa "prudente" levando em conta expansão econômica global, agora de apenas 2,5%. As economias desenvolvidas devem registrar aumento de 3,6% nas exportações e o PIB deve ter expansão de 1,5%.
Economias em desenvolvimento - Ao mesmo tempo, as economias em desenvolvimento vão ver suas exportações crescerem quase três vezes mais que as dos desenvolvidos. A projeção é de alta de 8,6% nas vendas externas e crescimento de 5,9% do PIB (comparado a mais de 6,5% antes). No ano passado, o comércio cresceu quase 15% comparado ao desastre dos anos anteriores em meio à crise financeira global.
Desaceleração - Agora, as novas previsões da OMC apontam desaceleração do comércio mundial, e não um recuo puro e simples, mas a entidade vê o cenário global excepcionalmente incerto por causa da situação da Grécia.
Contração do PIB - A OMC considera que os riscos de contração do PIB se intensificaram nos últimos meses e, quando a produção diminui, o comércio também declina. Para a OMC, a economia mundial está num "ponto de inflexão", onde o crescimento poderá se retomado se os responsáveis políticos encontrarem uma solução à crise da divida soberana que possa restabelecer a confiança no sistema financeiro.
Instabilidade - Em contrapartida, decisões ruins podem provocar maior instabilidade, como foi o caso na crise depois da quebra do banco americano Lehman Brothers, em 2008.
Exportações - As exportações desaceleraram recentemente em vários países industrializados e mesmo caíram de "forma inquietante" na Alemanha e na França. A expansão das exportações alemãs, motor da economia europeia, passou de 36% em maio para 20% em junho e foi de 16% em julho. No mesmo período, o crescimento das exportações francesas caiu de 44% para 14% e depois para 9%.
Fluxo comercial - Já o fluxo comercial da maioria das economias em desenvolvimento manteve-se "vigoroso". O aumento do comércio da China chegou a acelerar em agosto, o que a entidade avalia que pode compensar, em parte, a desaceleração do comércio das economias desenvolvidas. O comércio exterior brasileiro vem crescendo ao redor de 25%, também pelos dados da entidade global. No caso da China, os últimos dados de consultorias e bancos mostram que as encomendas de exportações não mais aumentaram, mas, pelo menos, não caíram de ritmo.
Europa - Pelo momento, segundo a OMC, a desaceleração econômica se limita no essencial aos países desenvolvidos, sobretudo na Europa. "Isso nos leva a pensar que a resolução da crise da dívida soberana séria, sem dúvida, é o melhor meio de evitar uma contração maior do comércio", diz. Pascal Lamy, diretor-geral da OMC, alerta de novo contra medidas protecionistas e avalia que as regras da entidade são uma garantia contra barreiras. (Valor Econômico)
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O Conselho Deliberativo do Fundo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/FCO) deve aprovar amanhã, em Brasília, uma nova modalidade de financiamento para fomentar o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). O diretor da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Marcelo Dourado, disse que a linha é importante pois simplifica o modelo em vigor. “Vamos criar uma linha de financiamento para redução de gases de efeito estufa na região e ampliar os benefícios aos produtores”, diz Dourado.
Incentivo - A nova linha tem como objetivo incentivar projetos que visem à conservação e a proteção do meio ambiente à recuperação de áreas degradadas ou alteradas e ao desenvolvimento de atividades sustentáveis; disponibilizar recursos para investimentos necessários à implantação de sistemas de integração de lavoura-pecuária, lavoura-floresta, pecuária-floresta ou lavoura-pecuária-floresta; entre outros. (Valor Econômico)
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O prazo para o plantio da soja – principal produto do agronegócio – começou oficialmente nesta quarta-feira (21/09) no Paraná, mas os produtores estão com as plantadeiras em campo desde segunda-feira (19/09). Eles antecipam a tarefa inclusive em relação ao período determinado pelo governo federal, que começou dez dias mais cedo neste ano. O setor se apressa para aproveitar a umidade e escapar da possível seca prevista para a virada do ano, relacionada ao fenômeno La Niña. Escolhem sementes precoces e, logo após a colheita, devem semear milho de inverno nas mesmas áreas.
Área plantada - Técnicos que monitoram as principais regiões produtoras avaliam que as máquinas devem percorrer 10% da área reservada à oleaginosa até o final da semana que vem. Isso significa que perto de 450 mil hectares de soja podem ser plantados ainda em setembro. Em 2010, a área não chegava a 50 mil hectares nesse período, conforme a Secretaria de Estado da Agricultura (Seab). “Os produtores querem colher (soja) cedo para entrar com a safrinha de milho. Quem tem adotado essa estratégia vem conseguindo bons resultados nas duas culturas”, relata o agrônomo Otmar Hübner, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab.
Estímulo - O principal estímulo ao plantio vem das cotações internacionais e domésticas. O cereal tem se destacado e, depois de duas safras de recuo, deve avançar sobre a área da oleaginosa, ultrapassando 800 mil hectares – das quais 20% já foram semeados.
Calendário - Sem contar com seguro agrícola nem depender de financiamento, Gion Carlos Gobbi, de Cascavel (Oeste), é um dos agricultores paranaenses que descartou o zoneamento agrícola da soja e adotou um calendário próprio. “Quando o clima ajuda, começo a plantar depois do dia 18 de setembro e procuro concluir até o dia 10 de outubro”, conta.
Bons resultados - Com umidade e temperatura adequadas, Gobbi relata que já semeou 25% dos 350 hectares destinados à soja neste ciclo, de segunda-feira até esta quarta. De olho no mercado futuro, relata que a antecipação da safra de verão tem trazido bons resultados. “Ano passado, a produtividade do milho safrinha ficou em 7.380 quilos por hectare e a da soja em 3.120.” Ele mostra-se otimista após ter recebido proposta de R$ 48 pela saca de soja e de R$ 23 pela de milho. “O mercado está garantido. O desafio é vencer o clima.”
Seca - No ciclo 2010/11, a seca prevista devido à configuração do La Niña não se confirmou. A produção de soja foi recorde no estado e no país. A colheita da oleaginosa e do milho rendeu 105 milhões de toneladas, conforme levantamento da Expedição Safra Gazeta do Povo. Em outubro, a equipe de técnicos e jornalistas volta a pegar a estrada rumo às principais regiões agrícolas do país. (Gazeta do Povo)
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O preço do suíno no Brasil ensaia uma recuperação neste mês de setembro, devido principalmente a elevação dos volumes exportados em agosto, e a perspectiva de bons embarques nos próximos meses, e a recuperação do cambio. Hong Kong e Ucrânia seguem como principais compradores dessa proteína do Brasil, enquanto a Rússia mantém o seu embargo aos frigoríficos do País. Em julho, o Brasil exportou apenas 34 mil toneladas de carne suína e a expectativa inicial do mercado era que em agosto os volumes seriam bastante reduzidos também. "A queda nas cotações esteve atrelada à forte pressão de compradores, que alegavam existir carne em estoque. Com isso, os valores da carne no atacado acabaram recuando, ao mesmo tempo em que frigoríficos reduziram a procura por animais para abate", contou a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Camila Ortelan.
Exportação - Com uma exportação de 43 mil toneladas em agosto deste ano, que representa um crescimento de 26% ante o mês anterior, e uma pequena queda de 4% ante o ano passado, quando o País embarcou 45 mil toneladas de suínos, o setor voltou a ficar otimista. "Em agosto os preços começaram a recuar no final do mês, o motivo foi por conta do volume das exportações que até então acreditavam que eram pequenos. No entanto os volumes foram bastante bons e isso mexeu com o mercado, fazendo com que os produtores pedissem valores mais altos pelo animal", disse Camila.
Variação - A variação dos preços no mês de agosto fechou com um recuo de 22% em São Paulo, dado que os preços iniciais estavam na casa dos R$ 2,49 o quilo e recuaram para R$ 2,18 no final do mês. Em Minas Gerais o impacto negativo foi de 22,6%, seguido pelo Paraná com recuo de 17,9% e Santa Catarina com queda de 10%. Enquanto isso, o preço do milho, que já está em patamares elevados, seguem em alta, com variação positiva nos preços de quase 3%.
Tendência - Para o analista do Safras & Mercado, Felipe Netto, a partir desde mês de setembro os preços tendem a ficar mais elevados para os suínos, dado que a demanda pela proteína é grande. "Em setembro a expectativa é que as exportações sejam maiores, superando a marca das 45 mil toneladas. A demanda pelo produto começa a aumentar e vai até dezembro", disse ele ao considerar "Também esperamos que a receita obtida com as vendas fiquem maiores, porque o cambio deve ajudar".
Setembro - Com esse bom resultado nos embarques de agosto, e o custo de produção elevado, os preços dos suínos voltaram a se elevar nesse mês. Em São Paulo a variação dos valores de venda foi positiva em 20,9%, passando de R$ 2,14 nos primeiros dias do mês, para pouco mais de R$ 2,29 nessa semana. Em Minas Gerais os preços subiram 13,4%, seguido por Paraná com uma variação positiva de 12,4% e Santa Catarina com o pior desempenho de recuperação do País com quase 3% de aumento.
Sequência - Para Netto essa recuperação deve mesmo seguir por setembro adentro, fechando com preços médios de R$ 2,4 o quilo do suíno. "O preço segue em recuperação, e até o final de setembro. Em outubro e novembro a demanda pela carne é bastante elevada, com isso podemos garantir preços melhores até o final do ano", disse.
Milho - Já o preço do milho segue com uma variação positiva, fechando parcialmente com 3,7% de incremento em Campinas, interior de São Paulo. Segundo Netto apesar dessa recuperação no preço do suíno, a relação de troca para o produtor segue negativa. "A relação de troca entre o custo de produção e o preço de venda é um dos menores desde 2007. Ou seja, a receita do produtor rural ainda não cobre os custos".
Compradores - Por fim, o analista ressaltou que enquanto a Rússia seguir com o embargo às carnes brasileiras, Hong Kong e Ucrânia seguirão como os principais compradores de suínos do Brasil. (DCI - Diário do Comércio & Indústria)
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Neste início de semana o tempo continua quente e seco em grande parte do norte do Paraná. A falta de chuva tem colocado os produtores em alerta para o risco de queimadas. Por outro lado, o clima tem contribuído para a colheita de trigo e de milho safrinha, que estão na reta final. O último levantamento realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Paraná (Seab), mostra que mais de 98% das lavouras de milho do Estado haviam sido colhidas. A colheita do trigo também está avançando, principalmente na região norte, onde o plantio costuma ser feito mais cedo. Segundo o Deral, mais de 40% do trigo paranaense já foi colhido. Os trabalhos estão mais avançados na região de Maringá e nos municípios de Jacarezinho e Cornélio Procópio.
Fase final - A colheita na área de atuação da Cooperativa Integrada também está na fase final. Dos 90 mil hectares semeados com trigo, 70% já foram colhidos. No milho, a colheita atingiu os 90% e deverá ser concluída dentro dos próximos dias. De acordo com o gerente Comercial da Integrada, Luiz Yamashita, a redução na produtividade do trigo em decorrência das geadas pode passar dos 37%. “Esperávamos receber 256 mil toneladas de trigo. Mas, após as geadas, reduzimos essa previsão para 161 mil toneladas”, explica. Com o final da colheita, os produtores já estão iniciando os trabalhos para a safra de verão. O plantio de milho já começou e, segundo o Deral, até o momento 29% da área que será destinada a cultura já foi semeada. (Imprensa Integrada)
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Considerada uma “poupança verde”, a silvicultura tem se revelado um grande negócio. Ainda assim, plantio de florestas comerciais encontra dificuldades para deslanchar no Brasil. Apesar do ganho de terreno nos últimos anos, o setor ainda está longe de alcançar a meta de 7,5 milhões de hectares estipulada para o ano que vem. Entre os maiores limitadores ao incremento de área está o alto investimento exigido para se produzir madeira, a falta de políticas governamentais de incentivo à atividade e a infraestrutura precária.
Rodovias vicinais - “O cultivo de florestas se concentra em regiões onde as rodovias vicinais, que geralmente não são asfaltadas, são o único canal de escoamento. Por isso, é comum ver os produtores gastando tempo e dinheiro para recuperar estradas”, cita Carlos Mendes, diretor executivo da associação que representa os produtores no Paraná, a Apre.
Linhas de financiamento - O setor sofre também com a falta de linhas de financiamento específicas para o plantio de florestas. “Hoje, maior parte das instituições financeiras do país limita com burocracia a liberação de recursos para o plantio de pinus ou eucalipto [únicas espécies cultivadas]”, revela. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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Os preços futuros da soja caíram nesta segunda-feira (19/09) pelo sexto pregão seguido, a maior sequência de baixa desde maio de 2010, em meio à crescente preocupação com a crise da dívida na Europa. Em Chicago, janeiro recuou 20,25 centavos de dólar, para US$ 13,4675 por bushel. "As cotações estão caindo à medida que os fundos saem dos mercados agrícolas por causa do cenário econômico", disse Greg Grow, diretor de agronegócios da Archer Financial Services à agência Bloomberg. As especulações de que a produtividade da safra americana pode ser maior do que aponta a estimativa oficial também pesaram. Em Rondonópolis (MT), a saca de 60 quilos saiu entre R$ 44,20 (ofertas de compra) e R$ 46,40 (venda), segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Trigo - Os futuros do trigo registraram nesta segunda-feira a maior queda em quase duas semanas nos EUA devido a temores de que a alta do dólar diminuirá o apetite dos investidores pelas commodities americanas. Na bolsa de Chicago, os papéis para março de 2012 encerraram o dia a US$ 7,1050 por bushel, com recuo diário de 16,25 centavos. Em Kansas, os contratos para entrega no mesmo período fecharam a US$ 7,83 por bushel, queda de 15,75 centavos. "O trigo enfraqueceu com a busca pelo porto seguro do dólar", disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics & Consulting, à Bloomberg. No Paraná, o preço médio da saca de 60 quilos subiu 1,1% e alcançou R$ 25,79, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura. (Valor Econômico)
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No primeiro semestre deste ano, as exportações do agronegócio paranaense somaram US$ 6,08 bilhões, o equivalente a 14,1% do total exportado pelo País no período, US$ 43,17. Segundo a engenheira agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), Margorete Demarchi, historicamente o Paraná responde, em média, por 13% das exportações agropecuárias brasileiras, sendo o segundo estado no ranking nacional. ''No País observou-se um avanço expressivo nas exportações de soja e carne e o Paraná possui grande participação nesses produtos'', avalia.
2010 - Dados do Deral apontam que ao longo de 2010, as exportações agropecuárias do Estado atingiram US$ 9,9 bilhões, 13% dos US$ 76,44 bilhões movimentados pelo Brasil. O complexo soja se mantém como o principal produto exportado pelo Paraná, totalizando US$ 3,37 bilhões no primeiro semestre de 2011. As carnes aparecem em segundo lugar, com US$ 1,31 bilhão, seguida pelo complexo sucroalcooleiro, que alcançou US$ 0,77 bilhão.
Cooperativas - As exportações das cooperativas paranaenses representaram, entre janeiro e julho de 2011, 13% das exportações totais do Estado, que somaram US$ 9,72 bilhões. Segundo dados da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), o valor das operações feitas pelas cooperativas chegou a US$ 1,26 bilhões no período. O analista técnico-econômico da Ocepar, Gilson Martins, revela que a perspectiva é de que as cooperativas do Paraná alcancem entre US$ 1,9 bilhão a US$ 2 bilhões em exportações neste ano, o que representa um crescimento de mais de 15% em relação ao valor atingido no ano passado. ''O mercado internacional para os grãos está com preços favoráveis e a demanda externa está aquecida. Isso somado ao câmbio favorável e a boa produção do Estado resulta no bom desempenho nas exportações'', argumenta Martins.
Liderança - No segmento cooperativista, o Paraná manteve a liderança nas exportações nos primeiros sete primeiros meses de 2011, respondendo por 34,5% do total dos embarques realizados pelo segmento do País. Com um crescimento médio anual de 18%, as cooperativas praticamente duplicaram suas vendas para outros países nos últimos cinco anos. Levantamento da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC/Secex), mostra que em 2006 o setor embarcou US$ 853 milhões em produtos do agronegócio, ao passo que em 2010 esse valor passou para US$ 1,64 bilhão, o que representa 37% das exportações cooperativistas nacionais.
Entre as maiores - As cooperativas Coamo, C.Vale, Lar, Copacol, Coopavel e Copagril figuram entre as 40 maiores exportadoras do Paraná. Os principais mercados das cooperativas paranaenses, no primeiro semestre do ano, foram a China, Alemanha, Holanda, Japão e França. Juntos, esses países respondem por 61% do mercado importador das cooperativas. (Folha de Londrina)
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Prestes a receber a primeira missão da União Europeia que virá ao Brasil em outubro para avaliar o bem-estar dos animais antes e durante o abate, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento organizará um treinamento específico de terça a quinta-feira (20 a22/09), em Lins (SP). O curso preparatório será destinado a 30 fiscais federais agropecuários que atuam em plantas de todo o Brasil. As palestras serão ministradas por técnicos da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA, sigla em inglês). Também serão instrutores profissionais da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Ministério da Agricultura.
Avaliação - Segundo a coordenadora da Comissão Técnica Permanente de Bem-estar Animal do Ministério da Agricultura, Andrea Parrilla, os auditores da UE deverão avaliar as condições do país em relação ao abate humanitário dos animais. Outro objetivo da visita será orientar para as novas exigências da legislação de abate e pré-abate europeia, que o Brasil deverá atender a partir de 2013. “Essa missão será a primeira específica para tratar desse tema e as orientações deles vão nortear bastante o nosso trabalho”, salienta.
Brasil - De acordo com Andrea, o Brasil conta com normas que regulamentam o abate humanitário desde 2000. Os fiscais são capacitados nesse aspecto há dois anos, pois as regras europeias são mais rigorosas e exigem avaliação e monitoramento permanentes, tanto in loco como documental.
Capacitação - Os cursos de capacitação em bem-estar animal e abate humanitário de bovinos, suínos e aves vêm sendo promovidos pelo ministério e pela WSPA desde o início do ano. A próxima etapa ocorrerá em Goiânia (GO), de 27 a 29 de setembro. O objetivo é formar multiplicadores capacitados para o manejo adequado nas etapas que antecedem o abate dos animais e durante o processo. O treinamento também busca reduzir as perdas econômicas ocasionadas por práticas inadequadas e melhorar a qualidade do produto.
Público - O público-alvo prioritário são fiscais das Superintendências Federais de Agricultura, secretarias estaduais de agricultura, órgãos de extensão rural e agências estaduais de defesa agropecuária. Representantes do setor privado, como profissionais de frigoríficos que atuam nas áreas de inspeção federal, estadual e municipal e de garantia da qualidade, entre outros, também podem participar, assim como instituições de ensino. O calendário de cursos continua em Salvador (BA) e Belém (PA), de 25 a 27 de outubro; e em Porto Velho (RO), de 8 a 10 de novembro. (Mapa)
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As exportações do agronegócio brasileiro nos últimos 12 meses (setembro/2010 a agosto/2011) alcançaram mais um recorde de valor, atingindo a cifra de US$ 88,3 bilhões. O resultado significou crescimento de 24,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Célio Porto, os recordes de exportação devem ser mantidos até o fim do ano. O resultado positivo levou ao aumento do superávit comercial que chegou a US$ 71,9 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses.
Destinos - Em relação aos principais destinos das exportações brasileiras, a China apresenta importância crescente. O país asiático foi o destino de 15,3% de todas as exportações do agronegócio brasileiro no acumulado dos últimos 12 meses (US$13,5 bilhões). Também tiveram crescimento positivo o Japão (50,1%), a Arábia Saudita (41,3%) e a Espanha (41,1%). A Ásia permanece como destaque em relação aos blocos econômicos para onde se destinam as exportações brasileiras, com participação de 29,9% no último ano. A União Europeia ficou em segundo lugar, com 26,7%, e o Oriente Médio, em terceiro, com 9,8%.
Produtos - Os produtos mais exportados no período foram o complexo soja, com exportações totais de US$ 21,5 bilhões, e o complexo sucroalcooleiro, com vendas de US$ 15,6 bilhões e uma variação positiva de 28,2% quando comparados com os números do ano anterior. As carnes aparecem na terceira posição, com o valor exportado de US$ 14,8 bilhões e um crescimento de 12,1% no último ano. O café (63,1%), os cereais, as farinhas e preparações (127,7%) e os sucos de fruta (41,1%) também tiveram resultados expressivos de exportações no acumulado dos últimos doze meses.
Agosto - No que se refere ao mês de agosto, houve um incremento de 34,7% em comparação ao mesmo mês de 2010. Só nesse período, as exportações atingiram US$ 9,8 bilhões, resultando em superávit de US$ 8,3 bilhões, em agosto.
Aumentos recordes - Os aumentos e recordes nas vendas ao mercado externo de produtos agrícolas no mês de agosto/2011 foram possíveis graças a alguns produtos, em especial, o complexo soja (que passou de US$ 1,661 bilhão, em 2010, para US$ 2,550 bilhões, em 2011), o complexo sucroalcooleiro (US$ 1,489 bilhão em 2010; e US$ 2,162 bilhões em 2011), os cereais, farinhas e preparações (passaram de US$ 243 milhões, em 2010, para US$ 528 milhões, em 2011) e o café (de US$ 531 milhões, em 2010, para US$ 790 milhões, em 2011). Esses quatro setores foram, sozinhos, responsáveis por US$ 2,1 bilhões dos US$ 2,5 bilhões totais em incremento das exportações no mês.
África - Na análise por destinos, houve um forte crescimento, de 64%, das vendas para os países africanos, o que fez com que o continente ultrapassasse o Nafta – zona de livre comércio entre Estados Unidos, México e Canadá – como importador de produtos do agronegócio brasileiro. Também aumentaram os valores exportados para Ásia (crescimento de 59%), África (63,9%), Oriente Médio (32,7%) e Nafta (28,0%).
China - Em relação aos países, a China manteve-se como o maior mercado importador de produtos do agronegócio brasileiro, com crescimento de 76,5% compras. As vendas para esse destino representavam 14,7% do total das exportações brasileiras em agosto de 2010, participação que subiu para 19,3% em agosto de 2011. Também registraram crescimento as vendas para a província chinesa de Taiwan (132,8%) e para a região especial administrativa de Hong Kong (122,1%). Outros países que tiveram destaque positivo no aumento das compras foram Egito (102,6%), Argélia (101,3%), Irã (77,4%) e Arábia Saudita (73,0%). (Mapa)
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O Paraguai caminha para colher no próximo ano uma safra de soja de 9 milhões de toneladas, o que deve confirmar o país como o palco de uma das maiores expansões proporcionais de produção da oleaginosa no mundo, o que já o coloca como o quarto exportador mundial. O crescimento da produtividade, que atingiu este ano 2.917 quilos por hectare, apenas 100 quilos a menos que o Brasil, é a principal alavanca.
Maior da história - A safra passada (2010/11) já foi a maior da história. A colheita alcançou 7,4 milhões de toneladas, mais que o dobro do volume colhido em 2000 (3,5 milhões de toneladas). "A perspectiva de crescimento para a próxima safra [2011/12] é de 20%, já que a área semeada deve atingir 3 mil hectares", comentou o produtor rural Luis Cubillas, assessor técnico da associação paraguaia de produtores (Capeco). Do total da safra passada, 5,5 milhões de toneladas foram exportadas, ante as 2,1 milhões que saíram do Paraguai em 2006. A expansão não tem relação com a demanda chinesa. O país não exporta para a China e 54% de suas vendas têm a União Europeia como destino.
Impacto - Com a alta das cotações do produto, o impacto na economia local desta explosão da soja foi direto, com grande influência sobre o crescimento do PIB paraguaio no ano passado, que foi de 15,3% - o maior da América Latina. A vitalidade do mercado é tão grande que fez com que os agricultores do país até se beneficiassem de medidas restritivas às exportações paraguaias tomadas nos últimos anos pela Argentina e pelo Brasil.
Ampliação das bases - A decisão argentina de proibir que a indústria esmagadora importasse soja paraguaia para moer no país, em 2009, fez com que a indústria de óleos ampliasse suas bases no Paraguai. "A capacidade de esmagamento hoje é de 6,5 mil toneladas diárias. Dentro de dois anos, esse número vai para 14,5 mil toneladas", afirmou o diretor da associação da indústria de óleos vegetais do Paraguai (Cappro), Eduardo Tessari, que também é o diretor comercial da Louis Dreyfus no país.
Investimentos - É a Louis Dreyfus que está fazendo um dos dois maiores investimentos no segmento no Paraguai, com a montagem de uma nova unidade com capacidade de esmagamento de 4 mil toneladas diárias. Atualmente, a empresa esmaga 530 toneladas. Com a nova fábrica, que consumirá aproximadamente US$ 150 milhões em sua implantação, a múlti de origem francesa será a maior esmagadora no Paraguai. Sem presença no país até este ano, a ADM também está montando uma unidade para moer 3,3 mil toneladas. Tessari calcula o investimento total da indústria esmagadora no Paraguai em cerca de US$ 400 milhões.
Modal alternativo - Já o Brasil fez com que o Paraguai desenvolvesse um modal alternativo para o escoamento da safra, desde que o então governador paranaense, hoje senador Roberto Requião (PMDB), passou a impedir o embarque de soja transgênica pelo porto de Paranaguá, em 2004. O escoamento da safra paraguaia por terra em um primeiro momento desceu a quase zero e o país resgatou a estrutura da hidrovia Paraná-Paraguai. Usa atualmente 27 portos fluviais, sendo 16 no rio Paraná e onze no Paraguai. Hoje, 80% do escoamento se faz pelo rio. Cerca de 1 milhão de toneladas serão escoadas este ano pelo porto paranaense.
Fôlego curto - Mas a "explosão" da soja no Paraguai tende a ter fôlego curto. "Ainda restam de 500 mil a 1 milhão de terras agricultáveis para incorporar e os problemas com movimentos sociais são crescentes", comentou Tessari, que prevê um incremento de apenas 2% na produção a partir de 2012. "Com muito otimismo, pode se pensar em uma produção de 14 milhões de toneladas em 2020, mas a expansão esbarra na resistência violenta de grupos organizados", afirmou ao Valor o transportador paraguaio Pablo Ferres. (Valor Econômico)
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O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) está encerrando o Alerta Geada 2011. Cafeicultores que fizeram o “chegamento de terra” nos cafeeiros devem retirar a proteção imediatamente. Os pesquisadores recomendam que esse procedimento seja feito com as mãos, para evitar danos ao caule das plantas. Como o Iapar vem fazendo há 17 anos, o serviço é ativado de maio a setembro, realizando previsões diárias de temperatura e do risco de geadas na zona cafeeira do Paraná. O objetivo é oferecer aos cafeicultores um instrumento confiável para tomar decisões sobre a aplicação das técnicas de proteção em lavouras novas de café, de até dois anos.
Balanço - Confirmando as expectativas iniciais, não houve influência dos fenômenos La Niña e El Niño e, dessa forma, o inverno de 2011 foi considerado normal pelos especialistas, com algumas geadas de intensidade fraca a moderada na zona cafeeira do Estado. Em 2011, foram emitidos 132 boletins. Três continham alerta para os cafeicultores protegerem as lavouras, tendo a previsão se confirmado em todos eles. Em Londrina, durante a madrugada de 27 para 28 de junho a temperatura mínima foi de 1,6 graus, chegando a 7 graus negativos na relva. Os cafeeiros sofreram geadas de intensidade moderada. Também se cumpriu a previsão de geadas - agora de intensidade fraca e em baixadas - na madrugada de 3 para 4 de agosto (mínima de 3,2 graus e 2,2 graus negativos na relva) e, ainda, na noite de 4 para 5 de agosto, em que houve mínima de 3,2 graus e 3,2 negativos na relva. Os mapas com a distribuição das temperaturas podem ser conferidos no endereço www.iapar.br.
Medição - A temperatura mínima do ar é medida no interior de abrigo meteorológico, a 1,5 metro do solo. No caso da mínima de relva, o termômetro fica exposto a céu aberto sobre um gramado, com o objetivo de verificar danos a superfícies vegetadas quando ocorrem temperaturas negativas.
2012 - O Alerta Geada será novamente ativado de maio até meados de setembro de 2012. É uma realização do Iapar, Simepar e Emater, com apoio da Seab/Departamento de Economia Rural e do Consórcio Pesquisa Café. (Assessoria de Imprensa do Iapar)
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A Comissão Europeia reduziu suas estimativas para o crescimento da zona do euro e da União Europeia como um todo nesta quinta-feira (15/09), por causa da piora das perspectivas em meio à crise de dívida soberana do bloco. “O horizonte para a economia europeia deteriorou-se”, disse o comissário para assuntos econômicos e monetários, Olli Rehn, em comunicado. “A crise de dívida soberana piorou e a turbulência no mercado financeiro deverá prejudicar a economia real.”
UE - Para a União Europeia, a Comissão projeta expansão de 0,2% do PIB tanto no terceiro quanto no quarto trimestres deste ano, o que significa uma queda de 0,2 ponto e 0,3 ponto porcentual, respectivamente, ante à previsão anterior. As estimativas para o PIB da zona do euro diminuíram na mesma magnitude, recuando para 0,2% no terceiro trimestre e 0,1% no quarto. “As recuperações após crises financeiras são geralmente lentas e conturbadas”, disse Rehn. “Para que a recuperação volte aos trilhos, é fundamental garantir a estabilidade financeira e colocar os orçamentos em um caminho sustentável. As reformas estruturais continuam mais importantes do que nunca para construir o potencial de crescimento do amanhã”, acrescentou.
Medidas insuficientes - A comissão disse que as medidas adotadas para acalmar a crise, incluindo a extensão da capacidade de empréstimo da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) e a reintrodução de medidas emergenciais pelo Banco Central Europeu (BCE), podem não ser suficientes.
Economia global fraca - Embora a comissão acredite que uma nova recessão seja “improvável”, o órgão destacou que a economia global está fraca e que o pior pode ainda estar por vir. “A correção dos preços das ações parece ir além do que se esperaria apenas de uma reavaliação da perspectiva de crescimento e pode refletir uma mudança geral no sentimento de risco”, apontou a comissão. “Embora a turbulência financeira já tenha causado um impacto sobre a confiança, uma contaminação mais substancial de outros segmentos do mercado e da economia real não pode ser descartada.” (Valor Econômico, com Dow Jones Newswires)
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As incertezas da economia global e a redução da demanda derrubaram os preços do milho nesta terça-feira (13/09) na bolsa de Chicago. Os contratos futuros do grão encerraram o dia a US$ 7,23 por bushel, queda de 22,50 centavos de dólar sobre o dia anterior, a maior em mais de uma semana. Na última segunda-feira (12/09), o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) revisou para baixo as previsão de consumo de milho. Analistas consultados pela agência Bloomberg ressaltaram a proximidade de uma crise bancária na Europa e a desaceleração da demanda da China desde o início do ano, quando o país asiático elevou sua taxa de juros. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para o milho fechou o dia valendo R$ 31,54 a saca, retração de 0,57% sobre a segunda-feira.
Trigo - As chuvas esperadas para esta semana nas regiões produtoras dos EUA, após meses de precipitações abaixo do normal, levaram à maior queda dos contratos futuros de trigo negociados no mercado americano. Em Chicago, os papéis para dezembro fecharam a US$ 7,02 por bushel, queda de 25,25 centavos de dólar. Na bolsa de Kansas, o mesmo vencimento encerrou a US$ 8,02 por bushel, queda de 23,50 centavos. De acordo com analistas consultados pela agência Bloomberg, as chuvas serão bem-vindas. Apesar da boa notícia, Larry Glenn, da Frontier Ag, diz que muitas áreas precisarão de muito mais umidade, em especial no sul de Kansas. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o trigo do Rio Grande do Sul ficou em R$ 450,43 a tonelada, com valorização de 0,10%. (Valor Econômico)
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