BALANÇO I: Agronegócio garante saldo da balança comercial brasileira
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O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, afirmou nessa quarta-feira (20-12) que a proposta de orçamento para o Ministério da Agricultura, já encaminhada ao Congresso, foi estipulada em R$ 950 milhões, valor 19% maior que o deste ano, de cerca de R$ 800 milhões (dos quais R$ 794,262 milhões já executados), de acordo com a assessoria de comunicação do ministério. Desse total, R$ 195 milhões serão destinados à defesa agropecuária, 60% mais que os R$ 122 milhões gastos este ano. Segundo Guedes, no projeto de lei orçamentária para 2007 foi incluída uma emenda parlamentar para tornar esses recursos não-contingenciáveis, ou seja, aplicados na totalidade.
Agroenergia - Em relação à agroenergia, o ministro afirmou que o complexo sucroalcooleiro vai bater recorde em 2006, com embarques de cerca de 20 milhões de toneladas de açúcar, 3,3 bilhões de litros de álcool, totalizando receita de US$ 8 bilhões. Guedes lembrou o acordo firmado entre o governo da Flórida, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, com a proposta de intensificar a produção de etanol nas Américas e outros países, pode impulsionar ainda mais os embarques brasileiros. Guedes traçou um cenário mais favorável à agricultura no próximo ano, estimando que a safra de grãos poderá ser superior aos 120,2 milhões de toneladas de 2006/07, com melhora na renda do agricultor, redução dos custos de produção e recuperação dos preços das commodities. (Fonte: Valor Econômico).
Saldo de R$ 44 bi - O agronegócio responderá por mais de 90% do saldo comercial brasileiro neste ano, estimado em US$ 44 bilhões, destacou ontem (20/12) o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, ao fazer um balanço das ações de sua pasta em 2006 e projetar as prioridades para 2007. De acordo com ele, o superávit do setor deverá ser de US$ 42,5 bilhões, resultado de exportações de US$ 49 bilhões contra importações de US$ 6,5 bilhões. O ministro ressaltou ainda que a agricultura nacional está começando a se recuperar da crise enfrentada nas últimas duas safras (2004/05 e 2005/06). “As exportações totais do agronegócio brasileiro praticamente duplicaram neste ano, em relação a 2002, quando somaram US$ 24,8 bilhões”, assinalou Guedes. De acordo com ele, o setor de carnes teve importante contribuição nesse crescimento. Em 2001, lembrou, as vendas externas do complexo carnes totalizaram US$ 1,9 bilhão. “Nos últimos 12 meses, alcançaram US$ 8,6 bilhões, ou seja, mais do que quadruplicaram nesses cinco anos.” Hoje, acrescentou, o Brasil é o maior exportador mundial da carne bovina, e a previsão é de que os embarques ultrapassem US$ 3,6 bilhões em 2006.
Perspectiva - O ministro também traçou um cenário mais favorável à agricultura no próximo ano. “Há um claro processo de recuperação do setor. Os últimos números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que a safra de grãos 2006/07, por exemplo, será ligeiramente superior à passada, devendo alcançar 120,2 milhões de toneladas.” Ele prevê ainda uma melhora na renda do produtor, graças à redução dos custos de produção e à recuperação dos preços das commodities, como soja, milho, café, açúcar, álcool e suco de laranja. Além desses dois fatores, enfatizou Guedes, as ações do Governo Federal tiveram contribuição importante na recuperação do setor. “Só para renegociação das dívidas rurais, o montante autorizado foi de R$ 20 bilhões. Até ontem, os débitos renegociados somavam R$ 16 bilhões”. Ele recordou também que o Palácio do Planalto destinou outros R$ 3,24 bilhões para apoiar a comercialização, permitindo o financiamento e compra de 22 milhões de toneladas de grãos por meio dos instrumentos da política agrícola. “Foi um apoio importantíssimo.”
Política agrícola - Guedes afirmou ainda que o Ministério da Agricultura está preocupado em construir um novo modelo de política agrícola. A proposta esboçada até o momento, revelou, prevê medidas que busquem a redução da oscilação da renda do setor agropecuário. “Precisamos dispor de instrumentos anticíclicos. Para tanto, devemos expandir o seguro agrícola e as operações no mercado de futuros.” Ao fazer o balanço das atividades de 2006, o ministro relacionou as prioridades da pasta para 2007: defesa sanitária (programas de sanidade e de alimento seguro), recursos para pesquisa agropecuária, reforço do diálogo com a sociedade por meio das Câmaras Setoriais e Temáticas (hoje são 30 câmaras), associativismo e cooperativismo, negociações internacionais, agroenergia e investimento na qualificação dos servidores do Ministério da Agricultura. (Imprensa Mapa e Valor Econômico).