BALANÇO II: Cooperativas exportam acima da média e somam US$ 2,6 bi
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Enquanto, em 2005, o setor de cooperativas amargou um ano ruim por causa do baixo preço das commodities, em 2006 elas cresceram e exportaram muito mais do que a média nacional. Segundo Evandro Ninaut, gerente de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), as exportações aumentaram 10% no período, atingindo a marca de US$ 2,6 bilhões. Até setembro, o setor havia alcançado US$ 2 bilhões. Em 2005, o total exportado foi de US$ 2,3 bilhões. “Para 2007, nós pretendemos elevar em 15% nossas exportações, principalmente porque estamos criando um projeto de inteligência comercial que vai receber apoio do governo com o Programa de Desenvolvimento de Infra-estrutura para Cooperativas”, afirma Ninaut.
Parte de toda essa evolução se deve à elevação dos preços das commodities e também pela abertura de novos mercados.
Produtos - O principal produto exportado pelas cooperativas em 2006 foi o álcool, seguido de café e soja. Os Estados Unidos são o principal destino, correspondendo a 12% da pauta. Em relação a 2005, a participação norte-americana cresceu mais de 500%, o que significa dizer que quase não houve exportação para lá no ano passado. China aparece em seguida com 10%. Emirados Árabes Unidos e América Latina também têm participação como mercados compradores, mas não com importância significativa. Das 1.450 cooperativas registradas na OCB, apenas 162 exportam.
São Paulo - Segundo Ninaut, as cooperativas paulistas representam 36,4% das exportações. Paraná é o segundo colocado, com 32,7% e Santa Catarina é o terceiro, com 7,4%, criando uma situação onde há dois pólos exportadores. A participação de São Paulo, até o final do ano, será de aproximadamente US$ 950 milhões. Esse número representa um incremento de 28,4% em relação ao ano passado. A projeção para 2007 é, no mínimo, passar de US$ 1 bilhão. O açúcar é o principal produto da pauta de exportação, sendo responsável por 70% das vendas. Em seguida vem álcool, soja e frango. “Temos de lembrar que o estado é muito consumidor desses três últimos produtos”, diz Edivaldo Del Grande, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp). (DCI)