PROJETO: Bolsa quer incentivar negócios no mercado de álcool
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A Bolsa de Mercadorias e Futuros pretende incentivar seu mercado de negociação de álcool, disse hoje o presidente da instituição, Manoel Félix Cintra Neto. Segundo ele, em 2006 essa área não se desenvolveu conforme o esperado. "Tivemos dificuldades, vários entraves. Mas queremos ser o principal centro negociador de álcool, pois o Brasil é o maior produtor mundial", afirmou durante almoço anual com a imprensa. No ano passado, Bolsa de Mercadorias a transacionou 26,426 mil contratos de álcool, um aumento de apenas 3,5% sobre o ano anterior. Para efeitos de comparação, seu principal mercado, o de café, cresceu 10,1%, para 561,4 mil contratos. "Estamos conversando com o governo para eliminar empecilhos como, por exemplo, a incidência de PIS e Cofins sobre operações de hedge sem entrega física. Atualmente, todas as operações de hedge são tributadas."
Carbono - Cintra Neto comentou ainda sobre o mercado de carbono. Segundo ele, o banco de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) da Bolsa de Mercadorias já conta com o registro de duas propostas validadas, além de outras quatro intenções de compra de créditos de carbono. Há também um pedido de registro de uma intenção de projeto, em avaliação pela Bolsa. Nesse primeiro semestre, a Bolsa de Mercadorias pretende lançar um sistema de leilões globais, dia Internet, para a negociação de créditos de carbono. Essa plataforma será inicialmente voltada para a transação no mercado à vista, e oferece maior facilidade de acesso aos projetos, inclusive os de pequena escala, de acordo com a Bolsa. A Bolsa de Mercadorias também quer desenvolver, entre 2007 e 2008, um programa de conscientização ambiental e de institucionalização do mercado de carbono no País, com apoio do Banco Mundial. Para isso, está fechando com o Bird financiamento de US$ 900 mil. Os recursos irão para estudos de mercado, desenvolvimento de metodologias e realização de eventos de capacitação. (Estadão)