TRIGO: Ocepar participa de reunião em Porto Alegre

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Fecoagro, Farsul, Fetaeg, Ocepar, Abitrigo, Sinditrigo/Pr e Sinditrigo/Rs se reuniram na terça-feira (30/01), em Porto Alegre (RS), para discutir o subsídio que a Argentina tem dado ao trigo. O produtor vende o produto a US$ 120 para o moinho argentino, que faz a farinha e vende para o Brasil com preço subsidiado, abastecendo assim o mercado brasileiro e criando um problema sério para as indústrias e produtores brasileiros, principalmente quanto a liquidez de mercado. Robson Mafioletti, analista técnico e econômico da Ocepar, participou da reunião no Rio Grande do Sul e disse que, normalmente, entram 250 mil toneladas/ano de farinha no Brasil. E para este ano a previsão da Indústria é que esta quantidade chegue a 500 mil toneladas, ou seja, o dobro. Para resolver o problema, a proposta da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo) é fixar imposto importação de 30% para a farinha e de 35% para a pré-mistura. Essa sugestão tem o apoio do setor produtivo, destacou Mafioletti. Para dar continuidade à discussão deve ser marcada ainda uma audiência na Comissão da Agricultura da Câmara dos Deputados. Na reunião de Porto Alegre também foi aprovada pelo setor produtivo a proposta do Plano Safra para a Triticultura Nacional, que oportunamente será entregue ao Ministro da Agricultura.

Reunião na Ocepar - Na última segunda-feira (29/01), por solicitação da Abitrigo, foi realizada na sede da Ocepar uma reunião para discutir o subsidio a farinha de trigo Argentina, bem como, a redução na tarifa de exportação da pré-mistura de trigo. Participaram 16 pessoas, entre representantes da Ocepar (superintendência e área técnica), Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Abitrigo, moageiras e cooperativas, entre elas a Coamo, Cotriguaçu e da Agrária. A indústria do trigo está preocupada com a entrada do produto argentino no país, devido redução da tarifa de exportação da pré-mistura de farinha de trigo de 10% para 5%, instituída pelo governo argentino. Segundo Samuel Hosken, presidente da Abitrigo, chegou-se à conclusão que era necessária a ação conjunta e ativa dos segmentos produtivo e industrial. “Temos que encontrar mecanismos legais para contestar e interromper essa concorrência desleal da Argentina”, disse, após o final da reunião. No próximo dia 13 haverá uma reunião da Câmara Setorial de Cereais de Inverno, em Brasília, para discutir a política nacional do trigo para 2007.

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