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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, reforçou a importância do combate à febre aftosa de maneira integrada com todos os países do continente para superar problemas recentes como o novo foco da doença notificado pelo Paraguai nesta semana. “Esse caso de aftosa é bem menos grave do que o anterior. Os recursos e o exército já estão aqui. Estamos agindo com mais vigor ainda desta vez e iremos vencer essa batalha. A nossa relação com o Paraguai é a melhor possível e confiamos no trabalho que eles vêm fazendo, mas precisamos pensar no combate a essa doença em nível de América do Sul”, declarou.
Mato Grosso do Sul - A posição foi defendida por Mendes durante a visita à fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai na sexta-feira, 6 de janeiro. O ministro acompanhou as atividades de prevenção que vêm sendo realizadas na região. Mendes sobrevoou a divisa dos municípios de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, e de Juan Pedro Caballero, no Paraguai.
Fiscalização - Na companhia da secretária de Desenvolvimento Agrário, Produção e Turismo de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina Dias, e do general do Comando Militar do Oeste, João Francisco Ferreira, o ministro também conheceu o trabalho realizado pelos militares e fiscais da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do estado (Iagro) num dos postos de fiscalização considerados estratégicos para a prevenção. A agenda incluiu ainda um encontro com produtores e autoridades locais no Sindicato Rural de Ponta Porã. Outra medida que será avaliada em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores é a indicação de um adido agrícola para aproximar o Brasil e manter contato permanente com todos os assuntos que envolvam a produção agrícola. A primeira possibilidade seria o Paraguai, mas a Bolívia também será avaliada.
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De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil exportou 814,3 mil toneladas de milho em dezembro de 2011. O faturamento foi de US$232,1 milhões. O volume foi 57,7% menor que o embarcado no mesmo mês de 2010. A receita diminuiu 47,5% em relação a dezembro de 2010. No acumulado de 2011 foram exportadas aproximadamente 9,5 milhões de toneladas de milho frente a 10,8 milhões de toneladas em 2010. Uma redução de 12,2% no volume embarcado. O faturamento, por sua vez, cresceu 21,3% em 2011 na comparação com 2010, totalizando US$2,7 bilhões. A questão é o preço do milho exportado que aumentou 54,2% em 2011 em relação a 2010. O preço médio em 2011 ficou em US$298,80 por tonelada. (Agrolink/Scot Consultoria)
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A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, através do seu Departamento de Economia Rural (Deral), divulgou nesta quinta-feira (05/01), o primeiro levantamento de perdas da safra de verão 2011/12. Durante os meses de novembro e dezembro, o regime de chuvas no Estado ficou abaixo da normalidade, prejudicando o desempenho das principais culturas. Estima-se até agora uma redução de 2,55 milhões de toneladas de soja, milho e feijão que, aos preços de hoje, significa um prejuízo financeiro de R$ 1,52 bilhão. A quebra da produção representa 11,5% da safra paranaense de grãos de verão, que era estimada em 22,13 milhões de toneladas.
Soja - As condições climáticas adversas comprometeram a safra paranaense. A produção inicialmente estimada em 14,15 milhões de toneladas foi reavaliada para 12,73 milhões. Estima-se uma quebra em torno de 10%, o que representa, em termos físicos, que cerca de 1,42 milhão de toneladas deixarão de ser produzidas. Em valores financeiros a perda é de R$ 1,02 bilhão.
Milho (1ª safra) - A área plantada com milho 1ª safra, no Paraná, é de 938.335 hectares, 21% maior que a cultivada no ano anterior. A expectativa era que a produção atingisse 7,4 milhões de toneladas, 21% acima do volume obtido na safra passada (6,1 milhões de toneladas). No entanto, a estiagem que vem ocorrendo desde fim de novembro afetou a produtividade inicialmente estimada. De acordo com levantamento feito pelos técnicos do Deral, a produção atual está prevista em 6,4 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 14%, ou seja, uma quebra de 1,05 milhão de toneladas. Em valores financeiros estima-se um prejuízo de R$ 379,7 milhões.
Feijão (1ª safra) - Estima-se que 33% da área total destinada à cultura do feijão 1ª safra (250.653 ha) foi colhida. A produção inicialmente esperada era de 430.637 toneladas, porém, a ocorrência de temperaturas abaixo da média para o período e a estiagem comprometeram o potencial produtivo. Calcula-se uma quebra de 19% na produção de feijão, cerca de 83 mil toneladas, o que representa um prejuízo de R$ 117,4 milhões. A produção atual está estimada em 348 mil toneladas.
Clima - Durante o mês de dezembro, o regime de chuvas ficou abaixo da normalidade, comprometendo o desempenho da safra. Segundo o Simepar, nas estações meteorológicas de Toledo, Campo Mourão, Maringá, Londrina e Francisco Beltrão choveu abaixo de 1/3 da média normal para o mês. As chuvas ocorridas na última semana de 2011 amenizaram em parte a situação de estiagem no Paraná. Em algumas localidades, como Assis Chateaubriand (Núcleo Regional de Toledo), houve registro de 116 mm no período. Porém, em Palotina, localizada no mesmo Núcleo, choveu apenas 9 mm. De acordo com o diretor do Deral, Otmar Hubner, de maneira geral as condições das lavouras estão heterogêneas. Há registros de áreas em condições ruins com perdas significativas e irreversíveis e ao mesmo tempo lavouras que apresentam um bom desempenho. (Agência Estadual de Notícias)
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As condições das lavouras de soja e milho do Paraná pioraram devido à escassez de chuvas na comparação com a situação verificada em meados de dezembro, apontou na terça-feira (03/01) o Deral (Departamento de Economia Rural), do governo do Estado. O Estado registrou déficit hídrico durante o mês de dezembro, o que afetou o desenvolvimento das lavouras em floração e frutificação, situadas especialmente nas regiões oeste, norte e noroeste do Estado, as principais áreas produtoras de soja. O Paraná é o segundo produtor de soja do Brasil e o maior produtor de milho do país.
Situação - O Deral avaliou que agora 32 por cento das lavouras de soja estão em situação média/ruim, contra 18 por cento em levantamento de 19 de dezembro. O departamento considera que 68 por cento das plantações de soja estão em boas condições, contra 82 por cento em dezembro. Em situação ruim, estão 8 por cento das áreas de soja, versus 3 por cento anteriormente. No caso do milho, 37 por cento das lavouras foram avaliadas como médias/ruins, ante 26 por cento em meados de dezembro. Em situação ruim, estão 10 por cento das áreas de milho, versus 3 por cento anteriormente. O Deral informou que 63 por cento das lavouras de milho estão em boas condições, ante 74 por cento no mês passado.
Nova previsão - O governo do Paraná deverá divulgar ainda esta semana uma previsão sobre perdas no Paraná. Consultado, o Deral não forneceu detalhes sobre o volume perdido, argumentando que os técnicos estão trabalhando no levantamento. A falta de chuva ocorre em meio ao fenômeno climático La Niña, que tende a reduzir as precipitações no Sul do país. O Paraná já registra algumas colheitas de soja, mas o volume colhido ainda é ínfimo para constar nos números da pesquisa. O Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, também está começando a colher, mas os volumes são pequenos, com os trabalhos se intensificando a partir da próxima semana. (Reuters)
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O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou um total de 162 projetos na América Latina ao longo de 2011 no valor de 10,8 bilhões de dólares, dos quais já desembolsou 8,3 bilhões, informou a entidade nesta quinta-feira (29/12). Os projetos de infraestrutura e meio ambiente representaram quase 61% da carteira da entidade, seguidos de programas de fortalecimento institucional e finanças 29% e projetos sociais 9%, informou seu presidente, Luis Alberto Moreno, em um relatório anual. As economias latino-americanos e caribenhas cresceram 4,3% em 2011, e a pobreza continuou baixando em toda a região, até 30,4%, destacou Moreno. O presidente do BID assegurou em seu informe que a América Latina sofre um "atraso descomunal" em termos de infraestrutura, e que os sistemas de segurança social deverão assegurar sua sustentabilidade financeira para não cair nos mesmos problemas que os países europeus. (AFP /Gazeta do Povo)
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O Ministério do Trabalho prorrogou, mais uma vez, o prazo para as empresas adotarem o novo sistema de ponto eletrônico impresso. A medida, publicada nesta quarta-feira no “Diário Oficial da União”, também prevê datas diferenciadas de acordo com o tipo de atividade econômica. O mecanismo passará a valer, a partir do dia 2 de abril do próximo ano, para as empresas que exploram atividades na indústria, no comércio em geral e no setor de serviços, incluindo, entre outros, os financeiros, de transportes, de construção, de comunicações, de energia, de saúde e de educação.
Atividade agroeconômica - A exigência para as companhias de atividade agroeconômica entrará em vigor em 1º de junho de 2012. O prazo para as microempresas e empresas de pequeno porte é 3 de setembro do mesmo ano.
Dificuldade operacional - Assinado pelo ministro interino, Paulo Roberto Pinto, o texto explica que o adiamento considera “as dificuldades operacionais ainda não superadas em alguns segmentos da economia” para adotarem o Registro Eletrônico de Ponto (RPE). O sistema permite ao trabalhador retirar, na hora, um comprovante impresso das horas trabalhadas.
Obrigatória - A mudança para o RPE será obrigatória para as empresas com mais de dez funcionários que utilizam o mecanismo eletrônico como registro de ponto. As que optaram pelo sistema manual (escrito) ou mecânico (cartão) não terão que adotar a nova modalidade, afirma o ministério. (Valor Econômico)
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A Feira Sabores do Paraná fecha 2011 com saldo altamente positivo. Segundo dados da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento, mais de 210 mil pessoas passaram pelas seis grandes feiras regionais, realizadas em Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá, Londrina, Guaratuba e Matinhos. Os 528 pequenos e médios agricultores familiares cadastrados junto no programa movimentaram este ano R$ 2,3 milhões, comercializando sua produção nas feiras.
Objetivos atingidos - Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o Programa Fábrica do Agricultor está atingindo seus principais objetivos, principalmente no que se refere à inclusão de um segmento importante da agricultura paranaense no agronegócio familiar. “Temos vários pequenos e médios agricultores se estruturando comercialmente, expondo suas produções e suas marcas, estabelecendo negócios sem abrir mão da sua vocação de trabalhar no campo”, disse Norberto Ortigara. “Estamos ajudando a valorizar e fortalecer o mercado da agroindústria familiar, mostrando ao público os sabores das produções características das diversas etnias que formam o Paraná.”
Canais - De acordo com Éder Dalla Pria, coordenador-geral do programa Fábrica do Agricultor, as feiras são canais de divulgação que possibilitam a oferta da produção local para um grande público consumidor. “O reconhecimento do trabalho se dá no retorno dos novos produtos que são lançados e apresentados ao público”, afirma.
Itens - Em algumas destas feiras os consumidores têm à disposição entre 1.000 e 1.200 itens diferentes, que vão de produtos de origem animal e vegetal in natura a congelados e refrigerados, orgânicos e convencionais, ou ainda artesanato rural, flores, equipamentos e serviços.
Satisfação - Outro ponto que demonstra a importância das feiras, segundo Dalla Pria, é o grau de satisfação dos próprios agricultores familiares que participam do programa. Ao término de cada evento é feita uma pesquisa de avaliação. A maioria afirma que consegue recuperar seus investimentos, e em torno de 90% dos expositores afirmam que obtiveram lucros na comercialização de suas vendas.
Potencial - “Isso já nos mostra o potencial de cada feira. Mas outro detalhe importante é que mais de 50% destes agricultores familiares já fecharam negócios futuros. Ou seja, as produções e vendas não se restringem apenas aos períodos de realização das feiras. Eles passam a manter uma relação permanente com o comércio tradicional, o que lhes dá suporte para manter e expandir suas atividades ao longo do ano”, disse Dalla Pria. Segundo ele, a Fábrica do Agricultor também ajuda a criar no público o hábito de consumir produtos da agroindústria familiar do Estado. “Aquilo que é feito neste setor está caindo no gosto e na confiança do consumidor paranaense”, afirmou. (AEN)
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Pela primeira vez desde que foi criada, em 1988, a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. (Ferroeste) investirá na compra de locomotivas próprias. A aquisição de cinco novas máquinas, que acaba de ser autorizada pelo governador Beto Richa, dobrará a capacidade de tração da empresa e é mais um passo no processo de recuperação da Ferroeste iniciado este ano. Serão investidos R$ 8 milhões, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) do Estado.
Referência - “Estamos investindo para que a Ferroeste volte a ser referência”, disse o governador ao anunciar a medida. Ele lembrou que a licitação anterior foi suspensa em razão do elevado custo financeiro – sete locomotivas do mesmo modelo por R$ 25 milhões. “Conseguimos interromper o processo antigo, agindo com rigor absoluto e austeridade nos gastos”, disse Richa.
Licitação - De acordo com o diretor presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro, a licitação para compra das locomotivas deverá ser aberta em janeiro e a previsão é que elas comecem a rodar no segundo semestre de 2012.
Estrutura - A Ferroeste conta hoje com 10 locomotivas (todas alugadas), das quais seis operantes e uma em recuperação. São máquinas com 1.300 HP de potência. As novas máquinas terão entre 2.400 e 3 mil HP. “Hoje, cada locomotiva traciona oito vagões. As novas poderão tracionar entre 14 e 18 vagões cada uma, o que significa atender a um número bem maior de clientes”, explica Theodoro.
Atendimento - Segundo ele, a empresa atende hoje apenas 5% da demanda por transporte ferroviário de produtos do Oeste do Paraná, Sul do Mato Grosso e Paraguai. Com as novas locomotivas, poderá atender cerca de 10%. “Ainda temos um longo caminho a percorrer, mas o governo do Estado tem a firme determinação de recuperar a Ferroeste e fazer dela uma empresa competitiva e capaz de contribuir efetivamente para o desenvolvimento econômico do Estado”, afirma.
Investimentos – Quando entrarem em operação, as novas locomotivas rodarão em condições bem melhores que as encontradas pela atual administração na estrutura da Ferroeste. O presidente da empresa conta que um dos primeiros desafios foi reduzir o tempo de viagem dos trens, que levavam até 12 horas para fazer o percurso entre Cascavel e Guarapuava – projetado originalmente para um tempo de oito horas. Dormentes quebrados e equipamentos danificados à beira da ferrovia restringiam a velocidade.
Manutenção preventiva - Em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a Ferroeste iniciou uma operação de manutenção preventiva na via permanente, limpando as canaletas e retirando um volume de material que já chegou a 2.200 metros cúbicos. Com isso, o tempo de viagem foi reduzido para oito horas. Além de melhorar a capacidade operacional, o governo também vem investindo para ampliar a capacidade de tração da Ferroeste. Técnicos da estrada de ferro iniciaram a recuperação de locomotivas inservíveis que estavam paradas nos pátios da empresa. “Pela primeira vez na história da Ferroeste nós recuperamos cinco locomotivas, dentro da nossa oficina, com nossos funcionários e alguns terceirizados, fazendo inclusive a pintura das máquinas”, disse Theodoro.
Peças – A estrutura da Ferroeste também está sendo reforçada graças a um acordo pelo qual o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) cedeu à empresa 150 toneladas de material ferroviário, incluindo cerca de 140 mil peças, quatro locomotivas, motores usados, empilhadeiras e outros equipamentos. O material pertenceu à antiga Rede Ferroviária Federal.
Carretas - De acordo com Theodoro, a Ferroeste já recebeu duas carretas com materiais e até metade de janeiro chegarão mais sete. As locomotivas deverão ser entregues até fevereiro. Depois de recuperadas, elas serão colocadas em operação. “Equivalerá a colocar para rodar mais seis máquinas, aumentando em 60% a capacidade de tração atual”, diz o presidente da empresa. As peças cedidas pelo DNIT formarão um estoque suficiente para os próximos 10 anos, garantindo economia à ferrovia paranaense. O gasto da Ferroeste com peças este ano foi de R$ 2,7 milhões.
Expansão – No balanço de ações do ano, Theodoro também destaca o projeto de expansão da Ferroeste de Cascavel até Dourados e Maracaju, no Mato Grosso do Sul, passando por Guaíra, e de Guarapuava ao Porto de Paranaguá. “Estamos com um projeto de viabilidade técnica, econômica e ambiental junto à Valec”, disse o presidente da empresa, referindo-se à estatal vinculada ao Ministério dos Transportes. De acordo com ele, informações do ministério dão conta de que o processo deverá ser reaberto no primeiro trimestre de 2012. (AEN)
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O Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá acaba de atingir a maior movimentação de sua história. De janeiro até esta segunda-feira (26/12), foram exportadas 13,9 milhões de toneladas de produtos. O recorde anterior foi registrado em 2001, quando o volume exportado pelo complexo alcançou 13,8 milhões de toneladas.
Produtos - Criado nos anos 70, o Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá escoa soja, farelo de soja, milho, açúcar e trigo. O sistema é único no Brasil e integra nove terminais que, juntos, tem capacidade nominal de armazenagem de 950 mil toneladas. O complexo abastece três berços de atracação, com velocidade de embarque de nove mil toneladas por hora.
Repotenciamento - Para 2012, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) está trabalhando no projeto de repotenciamento do Corredor de Exportação. Orçado em R$ 700 milhões, o projeto duplicará a capacidade nominal de embarque de grãos, de nove para 18 mil toneladas/hora, atendendo à determinação do governo Beto Richa de modernizar o porto, recuperar sua competitividade e atender da melhor forma os usuários. Com as obras, serão quatro berços dedicados exclusivamente ao embarque de granéis.
Armazenagem de granéis - Além disso, a Appa tem outro projeto de construção de novas instalações de armazenagem de granéis. Elas serão construídas na área primária do cais, em substituição a armazéns antigos que hoje existem na área, aumentando a capacidade de armazenagem de 50 mil para 200 mil toneladas de grãos. Existem ainda os projetos da iniciativa privada que irão aumentar ainda mais a capacidade. Com a conclusão destas obras nos próximos anos, a Appa irá ampliar a capacidade de armazenagem do corredor de 950 mil toneladas para 1,5 milhão de toneladas. “Iremos duplicar a capacidade de embarque e a capacidade de armazenagem. Estamos preparando os portos paranaenses para o futuro, para atender à demanda crescente”, afirmou o superintendente da Appa, Airton Vidal Maron.
Recordes – Este foi um ano de recordes para o Porto de Paranaguá. O terminal superou recordes históricos na movimentação de fertilizantes, soja, veículos, açúcar, receita cambial e na movimentação do Porto de Antonina, além da movimentação geral de mercadorias. “Temos trabalhado com o intuito de facilitar a vida dos operadores, sem criar obstáculos, o que vem permitindo a recuperação de cargas. Estamos seguindo as orientações do governador Beto Richa, sempre na busca do diálogo e preocupados em garantir que a movimentação no porto promova a geração de emprego e renda para os trabalhadores portuários e na economia como um todo”, afirma Maron. (AEN)
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A produção de frutas vem ocupando cada vez mais espaço junto a outras lavouras no Paraná, e com o suporte da pesquisa agropecuária e o empenho dos produtores o cultivo já representa de 2% a 3% da renda bruta gerada no campo. Na safra 2010 o peso da fruticultura no VBP (Valor Bruto da Produção) foi de R$ 44,3 bilhões, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria estadual da Agricultura. Considerando um universo de 34 variedades, a produção ocupou uma área de 70,9 mil hectares e chegou a 1,5 milhão de toneladas.
Pomares - Os pomares estão espalhados por todas as regiões, e por estarem em áreas de transição climática e com vários tipos de solo é possível cultivar as mais variadas espécies. Laranja, banana, tangerina, melancia e uva são as cinco principais frutas produzidas no Estado. Juntas, respondem por 84,6% do total produzido. A laranja, com 38,1%, é o cítrico mais produzido em relação ao volume total. São 582,4 mil toneladas, contra 178,3 mil toneladas de tangerinas (poncã, mexirica, montenegrina e murgote). A banana é responsável por 18,1% do volume total da fruticultura, com 275,9 mil toneladas, enquanto que a melancia representa 9,6% da produção total de frutas, com uma safra de 146,7 mil toneladas. A uva, por sua vez, foi responsável por 7,1% da safra paranaense, com 108,1 mil toneladas.
Uva - Como sobremesa, acompanhamento, ou mesmo na decoração, as frutas tropicais estão mais acessíveis. Com poder de compra melhor a população passou a consumir mais. Exemplo disso é o que acontece com a uva. Em 2.000 o consumo médio era de 2,32 quilos/ano por pessoa, e em 2010 o consumo passou para quatro quilos/ano por pessoa. O Paraná é o quarto estado que mais produz uva no país. O primeiro é o Rio Grande do Sul, com 737 mil toneladas, seguido de São Paulo, com 177,9 mil toneladas, e Pernambuco, com 158,5 mil toneladas.
Divisão - A produção no Estado se divide entre uva fina de mesa, mais delicada, e uva rústica, destinada à agroindústria. Cerca de 80% da área plantada é de uva de mesa, e as regiões que mais se destacam são o noroeste e norte, principalmente o município de Marialva, responsável por 50,34% da produção estadual de uva de mesa. As uvas finas de mesa mais cultivadas são as variedades Itália, Rubi, Benitaka e Brasil.
Rústicas - Entre as uvas rústicas, próprias para a produção de vinho, suco e geleia, estão a Niágara rosada e branca e Bordeaux (terci). Estas se concentram mais nas regiões oeste e sudoeste e também na Região Metropolitana de Curitiba (municípios de Colombo, Campo Largo e São José dos Pinhais).
Área - De acordo com o agrônomo e responsável pelo setor de fruticultura do Deral, Paulo Andrade, são quase seis mil hectares de parreirais em todo o Paraná. “A produção de uva de mesa ocupa a maior parte destas áreas. São um pouco mais de 3,9 mil hectares, enquanto que a área utilizada para a agroindústria é de 2,1 mil hectares”, disse. A cadeia produtiva da uva, segundo ele, envolve cerca de sete mil famílias no Estado e o faturamento chega a R$ 220 milhões/ano, o que corresponde a 24,59% do VBP (Valor Bruto da Produção).
Variedades - Em menor escala o Paraná produz maçã (108 mil toneladas), pêssego (18,4 mil toneladas), ameixa (12,7 mil toneladas), nectarina (3,2 mil toneladas), caqui (19,4 mil toneladas), morango (14,4 mil toneladas), manga (8,1 mil toneladas) e maracujá (17,8 mil toneladas). O cultivo do coco verde também apresentou resultado positivo. A produção foi de 2,6 milhões de frutos. Ele é explorado comercialmente nas regiões de Maringá, Paranavaí e Umuarama, e na escala de produção está em trigésimo quinto lugar.
Importância - Paulo Andrade ressaltou a importância da fruticultura nas regiões e municípios onde a cultura está estabelecida. “Ela contribui para o aquecimento de outros setores da economia, uma vez que gera renda e emprego. Hoje estão envolvidos na atividade, produzindo as mais variadas espécies de frutas, 30 mil agricultores”. De acordo com ele, as perspectivas de produção para a próxima safra são boas para a fruticultura paranaense. “Desde que o fenômeno “La Niña” não seja intenso, teremos frutas mais coloridas e saborosas em nossas mesas”, afirmou. (AEN)
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O Brasil passou o Reino Unido para tornar-se a sexta maior economia do mundo, segundo levantamento do Centro de Pesquisa de Economia e Negócios (CEBR, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira (26/12) pelo jornal britânico "The Guardian". A crise financeira de 2008 e a recessão subsequente relegaram o Reino Unido ao sétimo lugar em 2011, enquanto o Brasil, a maior economia da América do Sul, continuou a mostrar crescimento, lastreado em aumento das exportações para a China e outros países asiáticos.
Rússia e Índia - O levantamento do CEBR aponta ainda que a Rússia e a Índia, que também fazem parte dos Brics (grupo formado ainda por China, Brasil e África do Sul), devem se beneficiar de um “surto” de crescimento nos próximos 10 anos e relegar a economia britânica ao oitavo lugar entre as maiores do mundo.
Compensação - Para o jornal, a única compensação para os representantes do governo preocupados com a relativa queda da economia do Reino Unido está no fato de que a França deve perder posições em ritmo ainda mais rápido. Por enquanto, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, pode se gabar de que a França está atrás apenas dos Estados Unidos, China, Japão e Alemanha, em quinto lugar, mas até 2020, segundo as projeções do CEBR, o país deverá ficar atrás do Reino Unido, na nona posição. A Alemanha também deve perder lugares e se tornar a sétima maior economia do mundo.
Novo fenômeno - Segundo o diretor-executivo do CEBR, Douglas McWilliams, “o Brasil bate os países europeus no futebol já há muito tempo, mas vencê-los também na economia é um novo fenômeno. Nossa tabela para a liga mundial econômica mostra que o mapa está mudando, com os países asiáticos e produtores de commodities ganhando vantagem enquanto a Europa perde espaço”, afirmou.
Década perdida - O CEBR prevê uma “década perdida” para a Europa, com baixo crescimento, enquanto as economias da região esforçam-se para reduzir a dívida soberana no curto prazo. A economia mundial, segundo o órgão, deve crescer apenas 2,5% no próximo ano, sob o risco de que essa expansão seja ainda menor, de 1,1%, caso um cenário envolvendo um ou mais países deixando a zona do euro ou uma crise bancária venham a se concretizar.
Recessão - No cenário central, sem ruptura, o órgão projeta recessão na Europa, com retração de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, crescimento de 1,6% nos Estados Unidos e de 7,6% para a China. Já o Brasil, um dos países com laços mais estreitos com a União Europeia e dependente dos preços das commodities, deve passar de crescimento de 2,8% em 2011 para 2,5% no próximo ano, menos do que preveem os economistas consultados pelo boletim Focus, do BC, que projetam expansão de 3,4% no próximo ano. (Valor Econômico)
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Depois de sustentar o superávit da balança comercial brasileira por dez anos, o saldo das exportações do agronegócio vai bater novo recorde em 2011. Os dados do Ministério da Agricultura mostram que os embarques do setor vão superar em US$ 75 bilhões as importações, valor 19% maior que o do ano passado. Como os demais setores apresentam déficit, o saldo da balança comercial brasileira, incluindo todos os segmentos, será menor que o do agronegócio (próximo de US$ 28 bilhões) e o da balança comercial paranaense ficará negativo (em cerca de R$ 1 bilhão).
Produção - A expansão do agronegócio vai além dos números referentes às exportações, conforme os analistas. No caso do frango, que tem 30% da produção exportados, a previsão é de crescimento de 2,5% nos embarques e de 6,9% na produção. A indústria está atingindo 13 milhões de toneladas e deve exportar 4 milhões (t).
Vantagem - Esse volume permite ao país abrir vantagem como maior fornecedor do produto para o mercado mundial. Os Estados Unidos, na segunda posição, estimam que vão exportar 3,11 milhões de toneladas em 2011. Como o produto está em alta, deve render 15% a mais ao Brasil nas vendas ao exterior na comparação com 2010 – perto de US$ 8 bilhões.
Força - O déficit previsto para a balança comercial do Paraná seria bem maior se as exportações do agronegócio não tivessem crescido com tanta força, afirma Gilda Bozza, economista da Federação da Agricultura do Paraná (Faep). “O setor detém 70% das exportações totais, um comportamento sustentado ao longo do ano.”
Soja e sucroalcooleiro - Além das carnes, a maior parte das exportações de produtos com origem no meio rural vem do complexo soja e do sucroalcooleiro. Esse três segmentos respondem por 85% dos embarques do agronegócio paranaense. Os valores da produção embarcada subiram 38% para a soja em grão e saltaram 48% no açúcar.
Superávit - O superávit do agronegócio deve atingir US$ 10 bilhões no Paraná, pelo fato de as exportações caminharem para US$ 12 bilhões. A soja em grão tem participação decisiva nesse bolo, com cerca de US$ 5 bilhões. O saldo positivo nacional cresceu US$ 20 bilhões nos últimos dois anos, ou seja, duas vezes o índice estadual. O superávit do setor faz com que a balança comercial brasileira seja positiva desde 2001. E de forma expressiva. Contribuiu em todos os balanços e foi maior que o índice nacional em oito dos últimos dez anos.
Déficit no PR mostra sofisticação - O diretor de Pesquisa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Júlio Suzuki, afirma que o Paraná – maior produtor de grãos do Brasil – registra déficit comercial por ter ampliado as importações e devido às próprias características da economia. Se o estado dependesse apenas de produtos primários, o quadro seria outro, mas, nem por isso, melhor.
Automóveis - Os automóveis importados via Paranaguá entram nas contas do estado mas boa parte segue para outras regiões, considera. Além disso, a estrutura de refino de petróleo de Araucária está preparada para receber matéria-prima externa, menos ácida que a nacional, destaca. Esses fatores tiveram peso decisivo no déficit, que chegou a US$ 1,2 bilhão de janeiro a novembro.
Essencial - “Geralmente os estados com estruturas de produção mais complexas e sofisticadas importam mais do que exportam, como ocorre em São Paulo.” Em âmbito estadual, a balança comercial reflete com distorções o andamento da economia, analisa Suzuki. Por outro lado, manter o saldo positivo é essencial para o país, acrescenta. (Gazeta do Povo)
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Perto de dois terços das lavouras de grãos do Paraná sofrem desde o início do mês com a redução das chuvas. Escassas e irregulares, as precipitações são consideradas insuficientes nas regiões Sudoeste, Oeste, Noroeste, Centro-Oeste, Norte e Norte Pioneiro. Só nos Campos Gerais e no Sul o problema é menos grave. Há fazendas que estão há 30 dias sem chuva em municípios do Sudoeste e do Oeste.
Milho e soja - A agrônoma Margorete Demarchi, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura, avalia que 62% do milho e 44% da soja – em floração e frutificação – estão suscetíveis a perdas climáticas. A seca é considerada manifestação do La Niña.
Perdas - “Se não chover dentro de uma semana, teremos uma forte perda na colheita”, disse o agricultor Ademir Casarotto, de Maringá (Noroeste). O solo arenoso da região fica seco em poucos dias, o que agrava a situação. O potencial de recuperação das plantas será testado a partir desta semana. A previsão é que o tempo fique nublado com pancadas de chuva nas regiões secas.
Prejudicada - Maringá está entre as regiões mais prejudicadas, afirma o técnico do Deral Marcelo Garrido. Nessas regiões, as lavouras receberam 10% da umidade esperada para dezembro, relata. “Quantidades muito pequenas de chuva não recuperam a umidade do solo.”
Oeste - O gerente do Departamento Agronômico da cooperativa C. Vale, Ronaldo Vendrame, afirma que a má distribuição das chuvas castiga a região de Palotina (Oeste). “Temos lavouras há mais de 30 dias sem chuva e outras, bem próximas, que receberam 30 milímetros nos últimos dias.”
Última safra - A última safra em que o Paraná enfrentou quebra na produção agrícola por causa do La Niña foi a de 2005/06. As perdas foram de 4,13 milhões de toneladas de grãos (58% soja), conforme as estatísticas do Deral. A produção de soja teve redução estimada em 20%, a de milho em 18% e a de feijão em 14%. O La Niña de 2005/06 foi considerado forte. O fenômeno se repetiu na safra passada, com intensidade moderada, sem provocar perdas no verão, o que foi considerado uma exceção. Desta vez, a intensidade também é moderada e as previsões são de chuvas escassas e irregulares para o Sul do país para dezembro e janeiro. (Gazeta do Povo)
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O Brasil desperdiça 10% da safra de grãos e, na temporada 2011/12, vai perder cerca de 16,5 milhões de toneladas de produtos como soja, milho, trigo e feijão nas lavouras, estradas, pátios dos portos e cantos de armazéns. A estimativa considera as avaliações técnicas de cada setor – colheita, transporte, armazenagem e embarque para exportação. Os problemas vão das frestas nas carrocerias dos caminhões ao excesso de umidade nos armazéns.
Perdas operacionais - É como se a agricultura jogasse fora R$ 4,98 bilhões por ano só com as perdas operacionais na soja. O volume de grãos desperdiçado é maior que o da safra de soja do Paraná, que cultiva 4,7 milhões de hectares para colher 14,9 milhões de toneladas neste verão. Os prejuízos começam na colheita, quando cerca de 1% é desperdiçado por mau uso das colheitadeiras ou problemas nas máquinas. Os fabricantes oferecem sensores de desrregulagem, mas as máquinas melhor equipadas custam mais de R$ 1 milhão e boa parte da frota opera à moda antiga. “A máquina mal regulada pode gerar até 5% de perda. O desafio da próxima década é melhorar a plataforma das colheitadeiras, onde ocorre o prejuízo”, diz João Rebequi, gerente de marketing de produto da New Holland.
Dobro - Quando o grão deixa o campo e ganha a estrada, o índice de perda dobra. No transporte, ficam 2% da safra. Caminhões com carrocerias mal vedadas e estradas esburacadas são responsáveis por essa taxa. “Quem dirige atrás de um caminhão velho carregado de trigo recebe uma nuvem no para-brisa”, afirma o analista técnico-econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Robson Mafioletti. Ele nota melhoria com a renovação da frota de caminhões e as reformas nas rodovias.
Calcanhar de Aquiles - A armazenagem é campeã de perdas. Cerca de 5% da produção nacional são descartados durante o período em que os grãos ficam estocados. Os principais problemas são micotoxinas, apodrecimento, umidade, insetos e ratos. A expectativa do setor é de que o índice de perda na armazenagem diminua drasticamente a partir de 2017, quando começa a valer nova normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que exige controle maior na qualidade do serviço. As cooperativas do Paraná têm investido cerca de R$ 300 milhões ao ano em armazéns mais equipados.
Certificação - “Perto de 30% das unidades armazenadoras do país não vão conseguir a certificação. O produtor brasileiro está preparado para produzir e colher”, aponta o presidente da Associação Brasileira de Pós-Colheita, Irineu Lorini.
Portos - Nos portos brasileiros, os problemas são atribuídos à defasagem da infraestrutura. Apesar dos administradores das autarquias estimarem perdas inferiores a 1%, o setor produtivo sustenta que o índice chega a 2%. “Os portos estão defasados para a importância que o agronegócio ganhou no país. Os setores de máquinas agrícolas, caminhões e armazenagem estão melhorando. Mas, as condições portuárias são bem piores”, critica Mafioletti. “Os portos estão defasados para a importância que o agronegócio ganhou no país. Os setores de máquinas agrícolas, caminhões e armazenagem estão melhorando. Mas, as condições portuárias são bem piores”, critica Mafioletti.
Mudança exige tempo e dinheiro - Para conter as perdas no escoamento dos grãos, o Brasil precisa ampliar investimentos de longo prazo, conforme o setor produtivo. Mesmo com a elevação de 15% nas vendas no último ano, apenas cerca de 6,7% das 65 mil colheitadeiras do país estão sendo substituídas. Ou seja, são necessários 15 anos para renovação completa.
Caminhões - Os investimentos em caminhões seguem ritmo semelhante, afirmam os técnicos. O maior volume de recursos necessário é para solucionar os problemas da infraestrutura. Só o Porto de Paranaguá elabora projetos de R$ 2 bilhões. Mas há medidas relativamente baratas. Um sistema de ventilação natural – sem uso de energia elétrica – desenvolvido no Paraná reduz os estragos que a umidade e o calor causam nos grãos estocados. Os ventiladores retiram o calor dos silos e ganham fama internacional. “Já vendemos para o Japão, Argentina, Chile, Alemanha, Estados Unidos. Porém, a nossa prioridade é atender o Brasil, que tem bastante mercado para o produto”, diz o empresário e inventor Werener Uhlnann. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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A baixa incidência de chuva que afeta praticamente todo o Paraná já começa a preocupar os produtores que terminaram o plantio da safra 2011/12. De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, o mês de dezembro, período normalmente provido de altas ocorrências de chuvas, registra uma diminuição considerável de precipitações neste ano. Na região de Londrina, por exemplo, o órgão contabilizava até o final da tarde de ontem (19) um deficit hídrico de 170 milímetros somente nesse último mês do ano.
Média - Sheila Paz, meteorologista do Simepar, disse que a média do município para todo o mês de dezembro deveria ser de 210 milímetros. Até agora, já na segunda quinzena do mês, o volume de chuva na região não passou dos 33 milímetros. A especialista também apontou que no Norte do Paraná, outros municípios também têm sofrido com a estiagem. Entre 1 e 19 de dezembro, choveu apenas 16 milímetros em Apucarana, um dos índices mais baixos do Estado. Por causa desse fator, a safra poderá ser mais fraca do que a do ano anterior.
Comprometimento da safra - Margorete Demarchi, engenheira agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), reforçou que existe a preocupação com o comprometimento da safra, principalmente por que 35% da área de soja e 38% de milho ainda estão em fase de florescimento. A pesquisadora explicou que o déficit hídrico eleva a perda de produtividade e que, se não chover rápido, o produtor pode ter prejuízos. (Folha de Londrina)
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O porto de Paranaguá lidera o ranking nacional dos portos que mais exportam produtos do complexo soja (soja, farelo e óleo). De janeiro a novembro, foram 11,6 milhões de toneladas de produtos exportados, deixando para trás portos como Santos (SP), Rio Grande (RS) e São Francisco do Sul (SC). O volume movimentado é 7% superior ao registrado em 2010 e corresponde a 25% do volume nacional exportado. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Farelo e óleo - Considerando os produtos separadamente, Paranaguá é líder na exportação do farelo de soja e no óleo de soja. De farelo, até novembro, foram exportados 4,2 milhões de toneladas, quase o dobro do que é movimentado pelo porto do Rio Grande, que ocupa o segundo lugar da lista, com 2,8 milhões de toneladas exportadas. Paranaguá exportou até novembro 732,8 mil toneladas de óleo de soja, o que corresponde a 46% do volume nacional exportado.
Grãos - O porto ainda ocupa a vice-liderança nacional na exportação de soja em grão. Até novembro, foram exportadas 6,6 milhões de toneladas, contra 8,6 milhões de toneladas exportadas por Santos. No entanto, o volume do grão exportado por Paranaguá apresentou alta de 27% em relação ao ano passado, batendo o recorde de exportação registrado em 2003, quando foram exportadas 5,7 milhões de toneladas do produto pelo Porto. Em Santos, a movimentação do produto cresceu 5% no período, e a média nacional de crescimento não passou de 10% em 2011.
Recuperação de cargas - “Estamos conseguindo recuperar cargas que deixaram de ser movimentadas por Paranaguá nos últimos anos. Exportadores que deixaram de usar nossa estrutura estão voltando. A dragagem que fizemos no início do ano contribuiu muito para atingirmos estes números”, afirmou o superintendente da Appa, Airton Vidal Maron. (AEN)
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Após estagnação no terceiro trimestre e retração em outubro, a atividade econômica deve esboçar recuperação modesta nos meses finais do ano, avaliam economistas consultados pelo Valor, que não será, no entanto, suficiente para um crescimento de 3% em 2011. A maioria dos analistas ouvidos não revisou suas projeções para o PIB deste ano após a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de outubro, que mostrou queda de 0,32% em relação a setembro, feitos os ajustes sazonais, mas acredita que o dado ruim pode estar provocando uma nova rodada de reduções em estimativas um pouco mais otimistas.
Expectativas - Depois de divulgado o indicador do BC que tenta antecipar o comportamento do PIB, na semana passada, o Boletim Focus desta segunda-feira (19/12) mostrou nova baixa nas expectativas do mercado para o PIB de 2011 - a quarta consecutiva - dessa vez, marginal, de 2,97% para 2,92%. Há um mês, a mediana dos analistas consultados estava em 3,16%. Para 2012, foram mantidas as estimativas em 3,4%.
Novos cortes - Ainda há espaço para novos cortes nas projeções para o PIB deste ano, afirma o economista Fabio Ramos, da Quest Investimentos. Levando em conta o recuo da atividade em outubro, Ramos revisou para baixo sua previsão para a expansão do PIB no quarto trimestre frente ao terceiro, descontadas as sazonalidades, de 0,3% para 0,2%. Assim, sua estimativa para o crescimento do PIB no ano foi reduzida de 2,8% para 2,7%. "O Focus não traz grandes novidades, mas no conjunto reflete uma menor confiança no crescimento tanto em 2011 como em 2012."
Viés de baixa - Mesmo com a redução, Ramos destaca que sua previsão para o último trimestre do ano possui um viés de baixa, já que dados preliminares de dezembro indicam um ritmo mais modesto da economia do que em novembro, mês no qual o IBC-Br deve ter avançado 0,5%, segundo suas estimativas.
Automóveis - No mês passado, as vendas de automóveis aumentaram 14,6% na comparação com outubro, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Na primeira quinzena de dezembro, no entanto, foi registrada queda de 1,2% em relação a igual período de novembro.
Fatores - Para o sócio-diretor da RC Consultores, Fabio Silveira, o encolhimento da atividade captado pelo IBC-Br em um outubro não é o único fator que está atuando sobre as expectativas. "Houve uma gradativa piora na evolução da economia no segundo semestre, com o enfraquecimento muito acentuado da produção industrial, o menor crescimento da massa salarial e da ocupação e resultados fracos no comércio."
Estagnação - Desse modo, projeta Silveira, o PIB do quarto trimestre deve ficar novamente estagnado e a expansão em 2011 será de 2,8%. "A produção industrial não evoluiu tanto e acredito que as medidas para estimular o consumo só deverão fazer efeito no ano que vem", sustenta, referindo-se à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para boa parte da linha branca e ao desmonte parcial das medidas macroprudenciais.
Setor agropecuário - O economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho, aposta em crescimento de 0,5% no PIB do último trimestre ao considerar um desempenho além do esperado do setor agropecuário, como aconteceu no terceiro trimestre do ano, mas pondera que sua projeção para o ano, de 2,97%, tem viés de baixa. "Teremos vários efeitos ajudando a economia no último trimestre, como a ação defasada do corte de juros, a redução de estoques na indústria e o estímulo ao consumo, mas nada impede um PIB abaixo de 3%."
Dado positivo - Velho vê como um dado positivo o fato de o mercado ter parado de revisar para baixo suas projeções de avanço do PIB para o ano que vem, e acredita que os analistas já estão embutindo os efeitos "animadores" do afrouxamento monetário e do conjunto de medidas tomadas pelo governo para reaquecer a economia. (Valor Econômico)
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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, reiterou a criação da Secretaria Nacional do Cooperativismo, na última sexta-feira (16/12), durante almoço no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS). Segundo ele, a medida é um reconhecimento da importância das cooperativas para o desenvolvimento do país. O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, parabenizou a iniciativa em nome dos cerca de 50 mil empregados e 2 milhões de associados de cooperativas gaúchas. “A criação de uma secretaria é merecida pelo cooperativismo no Rio Grande do Sul, que representa 10% do PIB e é responsável por 60% de tudo o que é produzido no campo em nosso Estado. O cooperativismo precisa dessa secretaria para que as políticas públicas da União possam se desenvolver da melhor forma possível”, ressaltou. (Informe OCB)
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O levantamento da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) dos financiamentos rurais da safra 2011/2012 aponta alta de mais de 12% nas movimentações financeiras relativas aos programas de investimento, que incluem Agricultura de Baixo Carbono (ABC), Moderagro, Moderinfra, Moderfrota, Prodecoop e Procap-Agro. Dos R$ 20,5 bilhões previstos, R$ 6,5 bilhões já foram utilizados. Somente o volume captado para o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) cresceu 55,5%. Até o final de novembro, foram liberados R$ 178,1 milhões. Nos cinco primeiros meses do Ano-Safra anterior foram R$ 114,5 milhões em créditos.
Pronamp - De julho a novembro de 2011, os agricultores acessaram R$ 2,251 bilhões do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) nas modalidades custeio e comercialização. O montante representa 7,1% a mais que no mesmo período de 2010, quando foram liberados R$ 2,1 bilhões. O valor ofertado passou de R$ 4,95 bilhões para R$ 6,2 bilhões nesta safra. Dos R$ 1,1 bilhão do crédito disponível na linha de investimentos, foram tomados R$ 868,4 milhões, quase 79% a mais que o volume dos cinco meses correspondentes do Plano Agrícola 2010/2011.
Custeio e comercialização - As operações de custeio e comercialização cresceram 2%, com destaque para a modalidade de empréstimo com juros controlados, que subiu 4,8% em relação ao mesmo período de 2010. Já as transações com taxa de juros livre caíram 13,7%, seguindo a tendência de queda. Nesta safra, foram previstos mais de R$ 80 bilhões para esse tipo de operações, dos quais R$ 35,5 bilhões já estão nas mãos dos produtores.
Moderfrota - No conjunto de todos os programas, apenas o Moderfrota registra níveis mínimos de aplicação. A baixa procura pode ser atribuída ao amparo do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que oferece condições de juros (6,5% ao ano) e prazos para pagamento (até 10 anos) mais atrativos ao produtor. As contratações no âmbito do PSI estão autorizadas até dezembro de 2012. O total movimentado de julho a novembro passou de R$ 2,572 milhões para R$ 2,655 milhões, com alta de 3,2%.
Contratado - Dos R$ 107,2 bilhões disponíveis para serem utilizados pela agricultura empresarial neste Plano Agrícola, R$ 44,67 milhões já foram contratados, um aumento de 3,4% em relação ao crédito concedido neste período na safra de 2010.
Firme - O Secretário de Política Agrícola do Mapa, Caio Rocha, reforça que mesmo diante do recuo no crédito global, com impactos em diversas nações de diferentes continentes, inclusive no Brasil, o financiamento ao setor agropecuário segue firme, evidenciando as boas expectativas em relação a esse segmento. “Nos próximos meses os esforços têm que ser direcionados no sentido de assegurar recursos suficientes para o financiamento da segunda safra de milho, da safra de inverno e da comercialização de produtos da safra de verão, que começa a ser colhida já no mês de janeiro”, avalia. (Mapa)