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SOJA: Preços seguem em alta

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As estimativas oficiais continuam reduzindo a produção de soja na América do Sul mês a mês, e agentes ainda apostam em novos ajustes. Com isso, as cotações seguem em alta nos mercados interno e externo. No Brasil, de acordo com levantamentos do Cepea, os preços diários e a média do mês vêm batendo recorde nominal a cada dia. Com a possibilidade de que a produção seja ainda menor que a estimada até agora, no Brasil, a oferta de soja pode inclusive ficar abaixo da de milho, o que não acontece há onze anos. Ao mesmo tempo, a demanda segue firme, com agentes antecipando as compras. Importadores, em especial, também têm incertezas quanto ao tamanho que poderá ser a safra dos Estados Unidos, maior produtor mundial, uma vez que deverá haver redução da área cultivada. Quanto aos preços internos, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá) foi de R$ 59,98/saca de 60 kg na sexta (13/04), elevação de 1,87% entre 5 e 13 de abril. Ao ser convertido para dólar (moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa), o Indicador fechou a US$ 32,63/sc de 60 kg, alta de 1,18% no mesmo período. A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, teve aumento de 1,9%, indo para R$ 57,23/sc de 60 kg. (Cepea/Esalq)


INFRAESTRUTURA II: Intermodal abre possibilidade de novos negócios com Portos do Paraná

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Novos negócios, novos clientes e consolidação de relações comerciais já existentes. Este são alguns acordos definidos pelos Portos de Paranaguá e Antonina no estande na Intermodal South América, maior feira de logística e transportes da América Latina, que terminou nesta quinta-feira (12/04), em São Paulo. Presentes no evento com outros 30 parceiros, os portos paranaenses mais uma vez expuseram a gama de serviços que podem oferecer ao mercado. 


Estratégica - De acordo com o diretor administrativo-financeiro Carlos Roberto Frisoli, a presença dos portos paranaenses num evento desta natureza é fundamental e estratégica. Ele disse que a troca de experiências com outros portos, a troca de informações operacionais e o conhecimento de novos modelos de exploração são os principais atrativos. “Nós trazemos os nossos parceiros, mostramos a nossa gama de serviços e aquilo que o nosso complexo portuário pode oferecer. Os parceiros conseguem fazer ótimos contatos comerciais e a feira é estratégica para isso. Agora, o próximo passo é participarmos de feiras internacionais, da mesma forma que os portos estrangeiros estão aqui”, disse. 


Ano bom - Para a gerente comercial da Cattalini Terminais Marítimos, Carla Nietch, a feira comprova que 2012 está sendo um ano muito bom para quem atua na área de logística. “Verificamos que as perspectivas são ótimas. Recebemos muitos clientes no estande, entre antigos parceiros e potenciais novos negócios para um futuro próximo, o que significa que conseguimos semear bastante para colher no futuro”, afirmou. 


Entusiasmo - O diretor presidente do Porto Seco Cuiabá, Francisco Antonio de Almeida, que participou da feira pela primeira vez como expositor, em conjunto com a Empresa Paiaguás de Armazéns, ficou entusiasmado com a parceria aberta pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. Segundo ele, a facilidade existente para escoar a produção agrícola do Mato Grosso e, na mão inversa, importar por meio do Porto de Paranaguá, é uma grande oportunidade de negócio. “Nossa participação na feira junto com o porto abriu grandes possibilidades de negócio. Pretendemos repetir a parceria e ampliá-la”, afirmou Almeida. 


Participações - A Intermodal South América reuniu perto de 550 expositores de 22 países. Cerca de 45 mil pessoas visitaram o evento, durante os três dias de exposição. A Appa participou do evento com a Ponta do Félix Terminais Portuários, Forte Solo, Marcon Teapar, Cattalini, Martini Meat, Fransilva, TWJM, Rocha, Gransol, Mosaic, Cargill, Interalli, ALL-Logística, TCP, Pinho, Multitrans, Ferroeste, Paiaguas, Porto Seco Cuiabá, Pasa, Alcoopar, CPA, Sal Diana, Coamo, Transella, Harbor e Fospar. (AEN)

RAMO CRÉDITO I: Sicredi atinge a marca de 2 milhões de associados no País

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Em apenas cinco anos, o Sicredi registrou um aumento de 100% na base de associados. Atualmente, são 2 milhões de associados, distribuídos em dez estados brasileiros. Neste período, o volume de ativos cresceu de R$ 6,7 bilhões para R$ 26 bilhões, um incremento de 288% de 2006 a 2011. De acordo com o presidente executivo do Sicredi, Ademar Schardong, a meta, estabelecida no Planejamento Estratégico 2011-2015, é fechar 2015 com 3,5 milhões de associados. 


Força da cooperação - Para Schardong, esta conquista reflete que, cada vez mais, as pessoas estão descobrindo a força da cooperação. "As cooperativas de crédito têm se firmado no mercado financeiro como um sistema mais inclusivo, participativo e justo, atuando como instrumento de organização econômica da sociedade. A ONU reconheceu essa importância e declarou 2012 o Ano Internacional das Cooperativas", analisa. 


Crescimento - A marca de 2 milhões representa, apenas em 2011, um crescimento de 13% na base de associados do Sicredi, cujas movimentações e operações foram responsáveis por um crescimento de 31,3% no crédito total do Sicredi, que atingiu a montante de R$ 14,5 bilhões, em dezembro. Vários produtos disponíveis aos associados obtiveram um incremento recorde, como consórcios, com um volume de crédito 50% superior a 2010 e também 35% a mais de cotas. No crédito rural, o Sicredi concedeu em 2011 mais de R$ 6 bilhões em recursos para produtores rurais. 


Repasse - No Sicredi, a utilização de produtos financeiros como conta corrente, cartão de crédito, investimentos, seguros e consórcios, trazem benefícios aos associados, pois os resultados de uma cooperativa de crédito são repassados proporcionalmente ao volume das suas operações e reinvestidos no lugar onde vivem, fortalecendo a economia da região. O Sicredi não é um banco: é um sistema de 115 cooperativas de crédito que tem um banco cooperativo. É diferente das instituições tradicionais em vários aspectos, como a participação dos associados na definição, em assembleias, do futuro do empreendimento. (Imprensa Sicredi)

PAP 2012/13: Paraná terá parte de reivindicações atendidas

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A iniciativa das entidades do agronegócio do Paraná de trazer representante do Ministério da Agricultura a Curitiba, no final do mês passado, para apresentar as revindicações do setor para o próximo Plano Agrícola e Pecuário (PAP 2012/13) deve ter resultado prático. Entre as medidas solicitadas está o aumento do seguro agrícola. “Para essa safra, o governo liberou R$ 174 milhões, valor que cobre apenas 6% da área plantada no Brasil. Pedimos, então, um complemento de R$ 496 milhões”, diz Pedro Loyola, assessor técnico da Federação Estadual da Agricultura e Pecuária (Faep). “Vamos fazer um PAP com mudanças, atendendo inclusive a sugestões do Paraná a todo o país, como a proposta para o setor de hortifruticultores, crédito diferenciado para cooperativistas a juro reduzido e criação um programa de inovação tecnológica no meio rural”, aponta Caio Rocha, secretário de Política Agrícola do Mapa. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)


PROJEÇÃO: OMC espera desaceleração do comércio global neste ano

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A Organização Mundial do Comércio (OMC) prevê uma alta de 3,7% no comércio neste ano, depois de um crescimento de 5% reportado em 2011, resultado de uma série de efeitos negativos que tem afetado as economias globais, incluindo a crise da dívida da zona do euro. Em 2010, houve alta de 13,8%.


Frágil - “Mais de três anos se passaram desde o colapso da crise de 2008/2009, mas a economia mundial segue frágil. A desaceleração do comércio prevista para este ano mostra que os riscos continuam altos”, disse Pascal Lamy, diretor geral da OMC.


PIB mundial - As projeções da OMC consideram um crescimento de 2,1% no Produto Interno Bruto (PIB) mundial, e destaca que riscos para a expansão econômica podem trazer “consequências bastante negativas” para o comércio caso sejam materializados. Entre os fatores de risco, estão a piora da situação da Europa, o contágio da dívida soberana da região, disparada dos preços de petróleo, além dos riscos geopolíticos.


União Europeia - Dados recentes de produção da União Europeia (EU) sugerem que a região já está em recessão e que a economia chinesa também deve crescer mais lentamente em 2012. Já as perspectivas econômicas para os Estados Unidos e Japão melhoraram, por conta da certa evolução no mercado de trabalho. A OMC diz, no entanto, que esses pontos positivos só compensarão em parte os pontos negativos anteriores nessas economias. (Valor Econômico)

EXPOLONDRINA: Iapar discute integração lavoura-pecuária-floresta e qualidade da carne

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O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) preparou uma série de palestras sobre integração da pecuária com agricultura e exploração florestal, tema que este ano norteia a presença da entidade no Parque Ney Braga. Segundo o pesquisador Sérgio Alves, a proposta é falar sobre a recuperação de áreas degradadas, como montar um sistema de produção com grãos, pecuária e floresta de forma sustentável e, ainda, mostrar os resultados positivos desse sistema em todo o estado, principalmente nas regiões do Arenito e no Norte.


Purunã - Os pesquisadores Daniel Perotto e José Luiz Moletta vão destacar a raça de bovinos Purunã em duas palestras. De acordo com Moleta, o Purunã foi desenvolvido pelo Iapar para a pecuária de corte do estado a partir do cruzamento de quatro raças corte. “Vamos mostrar como foi realizado o cruzamento, o potencial da raça e ainda as vantagens para o produtor”, destaca. 


Associação - Moletta ressalta que já foi criada uma associação de criadores do Purunã para cuidar dos registros dos animais no Ministério da Agricultura, o que deve torná-la reconhecida em todo o pais. O rebanho da raça ainda é pequeno, em torno de 1.300 animais, com 15 criadores, mas a expectativa é aumentar esses números na medida que o produtor conhecer melhor os benefícios do animal.


"Túnel da carne" - Educação de crianças e adolescentes para os benefícios da carne bovina na alimentação humana. Esse é um dos objetivos do “Túnel da Carne”, exposição de fotos montada logo na entrada do estande do Iapar na ExpoLondrina.


Processo de produção - Segundo o médico veterinário da Área de Difusão de Tecnologia do Iapar, Ricardo Cauduro, a proposta é mostrar para os estudantes que visitam a feira como a carne bovina é produzida no Brasil, quais os cuidados que as indústrias tomam com higiene e inspeção sanitária e ainda as melhores maneira de consumir a proteína no dia a dia. “Nós mostramos, por exemplo, que é preciso observar a data de validade do produto na hora da compra e ainda os perigos de comprar carne que não foi inspecionada”, acrescenta Ricardo. A ação é uma parceria do Iapar com o Serviço de Informação da Carne, entidade ligada à Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec). (Assessoria de Imprensa do Iapar)

 

Serviço:

 

Palestra "Integração lavoura-pecuária-floresta".

Pesquisador do Iapar Sérgio Alves

Data: 12 de abril (quinta-feira)

Horário: 14h 

Onde: Auditório Milton Alcover

 

Palestra "Raça Purunã"

Pesquisador do Daniel Peroto

Data: 12 de abril (quinta-feira)

Horário: 11h

Onde: Vila Rural (Fazendinha)


Palestra "Qualidade da Carne da Raça Purunã"

Pesquisador do Iapar José Luiz Moleta

Data: 12 de abril (quinta-feira)

Horário: 16h

Onde: Vila Rural (Fazendinha)

OPINIÃO: A agonia industrial

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* José Serra


Já abordei o tema várias vezes em artigos e palestras. Abaixo, um resumo do drama da indústria de transformação brasileira, outrora o setor de ponta de nossa economia. Sem o dinamismo no médio e longo prazos desse setor não voltaremos à trilha do desenvolvimento sustentado, com bons empregos. É delirante a ideia de que podemos tornar o Brasil um país desenvolvido com base em exportação de commodities e desindustrialização, voltando à época pré-1930, da economia primário-exportadora.


Vejam só o quadro adverso:


- Apesar de gerar apenas 14,6% do PIB (2010), a indústria de transformação é responsável por 33,9% da carga tributária brasileira;


- 40,3% do preço de um produto industrial são constituídos de tributos;


- A indústria de transformação tem um “custo de legalidade” que consome 2,6% do seu faturamento (custo administrativo para se manter em dia com o fisco);


- Os encargos sobre a folha de pagamentos de uma indústria brasileira são 11 pontos percentuais maiores do que a média dos países avaliados (EUA, México, Argentina, Alemanha, França, Coréia do Sul, entre outros);


- O preço da energia no Brasil é o segundo maior do mundo, com diferença de 108,2% (descontados os tributos) para o do Canadá (que tem matriz energética semelhante à do Brasil);


- A indústria brasileira tem um custo financeiro 11,5 vezes mais elevado do que uma indústria de países com cálculo de juros semelhante ao do Brasil (Chile, Itália, Japão e Malásia);


- O Real valorizou-se 49,9% ante o Dólar norte americano no período entre 2006 e 2011, sendo hoje umas das moedas mais apreciadas do mundo. Isso é sinônimo de doença e não de saúde econômica.


Os números foram extraídos de estudos da Federação das Indústrias de São Paulo e outras fontes. São estimativas razoáveis. E o autor, José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da FIESP, reconhece que “esses são apenas alguns dos fatores que estão retirando a competitividade interna e externa da indústria brasileira”. Não incluem, por exemplo, os custos do sistema brasileiros de transportes, um dos mais caros do mundo.

SAFRA 2011/12 I: Estiagem afeta produção de soja, aponta Conab

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A produção nacional de grãos da safra 2011/2012 deve chegar a 159,20 milhões de toneladas, 2,2% inferior à obtida na safra 2010/2011, quando atingiu 162,84 milhões de toneladas. Esse resultado representa uma redução de 3,63 milhões de toneladas, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciada nesta terça-feira (10/04), em Brasília, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A projeção de área plantada é de 52,29 milhões de hectares e é 4,8% maior que a cultivada na safra 2010/11, 49,89 hectares. Isso representa um aumento de 2,40 milhões de hectares. Os números são do sétimo levantamento da safra 2011/2012.


Maiores reduções - A maior redução é observada na soja (9,72 milhões de toneladas), e no arroz (1,95 milhão de toneladas). O recuo se deve, principalmente, às condições climáticas não favoráveis, principalmente, no período entre 15 de novembro/11 e 15 de janeiro/12, que afetaram mais as lavouras de milho e de soja, sobretudo nos estados da região Sul, parte da Sudeste e no sudoeste de Mato Grosso do Sul. Para o milho segunda safra a previsão indica crescimento de 35,1%, equivalente a 7,54 milhões de toneladas.


Culturas de verão - Entre as principais culturas de verão, as de milho primeira e segunda safras e de soja, apresentam crescimento. O destaque fica por conta do milho segunda safra, que teve acréscimo de 20,1% ou 1.181,5 mil hectares, seguido da soja, com ganho de 3,4% (817,1 mil hectares) e do milho primeira safra, com ganho de 8,4% ou seja, 664,0 mil toneladas. As culturas de arroz e feijão apresentam redução na área. O feijão, em função das dificuldades na comercialização e aos preços deprimidos, e o arroz, pela falta de água nos reservatórios, aumento no custo de produção e preços pouco atrativos.


Áreas - Este levantamento contempla informações já definidas para as áreas cultivadas com as culturas de verão de primeira safra. Para as culturas de inverno na região Centro-Sul, culturas de segunda safra na região Centro-Sul e as culturas da região Norte/Nordeste. Com exceção das áreas de Cerrado, o plantio está em andamento, portanto, as áreas ainda não estão definidas.


Estudo de campo - O estudo de campo envolveu 60 técnicos da Conab Matriz e Superintendências Regionais, que fizeram entrevistas e aplicaram questionários junto a agrônomos e técnicos de cooperativas, Secretarias de Agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados), agentes financeiros e revendedores de insumos. (Mapa)

COMMODITIES: Estoques reduzidos de trigo fazem cotação subir em Chicago

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Após três quedas seguidas, o trigo voltou a subir nesta segunda-feira (09/04) no mercado americano, sustentado pela expectativa de corte na estimativa oficial para os estoques domésticos da commodity, em relatório que o Departamento de Agricultura dos EUA divulga nesta terça-feira (10/04). Além disso, disse à agência Bloomberg Larry Glenn, analista da Frontier Ag, os pecuaristas americanos estão comprando mais trigo para uso na alimentação animal. Em Chicago, os contratos com entrega em julho subiram 2,75 centavos, a US$ 6,49 por bushel. Em Kansas, onde se negocia o cereal de melhor qualidade, o vencimento recuou 2,25 centavos, a US$ 6,6975 por bushel. No Brasil, o preço médio do trigo no Paraná recuou 0,17%, a R$ 467,22 por tonelada, segundo levantamento do Cepea. (Valor Econômico)


JUROS: Tombini reafirma Selic a nível historicamente baixo após IPCA de março

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Em seu primeiro pronunciamento após a surpreendente desaceleração do IPCA em março, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reiterou o que disse a ata da última reunião do Copom: a Selic tem “elevada probabilidade” de cair próximo ao nível mínimo histórico, de 8,75% ao ano. “Essa afirmação é de futuro e depende das condicionais da inflação, que vem caminhando conforme o esperado na nossa convergência; então, no momento, essa comunicação do Banco Central permanece válida”, disse Tombini em entrevista ao Jornal das Dez, da Globo News.


Projeções revisadas - Após a divulgação do IPCA na última quinta-feira (05/04), o mercado começou a revisar suas projeções para a inflação, o que abriu espaço no mercado de juros futuros para a tese de que a taxa básica de juro pode ir abaixo dos 9%.


Focus - O boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (09/04) pelo BC mostrou que a projeção para o IPCA para o fim de 2012 caiu de 5,27% para 5,06%. Para 2013, no entanto, não houve alteração, com a mediana permanecendo em 5,5%. Dentro do Top Five, grupo que reúne as instituições que mais acertam previsões, o IPCA para o ano rompeu a linha dos 5% ao cair de 5,27% para 4,82%. Para 2013, a mediana segue em 5,10%.


Meta da inflação - O presidente do BC reafirmou, na entrevista,  o compromisso com a meta de inflação e citou números que mostram a desaceleração dos preços.  “As políticas do BC foram direcionadas para estabilizar a inflação e creio que estamos conseguindo atingir esse objetivo. Neste momento, os números indicam o acerto da política de combate à inflação, de trazer a inflação para o objetivo do BC, que é a meta de inflação de 4,5% ao ano”, afirmou Tombini.


Baixo crescimento - O presidente do BC disse também  que no cenário internacional se observa um baixo crescimento da economia para este e para o próximo ano. “Esse cenário global  é de neutro para deflacionário”, disse Tombini. Já para o Brasil, Tombini reafirmou que o PIB do país vai crescer mais neste ano do que em 2011, quando apresentou expansão de 2,7%. (Valor Econômico)

INFORME AGROECONÔMICO: Boletim traz informações sobre os custos de produção de grãos no Paraná

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Está disponível no site da Ocepar (www.ocepar.org.br), na seção Links, o Informe Agroeconômico nº 425, produzido pela Gerência Técnica e Econômica (Getec), com dados sobre os custos de produção de grãos no Estado do Paraná. De acordo com o estudo, o milho safrinha tem custo operacional de R$ 20,60 a saca, tomando como base uma lavoura com produtividade média de 85 sacas por hectare e o trigo R$ 35,69 (produtividade 48 sc/ha). O levantamento foi baseado nos preços pagos pelo produtor divulgados pelo Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab/Deral), tendo fevereiro de 2012 como mês de referência. Nesse período, o agricultor paranaense recebeu, em média, R$ 23,07 por saca de milho safrinha e R$ 23,43 por saca de trigo.

 

Clique aqui e confira na íntegra o Informe Agroeconômico nº 425.


COAMO: Evolução aliada ao passado

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COOPERATIVISMO: O gigante das Araucárias

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As cooperativas do Paraná, que respondem por 55% do PIB agrícola do estado, faturaram, no ano passado, R$ 32 bilhões, um crescimento de 21% em relação a 2010. A informação é do presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski. O dirigente cooperativista revelou ainda que no ano safra 2012/2013, o setor irá investir R$ 1,15 bilhão em seu complexo agroindustrial e na infraestrutura de armazenagem. Ou seja, 28% a mais do que o sistema associativista investiu no período anterior. Os recursos, que serão destinados à industrialização e armazenagem, irão gerar 5 mil novos empregos diretos e representam 85% dos aportes programados pelas cooperativas neste ano safra (de junho de 2012 a junho de 2013), que será de R$ 1,32 bilhão.


Prioridade estratégica - Receber novos investimentos é uma das prioridades na estratégia de crescimento do sistema cooperativista paranaense. Segundo a Ocepar, de 2001 a 2011, os aportes do setor em industrialização, armazenagem, tecnologia e infraestrutura ultrapassaram R$ 9 bilhões. De acordo com a Ocepar, além de agregar renda à produção dos cooperados, os recursos destinados à ampliação do parque industrial das cooperativas agrícolas alavancaram a economia paranaense e geraram milhares de empregos. Hoje, o cooperativismo local emprega diretamente 65 mil pessoas. Desses trabalhadores, 36,2% são mulheres. No ano passado, o setor pagou em impostos e contribuições R$ 1,17 bilhão aos governos federal, estadual e municipal.


Meta - A previsão da Ocepar é de que, em 2015, o setor industrial das cooperativas deverá responder por 50% do seu faturamento, dando sequência ao projeto de transformação de matérias-primas em itens de maior valor agregado. "A agroindústria amplia a força e a competitividade das cooperativas que, com atuação verticalizada e presença em diferentes mercados, minimizam os efeitos das oscilações de preços que tanto afetam o setor de commodities", explica o presidente da Ocepar.


Os árabes - O balanço do ano passado da Ocepar mostra ainda que as cooperativas paranaenses estão expandindo suas exportações tanto em volume e receita como em número de países de destino. Em 2011, as vendas externas do sistema para 100 países geraram uma receita de US$ 2,2 bilhões, um crescimento de 34% em relação ao ano anterior. Os países árabes, por exemplo, são um mercado onde as cooperativas têm expandindo suas exportações.


Crescimento - Segundo Gilson Martins, assessor da Gerência Técnica e Econômica da Ocepar, no ano passado 12 dos 22 países árabes importaram US$ 161 milhões em produtos das cooperativas paranaenses. Um crescimento de 258% em relação a 2010. "Açúcar, carne e soja foram os produtos que mais exportamos para aquele mercado. No ano passado, vendemos também muito trigo, principalmente para a Arábia Saudita e Argélia", revela Martins acrescentando que, em 2011, a Argélia foi o país árabe que mais comprou das cooperativas paranaenses. Foram US$ 46 milhões. Ou seja, um salto de US$ 38 milhões em relação a 2010. (Agência de Notícias Brasil-Árabe)

EXPOLONDRINA I: Sicredi disponibiliza linhas especiais de crédito no evento

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A Sicredi União PR vai disponibilizar linhas especiais de crédito durante a 52ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, que acontece de 5 a 15 de abril. A cooperativa de crédito, que tem histórica ligação com o setor rural, estará ofertando créditos diferenciados para aquisição de máquinas, equipamentos agrícolas e animais. As linhas disponibilizadas serão para crédito rural, crédito comercial, consórcio e financiamento. O volume de crédito à disposição dos interessados é ilimitado, afirma o superintendente da Sicredi, Rogério Machado. Para o presidente da Sicredi, Wellington Ferreira, a Expo Londrina é estratégica para fazer negócios e também para a divulgação dos produtos e serviços. “Um dos nossos desafios é tornar o Sicredi e o cooperativismo de crédito cada vez mais conhecidos”, explica Ferreira. “Participar de grandes exposições é uma maneira de avançar nesse sentido.” (Imprensa Sicredi)

CARNES I: Demanda aquecida para as cooperativas que atuam no setor

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A estratégia de centenas de produtores de carnes nobres em se organizar por meio de cooperativas por todo o Paraná está fazendo a diferença na hora de comercializar a produção, aumentando a rentabilidade dos pecuaristas e a qualidade do produto que chega à mesa do consumidor. Dados do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) apontam que no Estado existem sete cooperativas de carne de novilho precoce, sendo que seis estão em plena atividade, crescendo a cada ano. São 360 produtores qualificados, que comercializaram por volta de 90 mil cabeças de gado de alta qualidade em 2011. 


Novilhos  - A grande maioria das cooperativas trabalha com novilhos precoces - abatidos até 24 meses - mas existem alguns casos, como a Cooperaliança, localizada em Guarapuava, que atua também com os chamados animais hiperprecoces, comercializados com idades inferiores a 14 meses. O zootecnista Luiz Fernando Brondani, coordenador estadual do projeto Carnes do Emater e também da pecuária de corte do Estado, comenta que em todos os casos as cooperativas iniciaram com alianças mercadológicas para atuar nos seus respectivos municípios: Umuarama, Cascavel, Toledo, Pato Branco, Guarapuava, Londrina e Paranavaí. ''Porém, para vender em todo o Estado é necessário uma formalização, e é daí que entra o cooperativismo'', relata ele. 


Cortes nobres - A formalização das cooperativas, portanto, está diretamente associada a demanda por cortes nobres, que vem crescendo substancialmente, principalmente nas maiores cidades do Paraná. ''O pessoal não está conseguindo atender a demanda do Estado. Este ano, a expectativa é de comercializar por volta de 130 mil cabeças. Por isso, existe todo um trabalho específico para aumentar a produção e agregar ainda mais valor através dos cortes especiais'', explica Brandoni. 


Atrativos - Os maiores atrativos para o produtor se tornar um cooperado, segundo o coordenador da Emater, são a certeza de que irá receber por sua produção, a comercialização dos animais machos e fêmeas com valor similiar e ainda a divisão do lucro da cooperativa no final do ano, inclusive com os subprodutos da carcaça, como o couro e as vísceras dos animais. ''Em média, eles recebem entre 8% e 12% a mais no valor da arroba, já que cada cooperativa vai comercializar a carne a preços bem interessantes. Quem se associa, geralmente já conhece todo o sistema de venda''. 


Déficit - O trabalho só não cresce em ritmo mais acelerado, ressalta Brondani, porque o Paraná está com um déficit de matrizes de qualidade. Ele explica que o Estado está trazendo de outras regiões pelo menos 500 mil bezerros. Mesmo assim, ele salienta que a qualidade destes animais das cooperativas é inimaginável para alguns conhecedores do setor. ''Para você ter uma ideia, hoje a média de abate no Paraná é de 37 meses e estamos discutindo um programa para abaixar este número para 30 meses. Abater com 14 meses é algo extraordinário'', completa. (Folha de Londrina)

EXPOLONDRINA II: BRDE oferta linhas de crédito no evento

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O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) marcará presença na 52.ª edição da Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, a ExpoLondrina 2012, que acontece de 5 a 15 de abril, no Parque de Exposições Ney Braga. A instituição financeira terá em seu estande uma equipe técnica capaz de orientar e analisar projetos de investimento no setor do agronegócio. O BRDE possui linhas de crédito para que o homem ligado ao campo compre máquinas e equipamentos, promova a modernização, faça benfeitorias e demais investimentos necessários em sua propriedade rural. E o grande diferencial do banco público de fomento são as baixas taxas de juros e os longos prazos de pagamento.


Contratos - Entre 2007 e 2011, o BRDE firmou mais de R$ 211 milhões em contratos de financiamento com Londrina e região. A participação na ExpoLondrina 2012 visa elevar o número e os valores das parcerias fechadas com empreendedores da cidade e dos municípios vizinhos. De acordo com os representantes do Paraná na diretoria do BRDE, Jorge Gomes Rosa Filho (diretor Financeiro) e Nivaldo Assis Pagliari (diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos), a instituição tem capacidade financeira e técnica para atender toda a demanda gerada na feira. Os diretores irão prestigiar a abertura da exposição e estimam que o Banco faça cerca de R$ 100 milhões em novos negócios durante os dias do evento. 


Linhas de financiamento - As principais linhas de financiamento operadas pelo BRDE e que serão levadas à exposição de Londrina são voltadas para a compra de máquinas e equipamentos, com juros de 6,5% ao ano e prazo de pagamento de até 10 anos; para projetos sustentáveis e que incentivam a redução da emissão de gases de efeito estufa na atividade agropecuária, bem como reduzem o desmatamento e aumentam a produção, com taxa de juros de 5,5% ao ano e prazo de pagamento que pode chegar a até 15 anos; e, por fim, para a implantação, ampliação, reforma e adequação de sistemas de irrigação e armazenagem, também propiciando a construção de estruturas para proteger a fruticultura contra a incidência de granizo e de instalações destinadas à guarda de máquinas e implementos agrícolas e à estocagem de insumos agropecuários, com taxa de juros a de 6,75% ao ano e prazo de pagamento de até 12 anos.


Parceiro - Em seus mais de cinquenta anos de história, o BRDE se consolidou nos estados onde está presente (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul) como grande parceiro do produtor rural. Entre as 62 instituições financeiras credenciadas a operar com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em todo o País, o BRDE ocupou a segunda colocação em desembolsos dos programas agrícolas do governo federal. No Sul, entre 48 agentes, foi o quarto principal repassador de recursos para empreendimentos. Viabilizou investimentos totais de R$ 2,3 bilhões, gerando R$ 290 milhões em receita adicional de ICMS para os estados onde atua e criando ou mantendo 43.500 empregos. (Assessoria de Imprensa BRDE)


AGROSAFRA: Relatório do USDA surpreende mercado de commodities

AGROSAFRA: Relatório do USDA surpreende mercado de commodities

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O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – UDSA, divulgado no último dia 30 de março sobre a intenção de plantio de soja, milho e trigo, surpreendeu o mercado mundial de commodities. “O mercado esperava manutenção da área de soja e pequenos aumentos para área de milho e trigo, no entanto, os números foram de redução de 450 mil ha de soja e aumentos expressivos de 1.600 mil ha de milho e de 600 mil ha de trigo”, afirma o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti. O balanço das culturas apontou aumento de 2% (1.750 mil hectares) na a área a ser plantada na safra 2012/13 nos EUA, que inicia em abril, com o milho, e, na sequência, entra o plantio da soja e trigo, que será finalizado até meados de junho. 


Chicago - A estimativa de área refletiu de imediato nos preços na Bolsa de Chicago – Cbot, que aumentaram fortemente para soja e reduziram-se para o trigo. No caso do milho, onde a tendência era de fortes baixas, pelo aumento de 1,6 milhão de hectares na atual safra, houve uma surpresa pois a cotação até aumentou um pouco nos pregões da Cbot de sexta (30/03) e de segunda-feira (02/04), motivado pelos baixíssimos estoques finais do cereal nos Estados Unidos.


Cotações – As cotações médias dos contratos na Bolsa de Chicago na segunda-feira foram:

• Soja – cotação de US$ 14,00/bushel ou US$ 30,86/saca de 60 kg

•  Milho – cotação de US$ 5,90/bushel ou US$ 13,94/saca de 60 kg

Trigo – cotação de US$ 6,90/bushel ou US$ 15,20/saca de 60 kg


Paraná – Já as cotações médias para os produtores paranaenses na segunda-feira foram:

Soja – R$ 50,73/saca de 60 kg - aumento de 23,8% em relação a abril/2011

Milho – R$ 22,28/saca de 60 kg - redução de 6,0% em relação a abril/2011

Trigo – R$ 24,87/saca de 60 kg – redução de 7,0% em relação a abril/2011


Evolução da área plantada com soja, milho e trigo nos EUA em milhões hectares

 

 

 

 

COPTRANS: Indicadores econômicos e financeiros mostram crescimento

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A Cooperativa de Transporte 14 de Dezembro (Coptrans) promoveu, no último dia 30 de março, na sede da Associação dos Motoristas de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado, a sua Assembleia Geral Ordinária (AGO). Na oportunidade, o coordenador de Desenvolvimento Cooperativo do Sescoop/PR, João Gogola Neto, fez a apresentação dos indicadores econômicos e financeiros da cooperativa através de informações extraídas do Sistema Autogestão, a convite da diretoria. “Com base nessas informações, avaliamos como bom o crescimento da cooperativa, que alcançou evolução no faturamento na ordem de 37,7% e resultado nominal de R$ 250 mil, antes dos tributos. Esse quadro classifica a Coptrans como a segunda cooperativa de transporte do Estado, que conta atualmente com 146 associados e frota composta por 253 veículos”, disse Gogola.


Ações - O presidente da Coptrans, Ezidio Solmoria, destacou as ações realizadas em prol do crescimento da cooperativa, como abertura de filial em Rondonópolis e Paranaguá. Disse ainda que em no dia 01 de abril iniciaria as atividades na nova unidade em São João Paraná, que terá foco atender o frigorífico da Coasul. 


Profissionalização - Outro ponto muito frisado na assembleia foi a necessidade de profissionalização do quadro social e dos funcionários. Essa demanda deverá ser viabilizada por meio dos treinamentos oferecidos pelo Sescoop/PR, em Francisco Beltrão, que serão ministrados pelo Sest/Senat e contarão com o apoio do Instituto Qualitrans. O presidente aproveitou a ocasião para mencionar que a cooperativa recebeu em comodato um caminhão novo VM-260 Volvo para demonstração e treinamento dos associados.


Presenças – Também prestigiaram a AGO da Coptrans, o presidente da cooperativa de crédito Rodocrédito, Albio Stüpp, o presidente do Instituto Qualitrans, José Veronese, e demais diretores e conselheiros da cooperativa.

INDÚSTRIA: Medidas podem garantir alta de 4% no PIB, avalia governo

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O governo anunciou novas medidas tributárias para estimular o crescimento da indústria no país. Foram anunciados cortes de tributos e, com todas as medidas juntas, a estimativa oficial é que o país deixe de arrecadar R$ 10 bilhões em impostos por ano. A redução de gastos com folha de pagamentos foi um dos destaques anunciados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça (3/04).  Empresas de 15 setores mais afetados pela crise econômica global vão deixar de pagar os 20% de contribuição patronal do INSS. Isso em tese deixa um trabalhador contratado mais barato para as companhias. Mas reduz os recursos da Previdência. O ministro disse que o governo vai bancar esse rombo, não estimado por ele. "O Tesouro Nacional vai cobrir eventual deficit da Previdência. Não haverá aumento do deficit da Previdência", afirmou.

Alíquota de impostos - O ministro declarou que, para compensar a renúncia fiscal do pacote de estímulo à indústria nacional anunciado nesta terça-feira, o governo está aumentando a alíquota de impostos de certas áreas, como bebidas e fumo. Também foram anunciadas outras medidas, como redução de até 30 pontos percentuais no IPI de carros que usarem peças nacionais ou da região do Mercosul e investirem em inovação, corte de impostos para investimentos em infraestrutura (portos e trens) e incentivo para instalação de banda larga de internet. Vão ser beneficiados com esse corte de imposto 15 setores. São eles: setor têxtil, confecções, couro e calçados, móveis, plásticos, material elétrico, autopeças, ônibus, naval, aéreo, mecânico, hotéis, tecnologia de informação, call center e chips.

Contribuição direta - A Previdência cuida da aposentadoria dos trabalhadores. É financiada com contribuição dos trabalhadores e das empresas. A nova medida elimina a contribuição direta das empresas. Mantega disse que haverá uma taxa cobrada conforme o faturamento da empresa, mas que será menor que a alíquota de 20% sobre o salário de cada trabalhador.  A alíquota será de 1% a 2,5% sobre o faturamento, conforme a área. As áreas têxtil e autopeças, por exemplo, pagarão 1%. Tecnologia da informação e call center pagarão 2%. "Vamos compensar parte dessa desoneração colocando uma alíquota sobre faturamento. Essa alíquota representa um valor muito menor do que aquele que está sendo reduzido na folha de pagamento", disse.

Competitividade - A alíquota não vai incidir sobre exportações. "Então, quem exporta terá mais competitividade", afirmou Mantega. A preocupação do governo é reduzir os custos dos produtos brasileiros no exterior, para que as companhias brasileiras sejam competitivas e possam vender. Os produtos importados, no entanto, pagarão essa taxa. A intenção é deixar os importados mais caros, para beneficiar os produtos nacionais. Mantega disse que os salários nos países desenvolvidos estão sendo reduzidos, o que prejudica a competição dos produtos brasileiros, porque o custo dos nossos salários pesaria no preço final dos produtos. Ao reduzir o impacto dos salários nos produtos brasileiros vendidos no exterior, esse equilíbrio seria mais justo, disse. A presidente da República, Dilma Rousseff, e Mantega se reuniram na segunda-feira(2) para preparar as  medidas, que fazem parte do programa Brasil Maior. Há dez dias, a presidente reuniu-se com 28 megaempresários brasileiros e prometeu oferecer novos incentivos, como a redução dos custos trabalhistas e dos juros sobre os créditos oficiais, para aumentar os investimentos privados. (UOL)


VEJA AS PRINCIPAIS MEDIDAS ANUNCIADAS

 

 Redução de até 30 pontos percentuais no IPI de carros de montadoras que comprarem peças nacionais ou do restante do Mercosul e investirem em pesquisa e inovação

- Empresas deixam de pagar 20% de contribuição ao INSS, e Tesouro Nacional banca eventual rombo da Previdência. No lugar dos 20%, as empresas pagarão de 1% a 2,5% sobre o faturamento. Essa taxa não será cobrada na exportação, mas incidirá na importação

- Redução de Imposto de Importação, IPI e PIS e Cofins em equipamentos e investimentos em portos e ferrovias

- Adiamento do pagamento de PIS e Cofins para cinco setores industriais com mais dificuldades: autopeças, têxtil, confecção, calçados e móveis. As empresas deixam de pagar os impostos em abril e maio e pagarão em novembro e dezembro. Isso deixa as empresas com um pouco mais de dinheiro em caixa por agora

- Incentivos no Imposto de Renda de pessoas físicas e jurídicas que contribuam com entidades de pesquisa sobre o câncer

- Instalação de 19 câmaras de competitividade, tendo como conselheiros empresários e trabalhadores. Entre os setores estão: saúde, bens de capital, mineração etc

- Levar banda larga à metade das casas nas cidades até 2014 e 15% das casas na área rural. Atingir 60 milhões de acessos individuais à internet móvel e aumentar uma rede nacional de banda larga de 11 mil para 30 mil km até 2014

- Compras do governo darão prioridade a produtos nacionais, em áreas como remédios e retroescavadeiras

- Financiamento à exportação aumenta de R$ 1,24 bilhões para R$ 3,1 bilhões

- Redução de IPI e PIS/Cofins em equipamentos nacionais e obras de infraestrutura em telecomunicação e internet de banda larga

- Suspensão de IPI PIS/Pasep, Cofins e Cide de fabricantes de notebooks para o programa "Um computador por aluno" (para estudantes da rede pública)

- Criação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para apoiar inovação, com validade até dezembro de 2013. Aporte de R$ 45 bilhões do Tesouro para o BNDES (banco oficial de financiamento de empresas)

- Criação da Agência Brasileira de Garantias (ABGF), do Fundo Garantidor de Infraestrutura e do Fundo Garantidor do Comércio Exterior, com recursos de até R$ 25 bilhões. A ABGF vai administrar fundos garantidores e prover garantias para investimentos, exportações, pequenas empresas, setor aeronáutico, habitação social e crédito educativo