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Os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Fazenda; e do Desenvolvimento Agrário anunciaram nesta terça-feira, 31 de maio, as principais medidas do Plano Agrícola 2011/2012, aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), na quinta-feira (26/5). As respectivas resoluções estão publicadas no site do Banco Central. "As medidas visam a permitir que os agentes financeiros possam iniciar as contratações da nova safra já no dia 1º de julho, conforme determinação do Ministro Wagner Rossi", informou José Carlos Vaz, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. De acordo com a orientação do ministro, imediatamente após o início da operacionalização do Plano Safra 2011/2012, o governo começará a implementação de ajustes estruturais no modelo de gestão da política agrícola.
Inovações - Entre as inovações do Plano Safra 2011/2012, está a criação de duas linhas de crédito, à taxa de juros fixa de 6,75% ao ano: uma linha de até R$ 1 milhão para lavouras de cana; e outra, de até R$ 750 mil, para a pecuária, destinada à aquisição de reprodutores e matrizes bovinas ou bubalinas. Também foi criada uma Linha Especial de Crédito (LEC) para a cultura da laranja, no valor de até R$ 30 milhões por agroindústria.
ABC - O programa ABC passará a incorporar as linhas de crédito do Propflora e do Produsa, com redução da taxa de juros para 5,5% ao ano. Também foram fixados os preços mínimos para as culturas de verão, regionais e da sociobiodiversidade da safra 2011/2012; e para as culturas das regiões Norte e Nordeste da safra 2012.
Limite - O Plano Agrícola 2011/2012 trará a simplificação nas normas do crédito rural e a melhoria das condições de taxas e limites para os produtores. Foi fixado um limite único de R$ 650 mil, em apenas uma faixa, para o financiamento de custeio de todas as culturas e atividades, em substituição aos limites anteriores, por produtos. "Cada produtor vai saber qual é o máximo que pode tomar emprestado, independente da atividade que está financiando", explicou José Carlos Vaz. Com isso, o governo vai estimular uma maior diversificação da atividade agrícola, já que hoje a maior parte dos financiamentos é destinada a commodities ou produtos para exportação. "Vamos ter mais crédito, com taxas mais baratas, para quem produz para o mercado interno", completou Vaz.
Investimento - Ainda para incentivar e estimular a produção, o limite de financiamento de investimentos, com recursos obrigatórios do crédito rural, foi elevado de R$ 200 mil para R$ 300 mil. Os programas agrícolas financiados com recursos do BNDES sofreram ajustes que facilitam a operacionalização pelas instituições financeiras e o acesso pelos agricultores. Entre outras medidas, as federações e confederações de cooperativas agrícolas passarão a ter acesso às linhas do Procap-Agro, desde que atuem nos moldes de cooperativas centrais.
Cooperativas - O Procap-Agro recebeu o reforço de R$ 350 milhões, remanejados do Prodecoop, a serem aplicados ainda na safra atual. O Moderagro, que financia a aquisição de corretivos agrícolas, teve os limites elevados de R$ 300 mil para R$ 600 mil, nos contratos individuais; e de R$ 900 mil para R$ 1.200 mil nos coletivos.
Médio produtor - Para reforçar o apoio ao médio produtor rural, a renda bruta anual para enquadramento no Programa Nacional de Fortalecimento do Médio Produtor Rural (Pronamp) passou de R$ 500 mil para R$ 700 mil. Além de José Carlos Vaz, participaram da coletiva os secretários de Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Laudemir André Müller; e o secretário-adjunto de Política E conômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt. (Mapa)
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O governo unificou o limite de crédito para todas as culturas e atividades agrícolas em R$ 650 mil, conforme divulgação feita nesta terça-feira (31/05) por representantes dos ministérios da Agricultura e da Fazenda. O novo teto passa a valer em 1º de julho, quando começa oficialmente no Brasil um novo ciclo de produção. Até agora, só contavam com essa quantia as culturas de soja, milho e algodão. Para o feijão e o arroz, por exemplo, o produtor tinha acesso a um crédito máximo de até R$ 500 mil com condições diferenciadas. A cana-de-açúcar contava com um limite de R$ 250 mil e as demais culturas, R$ 200 mil. "Com a unificação tentamos tirar um pouco da concentração em algumas culturas", explicou o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt.
Detalhamento - O detalhamento dessa nova linha, no entanto, será apresentado na divulgação do Plano de Safra 2011/2012. O anúncio ainda não foi marcado oficialmente, pois está em fase de acerto de agenda com o Palácio do Planalto. Segundo o novo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, a divulgação deverá ser feita no período de 10 a 17 de junho.
Outras linhas - O governo também ampliou de R$ 200 mil para R$ 300 mil o limite de financiamento de investimento ao amparo de recursos obrigatórios ao crédito rural. Decidiu ainda criar uma linha de crédito, no valor de R$ 750 mil, para a aquisição de reprodutores e matrizes bovinas e bubalinas.
LEC - Também consta desses ajustes para custeio, investimento e comercialização a criação de uma Linha Especial de Crédito (LEC) para a laranja. A LEC já existe para várias culturas, mas não enquadrava a produção de citros. O valor desta linha é de até R$ 30 milhões. O governo elevou ainda os parâmetros considerados no financiamento a cooperativas para pré-custeio ou para a aquisição de insumos e bens para fornecimento aos cooperados.
Classe média - Para a classe média rural, o governo optou por ampliar de R$ 500 mil para R$ 700 mil a renda bruta anual para o enquadramento no Pronamp. Nesse programa, o limite de crédito para custeio foi elevado de R$ 275 mil para R$ 400 mil e o de investimento, de R$ 200 mil para R$ 300 mil. (Agencia Estado)
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O caminho da soja convencional é longo e cheio de desvios. Dos campos de produção à ração que bovinos, suínos e aves consomem na Europa, o desafio é a segregação. Da indústria da carne ao consumidor, a questão é a diferença de preço. Na última safra, faltou soja convencional no Brasil. A cooperativa Coamo não conseguia fornecedores para cumprir contratos de exportação. O pagamento de adicional de R$ 2 por saca não tem sido suficiente para deter o avanço da produção transgênica. Por razões agronômicas e estratégicas, os Campos Gerais, no Paraná, e o Norte de Mato Grosso, seguem como referência de produção convencional, aproveitando esse mercado.
Suficiente - Se fosse totalmente segregada, a produção de 18 milhões de toneladas de soja convencional pelo Brasil (25% da safra) seria mais do que suficiente para atender a Europa. Porém, não é isso que ocorre. O Porto de Nantes (França) recebeu, pela primeira vez, três navios de soja da Índia, que carregavam ao todo 210 mil toneladas de produto convencional, contou Laurent Buvry, chefe do Serviço Comercial da Autoridade Portuária. "Seis anos atrás, ninguém plantava soja transgênica no Brasil. Neste ano, recorremos à Índia. No ano que vem, teremos problemas. A Índia está crescendo e seu consumo interno também", avalia.
Destino - Depois de embarcada em navios, a soja e o farelo de soja convencionais chegam sem problemas a seu destino. Mas os produtores de bovinos, suínos e aves europeus não fazem questão de alimentar o plantel com o produto. "Não recebo subsídios como em outros setores e, assim, tenho que reduzir meus custos ao máximo. Além disso, o consumidor não está disposto a pagar mais pela carne de animais que não consomem produtos transgênicos", disse o suinocultor Timo Schlesselmann, de Goldenstedt (Alemanha).
Exigência - Na França, na Holanda e na Alemanha, as rações de bovinos e aves também só são livres de organismos geneticamente modificados (OGMs) quando o comprador exige, constatou a Expedição Safra. Ao consumir alimento transgênico, os animais não se tornam geneticamente modificado, é claro. Porém, estão expostos à mesma situação que o consumidor europeu, que não abre mão do princípio da precaução. A prática, no entanto, não atende esse cuidado.
Contra - Nem todos os consumidores europeus são contra os transgênicos. "Não faço questão de optar pelo convencional, minha opção é pelo produto de minha preferência e de preço justo", afirma Benoit Thibault, técnico agrícola que atende produtores da cadeia da carne livre de OGMs. Um quilo de filé de frango pode custar R$ 27 na França, 35% a mais que o produto convencional. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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A falta de chuvas em regiões produtoras de milho safrinha do país deve afetar a colheita neste ciclo 2010/11. Ainda não há estimativas precisas, mas produtores de Mato Grosso, por exemplo, falam em perdas de até 50% em relação ao que esperavam produzir. As áreas mais afetadas são aquelas plantadas mais tarde, no fim de março. "As lavouras [com colheita prevista] para o fim de agosto, começo de setembro, estão fadadas a não colher nada", disse Paulo Molinari, da Safras & Mercado.
Estimativa - A consultoria deve rever sua estimativa de produção para a safrinha de milho no país, que era de 24 milhões a 24,5 milhões de toneladas para algo entre 21 milhões e 22 milhões de toneladas. A safrinha passada ficou em 23 milhões. "Haverá perda, mas não se pode esquecer que a área plantada foi muito grande", observou Molinari. Pelos números da Safras, a área de safrinha no país foi de 5,35 milhões de hectares no ciclo 2010/11, alta de 10,4% sobre o plantio anterior. Esse avanço foi estimulado pela alta dos preços do grão, puxados pelo mercado internacional e demanda. Em 12 meses, o indicador de preços Esalq/BM&FBovespa para o milho subiu 53,54%, de acordo com cálculo do Valor Data.
Paraná - No Paraná, o segundo maior produtor de milho safrinha do país, as lavouras mais atingidas pela estiagem estão no norte, pois parte delas foi semeada já na segunda quinzena de março.
Imea - Em Mato Grosso, produtores falam em perdas de até 50%, mas o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) ainda não aponta números, apesar de reconhecer que há prejuízos. Na região de Lucas do Rio Verde, as perdas são da ordem de 50%, segundo o produtor rural Clóvis Cortezia. Para Eraí Maggi, o maior produtor de soja, algodão e milho do país, a queda de produtividade também será grande. A estiagem que persiste desde abril deve reduzir a produção de milho em cerca de 40% no Estado, afirma ele.
Irreversível - "Houve perdas e é irreversível. [Mas] Depende muito da região", afirma Maria Amélia Tirloni, analista de grãos do Imea. O norte e o oeste de Mato Grosso são os mais prejudicados, acrescenta. Ela pondera, no entanto, que se houver chuvas esta semana os efeitos da estiagem podem ser amenizados.
Produção - Por enquanto, o Imea mantém a previsão de produção de 7,5 milhões de toneladas em uma área plantada de 1,8 milhão de hectares. O rendimento médio considerado é de 72 sacas por hectare, o mesmo da safrinha da temporada 2009/10. "Deve ser menor do que isso", diz a analista, referindo-se à estimativa de produção.
Preços - O fim da colheita da safra de verão e as incertezas em relação à safrinha já afetam os preços, segundo Molinari. No oeste do Paraná, os preços saíram de R$ 25,50 a R$ 26 por saca para R$ 27 a R$ 28, segundo a Safras. Em Mato Grosso, os preços ficaram estáveis na última semana, conforme o Imea. Em um ano, porém, a alta chama a atenção. Segundo o instituto, na região de Sorriso, a saca de milho saiu de R$ 7 em maio de 2010 para R$ 19 atualmente, alta de 271%. (Valor Econômico)
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A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou para 0,43% em maio, após registrar alta de 0,45% em abril. O IGP-M é uma das principais referências para os contratos de aluguel. O resultado surpreendeu o mercado, que apostava num aumento de 0,55%. No acumulado dos últimos 12 meses até maio, o índice registrou expansão de 9,77%, ficando abaixo dos 10% pela primeira vez nos últimos seis meses. No ano, a alta é de 3,33%.
Commodities agrícolas - Para analistas, o recuo em maio foi pontual e ocorreu principalmente por causa da queda nos preços de commodities agrícolas. Esses produtos, porém, voltaram a subir na última semana de maio. Como o IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência, a nova alta dos alimentos só deve ter impacto no índice de junho. "O resultado foi muito influenciado pela queda das commodities agrícolas, o que acabou trazendo o índice para um patamar abaixo do que o mercado estava esperando", afirma Ariadne Vitoriano, economista da Rosenberg & Associados. "A maior parte do IGP-M é composto pelo índice de preço do atacado, então é um índice que está mais sujeito às oscilações de câmbio, por exemplo."
Variação negativa - Dos três indicadores que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi o único que registrou variação negativa na comparação com o mês anterior - de 0,29% para 0,03%. Tanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) quanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentaram alta na troca de mês (veja no gráfico), mas o recuo do IPA, que tem peso de 60% na composição do IGP-M, foi o suficiente para fazer o índice desacelerar. Os itens que mais pesaram na queda do IPA foram algodão (-3,96% em abril para -27,67% em maio), milho em grão (1,56% para -1,50%) e bovinos (-0,24% para -1,75%). As mercadorias que mais influenciaram positivamente o índice foram o minério de ferro (0,59% para 9,30%) e a cana-de-açúcar (3,88% para 12,28%)
Focus - A desaceleração do IGP-M coincidiu com o quarto recuo seguido na projeção do mercado para a inflação em 2011. O boletim Focus divulgado ontem mostra que os economistas reduziram a estimativa para o IPCA de 6,23% para 6,27% - o que deixaria a inflação dentro da margem estipulada pelo Banco Central. A meta do BC é de inflação de 4,5% ao ano, com teto de até de dois pontos porcentuais (6,5%). (Gazeta do Povo)
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O diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, previu nesta segunda-feira (30/05) que a inflação vai ficar "próxima a zero nos próximos dois a três meses". O motivo, diz, é a tendência já demonstrada de "inflexão" dos preços dos alimentos. "A tendência é de acomodação", disse. Para Mendes, a pressão dos alimentos foi responsável por acelerar a inflação desde o final de 2010 em razão da alta dos preços internacionais das commodities. Tal tendência, porém, já mostra uma "dinâmica" diferente, segundo Mendes. Isso, diz, já mexeu com as expectativas futuras de inflação e levou analistas a estimarem taxas mais baixas do que há alguns meses.
Preocupação - Cresce preocupação de consumidor com preçosSegundo Mendes, o principal instrumento para conter a demanda - e consequentemente a inflação - é a taxa de juros. As chamadas medidas macroprudenciais são expedientes "adicionais" e têm como objetivo primeiro "controlar o mercado de crédito", com mecanismos como compulsórios mais elevados. Tais medidas, porém, "ajudam também a controlar a demanda".
Previsão do PIB - O Ministério da Fazenda reduziu a estimativa de crescimento do PIB deste ano de 5% para 4,5%, segundo publicação bimestral do boletim "Economia Brasileira em Perspectiva". A publicação é referente aos meses de janeiro e fevereiro. A redução fica em linha com a previsão divulgada pelo Ministério do Planejamento em 20 de maio. No entanto, segundo o Banco Central, o PIB deve ficar em 4%.Segundo o relatório, após o crescimento de 7,5% em 2010, o ano de 2011 iniciou-se com ajustes na política econômica visando à acomodação do ritmo de atividade econômica a taxas de crescimento sustentáveis e à convergência da inflação para a meta de 4,5% em 2012.
Estímulos - Em 2010, o governo iniciou a retirada de estímulos adotados para enfrentar a crise nas políticas fiscal e monetária. "Como resultados dessas medidas, a economia brasileira cresceu abaixo do seu potencial nos últimos dois trimestres do ano passado e deve continuar desacelerando em 2011, fechando o ano com expansão de 4,5%", ressalta o boletim.
Primeiros dados - Para o ministério, os primeiros dados de 2011 sobre a atividade econômica ainda não mostram de maneira clara o ritmo dessa desaceleração esperada, por causa das defasagens envolvidas nas medidas adotadas e também em virtude das mudanças estruturais em andamento na economia brasileira. Na sexta-feira (03/06), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o resultado do PIB do primeiro trimestre. Segundo o mercado financeiro, a estimativa é de que o crescimento no período seja de 1,4%, ante os 0,7% registrado no último trimestre de 2010. (Folhapress)
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Num contexto em que o comércio exterior brasileiro cresce mais do que o esperado, a demanda doméstica aumenta, e a fronteira agrícola avança rumo ao Norte e Nordeste, o sistema portuário depara-se com a necessidade de dar um novo salto de investimentos - responsável que é por movimentar 90% do fluxo brasileiro de cargas. No intervalo dos últimos dez anos, o comércio brasileiro cresceu quase quatro vezes, fechando 2010 com exportações recordes, de mais de US$ 201 bilhões, e importações de US$ 181,6 bilhões. Mas a oferta de infraestrutura de berços de atracação permaneceu praticamente inalterada.
Alternativas legais - Os inequívocos ganhos de eficiência para escoar esses volumes se deveram aos investimentos da iniciativa privada em superestrutura, na esteira da retirada do Estado da operação direta, que foi possível com a lei de modernização dos portos, de 1993. Se até aqui os gargalos foram superados mesmo com o pouquíssimo aumento de novas áreas, a partir de agora o governo admite que será necessário não apenas um novo ciclo de aportes, mas também alternativas legais para acelerá-los.
Movimentação - Há menos de um ano a Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP) estimava que os portos chegariam a movimentar 1 bilhão de toneladas somente em 2014. Diante do resultado de 2010, quando foram operadas 834 milhões de toneladas, a entidade aposta agora que a "fronteira do 1 bilhão" será cruzada já em 2013, a se confirmar o índice de crescimento dos volumes em 7% ao ano, conforme a previsão mais conservadora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para o atual exercício. "São necessárias ações imediatas porque a capacidade não está acompanhando o crescimento da agricultura e da mineração", afirma Wilen Manteli, presidente da ABTP.
Disponibilidade - "O conjunto de áreas que antes tinham uma ineficiência acumulada e certa ociosidade já não está mais disponível. Para almejar ser a quinta economia do mundo, o Brasil precisa de disponibilidade de infraestrutura", diz o diretor-geral da Antaq, Fernando Fialho. Como exemplo, destaca o crescimento a taxas chinesas de Santos (SP) na movimentação de contêineres, que avançou 20,4% em 2010 ante a média nacional de 11,6%, mesmo já sendo o maior nesse tipo de carga.
Iniciativa privada - Segundo o dirigente, o governo está estudando alternativas de novas concessões à iniciativa privada. Hoje, o modelo portuário é dividido, grosso modo, em dois tipos de operação: porto público, explorado pela iniciativa privada por meio de licitação para prestação de serviço a terceiros; e porto privativo, que não exige concorrência porque se destina a movimentar predominantemente a carga do próprio empreendedor.
Serviço - "Minha opinião é que se poderia tirar o foco da questão patrimonial e colocar apenas no serviço, mas isso é uma discussão que vai demandar mudança legislativa", afirma Fialho. De acordo com ele, uma possibilidade seria licitar outorgas de prestação de serviço portuário para que as empresas instalassem novos terminais, mediante licitação, mas não necessariamente em área pública. "Como é um porto seco (estação aduaneira interior)", exemplifica.
Obrigações - Por esse novo modelo, o investidor teria todas as obrigações de um terminal público. "Para prover a infraestrutura que o país precisa, na velocidade que precisa, necessitamos alguns aprimoramentos na questão legal. Como vai ser, estamos em processo de discussão. E essa é uma sugestão que eu estou colocando". Sobre a possível gestação de uma nova figura jurídica no setor, Manteli, da ABTP, avalia que a lei de modernização dos portos já prevê todos os mecanismos de transferência da operação do Estado para o capital privado. "Cabe aplicá-la", acredita. (Valor Econômico)
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A exportação de soja em grãos nos portos brasileiros cresceu 84,7% nos últimos dez anos, saltando de 15,7 milhões de toneladas em 2001 para pouco mais de 29 milhões de toneladas em 2010, de acordo com dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O Porto de Paranaguá, no entanto, não acompanhou o mesmo ritmo de crescimento da curva nacional. No mesmo período, o terminal paranaense registrou apenas 8,1% de aumento na movimentação da commodity, passando das 4,9 milhões de toneladas no início da década passada para 5,3 milhões de toneladas em 2010. "Cerca de 30% da carga paranaense está sendo escoada em outros portos. Muitas foram perdidas nesses últimos oito anos", diz Airton Vidal Maron, superintendente do Porto de Paranaguá.
Período - No mesmo período, o Porto de Santos cresceu 78,2% no total de soja exportada - saltando de 4,6 milhões de toneladas para cerca de 8,2 milhões de toneladas - mantendo sua participação em 28,2% do total movimentado nos terminais brasileiros - no início da década era de 29,3%. O Porto de Paranaguá, pelo contrário, viu sua participação no embarque nacional da commodity cair de 31,2% em 2001 para 18,2% em 2010.
Infraestrutura - De acordo com as cooperativas que operam em Paranaguá, a queda nos números está ligada aos problemas de infraestrutura. "Houve um aumento na produção, mas o porto não está adequado", destaca Nelson Costa, superintendente adjunto da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). Do início do ano até abril, Paranaguá já exportou 1,9 milhões de toneladas de soja, 9,5% a menos que o mesmo período do ano passado - 2,1 milhões de toneladas. "O volume de exportação é grande e o porto não vence", reforça José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, de Campo Mourão (PR). Os executivos das cooperativas apontam três principais gargalos na exportação de grãos.
Chuva - O primeiro é o fato de o porto não ter condições de carregar com chuva, que resulta em quilômetros de filas de caminhões na BR-277, rodovia que liga Curitiba ao litoral do estado. Em algumas semanas deste ano, a fila passava dos 30 quilômetros, segundo dados da Ecovia. A concessionária aponta que, entre 1º de março e 11 de maio, a cada 10 dias de safra, sete foram com filas na estrada. Se o porto ficar 24 horas sem trabalhar por causa da chuva são 100 mil toneladas que ficam paradas sem condições de embarcar, resultando em 100 quilômetros de fila. (Valor Econômico)
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Analistas e investidores do mercado financeiro reduziram pela quarta semana consecutiva a projeção da inflação oficial para este ano. Segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (30/05) pelo Banco Central, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,27% para 6,23%.Já a perspectiva para a taxa básica de juros (Selic) foi mantida em 12,50% ao ano. Apenas os preços administrados pelo governo tiveram elevação nas projeções, passando de 4,95% para 5% em 2011.
Câmbio - No caso da estimativa para a taxa de câmbio, houve uma leve redução, de R$ 1,62 para R$ 1,61. O mercado financeiro acredita ainda em uma redução da relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB), que deve fechar o ano em 39,20% e não mais nos 39,23% projetados anteriormente.
Crescimento - Os analistas mantiveram em 4% a estimativa de crescimento da economia este ano. A expansão da produção industrial também foi mantida, em 3,73%.
Setor externo - No setor externo também não houve alterações. O déficit em conta-corrente permaneceu em US$ 60 bilhões, com o saldo da balança comercial projetado em US$ 20 bilhões e os investimentos estrangeiros diretos em US$ 50 bilhões. (Agência Brasil)
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O risco de estiagem que assombrou os produtores rurais durante o verão vem se tornando uma ameaça cada vez mais real para a safra de inverno do Paraná. Sem receber chuvas de volume expessivo há mais de um mês, lavouras de milho safrinha das regiões Norte e Noroeste do estado começam a sentir a falta de água e têm seu rendimento limitado.
Potencial produtivo - Levantamento divulgado nesta quarta-feira (25/05) pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) revela que a estiagem durante o último mês reduziu em 1,6% o potencial produtivo do cereal. O rendimento médio da segunda safra paranaense, que há um mês era estimado em 4,42 mil quilos por hectare, foi rebaixado para 4,35 mil quilos.
Produção - Ainda assim, o volume total de produção pode ser maior que o projetado em abril. Isso porque, segundo a Seab, os produtores dedicaram ao milho safrinha uma área maior que a prevista inicialmente. Nas contas da secretaria, o cereal ocupa 1,7 milhão de hectares neste inverno do estado, 480 mil hectares a mais do que o estimado há um mês. Os números tendem a mudar. "Ainda não dá para falar em quebra, mas, se não voltar a chover nos próximos dez dias, haverá perdas, principalmente em regiões onde a situação é mais crítica, como no Norte", alerta o economista do Deral Marcelo Moreira.
Risco - Mapas climáticos do Instituto Somar mostram que o risco de quebra é grande. Segundo a meteorologista Olívia Nunes, não há previsão de chuva considerável para as próximas semanas no Paraná. "Há uma frente fria chegando ao estado entre os dias 2 e 3 de junho e outra perto do dia 10. Mas, nos dois casos, as precipitações não garantem reserva hídrica." De acordo com o Somar, a tendência é que as chuvas continuem abaixo da média pelo menos até o início do inverno no estado. Também existe risco de geadas precoces, na segunda quinzena de junho, e tardias, em setembro.
Acumulados - O Norte paranaense recebeu apenas metade das chuvas esperadas para este mês, considerando médias históricas. Levantamento do Somar mostra que as precipitações de maio, que deveriam acumular entre 50 mm e 100 mm, ficaram entre 25 mm e 50 mm na região. Conforme o Simepar, depois de 23 dias sem receber uma gota d'água, o município de Londrina registrou somente 5,2 mm dos 107 mm que seriam normais para o quinto mês do ano.
Problemas - Oeste e Sudoeste do estado também enfrentam problemas. Nessas regiões, as precipitações dos últimos 25 dias acumularam entre 10 mm e 20 mm, contra 100 mm a 150 mm da média histórica, de acordo com o Somar. Cascavel, onde costuma chover 190 mm ao longo do mês de maio, ficou dez dias sem chuva e acumulou apenas 13,2 mm até agora, segundo o Simepar. O município de Pato Branco, que deveria ter recebido mais de 200 mm de água, registrou 4,8 mm desde o início do mês. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou a substituição de Edilson Guimarães por José Carlos Vaz no comando da Secretaria de Política Agrícola, uma das principais formuladoras do Plano Agrícola e Pecuário, que tem sua edição 2011/2012 prestes a ser lançada. Natural de Londrina, Vaz é funcionário de carreira do Banco do Brasil há 29 anos e ocupava, desde o início de 2007, o cargo de diretor de Agronegócios. Guimarães, que comandava a Secretaria de Política Agrícola desde junho de 2006, deve ser realocado para outro cargo dentro do próprio Mapa. O Banco do Brasil informou que para completar o mandato de Vaz no cargo de diretor de Agronegócios, o Conselho de Administração da instituição elegeu Ives Cézar Fülber, que era superintendente Corporate em São Paulo. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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De olho no rescaldo da inflação provocada pelo etanol na entressafra, o governo decidiu criar uma linha de crédito para financiar a renovação das plantações de cana-de-açúcar por indústrias e produtores independentes. A medida será incluída no Plano de Safra, em junho, informou o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, ao Valor. Ancorada na elevação da oferta de cana para a produção de etanol, a nova linha buscará elevar a produtividade, via incentivos à adoção de tecnologia nos canaviais. Mas terá forte ênfase no aspecto ambiental, associando a recuperação de terras degradadas e redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa.
Investimentos - "Houve uma perda de produtividade que precisamos recuperar com financiamento adequado para estimular investimentos", afirma Rossi. A linha foi desenhada para embutir um "impacto ambiental positivo", diz ele. "A renovação dos canaviais é importante para o abastecimento de etanol e a garantia de ganhos de produtividade maiores, além de um estímulo ao uso de mais tecnologia".
ABC - A linha fará parte do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), cuja taxa de 5,5% ao ano é inferior aos 6,75% cobrados no crédito rural oficial. As ações do ABC têm limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário e prazo de 12 anos para pagamento. Criado em 2010, o ABC visa a reduzir a emissão de até 163 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera. Também busca recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e estimular o plantio de até 9 milhões de hectares de florestas.
Estratégico - A forte alta de preços do etanol no início do ano, associada aos riscos de desabastecimento, levaram a presidente Dilma Rousseff a classificar o combustível como "estratégico" para aumentar o poder de intervenção no mercado. Por determinação de Dilma, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) assumiu a fiscalização e passou a regular o segmento. O intervalo da mistura de etanol anidro à gasolina foi elevado, de 20% a 25% para 18% a 25%. A presidente ordenou a Petrobras a acelerar seus planos de investimento na produção de etanol. Por fim, determinou a redução de preços à BR Distribuidora.
Preços internos - O governo mantém cautela em relação aos preços internos do etanol. E quer ter garantia de geração de excedentes para exportação do combustível, símbolo de alternativa limpa e renovável para o abastecimento energético mundial. A desaceleração dos investimentos em usinas no Brasil preocupa o governo. Atingidas pela crise global de 2008, várias indústrias foram vendidas a estrangeiros. Em dificuldades para injetar mais recursos no segmento, as multinacionais preferiram aguardar.
Produção - De lá para cá, poucas arriscaram elevar suas apostas na produção. Agora, o governo quer estimular o investimento em canaviais. E tem a garantia de que isso ocorrerá dentro de padrões ambientais seguros, já que fez um zoneamento econômico-ecológico identificou 64 milhões de hectares de terras aptas ao cultivo da cana-de-açúcar - 20 milhões com "alta aptidão".
Suco de laranja - O ministro Wagner Rossi informou, ainda, que planeja a criação de uma linha de crédito para financiar a estocagem de suco de laranja. O objetivo é evitar as fortes oscilações de preços e prejuízos ao produtor derivados da oferta abundante de laranja no auge da safra. "Queremos garantir o suprimento interno, com foco na merenda escolar, e o fluxo comercial das exportações", afirma Rossi. A indústria, formada por quatro grandes empresas, resiste à ideia, segundo o ministro. "É um grupo pequeno, de grande protagonismo, que tem condições de fazer prevalecer seus interesses. Mas é gente respeitável e vamos conversar".
Custo - O presidente do Sindicato Rural de Bebedouro, José Oswaldo Junqueira, afirma que a armazenagem climatizada tem "custo muito alto" e que uma razão para a queda dos preços é justamente a formação de estoques. "As empresas ganham mais poder", avalia Junqueira. O custo para estocar uma tonelada de suco custaria entre US$ 800 e US$ 1 mil. "É o equivalente à produção de uma tonelada", diz. (Valor Econômico)
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A Secretaria de Infraestrutura e Logística, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a prefeitura de Paranaguá e a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vão elaborar um plano integrado para disciplinar o acesso de caminhões ao porto de Paranaguá. O objetivo é contribuir para a melhoria da produtividade do setor de transporte, dar melhor condição de trabalho aos motoristas e garantir a segurança da população. Atualmente, 70% dos grãos que chegam a Paranaguá são transportados por caminhão.
Reunião - O assunto foi discutido nesta segunda-feira (23/05), em Curitiba, durante reunião entre o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o superintendente Regional do DNIT, José da Silva Tiago; o diretor-geral da Secretaria de Infraestrutura, Aldair Wanderlei Petry; e o superintendente em exercício da Appa, Lourenço Fregonese, acompanhado do diretor-financeiro, Carlos Roberto Frisoli, do diretor-técnico. Paulinho Dalmaz. e do procurador Maurício Sá Ferrante. Também participou do encontro o deputado federal Alex Canziani.
Disciplina - “O acesso de caminhões ao Porto de Paranaguá precisa ser disciplinado para que todo o setor de transportes ganhe produtividade na chegada ao terminal marítimo e o tráfego urbano da cidade não seja prejudicado, afetando o dia a dia dos moradores e o turismo histórico na cidade”, disse Richa Filho. Segundo ele, a intenção é apresentar o plano em Brasília no mês que vem. De acordo com o secretário, encontrar uma solução adequada para os 1.800 caminhões/dia que levam grãos até o porto no pico da safra e adequar a circulação dos veículos pesados ao sistema viário municipal são fundamentais para a economia do estado e do município, com ganhos positivos à logística. “Para que isto aconteça já na próxima safra, é preciso definir as metas, projetos e obras nos três níveis de governo, sem esquecer que fora da safra circulam pela cidade 400 caminhões/dia”, afirmou o secretário.
Segurança – O principal acesso ao Porto de Paranaguá é feito pela BR-277. Os motoristas podem estacionar no Pátio de Triagem, com capacidade para mil caminhões (1.500 em rotatividade). A partir do pátio, o acesso ao porto passa pela rodovia (BR-277) e por uma rua paralela à rodovia federal. As duas vias cortam áreas povoadas de Paranaguá, gerando conflitos com o tráfego urbano. “Precisamos estudar eficientes sistemas de circulação, incluindo a adoção de modernas placas de sinalização, evitando perigos para a população e proporcionando aos motoristas rapidez em direção aos pontos de descarga, após a viagem desde as regiões produtoras”, destacou José Richa Filho. “Gerar melhores condições operacionais e de segurança no sistema viário de acesso ao porto é obrigação do poder público”, acrescentou.
Gestão integrada – A melhoria do acesso rodoviário ao Porto de Paranaguá integra as propostas da Secretaria de Infraestrutura e Logística para dinamizar a economia estadual por meio da gestão integrada entre os vários modais. “Estamos finalizando um contrato de gestão entre os dirigentes dos vários órgãos envolvidos com a infraestrutura para que o Estado do Paraná possa desempenhar o seu papel de facilitador e indutor de desenvolvimento em todos os setores”, lembrou Richa Filho. “Com os novos procedimentos administrativos, que incluem ações para a elaboração de um plano aeroviário para todo o Estado, extensão da ferrovia estadual e discussão para obras rodoviárias no Anel de Integração, estamos, neste início de governo, promovendo uma moderna ação logística que beneficiará o porto de Paranaguá”, disse o secretário. (AEN)
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A inflação das matérias-primas agrícolas entrou em um novo ciclo de desaceleração. A constatação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, que ao analisar a evolução dos preços das matérias-primas agropecuárias nos últimos dez anos percebeu que a taxa acumulada em 12 meses está em desaceleração nos últimos três meses, até a segunda prévia de maio do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). Isso refletiria o começo de um novo movimento de pressão mais fraca destes preços na inflação, que vai vigorar no curto e no médio prazo.Consenso - É consenso entre analistas a previsão de perda de força na inflação das commodities agrícolas nos próximos meses. Mas eles fazem uma ressalva: mesmo com a perspectiva de preços mais baixos no curto e médio prazo, há uma mudança de patamar na evolução desses preços, graças a uma demanda persistente nos cenários doméstico e mundial. Na prática, os preços dos produtos agrícolas devem mostrar daqui para a frente apenas desacelerações suaves, e não mais quedas bruscas como no passado.Série histórica - Com base em uma série histórica da evolução dos preços das matérias-primas agropecuárias no atacado desde 2001, Quadros constata um movimento cíclico dos preços deste tipo de produto, sendo que as altas chegam a atingir dois dígitos, em um movimento de "repique" acentuado. Até o momento, o ponto mais alto da taxa acumulada em 12 meses foi registrado em março de 2003, com alta de 49,14%. O mais recente ciclo de aceleração de preços das commodities agropecuárias foi iniciado no segundo semestre do ano passado, quando os preços das matérias-primas agropecuárias voltaram a registrar inflação de dois dígitos em sua taxa em 12 meses, atingindo o auge em fevereiro deste ano, quando subiu 33,08%, dentro do IGP-M. "Mas a partir de fevereiro de 2011 esta taxa começou a desacelerar", afirmou o especialista da fundação. De acordo com ele, até a segunda prévia do IGP-M de maio, a taxa acumulada deste tipo de preço foi de 27,39% em 12 meses.Patamares elevados - Mesmo com a possibilidade de elevações menos intensas nas cotações, o horizonte em um período de longo prazo é de manutenção de preços em patamares elevados. Para o analista da Agroinvest Corretora, Cleber Bordignon, em 2011 houve uma "mudança de patamar" nas cotações agrícolas. Como exemplo, ele citou os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago, cujos preços médios hoje vão de US$ 13 e US$ 14 o bushel (o equivalente a 27,2 quilos da oleaginosa). "Em anos anteriores, era em torno de US$ 9 a US$ 12. Dá para perceber que o nível de preços mudou", afirmou. Para ele, a forte demanda por commodities agropecuárias pelos setores de alimentação humana e de rações deve ajudar a manter em um patamar elevado os preços das commodities agrícolas no longo prazo. (Agência Estado)
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A utilização da carta de crédito do Sicredi Consórcio Imóveis contempla novas opções. Além das já existentes, como aquisição de imóvel novo ou usado, residencial ou comercial, rural ou urbano, os associados já podem utilizar o consórcio de imóveis para construção, reforma e ampliação. As condições de pagamento para os associados são as mesmas que o Sicredi Consórcio Imóveis já oferece. São 120 meses de prazo de pagamento com opções de parcela integral, regressiva e progressiva, além da possibilidade do associado ser contemplado por sorteio, lance fixo ou lance livre. Neste mês de maio, o Sicredi inicia campanha de divulgação da nova modalidade. "Nossa expectativa é gerar um incremento de 30% nas vendas do consórcio de imóveis", projeta Fernando Di Diego, gerente de Mercado da Administradora de Consórcios. (Imprensa Sicredi)
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As chuvas que caíram sobre regiões agrícolas importantes da Argentina na semana passada prejudicaram a colheita de soja, informou o Ministério da Agricultura do país. Terceira maior produtora e exportadora da oleaginosa - atrás de Estados Unidos e Brasil -, a Argentina deverá produzir 50,4 milhões de toneladas do grão nesta safra 2010/11, conforme estimativas oficiais.
Adversidades climáticas - Apesar de a colheita já estar em sua etapa final - 88% da área plantada já foi colhida -, adversidades climáticas ainda podem reduzir o volume total esperado. Em parte por conta de intempéries já observadas desde o início do plantio, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, por exemplo, prevê que a colheita de soja do país ficará abaixo de 50 milhões de toneladas (49,2 milhões), quando inicialmente diversas projeções sinalizavam cerca de 55 milhões.
Milho - No caso do milho, informou o ministério, a colheita do ciclo atual avançou a um ritmo moderado na semana passada, também influenciada pela umidade. Até quinta-feira, os produtores argentinos haviam concluído 76% dos trabalhos nesta frente. Segundo maior país exportador de milho, a Argentina deverá colher, no total, 20,9 milhões de toneladas - para o produto, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires prevê 20 milhões de toneladas. (Reuters / Valor Econômico)
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Os 55 anos da Emater foram comemorados nesta quinta-feira (19/05) sob a expectativa da renovação de quadros. O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara e o presidente da empresa, Rubens Niederheitmann, anunciaram oficialmente a contratação de 400 profissionais, sendo 100 por ano, para recompor os quadros da empresa, que está há 16 anos sem contratações.
Profissionais - Serão contratados, por concurso público, engenheiros agrônomos, florestais, médicos veterinários e técnicos agrícolas. A prioridade é enviar os técnicos contratados para 40 escritórios da Emater que estão sem nenhum profissional. Posteriormente, serão enviados para 170 escritórios que estão com apenas um profissional.
Prioridade - Segundo Ortigara, o serviço de extensão rural é prioridade do governador Beto Richa. O secretário disse que é fundamental dar uma atenção mais qualificada no campo por meio do extensionista, que representa a presença do governo do Estado no meio rural. "Os extensionistas vão reforçar o trabalho que deve ser feito no campo junto ao produtor rural para reverter a degradação dos solos, cuidar do meio ambiente, auxiliar a agroindústria, auxiliar e orientar os agricultores para que enfrentem os desafios da atividade", afirmou o secretário.
Habitação - Outro desafio importante para o extensionista nessa gestão, disse Ortigara, será a organização do agricultor para ter acesso ao programa de habitação no meio rural que será anunciado em breve pelo governador Beto Richa. "O Estado deve muito à Emater e este é o momento para formar o time do futuro", afirmou.
Oportunidades - Para o presidente da Emater, Rubens Niederheitmann, o foco da empresa será apoiar a criação de oportunidades para os agricultores no meio rural. "O agricultor precisa de mais competitividade para não perder espaço no mercado. Para isso precisa de orientação para produzir com qualidade e sanidade seus produtos e esse é o nosso desafio", disse. (AEN)
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Nos últimos cinco anos, as principais commodities agrícolas têm registrado forte valorização em escala mundial. O índice de preços de cereais, medido pela FAO, a agência das Organizações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentos, subiu quase 85% entre janeiro de 2007 e abril de 2011. A alta é sustentada pelo ganho de renda e pela urbanização especialmente em emergentes como a China, e também pelo aumento da demanda por commodities agrícolas para a produção de biocombustíveis em diversos países.
Expansão - Essa conjuntura reativou a discussão sobre quais regiões do globo seriam capazes de expandir a área plantada com commodities agrícolas para atender a demanda mundial. Analistas são praticamente unânimes em considerar o Brasil o país que oferece o maior potencial de crescimento. No entanto, nações da África, do Leste Europeu e algumas das ex-repúblicas soviéticas, considerados fronteiras agrícolas, apresentaram nos últimos anos uma expansão expressiva na área cultivada com as quatro commodities agrícolas mais consumidas do mundo - arroz, soja, milho e trigo.
Usda - Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostram que entre a safra 2007/08 - quando os preços dispararam - e a 2011/12, que começa a ser plantada em algumas regiões, o mundo elevou em apenas 5% a área cultivada com as principais commodities agrícolas. Nas áreas de fronteira, no entanto, o ritmo de expansão foi, em média de 11%. No bloco formado pelas ex-repúblicas soviéticas e o Leste Europeu, o crescimento da área cultivada foi de 12%, enquanto entre os principais países africanos a evolução foi de 9% ao longo das últimas cinco safras.
Seca - Além da demanda maior, a seca que afetou lavouras de países do Leste Europeu e da Rússia na safra passada também contribuiu para a alta dos preços das commodities e acabou incentivando a expansão da área plantada nessas regiões. A Ucrânia, por exemplo, deve cultivar na temporada 2011/12 uma área de 10,7 milhões de hectares divididos entre soja, milho e, especialmente, trigo. O número representa um crescimento de 26,2% em comparação aos 8,5 milhões de hectares cultivados no ciclo 2007/08.
África - No continente africano, a Nigéria é um dos países que se destaca. Há cinco anos, o país cultivou 6,64 milhões de hectares com os principais produtos usados na alimentação. Para a safra 2011/12, o USDA projeta plantio de 7,51 milhões de hectares, crescimento de 13,1% no período.
Brasil - No Brasil, a expansão da área plantada também aconteceu. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nas últimas cinco safras o país elevou em 7% sua área cultivada. O ritmo da evolução no país, considerado o potencial fornecedor global de alimentos nos próximos anos, foi superior à média mundial, porém ficou abaixo do desempenho registrado pelas novas fronteiras agrícolas mundiais.
Investimento estrangeiro - Apesar do crescimento acima da média da área cultivada nas fronteiras agrícolas do mundo, as regiões ainda não registram a chegada de capital de investidores estrangeiros, como já ocorre no Brasil. "Existem ao redor do mundo muitas áreas viáveis para a produção agrícola. O desafio, no entanto, é fazer com que essas regiões se transformem em algo economicamente viável para os investidores", afirma André Debastiani, analista da Agroconsult.
Fatores - Ele observa que para atrair investidores que permitam uma expansão mais acelerada é necessária uma combinação de fatores. A garantia à propriedade privada, mínimas condições de logística e de infraestrutura são alguns dos pontos fundamentais, e que ainda colocam o Brasil no topo das prioridades para receber recursos. "A expansão ocorrida nessas regiões tem sido orgânica. O mundo está demandando mais alimentos e os preços estão viabilizando esse crescimento, mas ainda não são investidores que estão chegando", pondera Debastiani.
Pequena - De fato, a área cultivada nessas regiões de fronteira ainda é muito pequena dentro do que se planta ao redor do mundo. Englobando países africanos, as principais ex-repúblicas soviéticas e regiões do Leste Europeu, os dados do USDA apontam para uma área de aproximadamente 80 milhões de hectares ocupados com lavouras de soja, milho, trigo e arroz. No mundo, essas lavouras são cultivadas em pouco mais de 655 milhões de hectares, ou seja, as fronteiras representam cerca de 12% da área mundial. (Valor Econômico)