Notícias economia
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A falta de infraestrutura está prejudicando a expansão da produção de grãos na região formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (MaToPiBa) e deixando milhões de hectares de terras economicamente inativos. A Expedição Safra Gazeta do Povo apurou que a ampliação das áreas de soja e milho ocorre em ritmo bem mais lento do que o programado pelo setor. Nos quatro estados, técnicos e jornalistas do projeto se depararam com estradas em condições precárias, balsas sobrecarregadas e ferrovias ainda em construção. A produção crescente se afunila em terminais portuários cada vez menores para a demanda.
Área - Na safra 2010/11, as lavouras foram ampliadas em apenas 170 mil hectares. A região precisaria plantar 650 mil hectares extras por ano para chegar a 10 milhões de hectares em uma década, conforme projeção lançada em 2008. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estima em 20 milhões de hectares o tamanho da área agricultável na "nova fronteira agrícola" do país.
Terminal de grãos - Apontada pelos agricultores como a obra mais urgente, o Terminal Público de Grãos do Maranhão (Tegram) deve ser concluído em 2013, conforme a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap). O projeto, que ainda depende de aprovação da Agencia Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), contempla a construção de quatro armazéns, cada um com capacidade para 125 mil toneladas, e nova estrutura para recepção e carregamento dentro do Porto do Itaqui, em São Luis (MA). Com apenas um silo para armazenagem, o Porto movimenta atualmente 2 milhões de toneladas de grãos por ano, volume que deve chegar a 6 milhões ainda nesta década.
Prazos - As obras de infraestrutura ganham novos prazos de conclusão em cada gestão do governo federal. A ferrovia Transnordestina - que terá 1,7 mil quilômetros entre Eliseu Martins (PI) e os portos de Suape (PE) e Pecém (CE) - está em andamento e deve ser concluída em 2013, prometeu a presidente Dilma Rousseff. A construção da ferrovia Norte-Sul avança em Tocantins, mas os trechos já concluídos ainda são pouco usados para o escoamento da produção da região de Pedro Afonso e Porto Nacional, por exemplo. O asfaltamento da Transcerrado - rodovia que atravessa o polo de grãos do Piauí - passa por estudo há mais de um ano.
Maior problema - O superintendente do Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) no Maranhão, Antonio Luiz Figueiredo, considera que a falta do terminal de grãos é o maior problema do MaToPiBa. "Hoje, muitos caminhoneiros aguardam até três dias para descarregar no porto porque falta armazém", reclama. Com a construção de ferrovias, estados do Centro-Oeste que hoje usam os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR) devem utilizar estrutura intermodal - mais barata e menos poluente que a exclusivamente rodoviária -, para escoar a produção pelos portos do Norte e Nordeste.
Infraestrutura - A infraestrutura determina em boa medida a expansão da produção agrícola. A série histórica de dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que, na última década, o Paraná - que conta com mais estrutura de escoamento que o MaToPiBa - ampliou as lavouras em 1,17 milhão de hectares (20%), apesar de ter bem menos áreas disponíveis. Em Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, o avanço foi de 1,4 milhão de hectares no período (55%), ou seja, só 240 mil hectares a mais do que nos campos paranaenses, onde as pastagens precisam ser reduzidas para dar lugar aos grãos.
Parada obrigatória - A Expedição Safra Gazeta do Povo percorre a nova fronteira agrícola formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia há quatro safras, acompanhando de perto o desenvolvimento da região, puxado pela soja. Para Giovani Ferreira, coordenador do projeto, e gerente do Núcleo de Agronegócio do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), se houvesse melhor estrutura logística, "com certeza o ritmo de crescimento seria mais intenso". Ele acrescenta que o aquecimento do mercado nordestino de carnes, que absorve boa parte da produção de grãos, tende a estimular o cultivo cada vez maior. "A indústria cresceu muito e tem oferecido bons preços aos produtores. Isso supera, em parte, a deficiência logística", observa.(Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O ministro da Fazenda Guido Mantega defendeu nesta segunda-feira o gradualismo das medidas do governo no combate contra a inflação e a valorização cambial. "Não podemos nos apressar e tomar excessivas medidas no curto prazo porque pode derrubar a economia", disse Mantega durante reunião com investidores, referindo-se ao combate à alta de preços. Defendendo a declarada intenção do Banco Central de perseguir o centro da meta de inflação, de 4,5 por cento, apenas no ano que vem, visto que há um choque patrocinado pela alta das commodities, o ministro mostrou-se contrário a medidas mais agressivas. "É justificável (perseguir centro da meta em 2012) porque estamos vivendo um choque de oferta", afirmou. "Não estamos sendo tolerantes, mas também não adianta tomar medidas que não levam a nada".
Pressão - Segundo ele, apesar da pressão atual nos índices de preços, o teto da meta, de 6,5 por cento, não deve ser ultrapassado. Mantega considerou desnecessária uma alta imediata do preço da gasolina. Mas se ela ocorrer o governo deve neutralizar esse aumento com uma queda da Cide, taxação que incide sobre os preços de combustíveis. Mantega repetiu que o governo tem tomado medidas no sentido de reduzir o ritmo de expansão da economia e que o crescimento do país é sustentável. Para este ano, ele espera um aumento de cerca de 10 por cento dos investimentos e que o déficit nominal fique em torno de 1,7 por cento do PIB. No câmbio, Mantega afirmou que o governo continuará tomando medidas para impedir valorização excessiva do real, mas que não se pode tomar uma "medida por dia". (Reuters / RPC)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Os três agentes financeiros presentes na Expo Londrina 2011 - Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e a cooperativa Sicredi - fecharam até sexta-feira (15/04) R$ 118 milhões em financiamentos. Com linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Tesouro Nacional, os negócios envolvem a aquisição de maquinário agrícola e animais. Mas não foram beneficiados somente os produtores rurais. O BRDE atendeu empresários de diversos segmentos.
Parcial - O levantamento parcial do Banco do Brasil, feito a pedido da FOLHA, mostra que a instituição já havia aprovado R$ 40 milhões em financiamento até ontem. Mas com as operações do final de semana e o pós-feira, que vai até dia 29, a estimativa é alcançar R$ 70 milhões. Se comprovado, este valor vai representar um crescimento de 75% frente ao ano passado. ''Além desses negócios já fechados, ainda temos muitos cientes em compasso de espera, pesquisando taxas'', afirma o superintendente regional do banco, Flávio Mazzaro. Segundo ele, as taxas giram em torno de 6,75% ao ano. E, para quem fecha negócio durante a feira, há mais prazo para pagar. ''Para aquisição de matrizes (gado), por exemplo, estamos oferecendo 3 anos de carência e 5 anos para o pagamento de 100% do valor do animal'', afirma. Fora da feira, o prazo de pagamento é de 3 anos e o valor financiável e de até 80% do animal. De acordo com Mazzaro, a explicação para um aumento tão grande nos negócios é a melhora da renda e a redução do endividamento dos produtores. ''A safra foi muito boa, ninguém pode reclamar'', afirma.
Sicredi - No Sicredi, já estavam garantidos até sexta R$ 35 milhões em negócios entre financiamento de maquinário e gado. Mas a estimativa também era fechar várias outras operações no fim de semana e no pós-feira. ''Estimamos um total de negócios 50% maior que o do ano passado'', disse o superintente regional da Cooperativa, Rogério Machado. Em 2010, o Sicredi aprovou apenas R$ 28 milhões em financiamento. ''A safra foi muito boa e o produtor rural está bem mais confiante. Então, acaba investindo mais. Esta é a melhor feira da qual participamos'', diz Machado.
BRDE - Já no BRDE, a maioria dos beneficiados foram empresários de outras áreas, com exceção da Integrada Cooperativa Agroindustrial, que tomou R$ 12 milhões dos R$ 43 milhões já negociados pelo banco. ''O balanço até agora é muito positivo. Tivemos oportunidade de atender não só os visitantes da feira, pois fizemos visitas a várias empresas da região'', explicou o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito, Nivaldo Assis Pagliari. No ano passado, o banco financiou somente R$ 18 milhões.
Campo - Apesar de ter atendido principalmente o empreendedor urbano, segundo Pagliari o banco fez uma 'boa' divulgação dos produtos do BNDES voltados para o campo, como o ABC, que visa à redução de emissão de gases pela agricultura incentivando a plantação de pinus e a recuperação das pastagens. Pelo programa, com juros de 5,5% ao ano, o produtor pode financiar até R$ 1 milhão, com carência de 6 anos para ínicio do pagamento.
Otimismo - A ExpoLondrina terminou neste domingo (17/04) em clima de otimismo. O balanço geral só será divulgado na próxima semana, mas o presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Gustavo Andrade e Lopes, disse ter convicção que o evento baterá a meta de movimentação estimada em R$ 200 milhões. Também espera-se um recorde de público, acima de 480 mil pessoas nos 10 dias de feira. (Folha de Londrina)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
As economias desenvolvidas e emergentes reunidas no G-20 concordaram em criar um plano para corrigir os desequilíbrios macroeconômicos que levaram à crise econômica recente, durante encontros realizados nos últimos dias em Washington. Mas ainda há muitas dúvidas sobre a eficácia desse entendimento, pois faltam mecanismos para obrigar os países a seguir as recomendações que serão feitas até outubro.
Desequilíbrios em conta corrente - A maior preocupação do G-20 são os fortes desequilíbrios em conta corrente, considerados a principal causa macroeconômica da crise recente, com altos superávits em países como China e Alemanha espelhados por déficits excessivos nos EUA. Para os americanos, a valorização da moeda chinesa é parte obrigatória de um ajuste, enquanto a China sustenta que os juros extremamente baixos nos EUA são o centro do problema.
Subvalorização cambial - Em reunião dos ministros da fazenda do G-20 na sexta (15/04), foi definido um plano que não toca nesses dois problemas diretamente, mas poderá levar à correção pelo menos da subvalorização cambial chinesa. O Fundo Monetário Internacional (FMI) analisará desequilíbrios fundamentais das principais economias do mundo, como baixa taxa de consumo e alta poupança na China e excesso de consumo e baixa poupança nos EUA. "Completamos o primeiro passo", disse a ministra da economia da França, Christine Lagarde. "Agora vamos mover para o passo dois, que vai nos ajudar a fazer recomendações para os chefes de Estado em nossa reunião de outubro."
Indicadores - Em fevereiro, numa reunião em Paris, o G-20 já havia concordado em selecionar três grupos de indicadores para determinar se as economias estavam em desequilíbrio: 1) déficit e dívida e pública; 2) poupança e divida privada; 3) externos, incluindo balança comercial e fluxos de investimentos. Dessa vez, em Washington, foi definido quais são os parâmetros usados para julgar se as economias estão em equilíbrio dentro desses parâmetros.
Metodologias - Foram adotados quatro conjuntos de metodologias, incluindo modelos econométricos que vão projetar a evolução das economias dentro desses indicadores, além de três parâmetros puramente estatísticos que basicamente servem para verificar como as economias estão evoluindo em comparação aos seus padrões históricos.
Avaliação - Todos os países do G-20, incluindo Brasil, vão ser avaliados de acordo com essa metodologia. Mas foi selecionado um grupo de sete economias que representam pelo menos 5% do PIB do conjunto das economias do G-20 para receber uma análise mais aprofundada. Os nomes dessas economias e os critérios de sua seleção não foram divulgados. Mas, de forma reservada, autoridades no encontro revelaram que o grupo é formado por EUA, China, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Índia.
Passo seguinte - De agora em diante, o G-20 avança para o segundo passo, que consiste basicamente em avaliar as economias com base nesses indicadores, num trabalho a ser feito pelo FMI. Em outubro, os chefes de Estado receberão as recomendações de como corrigir os desequilíbrios. Mas estão livres para não segui-las, pois não há nenhum mecanismo que os obrigue a fazê-lo. O G-20, porém, aposta no poder de pressão dos demais países para avança nessa agenda.
Versão - No fim, o mecanismo adotado é uma versão muito mais complicada, penosa e obscura do que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, havia proposto em fins do ano passado. Ele queria apenas um indicador, o resultado de conta corrente, para apontar mecanicamente os países que precisam reequilibrar sua economia. O Brasil também tem interesse na flexibilidade da moeda chinesa, para evitar efeitos colaterais como a aguda valorização do real, por isso está se alinhando com os EUA nesse debate.
Solução - O caminho cheio de curvas adotado pelo G-20 foi a única solução aceita pelos chineses, que fizeram tudo ao seu alcance para selecionar indicadores que estivessem o mais longe possível de sua taxa de câmbio. Nos últimos dias em Washington, a China também exigiu que fossem mantidos em segredo os nomes dos países que vão receber analise mais rigorosa do G-20. A China já vem valorizando sua taxa, mas num ritmo muito lento, e o país anunciou um plano em fins do ano passado para corrigir os problemas do baixo consumo doméstico, alta poupança e excessiva dependência de exportações para puxar o seu crescimento. (Valor Econôico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
As medidas tomadas pela Argentina em fevereiro para restringir as importações por meio das licenças prévias podem tornar-se novo ponto sensível nas negociações do acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e os países do Mercosul. O comissário de Comércio europeu, Karel De Gucht, disse nesta quinta-feira (14/04), no Parlamento da UE, em Bruxelas, que as "medidas protecionistas" colocaram problemas aos exportadores europeus ao dificultar o desembarque de mercadorias do setor automotivo na Argentina. Segundo De Gucht, as restrições argentinas violam as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC) e estão sendo discutidas bilateralmente. "Se não houver acordo, iremos recorrer à OMC", diz o comissário. Ele afirmou ainda que a iniciativa argentina pode prejudicar o clima de negociações do acordo entre UE e Mercosul.
Itens - Em fevereiro, a Argentina ampliou de 400 para 600 o número de itens submetidos à licença prévia, instrumento que torna mais lenta a importação. A iniciativa atingiu automóveis e autopeças, eletrodomésticos e produtos químicos, entre outros. Na prática, a restrição desestimula a aquisição, no exterior, de bens e insumos pelo comércio e indústria argentinas. A medida prejudica todos os que querem exportar para a Argentina.
Consenso - Por enquanto a ideia é conseguir uma solução consensual. "Não vamos falar em contencioso agora. Vamos tentar encontrar pelo diálogo uma solução", diz José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia. "O protecionismo é mau, significa que as pessoas compram as coisas mais caros, quando podiam comprar mais barato. A economia tem de se abrir. Se há setores sensíveis, tem de haver um equilíbrio", diz Barroso.
Negociações - Com negociações iniciadas em 1999, o acordo entre UE e Mercosul chegou a um impasse e foi suspenso em 2004 pela falta de consenso, principalmente quanto às tarifas que protegem a agricultura europeia dos produtos exportados pelo Mercosul. A negociação foi retomada no ano passado e a próxima rodada de negociações está prevista para maio. A apresentação da nova lista de ofertas pelos dois blocos está marcada para fim de maio e início de junho. Segundo Barroso, a UE mantém a expectativa que os quatro países do Mercosul coloquem sobre a mesa uma proposta em conjunto.
Produtos agrícolas - Na sessão parlamentar desta quinta, em Bruxelas, a discussão sobre o acordo entre os dois blocos incluiu discussões que revelam o já reconhecido ponto sensível do lado europeu: o dos produtores agrícolas, principalmente de carne, da França e da Irlanda. "Somos grandes importadores e exportadores de produtos agrícolas. O acordo com o Mercosul apresenta problemas no campo agrícola e teremos isso em conta", disse De Gucht. Segundo ele, a UE tem mecanismos para equilibrar a situação. "A compensação será parte da solução do lado europeu", disse.
Regulamentações - Uma das preocupações europeias diz respeito às regulamentações sociais e ambientais. Atualmente, alegam os franceses, os produtores europeus obedecem a normas que acabam gerando custos adicionais, dos quais estariam livres os setores agrícolas de países do Mercosul. De Gucht disse que cláusulas sociais e questões ambientais são pontos delicados a serem solucionados. John Clancy, porta-voz para a área de comércio da UE, também relativiza o impasse com os franceses. Nas negociações comerciais, diz, há sempre temas sensíveis. "Não há combinação perfeita que satisfaça a todos." Apesar do otimismo, os europeus preferem não falar em prazos para aprovar as listas de ofertas.
Indústria - Na retomada das conversas sobre o tratado no ano passado, a indústria brasileira chegou a demonstrar resistências às discussão. Representantes da UE que acompanham o assunto percebem um receio das indústrias brasileiras de que a redução de tarifas em bens manufaturados originados da Europa possa prejudicá-las num momento em que elas se queixam da concorrência dos chineses. Em relação ao acordo, entre os setores considerados mais sensíveis no Brasil estão os de produtos químicos, de eletroeletrônicos e o automobilístico. Os diplomatas brasileiros que acompanham o assunto, porém, dizem que os acordos comerciais sempre possuem pontos sensíveis e é preciso negociar. O mercado formado pelos dois blocos representa 750 milhões de pessoas. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Brasil estabeleceu novo recorde nas exportações do agronegócio e alcançou US$ 79,8 bilhões, um crescimento de 19,7%, entre abril de 2010 e março de 2011. No próximo mês, o país deve superar os US$ 80 bilhões em exportação, um número inédito na história do comércio exterior do agronegócio brasileiro. O superávit comercial, consequentemente, também aumentou e chegou a US$ 65,5 bilhões, nos últimos 12 meses, na série histórica para o período.
Maior cifra - O mês de março registrou a maior cifra, US$ 7,4 bilhões, o que representa um incremento de 22,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. O saldo mensal ficou em US$ 5,9 bilhões. Os dados são apurados pelo Ministério da Agricultura desde 1989.
Setores - Cinco setores contribuíram significativamente para o aumento do valor no mês de março. São eles: o complexo soja (grão, farelo e óleo) aumentou 26,3%, o que representa receita de US$ 2,05 bilhões. O café teve incremento de 61,9%, o equivalente a US$ 704 milhões; o setor de cereais, farinhas e preparações subiu 183,7%, volume que corresponde a US$ 387 milhões; o item carnes aumentou 18,9%, percentual que corresponde a US$ 1,36 bilhão; e complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol) teve acréscimo de 27,1%, o equivalente a US$ 899 milhões. A participação destes itens passou de 67,2%, em março de 2010, para 73,2% do total exportado em março de 2011.
Redução - Apesar do aumento geral do complexo soja (grão, farelo e óleo), houve redução da quantidade exportada de grãos e farelo, mas a queda foi compensada com a elevação dos preços (34,1% em relação ao grão e 19,5% sobre o farelo). Diferentemente, o óleo teve aumento de 138,7% na quantidade exportada (a alta de preços foi de 45,3%).
Carnes - Assim como a soja, também houve diminuição na quantidade exportada de algumas carnes, equilibrada, porém, com a alta dos preços. Isso aconteceu com as carnes bovina e suína in natura. As carnes de frango in natura e industrializada, no entanto, tiveram um incremento da quantidade exportada de 2% e 23,7%, respectivamente. As duas registraram elevação dos preços. Com isso, a receita geral de carnes ficou em US$ 1,356 bilhão, 18,9% maior em relação a março de 2010.
Sucroalcooleiro - No complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol), houve aumento dos preços e da quantidade exportada. O valor geral das exportações chegou a US$ 899 milhões, um crescimento de 27,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O açúcar teve um aumento de 14,8% nos preços e o valor exportado ficou em US$ 838 milhões, 25,8% maior. Em relação ao álcool, foi registrado um incremento de 20% nos preços e o valor aumentou 48,8%, totalizando US$ 60 milhões nas exportações.
Destinos das exportações - Os valores exportados aumentaram para a maioria das regiões. A União Europeia, que engloba 27 países, e ocupa o primeiro lugar nas importações de produtos agrícolas brasileiros, aumentou a compra em 31,7% - passou de US$ 1,6 bilhão em março de 2010 para US$ 2,2 bilhões em março de 2011. Em segundo lugar, está a Ásia, com um incremento de 1,4%, e chegou a US$ 1,948 bilhão. Neste mês, a África subiu para a terceira posição, com elevação de 80,6% - de US$ 410 milhões para US$ 740 milhões. (Mapa)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Na relação entre campo e cidade, a fronteira definida dá lugar cada vez maior à integração. Globalizado, o produtor rural transforma o trabalho diário em negócio, garantindo alimentos, insumos e matérias-primas para a zona urbana. Na cidade, desenvolvem-se pesquisas e tecnologias que fomentam a produção, gerando a contrapartida necessária para mover a engrenagem do agronegócio que, no ano passado, garantiu um saldo positivo de US$ 60 bilhões na balança comercial brasileira.
Mote - O mote da 51ªExposição Agropecuária e Industrial de Londrina, que começou na semana passada e vão até domingo (17/04) no Parque Ney Braga, sintetiza esse cenário. O slogan ‘‘O show de quem produz'', de acordo com o presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Gustavo Andrade e Lopes, foi escolhido para celebrar toda a cadeia produtiva do setor - do produtor ao consumidor final - que frequenta a feira também como visitante e expectador da programação cultural. ‘‘A estrutura da Expo representa todos os setores da economia'', diz Lopes.
Interdependência - Para o presidente, cidade e campo são ‘‘interdependentes''. A relação entre as duas realidades é bastante evidente no Norte do Paraná, onde o clima favorece a diversidade do agronegócio, muitas pesquisas realizadas por universidades focalizam o setor e a forte presença da agroindústria reforça a ligação. ‘‘Garantir a força do agronegócio é garantir a distribuição de renda'', afirmou.
Público diverso - A programação da feira vai privilegiar a diversidade do público. Os encontros, simpósios e cursos enfocarão desde novas tecnologias até temas de interesse geral, como aproveitamento de alimentos ou a palestra programada pela Federação Paranaense de Cardiologia sobre mitos e verdades à respeito do consumo de carne.
Agroindústria - Para o gerente técnico e econômico do Sistema Ocepar, Flávio Turra, o crescimento do setor agroindustrial é um sinal evidente dos benefícios da parceria entre campo e cidade. ‘‘A agroindústria agrega valor na região produtora'', diz. Ele exemplifica que a exportação do frango - que consumiu soja e milho - gera mais impacto financeiro para a região do que a simples exportação da soja in natura. ‘‘O produtor tem resultados melhores e aquece toda a economia local.'' Conforme o gerente, 42% dos produtos recebidos são industrializados nas próprias cooperativas. A produção é totalmente consumida no mercado interno, que ainda tem muito espaço para crescer. ‘‘Nos últimos cinco anos, as cooperativas investiram R$ 5 bilhões na agroindústria'', complementa.
PIB - O assessor da diretoria da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Carlos Augusto Albuquerque, acrescenta que o agronegócio representa 35% do PIB do Paraná. Desse montante, 10% é relativo à agropecuária e os outros 25% são relativos ao valor agregado pela industrialização. ‘‘É o saldo positivo do agronegócio que sustenta a balança comercial brasileira'', enfatiza. (Folha de Londrina)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Levantamento feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná mostra que a área plantada com feijão no Estado pode encolher 7% neste ano e ficar ao redor de 178,35 mil hectares. Pesquisa realizada em abril já sinaliza que a segunda safra da cultura ocupará uma área menor que no ciclo anterior. A queda na área plantada do feijão é reflexo do recuo dos preços pagos aos produtores paranaenses. Dados do Deral mostram que na semana passada - de 4 a 8 de abril -, o preço médio recebido pela saca foi de R$ 69,35, 4,2% inferior que o registrado na semana anterior. Em abril do ano passado, o produtor do Paraná recebeu, em média, R$ 104,97 pela saca do grão. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, considerado um dos intelectuais públicos mais influentes do mundo, proferiu palestra a cerca de 2,5 mil pessoas na noite desta terça-feira (12/04), em Maringá, a convite da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM). O evento marcou a comemoração dos 58 anos da entidade.
Desafios maiores - Defendendo um "choque na educação", FHC, que completa 80 anos em junho e foi chefe do governo entre 1995 e 2002, disse que o país precisa preparar-se para desafios cada vez maiores. "Temos que fazer isso agora", afirmou, referindo-se a melhoria dos níveis de educação. "Hoje, diferente do que acontecia no meu tempo, a evasão escolar acontece por desinteresse dos alunos. Alguma coisa precisa mudar", comentou o ex-presidente, que fala também em uma flexibilização no ensino superior. "Está tudo muito quadradinho, tem que ser só o que eles oferecem, o estudante não tem opções na grade", acrescentou. FHC fez uma comparação com a realidade agrícola do país para justificar a criação de medidas pró-educação: "O café é o que é por causa do IAC [Instituto Agronômico de Campinas) e a agricultura é o que é por causa da Embrapa". "O mundo é dinâmico e nesse dinamismo podemos ser pegos no contrapé", advertiu.
No curto prazo - Mas, para o ex-presidente, o atual governo precisa estar atento, principalmente, "a um vírus que fica no organismo": a inflação. "É um problema que a economia brasileira necessita resolver no curto prazo." Segundo ele, a inflação já atinge níveis preocupantes e o governo não vai conseguir combatê-la rapidamente, pois há uma forte pressão ocasionada pela própria economia em crescimento. "Mas em um ou dois anos temos que ajustar para não perder o controle", argumentou.
Agricultura - Em sua palestra, FHC fez poucas citações à agricultura: ele se recordou do grande endividamento do setor no início de seu primeiro mandato, e ressaltou que atualmente o campo não consegue atender o crescimento da demanda por alimentos. "Na China, talvez umas 500 milhões de pessoas tenham melhorado de vida e passaram a colher melhor", ressaltou.
Infraestrutura - Sem fazer nenhuma crítica ao último e ao atual governo, ele disse que os aeroportos do país estão acanhados, as estradas deficientes e a energia elétrica em seu limite. "O capital privado precisa participar, o Estado não tem como fazer tudo sozinho. Temos pela frente o grande desafio da Copa e precisamos melhorar a infraestrutura." (Flamma)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE anunciou que está disponibilizando cerca de R$ 100 milhões em diversas linhas de financiamento durante a ExpoLondrina, de 7 a 17 de abril. Segundo o gerente de planejamento do banco, Thiago Tosatto, estão disponíveis durante a feira todos os programas agrícolas operados pelo BNDES e que permitem financiamentos de máquinas e equipamentos, modernização, benfeitorias e demais investimentos necessários nas propriedades rurais. Além disso, linhas de financiamentos para empresas industriais, como por exemplo, construção, ampliação e modernização das instalações, aquisição de máquinas e equipamentos industriais e capital de giro.
Comércio e serviços - Também há financiamentos disponíveis para o setor de comércio e serviços. Os juros, informa Tosatto, giram entre 6,5% e 11,5% ao ano. O presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Gustavo Andrade e Lopes, ressaltou que o foco da feira é o agronegócio regional, mas há oportunidades em todos os segmentos econômicos. Como exemplo, ele citou o fato de o BRDE ofertar financiamentos de qualquer tipo de produção. "Isso movimenta toda a economia regional, pois são financiamentos em várias linhas de crédito", afirmou. (AEN)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Depois de três dias sem chuva, navios graneleiros que aguardavam ao largo há mais de um mês finalmente conseguiram deixar o Porto de Paranaguá na tarde desta quarta-feira (06/04). A fila, contudo, não tem data para acabar. No final do dia, embarcações que chegaram à baía paranaense no dia 15 de março ainda esperavam vaga para carregar soja e farelo. No total, 30 navios aguardam liberação para atracar e outras 3 embarcações devem chegar nas próximas 48 horas, conforme informações da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).
Um milhão de toneladas - Operadores portuários ouvidos pela Gazeta do Povo relataram à reportagem que, entre soja, milho, farelo e trigo, Paranaguá teria deixado de embarcar cerca de um milhão de toneladas de granéis em março por causa das chuvas. Quando começa a chover, os trabalhos são interrompidos. Em condições normais, os navios graneleiros precisam aguardar em média 120 horas para atracar em Paranaguá. Das 30 embarcações que estavam fundeadas ontem, entretanto, apenas cinco chegaram à baía paranaense nos últimos cinco dias. Entre chegada, atracação, carregamento e partida, o processo que levaria uma semana agora gasta um mês.
Capacidade plena - A Appa informou que os três berços do corredor de exportação de grãos de Paranaguá voltaram a operar com capacidade plena nesta semana, mas que, mesmo com clima bom nos próximos dias, a normalização dos embarques ainda deve levar mais "algum tempo". Sem chuva, o porto tem capacidade para embarcar até 100 mil toneladas de granéis por dia. Para encher os 30 navios fundeados atualmente em Paranaguá seriam necessários 1,8 milhão de toneladas de soja, o equivalente a cerca de 12% da produção paranaense neste verão, que segundo a Expedição Safra Gazeta do Povo soma 14,5 milhões de toneladas da oleaginosa. Esse volume está represado nos armazéns de cooperativas, cerealistas e tradings.
Acúmulo - Por meio de sua assessoria, a Appa relatou que o movimento "acumulou um pouco" neste mês por causa dos atrasos de março, quando as chuvas provocaram os desmoronamentos que interditaram a BR-277. Por outro lado, a concentração de navios é considerada "normal para este período do ano". As senhas do Carga On-Line, sistema que gerencia o fluxo de veículos até o porto, estão sendo distribuídas normalmente.
Apesar da fila de navios, não há concentração de caminhões no Porto de Paranaguá. Os operadores afirmam que será necessário ao menos uma semana de sol para aliviar o congestionamento no mar.
Exportações - O problema não deve prejudicar o desempenho das exportações de soja e milho por Paranaguá, dizem os analistas. "Houve cooperativa que não conseguiu cumprir contrato de exportação de 180 mil toneladas no prazo", disse Nilson Hanke, assessor técnico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), sem citar o nome da empresa. "No geral, não tivemos problemas significativos até agora", ponderou.
Safra - De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), 15% da soja e 35% do milho ainda estão no campo no estado. Perto de metade da safra paranaense de grãos de verão já foi comercializada. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Apesar do aumento de 5% na produção de soja no Paraná (14,57 milhões de toneladas), os armazéns estão menos sobrecarregados do que no ano passado. Isso porque a produção de milho caiu 18,5% (a 5,52 milhões de t), conforme a Expedição Safra Gazeta do Povo. Somando os dois produtos, o volume deste ano é 540 mil t menor.
Integrada - Na Cooperativa Integrada de Londrina, o planejamento para receber a safra ajudou a evitar prejuízos aos produtores rurais. Segundo o gerente de logística, Celso Otani, a cooperativa teve que ampliar os locais de recebimento dos grãos diante da colheita concentrada. "Tivemos atrasos no cronograma de saída também para o mercado interno", acrescenta. Isso porque, os processadores de grãos também não conseguiam escoar seus produtos.
Outras cooperativas - A Coopavel, de Cascavel, informou que não está enviando grãos ao Porto de Paranaguá. "O que nós tínhamos para enviar já foi", disse o presidente da cooperativa, Dilvo Grolli. Na C. Vale, de Palotina, a prioridade agora é o mercado interno, que está remunerando melhor. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O governo deixou de pagar os subsídios ao seguro rural desde setembro de 2010. De lá para cá, acumulou uma dívida de R$ 162,7 milhões com seguradoras e resseguradoras nacionais e internacionais. As empresas cobrem os riscos do produtor, mas precisam receber do governo a subvenção de metade dos prêmios de cada apólice. O Ministério da Agricultura informa ter pago apenas R$ 35 milhões dos R$ 198 milhões contratados no ano passado. Os recursos foram cortados do orçamento do ministério porque essa rubrica não tem "blindagem" contra eventuais contingenciamentos, como ocorre com os recursos da Embrapa e da defesa agropecuária.
Bloqueado - Para piorar o cenário, o orçamento de 2011, estimado em R$ 406 milhões, também foi duramente bloqueado por determinação da presidente Dilma Rousseff. Desse valor, "sobraram" apenas R$ 132 milhões. E esses recursos foram liberados apenas no fim de março, bem depois do auge da demanda por seguro rural. Isso significa um risco para as lavouras de milho safrinha e trigo, sobretudo em Goiás e Mato Grosso do Sul. Se houver um "veranico" anormal neste inverno, os produtores correm "sérios riscos" de ter prejuízos. E, junto com eles, bancos, fornecedores e o próprio governo. No Sul do país, o seguro oficial (Proagro) tem uma cobertura mais ampla, o que diminui um eventual impacto meteorológico.
Análise - O Ministério da Fazenda informa que a questão está sob análise do Tesouro Nacional. O Ministério da Agricultura pressiona o Ministério do Planejamento a "desbloquear" parte do orçamento. Maior operadora do setor, a Aliança do Brasil, subsidiária do Banco do Brasil, tem buscado auxílio direto no governo para receber sua parte. As resseguradoras são as mais afetadas, já que assumem 90% dos riscos das operações. E também são credoras desses 90%.
Demanda - Para 2011, a demanda das empresas ao Ministério da Agricultura era de R$ 528 milhões. Mas o corte de metade do orçamento aprovado para este ano deve reduzir o total disponível para menos de R$ 40 milhões, estimam especialistas na área. "Estamos tentando resolver. O governo pode 'blindar' esses recursos", disse uma fonte graduada do governo. O "calote" oficial em um programa considerado fundamental pelo setor também prejudica a imagem do país como destino de investimentos de gigantes do setor segurador. Foram anos de vaivéns até o desenho do atual programa, criado em 2003.
Descaso - As seguradoras consideram um "sinal trocado" o descaso do governo com o programa de subsídios ao seguro rural. Isso porque o governo aprovou no Congresso um "fundo de catástrofes" para socorrer o setor em ocasiões de sinistros generalizados. Prometeu capitalizar o fundo em R$ 3 bilhões nos próximos anos.
Preocupação - "Isso nos preocupa muito porque pode assustar os projetos dos resseguradores no Brasil e os aportes de nova tecnologia", diz o consultor da francesa Scor Brazil, Frederico Domingues. O seguro precisa de "estabilidade legal e financeira" para garantir segurança aos investimentos. Nos bastidores, fontes das empresas seguradoras informam que "alguns novos projetos" de grandes companhias estavam prontos para aportar no Brasil. Mas algumas delas desistiram dos investimentos por falta de estabilidade no mercado nacional.
Habilitadas - Estão habilitadas a operar no programa as seguradoras Aliança do Brasil, Allianz, Mapfre, Nobre, Porto Seguro e UBF. As resseguradoras autorizadas são Catlin, Everest, Hannover, IRB Brasil, Lloyd's, Münchener, Partner, Scor Brazil, Swiss Re e XL Re. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Os preços mínimos do trigo não serão alterados na safra 2011. A manutenção dos valores foi aprovada na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) e será anunciada oficialmente pelo Ministério da Agricultura nos próximos dias. "Quando fizemos a avaliação de custo variável julgamos conveniente manter os atuais patamares", afirmou uma fonte do ministério à Agência Estado.
Repercussão- A decisão desagradou aos produtores, que reivindicavam ao menos a reposição dos 10% no preço mínimo, referentes à redução feita pelo governo em 2010. De acordo com o engenheiro agrônomo da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Robson Mafioletti, os produtores locais reivindicavam reajuste de 12,7%. Com isso, o preço mínimo do trigo pão tipo 1 passaria de R$ 477/tonelada para R$ 537,50/tonelada (28,62/saca para 32,25/saca). "Desta forma, seria possível praticamente cobrir o custo operacional do trigo, que é R$ 33,21/saca no Paraná", argumenta. O custo operacional inclui sementes, adubo e agrotóxicos, por exemplo. Há vários níveis de preços mínimos, de acordo com a qualidade do cereal. O preço de referência é de US$ 477 por tonelada para o trigo pão tipo 1.
Sinais - Segundo Mafioletti, membros do ministério já indicavam que os valores não seriam alterados. "Já tínhamos alertado o governo sobre os riscos de manter os preços no mesmo patamar e de ficarmos dependentes da importação." O Paraná tem área prevista de trigo de 1,041 milhão de hectares em 2011, 11% menor que a do ciclo passado, conforme dados do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura (Deral/Seab).
Impacto - O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Rui Polidoro Pinto, afirma que a medida terá impacto na safra e deve fazer com que os produtores reduzam o plantio no ciclo 2011/2012. A expectativa inicial é que a área semeada iguale os 767 mil hectares do ano passado. A federação irá solicitar uma audiência com o ministro Wagner Rossi na próxima semana para tratar da questão. "Queríamos a recuperação das perdas. Se sobe o preço lá fora e o custo de produção interno também, que estímulo os produtores terão para plantar?", questiona. No Rio Grande do Sul, o custo operacional é de R$ 32/saca.
Ações jurídicas - No ano passado, os preços foram reduzidos em 10% e anunciados a dois meses da colheita, o que gerou, inclusive, ações jurídicas por parte dos produtores para anular a decisão. Essa foi a primeira vez em que houve uma redução de valores na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) desde sua criação, em 1943. (Com informações da Agência Estado)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
As cooperativas do Paraná devem movimentar mais de R$ 30 bilhões em 2011, segundo estimativa da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). O volume representaria um aumento de 10% em relação ao registrado em 2010, de R$ 28 bilhões. O valor representa cerca de 30% da movimentação econômica do cooperativismo brasileiro no ano passado, segundo a Ocepar. No comparativo com o montante de 2009 - R$ 24,9 bilhões - o setor apresentou um aumento de 12%. O Sistema Ocepar divulgou ontem sua prestação de contas, durante Assembléia Geral Ordinária que reuniu 71 dirigentes cooperativistas do Estado, em Curitiba.
Agropecuária - ''As cooperativas representam 56% de tudo o que produz a agropecuária do Estado'', salienta o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken. Segundo ele, o crescimento registrado em 2010 foi impulsionado pela safra com grande volume de produção e pelos investimentos feitos em agroindústria no Estado. ''As cooperativas investiram R$ 1,1 bilhão em infraestrutura'', informa. De acordo com Ricken, os investimentos também devem ser os responsáveis pelo bom resultado esperado para 2011, ''principalmente no setor de carne e frango'', relata.
Setor - Segundo o levantamento da Ocepar, o Paraná possui 236 cooperativas, de 11 diferentes segmentos da economia. No total, o setor reúne 632 mil cooperados, quantidade 10% maior do que em 2009. Apenas em 2010, 97 mil pessoas aderiram ao cooperativismo. O superintendente da Ocepar afirma que a cadeia de cooperativas do Paraná envolve cerca de 1,5 milhão de pessoas. Em 2010, o setor gerou 5.772 novos empregos.
Outros ramos - Segundo Ricken, apesar do segmento de agropecuária ser o de maior destaque dentre as cooperativas, o aumento no número de cooperados se deve, principalmente, ao crescimento das cooperativas de crédito. ''As cooperativas de crédito são o ramo que mais cresce e mais absorve cooperados'', ressalta.
Números - As exportações feitas pelo setor atingiram US$ 1,64 bilhão em 2010. De acordo com a Ocepar, o cooperativismo paranaense também recolheu R$ 1 bilhão em tributos e distribuiu R$ 662,25 milhões em sobras. Entre 2001 e 2010, o número de cooperativas passou de 193 para 236 e o de associados, de 246 mil para 632 mil. A geração de empregos diretos cresceu de 30.421 para 63.500 e o faturamento expandiu de R$ 7,95 bilhões para R$ 28 bilhões.
Diretoria - O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, foi reconduzido ao cargo durante a Assembleia. A homologação ocorreu logo após a eleição e posse dos membros da nova diretoria da Ocepar para a gestão 2011/2015. (Folha de Londrina)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Ser cliente e dono ao mesmo tempo é uma das vantagens do cooperativismo de crédito elencadas pelo empresário Gustavo Calderaro e Silva, proprietário do Mr. Cuca que há cerca de sete anos é cooperado do Sicoob Norte do Paraná. ''São inúmeros os benefícios desse sistema com relação às instituições financeiras tradicionais'', considera.
Sobras - Enquanto as despesas com taxas de serviço em bancos convencionais não retornam ao cliente, na cooperativa parte delas é compensada por meio da divisão das sobras. ''Dependendo do número de cotas, com o valor distribuído é possível cobrir todas as despesas do ano e ainda resta um excedente'', afirma Calderaro.
.
Maior proximidade - Outra vantagem, segundo ele, é o relacionamento mais próximo com a diretoria, o que facilita o acesso e aprovação aos serviços, como linhas de crédito, por exemplo. ''Além disso, os recursos captados pelo banco ficam na própria cidade para fomentar os negócios locais, o que desenvolve a economia'', pontua. O horário de atendimento estendido é outro diferencial positivo.
Capitalização - Na divisão das sobras realizada pelo Sicoob Norte do Paraná na semana passada, o microempresário Reinaldo Garcia da Silva, do Depósito Maria Cecília - Zona Norte de Londrina, cooperado há 10 meses, recebeu R$ 350, que já investiu na capitalização. ''Com a quantidade excessiva de impostos e contribuições que pagamos atualmente, qualquer dividendo que venha a sobrar já é lucro'', considera. Ele acredita que para esse ano o lucro será maior devido à prospecção geral da cooperativa e também porque pretende investir mais.
Cooperativismo - O conceito de cooperativismo, no qual os serviços são oferecidos em melhores condições para os associados, motivou Marcos Fabian Holzmann, da Teixeira Holzmann, a migrar do serviço bancário convencional para o Sicoob, há dois anos. ''A prática de taxas mais favoráveis e menos impactantes são outro ponto bastante positivo'', diz. Holzmann acredita que, a exemplo da Alemanha e outros países, a tendência é que em alguns anos as cooperativas ocupem grande espaço do setor financeiro. (Folha de Londrina)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O administrador de empresas Jorge Gomes Rosa Filho e o contador Nivaldo Assis Pagliari, servidores estaduais indicados pelo governador Beto Richa para representar o Estado na diretoria do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), assumiram os cargos nesta sexta (01/04), em Curitiba. Pagliari assumiu a Diretoria de Acompanhamento e Recuperação de Créditos e Rosa Filho a diretoria financeira. Eles foram empossados pelo presidente da instituição, Renato de Mello Vianna,em cerimônia com a presença do secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros; e do secretário Especial para Assuntos Estratégicos, Edson Luiz Casagrande.
Contatos - Os novos diretores começaram os trabalhos fazendo contatos para fortalecer e aumentar a atuação do banco. Pela manhã, junto com o presidente do BRDE, reuniram-se com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para conversar sobre novos projetos e ampliação de parcerias entre as instituições.
Codesul - Na segunda-feira (04/04), os diretores paranaenses reúnem-se com os governadores do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), em Porto Alegre, para tratar de assuntos de interesse dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Os novos diretores assumem no ano em que a instituição completa 50 anos. Em todos esses anos de trabalho, o BRDE trouxe mais de R$ 65 bilhões de recursos para a Região Sul. (AEN)