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CONAB: Safra de soja está sob ameaça com previsão de estiagem no Sul

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O clima do país durante a safra 2011/2012 será determinante para superar ou não o recorde de 2010/2011, quando se colheu 163 milhões de toneladas de grãos, disse o diretor de Política Agrícola e Informação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Porto. As condições climáticas preveem chuvas regulares principalmente na região Centro-Oeste e a ocorrência de estiagem no Sul.Essa estiagem no Sul do país pode prejudicar a produção regional, principalmente, de soja. Com essa hipótese houve um aumento da área plantada de milho de verão no Sul, após três anos seguidos de quedas expressivas, segundo dados da Conab.

 

Proteção de renda - De olho em possíveis prejuízos ao produtor, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz, disse que o governo está preocupado na proteção de renda do produtor com a contratação de seguro rural. “Vamos trabalhar nos próximos meses na construção de mecanismos de proteção de renda para 2011/2012 principalmente na região Sul”, explicou. (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA: Ferroeste recupera mais uma locomotiva

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Técnicos da Ferroeste concluíram nesta quinta-feira (06/10) a recuperação da locomotiva 9128, até então era considerada inservível. “Quando assumimos, tínhamos somente três máquinas operando, e com muita dificuldade”, lembrou o presidente Mauricio Querino Theodoro. A nova máquina vai reforçar a movimentação de cargas pela ferrovia, incrementando a oferta de tração para os clientes da empresa.

 

Teste - A locomotiva 9128 será submetida ainda a um breve período de teste, em que realizará operações de manobra. O objetivo é permitir aos técnicos fazer os ajustes finais. Quando tudo estiver resolvido, dentro de uma semana, a locomotiva será colocada no trecho para reforçar o material rodante.

 

Em operação - Com o reforço da 9128, a Ferroeste passará a operar com cinco locomotivas – as outras são as de número 9139, 9141, 9144 e 9120 (utilizada para manobras). “Até o final de novembro, estarão em operação mais três locomotivas”, informou Theodoro. As máquinas que estão na oficina são as de número 9138, a 9142 e a 9127.

 

Prestação de serviço - A Ferroeste recuperou, em junho, a primeira das locomotivas que estavam paradas nos pátios da empresa (9139), que hoje se encontra em operação normal entre Cascavel e Guarapuava. O conserto faz parte do esforço da atual diretoria, engenheiros e técnicos da Ferroeste no sentido de melhorar o desempenho operacional da ferrovia. “Assim, prestamos um serviço mais eficiente aos nossos clientes e parceiros”, afirmou o presidente. (AEN)

MDCI: Um terço dos investimentos anunciados é da indústria

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Os anúncios de investimento para o Brasil durante o primeiro semestre concentraram-se na indústria de transformação, para a qual foram divulgados projetos no valor total de US$ 55,1 bilhões, o que representa praticamente um terço do total de US$ 165,6 bilhões divulgados. O segundo setor com maior valor em anúncios de investimento foi a indústria extrativa, com US$ 36,5 bilhões.

 

Dados - Os dados são da Rede Nacional de Informações sobre o Investimento (Renai), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento (Mdic). Com o objetivo de refletir a intenção de investimentos, o relatório do Renai consolida dados de novos projetos anunciados no período em análise, mesmo que sejam executados ao longo de vários anos. O relatório reúne divulgações oficiais na mídia, além de dados fornecidos pelo Banco do Nordeste, por federações de indústrias e pelas Secretarias de Desenvolvimento e Indústria de todos os Estados e do Distrito Federal.

 

Destinação -  Dos US$ 165,6 bilhões anunciados no primeiro semestre deste ano, 40% devem ser direcionados para projetos de expansão enquanto outros 40% são novos empreendimentos. Dentro da indústria de transformação, o setor que recebeu o maior volume de anúncios de investimento foi o eletroeletrônico, com US$ 13,7 bilhões, seguido por derivados de petróleo e biocombustíveis.

 

Outros setores - Atrelados à expectativa de aumento da demanda doméstica, os investimentos anunciados no setor de alimentos e bebidas ficaram como terceiro maior volume de recursos, com US$ 6,8 bilhões. Os segmentos de metalurgia e de máquinas e equipamentos devem receber, cada um, US$ 6 bilhões.

 

Investimentos estrangeiros - Entre os investimentos estrangeiros, o Reino Unido está no topo da lista levando em consideração a origem de recursos, com um total de US$ 32 bilhões em projetos divulgados no primeiro semestre. O segundo país mais representativo é a Espanha, com US$ 16,6 bilhões e Taiwan, com US$ 12 bilhões.

 

Concentração - Há grande concentração de recursos nas faixas de maior valor nos projetos anunciados. De um total de 374 projetos divulgados, apenas 27 totalizam US$ 120,4 bilhões em investimentos.

 

Liderança - Em número de anúncios por empresas de capital estrangeiro, os Estados Unidos lideram, com 41 projetos em segmentos diversos. "A diversidade de setores encontrada é reflexo da tradicional presença de empresas norte-americanas de diferentes segmentos econômicos no Brasil", diz Eduardo Celino, coordenador-geral da Renai. Entre os setores mais representativos estão máquinas e equipamentos, alojamento, armazenamento e eletroeletrônicos. Juntos, os quatro segmentos representam 64,2% do valor total anunciado pelos americanos no Brasil no primeiro semestre.

 

Interesse americano - "O destaque para a indústria de máquinas e equipamentos reflete o interesse americano pelo dinâmico mercado de construção, pelas oportunidades no setor automotivo e no de petróleo e gás." Os investimentos americanos anunciados de janeiro a junho somam US$ 9,6 bilhões. O segmento de máquinas e equipamentos representa 28,6% desse valor.

 

Alemanha - Além dos Estados Unidos, a Alemanha também é importante origem de anúncios, com total de 13 projetos, nos quais os recursos projetados para setores intensivos em tecnologia, como máquinas e equipamentos, são importantes. Do US$ 1,6 bilhão anunciado em investimentos pelos alemães durante o primeiro semestre, cerca de US$ 1 bilhão está destinado para o segmento de máquinas e equipamentos, além de veículos, carrocerias e reboques.

 

China - A China é o terceiro país em número de investimentos anunciados, mas com perfil de interesse diverso do americano e do alemão, com nove projetos no valor total de US$ 4 bilhões. Desse valor, US$ 2,4 bilhões devem ser destinados a um projeto na Bahia, para esmagamento de soja e refino de óleo.

 

Percepção - Para Celino, a nova crise global trouxe a percepção de que a economia doméstica tem crescido enquanto há desaceleração em outros mercados. Isso, acredita, continuará contribuindo de forma positiva até o fim de 2011 e deve levar a um novo recorde no investimento total anunciado no ano.

 

Olimpíada e Copa - Os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo também estão dando sua contribuição na expectativa de aumento de demanda doméstica. Nesse caso, diz ele, esses eventos não contribuem somente com projetos de investimento para infraestrutura e logística, mas também com investimentos voltados para atender uma disponibilidade de renda direcionada a aumento de consumo de bens e serviços. O segmento de alojamento e alimentação, exemplifica, é o sétimo na classificação de investimentos anunciados por setor, com US$ 3,5 bilhões em projetos divulgados. (Valor Econômico)

EXPEDIÇÃO SAFRA 2010/11: Soja e milho socorrem Estados Unidos diante da crise

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Enquanto os Estados Unidos lutam para evitar que a economia nacional mergulhe em uma recessão, o Meio-Oeste do país atravessa o período de turbulências sem grandes solavancos e prospera em meio à crise. Ancorada no campo, a região é fortalecida pela alta dos preços agropecuários e exibe índices econômicos e financeiros melhores que os nacionais, conferiu a Expedição Safra 2011/12 Gazeta do Povo em sua primeira parada no Cinturão de Produção norte-americano.

 

Mais rica - Em Iowa, a safra que a imprensa local está chamando de “a mais rica da história do estado”, deve injetar cerca de US$ 33 bilhões na economia regional – 34% acima do ano passado e quase três vezes mais do que há dez anos. Desse total, US$ 20 bilhões (61%) vêm dos grãos e o restante das carnes.  “O agronegócio e as atividades relacionadas a ele movimentam perto de 25% da economia do estado. E, como o setor vai bem, isso nos dá sustentação e nossa economia está em melhor forma, inclusive em relação a situação nacional”, conta o Secretário de Agricultura de Iowa, Bill Northey.

 

Peso - Não por acaso, Iowa é um dos estados de maior peso no agronegócio norte-americano. Tem um dos maiores rebanhos bovinos dos EUA e encabeça o ranking de produção suína e de ovos. Também é o maior produtor nacional de soja e milho, o que, por si só, já quer dizer muita coisa, considerando que anualmente saem dos campos do país ao menos 400 milhões de toneladas desses dois grãos. Iowa participa com aproximadamente 18% desse total, algo como 70 milhões de toneladas, quase uma safra inteira de soja do Brasil.

 

Valor Bruto - Com VPB (Valor Bruto da Produção) estimado em 6,5 bilhões para este ano, é um dos estados que mais gera riquezas no campo. No ano em que o faturamento do agronegócio norte-americano ultrapassará, pela primeira vez, a marca dos US$ 100 bilhões, Iowa terá papel fundamental neste processo. O estado gera 6% da renda agrícola do país, que segundo previsão do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) deve somar US$ 103,6 bilhões em 2011.

 

Receita- Em 2010, a receita norte-americana com a produção agropecuária somou R$ 79,1 bilhões e a de Iowa US$ 5,1 bilhões. O avanço estimado para este ano é de, respectivamente, 31% (+US$ 24,5 bi) e 27% (+US$ 1,4 bi). Produção dribla o clima - Ironicamente, o salto de prosperidade nos campos norte-americanos vem em um ano considerado decepcionante para a produção de grãos. Do plantio à colheita, a safra de soja e milho dos EUA enfrentou todo tipo de desafio climático, mas conseguiu driblar os problemas. “Acho que tudo de ruim que poderia ocorrer aconteceu neste ano. Mas, apesar de tudo isso, o resultado não está sendo ruim”, relata o secretário Northey, que também é produtor rural.

 

Surpreendentes - Na propriedade de 250 hectares que administra em Spirit Lake, no Noroeste de Iowa, uma das regiões mais produtivas do país, Northey tem obtido média de 3,6 mil quilos por hectare de soja. No milho, cuja colheita deve começar nas próximas semanas, espera 11,3 mil quilos por hectare. “Os resultados são surpreendentemente bons”, diz enquanto pilota uma colheitadeira.

 

Segunda melhor safra - “Se continuar tudo como está, teremos neste ano a nossa segunda melhor safra de milho e talvez a melhor safra de soja”, revela o produtor Randy Caviness. A colheita do milho, iniciada há poucos dias na propriedade que mantém com o pai, Harold e o filho, Marritt, em Greenfiel, no Nordeste de Iowa, tem revelado produtividade surpreendente de 12,6 mil quilos por hectare. “Só em 2004 tivemos resultado melhor”, comemora Harold. No ano passado, os Caviness fecharam a temporada com média de 10 mil quilos do cereal por hectare. Na soja, esperam 4 mil quilos por hectare, desempenho que, se alcançado, “vai ficar para a história”, diz.

 

Renda - “Meu avô nunca ganhou tanto dinheiro assim”, diz Merritt, mirando o monitor da colheitadeira que pilota pela lavoura de milho. Há três anos, o menino, hoje com quinze anos de idade, ajuda a família com os trabalhos de campo. Sobre a declaração do neto, Harold confirma a afirmação com um sorriso largo no rosto. “Ainda lembro quando o bushel de milho [medida norte-americana equivalente a 25,4 quilos] valia US$ 0,10. E a gente achava bom. No outro dia, chegou a quase US$ 8. Tá muito bom mesmo”, diz. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

CITRICULTURA: PR confirma vocação para a laranja

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Com produção 20% maior que a do ano passado, o Paraná colhe sua maior safra de laranja da história. Estão sendo apanhadas 12 milhões de caixas da fruta (40,8 kg), numa safra de 489 mil toneladas. O crescimento deve-se à boa produtividade e aos projetos de expansão das indústrias e cooperativas do setor. Enquanto São Paulo, maior centro de produção de laranja do mundo, reduz a área plantada, o Paraná amplia seus pomares e tenta ganhar competitividade.

 

Capacidade instalada - De acordo com o relatório da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Paraná tem capacidade instalada para industrializar 14 milhões de caixas de laranja (58 mil toneladas de suco). Os pomares não param de crescer desde a década de 80, quando a produção comercial foi regulamentada. O Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab calcula que eles ocupam atualmente 24 mil hectares, envolvendo 530 produtores em cerca de 85 municípios. Mais de 70% das plantações estão na região Noroeste do estado.

 

Pomares - O Paraná detém 3% dos pomares do país, mas surpreende em rendimento. São Paulo, um gigante no cultivo e na industrialização de citros, chegou a 609 mil hectares de laranja dez anos atrás e agora colhe 535 mil hectares (-12%), devido à concentração das plantações nas mãos das indústrias e da eliminação das lavouras menos produtivas. Já o Paraná avançou em 30% na última década, alcançando 489 mil toneladas no ano passado. O estado é o sexto em área, mas está ao lado de São Paulo em produtividade no país, alcançando perto de 25 toneladas por hectare colhido. A produção nacional deste ano alcança 15,382 milhões de toneladas, a segunda maior da história, com crescimento de 10% sobre a média de 14 milhões de toneladas esperadas de cada safra.

 

Preços em baixa - O setor produtivo paranaense tem sua renda determinada pelas outras regiões produtivas. Com a oferta em alta em São Paulo, o preço da caixa de laranja caiu de R$ 11 para R$ 9 no último ano – há dois anos o preço era de R$ 7. Houve também redução do consumo em mercados importantes como os Estados Unidos. A queda nos preços consumiu a renda extra que viria da produção recorde, afirma o produtor e industrial José Gilberto Pratinha, de Paranavaí. “A cotação paga apenas o custo de produção.”

 

In natura - Quem consegue comercializar a fruta no mercado in natura recebe um pouco mais. Na venda para o consumidor a caixa varia entre R$ 14 e R$ 15. Mas em torno de 90% da produção estadual têm como destino as três indústrias de suco do estado.

 

Próxima safra - A expectativa é de recuperação dos ganhos na próxima safra. Isso porque, a previsão é de queda na safra brasileira do ano vem, o que ampliaria os preços. Já o Paraná deve seguir na contratendência e pode registrar novo aumento na produção, conforme o setor. “Temos pomares mais novos”, explica Pratinha.

 

Dólar - Outro fator positivo para os produtores de laranja é a valorização do dólar frente ao real. “Mais de 90% da produção de suco de São Paulo são exportados”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Flávio de Carvalho Pinto Viegas. O setor espera ultrapassar a marca de US$ 2 bilhões com as vendas externas, como em 2007. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

INFRAESTRUTURA: Fórum Futuro 10 levará pauta à bancada federal

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O Fórum Permanente Futuro 10 Paraná, iniciativa do grupo GRPCom que congrega 14 organizações e entidades de classe do estado, vai se reunir, na segunda quinzena de outubro, com ministros e a bancada federal em Brasília para reforçar a necessidade de investimentos na área de infraestrutura no estado. A intenção é elaborar uma pauta de obras prioritárias, com projetos que possam ser encaixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012 e no Plano Plurianual (PPA) nos próximos quatro anos. A reunião deve ter a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e do governador Beto Richa.

 

Gargalos - Nos últimos meses, representantes do Fórum se reuniram com Infraero, Porto de Paranaguá, Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e secretarias de Estado para levantar gargalos de infraestrutura que comprometem o desenvolvimento do estado. Entre as prioridades está o Porto de Paranaguá, que precisa de investimentos de pelo menos R$ 2,5 bilhões, mas também há pedidos nas áreas de ferrovias, rodovias e aeroportos.

 

Desenvolvimento - O Fórum, que nasceu há seis anos, tem como objetivo reunir sociedade civil e governos em prol do desenvolvimento do Paraná. A primeira fase, ocorrida em 2005, contou com a participação de 5 mil lideranças regionais. Na etapa atual, o Fórum elegeu como temas prioritários infraestrutura, educação, ética na gestão pública, empreendedorismo e inovação. (Gazeta do Povo)

GRÃOS I: Paraná deve colher 31,52 milhões de toneladas na safra 2010/11

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A produção de grãos no Paraná na safra 2010/11 deve atingir 31,52 milhões de toneladas. A informação é do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, que divulgou nesta quinta-feira (29/09) balanço do volume colhido até o mês de setembro, que já projeta a colheita de trigo e milho da segunda safra, que está em fase final.

 

Consolidação dos números - Segundo o Deral, os dados do levantamento permitem prever a consolidação dos números da atual safra, que terá um resultado inferior à produção de 2009/10, que teve o volume recorde de 32,82 milhões. A quebra é atribuída ao clima, mas as perdas dos produtores estão sendo compensadas pelos preços, que estão melhores que no ano anterior.

 

Safra recorde - A pesquisa mostra que a safra recorde de soja, de 15,31 milhões de toneladas, foi o fator fundamental para o resultado final, correspondendo a quase a metade do volume de produção esperado para a safra 2011. O desempenho da produção de grãos 2010/11 foi frustrado a partir da segunda safra, quando a safrinha de milho e as lavouras de inverno sofreram com a estiagem seguida de geadas severas ocorridas entre maio e junho.

 

Perdas menores - As perdas decorrentes do clima foram menos intensas do que se esperava para o milho da segunda safra. Para o trigo, porém, as perdas se agravaram. Conforme reavaliação do Deral, a previsão de quebra do milho da segunda safra, que era de 32%, caiu para 26%. Com isso, as perdas estimadas em 3 milhões de toneladas foram reduzidas para 2,17 milhões de toneladas, cerca de 820 mil toneladas de milho a mais que ficaram nas mãos dos produtores.

 

Safrinha - Com a reavaliação, a segunda safra de milho deverá apresentar um volume de 6,03 milhões de toneladas, com perda financeira avaliada em R$ 855 milhões. Antes os prejuízos previstos eram de R$ 1,1 bilhão. Segundo a engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi, o maior uso de tecnologia na produção, que levou ao plantio de híbridos com maior potencial de produtividade, foi fundamental na resistência aos efeitos das geadas.

 

Trigo - Para o trigo, porém, a reavaliação feita em fim da colheita ampliou as perdas. O volume colhido deverá atingir 2,38 milhões de toneladas, cerca de 498 mil toneladas a menos do que o previsto. As perdas financeiras estão avaliadas atualmente em R$ 211,3 milhões.

 

Preços - Apesar da quebra de produção, as cotações reagiram no mercado e estão compensando as perdas aos produtores. Segundo o Deral, o preço do milho está 42% acima dos preços praticados há um ano, o preço da soja está 17% acima que há um ano e os preços do trigo estão 3%, em média, acima dos preços praticados há um ano.

 

Safra 2011/12 - Para a safra 2011/2012, a pesquisa do Deral aponta para o aumento de 17% na área plantada de milho, redução na área ocupada com feijão da primeira safra e um leve decréscimo na área plantada de soja. A área destinada ao plantio de milho deve evoluir de 769.834 hectares na safra passada para 901.720 hectares neste ano. Esse avanço revela o otimismo dos produtores com a cultura, cujos preços reagiram no mercado, justificou o diretor do Deral, Otmar Hubner. No plantio de feijão da primeira safra a área cai 18%, de 344.177 hectares e para 281.024 hectares, conforme intenção de plantio verificada junto aos produtores.

 

Desânimo - De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, do Deral, os produtores estão desanimados com os preços do produto que se mantiveram baixos desde o início do ano. O feijão carioca está com preço 24% abaixo do praticado há um ano, e o feijão preto 14% abaixo considerando o mesmo período.

 

Custos de produção - Além da queda nos preços, os custos de produção cresceram 6,8% em relação à safra anterior. A combinação na queda no preço do feijão, o aumento no custo de produção e o preço competitivo do milho influenciaram a decisão do produtor em optar pelo milho, afirmou Salvador. Segundo ele, o mercado de feijão começa ensaiar uma reação, mas a decisão do produtor já está tomada.

 

Plantio adiantado - A pesquisa do Deral revela que o plantio da safra de verão está adiantado em relação ao mesmo período do ano passado. A primeira safra de milho está com 46% da área plantada e o plantio de soja foi antecipado por causa de ajustes no zoneamento da soja autorizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Cerca de 4% da área prevista para o plantio, de 4,43 milhões de hectares, foram plantados em setembro, ao contrário de anos anteriores, quando o plantio se iniciava em outubro.

 

Satisfeitos - Os produtores estão satisfeitos com essa medida que foi solicitada pela Secretaria da Agricultura. Isso porque eles podem planejar melhor o plantio para todo o ano agrícola que envolve duas safras no Paraná: a de verão e de inverno. Com a antecipação no plantio de soja, a colheita será feita mais cedo e os produtores podem também antecipar o plantio do milho safrinha em 2012, procedimento que dá mais condições para escapar dos rigores das geadas.

 

Câmbio - Além disso, os produtores estão animados com a valorização do câmbio, o que aponta para boas perspectivas na comercialização da produção, informou Hubner. (AEN)

INFRAESTRUTURA: União quer mudar licenciamento de rodovias

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O governo analisa uma mudança no processo de licenciamento ambiental com o propósito de destravar as obras das rodovias federais, sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Pelas regras atuais, o Dnit tem de aguardar a anuência de cinco órgãos socioambientais para, só então, iniciar as obras, uma peregrinação que, em alguns casos, chega a levar anos para ser concluída.

 

Gerenciamento - Pela nova proposta, esse processo de licenciamento deixa de ser gerenciado pelo Dnit e passa a ser administrado por um único ministério, no caso, o dos Transportes. A ideia é encampada pelo novo diretor-geral do Dnit, general Jorge Fraxe, que concedeu ao Valor a primeira entrevista exclusiva desde que assumiu o comando da autarquia, há três semanas.

 

Otimização - "O governo está refletindo sobre essa questão das condicionantes de obras, já há um estudo sobre como otimizar a execução. Estamos oferecendo ideias, proposições ao ministro dos Transportes, para que ele se articule no primeiro escalão do governo e busque a melhor maneira de otimizar os recursos", diz Fraxe. "Nossa ideia é ter todos os componentes ambientais em um único lugar, deixando o Dnit livre para cuidar só de engenharia."

 

Modelo atual - Pelo modelo atual, uma obra rodoviária tem que passar pela Fundação Cultural Palmares, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Fundação Nacional do Índio (Funai), para só então chegar ao Ibama. "Precisamos rever isso. O cofre que paga o componente indígena é o mesmo cofre que paga o estudo da fauna e da flora, além da rodovia e da ferrovia. O Dnit é a casa dos engenheiros, mas daqueles especializados em rodovia, ferrovia e hidrovia", diz Fraxe.

 

Projeto executivo - As mudanças anunciadas no Ministério dos Transportes, pelo ministro Paulo Passos, incluíram a promessa de que, de agora em diante, todas as obras do Dnit só seriam licitadas com a realização de projeto executivo, um estudo detalhado que aponta com mais precisão os gastos da obra. Fraxe admite, no entanto, que essa exigência só ocorrerá nos casos considerados "mais complexos". "A proposta do ministro é que, preferencialmente, sejam realizados projetos executivos. Mas sabemos que cada caso é um caso. Tem obra simples com projeto básico tão bom, que dá para contratar e, no decorrer da obra, finalizar o projeto executivo", afirma Fraxe.

 

Contratos - Segundo o general, o Dnit está com 700 contratos de obras de conservação e manutenção rodoviária em andamento, além de outros 400 contratos de novos empreendimentos. Nas próximas semanas, diz Fraxe, a ordem é acelerar a execução de projetos que possam ter sido prejudicados pela paralisação ocorrida em julho, quando a crise foi detonada e a presidente Dilma Rousseff ordenou o congelamento das obras.

 

Descentralização - "A modelagem que vamos usar para acompanhar de maneira efetiva esses empreendimentos é a descentralização. Vamos usar delegação de competência o máximo possível", afirma Fraxe. "Será dada mais autonomia para as superintendências, para que o Dnit saia do gabinete e vá para as obras. Obra se acompanha na obra, não dentro de gabinete."

 

Monitoramento - Para monitorar os projetos, o Dnit passará a contar com um "escritório de gerenciamento de projeto". Essa nova estrutura, segundo Fraxe, vai funcionar como um centro de operações de engenharia, com informações diárias sobre a evolução de cada obra e seu indicador de desempenho. "Já levantei a situação de todas as superintendências do Dnit. Temos um fórum de desempenho dessas regionais. Cada superintendente comparece e presta conta dos empreendimentos de sua responsabilidade."

 

Obras paralisadas - Em relação às dezenas de obras paralisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU), Fraxe diz apenas que o Dnit tem colaborado para agilizar a liberação dos projetos. O levantamento feito pelos auditores da CGU, divulgado no início do mês, apontou 66 irregularidades em 17 processos de licitações e contratos do Dnit e da Valec, irregularidades que podem gerar prejuízo de até R$ 682 milhões.

 

Militarização - Oficial há 35 anos, Fraxe procura afastar a ideia de que esteja "militarizando" o Dnit. O reflexo disso, afirma, é a própria redução que prepara para as obras que são repassadas pela autarquia à divisão de engenharia do Exército. "Assim que o Exército concluir os trabalhos que já assumiu, teremos outro tipo de missão. Vamos buscar trabalhos permanentes de conservação e manutenção em áreas mais carentes e distantes dos eixos mais desenvolvidos do país. Será só a quantidade mínima e necessária para adestrar (treinar) as tropas", explica Fraxe, que garante não se incomodar com a ideia de continuar a ser tratado como "general".

 

Exército - Até o primeiro trimestre deste ano, os militares tocavam obras em oito aeroportos da Infraero, projetos que somavam investimentos de R$ 169,3 milhões. Com o Dnit, havia 12 contratos em andamento, projetos que somavam R$ 1,1 bilhão. Além disso, o Exército estava à frente de lotes de obras na transposição do rio São Francisco, com contratos que somavam cerca de R$ 300 milhões.

 

Rédea curta - Se o Dnit foi ou não militarizado, o fato é que, ao menos na rotina da diretoria, as coisas têm sido controladas com rédea curta. No entra-e-sai de seu gabinete, Fraxe exercita uma mania de anotar tudo o que pede em duas folhas de papel sulfite, com papel-carbono. Uma cópia do que foi dito e combinado durante a conversa fica com ele. "É para lembrar das coisas. E cobrar mais tarde", explica o coronel Gilvan Macedo, empossado nesta semana como chefe de gabinete do Dnit. (Valor Econômico)

FEIJÃO: Iapar orienta plantio da safra

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 O produtor paranaense já está plantando a próxima safra de feijão e para que não haja sustos ou prejuízos, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) recomenda cuidados em relação ao período certo de plantio, escolha correta das variedades, tratos culturais e, ainda, na adubação e fertilidade do solo. De acordo com a pesquisadora Vânia Cirino nas regiões mais quentes do estado, principalmente nas bacias dos rios Paraná e Paranapanema, o plantio da safra das águas está terminando (de julho a setembro). Já na região centro-sul a semeadura está apenas começando e deve terminar apenas em novembro.

Zoneamento agrícola - Cirino lembra que o respeito ao zoneamento agrícola estabelecido pelo Ministério da Agricultura é básico. “Se o produtor não seguir as determinações, ele não tem acesso ao seguro rural e ainda não pode fazer empréstimos bancários”. Ela salienta que cada município tem uma realidade diferente, portanto, a agricultor precisa ser criterioso. Ainda segundo a pesquisadora, a escolha da variedade mais apropriada às condições de clima e solo é outro passo imprescindível nessa época. Além de registrada no Ministério da Agricultura, a cultivar deve ser selecionada de acordo com o período do ano. 

Recomendação - A pesquisadora recomenda neste momento variedades resistentes a doenças, como antraquinose e murcha, à seca e ao calor. “No grupo carioca, sugiro o IAPAR 81 e o IPR Tangará. Já no preto são boas opções o IPR Uirapuru e IPR Tuiuiú”. Para os agricultores que plantam no sistema orgânico, Cirino destaca os benefícios do IPR Gralha. “É uma variedade altamente resistente a doenças, uma característica indispensável para quem escolheu a produção orgânica”. Em relação ao mosaico dourado, doença que acomete o feijoeiro, a pesquisadora faz uma ressalva. “O mosaico ocorre na safra de dezembro a fevereiro nas regiões mais quentes do estado”. Todas as cultivares do Iapar foram desenvolvidas pelo sistema tradicional de melhoramento genético, sem transgenia. 

Tratos culturais - Cirino acrescenta que os tratos culturais também são indispensáveis para um boa safra de feijão. “Aqui ,no Norte do Estado, é preciso fazer um controle rigoroso de insetos,  como vaquinha, cigarrinha e ácaro branco, no início do ciclo. Já no final o maior problema é com lagartas e percevejos”, salienta a pesquisadora. Ela ainda diz que dependendo da situação vai ser preciso aplicar produtos químicos. Sobre adubação e fertilidade do solo, ela sugere a colocação de nitrogênio, fosfato e potássio. (Assessoria de Imprensa Iapar)

GRÃOS 2011/12 II: Plantio começa a ganhar ritmo em semana de frio

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O plantio da soja e do milho estão adiantados no Paraná. Isso significa que os produtores prepararam a terra com antecedência, investindo em adubo, e começam a pensar na compra de defensivos como fungicidas e herbicidas. A tendência é que as atividades no campo continuem aceleradas nos próximos dias. Apesar do frio, conforme as previsões climáticas, há umidade suficiente para a semeadura. 

Área - O milho passa de 30% da área programada e a soja de 5%, conforme o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Se o clima ajudar – sem chuva que suspenda os trabalhos em campo – esses porcentuais podem chegar a 35% e a 10% nesta semana, com vantagem de 21 e 9 pontos em relação ao mesmo período do ano passado. O Deral considera que devem ser plantados 881 mil hectares de milho e 4,44 milhões de soja.

Mato Grosso - Em Mato Grosso, onde o plantio foi iniciado na última semana, a tarefa segue ritmo normal, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). As plantadeiras percorreram, por enquanto, menos de 1% dos 6,63 milhões de hectares previstos para a soja, principal foco do estado na safra de verão. Os produtores mato-grossenses também estão finalizando a compra de fertilizantes e passam a pensar na aquisição de defensivos, para o combate de insetos e ervas daninhas. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

SESCOOP/PR: Palestra sobre cooperativismo é ministrada para cooperados da Cotranauta

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O analista econômico financeiro da Gerência de Desenvolvimento e Autogestão do Sescoop/PR, Emerson Barcik, ministrou uma palestra sobre cooperativismo, na última sexta-feira (23/09), na Escola Rural Nova Brasília, na Ilha do Mel, litoral paranaense. Ele falou para cooperados e filhos de cooperados da Cooperativa dos Transportadores Náuticos, Autônomos da Ilha do Mel (Cotranauta), além de outros profissionais da comunidade que estavam participando da última etapa do Curso de Formação de Marinheiro auxiliar de convés. A iniciativa teve como objetivo capacitar os condutores de embarcações para o transporte de passageiros e cargas e, consequentemente, proporcionar o desenvolvimento da comunidade. O treinamento, promovido pela Cotranauta, foi iniciado em setembro e teve como instrutores representantes da Capitania dos Portos de Paranaguá. “Em nossa explanação, nós apresentamos uma visão geral do cooperativismo. Também ressaltamos a importância do aprimoramento profissional e do papel do Sescoop na formação e qualificação do público ligado às cooperativas”, afirmou Emerson.

SAFRA 2011/12: Desembolso de crédito rural deve se recuperar

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Primeiro indicativo financeiro do ânimo dos produtores rurais, o desembolso de crédito rural nos dois primeiros meses do atual ano-safra (2011/12) alcançou R$ 17 bilhões. Em relação ao mesmo bimestre da temporada anterior (2010/11), quando foram liberados R$ 20,4 bilhões, houve retração de 16,6%. Apesar disso, o governo estima superar, até junho do ano que vem, o recorde de todo o ciclo passado, quando os desembolsos somaram R$ 94 bilhões.

Extinção do Procer - O desempenho inicial, portanto, não indica necessariamente uma tendência negativa para a ampliação das lavouras e novos investimentos, segundo avalia o diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, Ives Cézar Fülber. Conforme a instituição, a redução no ritmo de empréstimos nos dois primeiros meses da safra 2011/12 reflete, em grande medida, a extinção da linha de crédito Procer, responsável por R$ 2,872 bilhões em 2010/11. A linha, criada exclusivamente para financiar agroindústrias com juros subsidiados no ano-safra anterior, não está mais disponível agora. 

Desembolsos totais - O BB confirmou que seus desembolsos totais aumentaram 19,1%, passando de R$ 6,530 bilhões entre julho e agosto do ciclo anterior para R$ 7,778 bilhões nos dois meses deste ano - acima do crescimento médio previsto para 2011/12 como um todo, de 17%.

BB Agroindustrial - Outro motivo para a retração observada foi a queda de repasses da linha de crédito BB Agroindustrial, que emprestou R$ 2 bilhões em julho e agosto da safra passada e no mesmo período deste ano só desembolsou R$ 180 milhões. O banco acredita que tem demanda para mais R$ 2 bilhões até o fim do ano. A diminuição dos repasses já era esperada. "Os empréstimos nessa linha são realizados para dois anos. Ou seja, quem pegou empréstimos para a safra 2010/11, que totalizou R$ 10 bilhões em repasses, ainda está capitalizado hoje", explicou Fülber ao Valor.

Oferta - Ao todo, o Banco do Brasil ofertará R$ 45,7 bilhões para operações de crédito rural na safra 2011/12, 17% a mais que na safra anterior. Do total, R$ 10,5 bilhões financiarão a agricultura familiar e R$ 35,2 bilhões atenderão aos agricultores empresariais e cooperativas rurais, um incremento de 20% e 16%, respectivamente, na oferta de crédito.

Safra passada - Em 2010/11, o desembolso total do crédito rural foi de R$ 94 bilhões, ou 94% do total programado para o ciclo agrícola. Foi o melhor desempenho já registrado desde a safra 1999/00, período em que o governo iniciou o levantamento. O crescimento de desembolso da safra 2010/11 foi de 8,6% ante a safra anterior, quando foram liberados R$ 86,7 bilhões nas linhas de custeio, comercialização e investimento no setor. 

Participação BB - Foram desembolsados pelo Banco do Brasil, no ciclo 2010/11, R$ 39 bilhões, evolução de 12% em relação à safra 2009/10. Para a agricultura empresarial foram aplicados R$ 30,2 bilhões e para a agricultura familiar, R$ 8,8 bilhões. A participação do BB na safra 2010/11, levando em conta o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) no financiamento ao setor, somou 73% nos créditos destinados à agricultura familiar, 77% ao médio produtor rural e 40% aos demais agricultores. 

Linhas - Segundo o gerente-executivo da diretoria de Agronegócios, João Pinto Rabelo Júnior, o governo se preocupou, no atual ano-safra, em garantir mais dinheiro para três linhas: agricultura de baixo carbono, cooperativismo e inovação tecnológica. Um exemplo, de acordo com Rabelo Júnior, é o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que incentiva processos tecnológicos que neutralizam ou minimizam os efeitos dos gases de efeito estufa no campo. Os recursos para a safra 2011/2012 somam R$ 3,15 bilhões, sendo somente R$ 850 milhões do Banco do Brasil. O governo garantiu, dentro do plano, recursos a agricultores e cooperativas, com limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário. O crédito será financiado com taxa de juros de 5,5% ao ano e prazo de reembolso de até 15 anos. (Valor Econômico)

INSUMOS I: Consumo de adubos cresce duas vezes a média mundial

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Estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (FAO-OCDE) aponta que o Brasil deverá aumentar em 40% a produção agrícola até 2019, superando com grande margem países como Ucrânia (29%), Rússia (26%), China (26%), Índia (21%), Austrália (17%), Estados Unidos e Canadá (10 a 15%). Para que essa projeção se concretize, porém, o país deverá avançar no uso de insumos agrícolas.

Quarto maior consumidor - Hoje o Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes. O consumo, em 2010, foi de 24,6 milhões de toneladas, o equivalente a 6% do mercado mundial, atrás dos EUA (12%), Índia (16%) e China (30%). Esse volume ainda é baixo diante do potencial do mercado brasileiro e dos desafios que o país terá de enfrentar.

Agricultura familiar - Segundo Francisco Eduardo Lápido-Loureiro, pesquisador do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) e um dos autores do livro "Fertilizantes, Agroindústria e Sustentabilidade", cerca de 80% das propriedades produtivas brasileiras são de pequenos produtores e baseadas em agricultura familiar, que usam pouca ou nenhuma tecnologia ou fertilizantes. "Cerca de 60% dos estabelecimentos agrários não aplicam nenhum tipo de fertilizante. Com isso, o país tem um déficit de 900 mil toneladas de fertilizantes nitrogenados, 400 mil toneladas dos fosfatados e os de potássio", diz.

Minerais - A utilização de insumos minerais, porém, é crescente: o Brasil passou de um consumo de 69 quilos por hectare em 1995 para 132 quilos em 2009. Ao mesmo tempo, os EUA caíram de 184 quilos por hectare para 114 quilos. Diante das perspectivas de crescimento da produção e do potencial de mercado a ser explorado, espera-se um aumento ainda maior na demanda por fertilizantes, cuja taxa de crescimento de 6% ao ano é o dobro da média mundial.

Aumento da oferta - Aumentar a oferta brasileira de fertilizantes é fundamental para o país garantir a continuidade da expansão do seu agronegócio. "Para atender a esta crescente demanda estão previstos, até 2015, investimentos de US$ 13 bilhões, que representam 15% de tudo o que será investido no mundo na área de fertilizantes", informa David Roquetti Filho, diretor executivo da Associação Nacional de Difusão de Adubos (Anda).

Demanda mundial - Em termos globais há vários fatores impulsionando o crescimento da demanda por fertilizantes, que deverá ultrapassar 200 milhões de toneladas em 2015 para atender as demandas de alimentos da população, que irá atingir 7,7 bilhões de pessoas. A começar pelo potencial de terras aráveis, limitado a 0,5% ao ano até 2020. Soma-se a isso o crescimento da população urbana, que tem padrões de dietas mais altos, e as perspectivas de aumento de consumo de grãos, que deverá atingir níveis recordes, exigindo cada vez mais aumento da produtividade devido à limitação de água potável e terras agrícolas.

Desafio - No Brasil o maior desafio hoje é reduzir a dependência da importação de minerais e macronutrientes, que historicamente atinge 70% dos fertilizantes que o país consome. Segundo a Anda, no ano passado esse percentual caiu para 62%. A produção nacional passou de 3,2 milhões de toneladas em 1990 para 10,1 milhões em 2010, uma expansão de 216%. 

Escassez - As importações ocorrem em função da escassez de insumos utilizados na produção. Em 2010, o Brasil produziu apenas 10% do potássio de que necessita, 23% dos nitrogenados e 55% dos fosfatados. "Um país com o potencial agrícola como o Brasil não pode ficar nesta dependência", resume Benedito da Silva Ferreira, vice-presidente do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Fiesp.

ICMS - Segundo David Roquetti, da Anda, um dos principais pontos que afetam a competitividade é o ICMS de 8,4%. "Além disso, há problemas sérios de infraestrutura e logística. Um navio que fica parado no porto tem um custo diário de R$ 60 mil", resume.

Novas plantas - Apesar das dificuldades, ao menos 13 projetos de novas plantas de fertilizantes ou de produção de minérios como fosfato e potássio estão em curso. Na área de fosfatados são seis projetos. E dois novos projetos no Nordeste, em Santa Quitéria (CE), com investimento de US$ 615 milhões da Galvani; e em Arraias (TO), projeto da MBAC que soma US$ 220 milhões.

Sudeste - No Sudeste são dois empreendimentos, em Patrocínio (MG) e em Uberaba (MG), ambos da Vale , que somam US$ 3,3 bilhões. E há ainda um projeto de US$ 1,2 bilhão da Copebrás, em Catalão (GO). Todos envolvem a produção de rocha fosfática, ácido sulfúrico, ácido fosfórico e fertilizantes do tipo SSP (superfosfato simples, o de menor concentração de fósforo e de menor custo, sendo portanto o mais utilizado e o de maior produção no país); TSP (super fosfato triplo, com alto nível de concentração de fosfato e mais caro) e MAP (mono amônio fosfato, fertilizante binário composto por amônia e ácido fosfórico). No total estão previstos US$ 5,7 bilhões de investimentos e prazo de início de produção variando de 2012 a 2015.

Potássio - Em potássio, existe apenas um projeto a ser conduzido pela Vale em Sergipe, avaliado em US$ 1,8 bilhão, com capacidade para 1,2 milhão de toneladas e previsão de início de produção em 2015. Com relação aos nitrogenados, seis projetos somam investimentos de US$ 5,35 bilhões. São dois no Nordeste, em Candeias (BA), um investimento de US$ 22 milhões da Proquigel, e Laranjeiras (SE), um investimento de US$ 80 milhões da Petrobras. A estatal conta ainda com projetos em Três Lagoas (MS), que soma US$ 2 bilhões; Linhares (ES), US$ 2,5 bilhões, e Uberaba (MG), US$ 500 milhões. A Vale tem projeto de US$ 250 milhões em Cubatão. Juntos, produzirão 1,7 milhão de toneladas de amônia, 2 milhões de ureia e 264 mil toneladas de ácido nítrico. (Valor Econômico)

COCAMAR: Cooperativa sobe posições e se mantém entre as empresas mais inovadoras

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 A estratégia agressiva da Cocamar em trazer para dentro de casa inovações constantes na área de tecnologia de informação (TI), rendeu à cooperativa, sediada em Maringá (PR), um grande salto no ranking das 100 empresas mais inovadoras do país, segundo a revista especializada InformationWeek Brasil, edição de setembro. A escalada foi radical: a Cocamar saiu da 123ª posição em 2010 para o 37º lugar em 2011, integrando um seleto grupo de conglomerados do qual participam Petrobras, Rhodia, Votorantim, Grupo Abril, Yara Brasil, Ford Motor, Coca-Cola e outros. Entre as 50, ela se posiciona a frente de organizações como Renner, Chevron, Alcoa, Basf e Electrolux. Se considerado apenas o segmento agropecuário, a Cocamar aparece entre as três primeiras, abaixo apenas de Citrovita e Tortuga – respectivamente a 10ª e a 12ª no ranking geral. 

 

“Case” - O superintendente administrativo Alair Zago, que representou a cooperativa na última terça-feira (20) em evento organizado pela revista em São Paulo, observa que os critérios de avaliação incluíram, desta vez, a análise de um “case” de sucesso. Segundo ele, chamou a atenção dos especialistas a implantação de um software da Microsoft por parte da Cooperativa: o Hyper-V, que permite a virtualização de servidores.

 

Informações - Zago explica que a ferramenta gera economia, praticidade e agilidade de informações ao possibilitar que em um único servidor físico sejam instalados diversos outros servidores virtuais. “Antes, precisávamos de um servidor para cada aplicativo”, acrescenta o superintendente, lembrando que com essa forma de contingenciamento, o nível de segurança para a companhia se torna muito maior.

 

Pioneira - Os avaliadores constataram que, no segmento agropecuário, a Cocamar é pioneira no uso desse software, o que exigiu por parte da cooperativa não apenas investimentos financeiros, mas especialização profissional. “Os prestadores são certificados pela Microsoft para implementar a nova tecnologia”, cita Zago, salientando que a agressividade da corporação nessa área, definida como prioridade da gestão, tem a finalidade de identificar e incorporar as melhores tecnologias ao seu negócio.

  

Destaque - Em termos internacionais, o fato é tão representativo para a própria Microsoft que a companhia incluiu o “case” da Cocamar em sua página oficial.   De acordo com a gerente de TI da Cooperativa, Paula Rabelo, “a virtualização é uma ferramenta que propiciou agilidade nos negócios e uma estrutura de atendimento, produtos e serviços capaz de atender as demandas dos clientes”. (Imprensa Cocamar)

COMÉRCIO MUNDIAL: OMC rebaixa projeção de expansão em 2011

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A Organização Mundial do Comércio (OMC) cortou de 6,5% para 5,8% sua previsão de crescimento do comércio mundial, em volume, para 2011, comparado a um avanço de 14,5% no ano passado. Para a OMC, os riscos de deterioração da economia mundial se confirmam cada vez mais. Considera sua estimativa "prudente" levando em conta expansão econômica global, agora de apenas 2,5%. As economias desenvolvidas devem registrar aumento de 3,6% nas exportações e o PIB deve ter expansão de 1,5%.

 

Economias em desenvolvimento - Ao mesmo tempo, as economias em desenvolvimento vão ver suas exportações crescerem quase três vezes mais que as dos desenvolvidos. A projeção é de alta de 8,6% nas vendas externas e crescimento de 5,9% do PIB (comparado a mais de 6,5% antes). No ano passado, o comércio cresceu quase 15% comparado ao desastre dos anos anteriores em meio à crise financeira global.

 

Desaceleração - Agora, as novas previsões da OMC apontam desaceleração do comércio mundial, e não um recuo puro e simples, mas a entidade vê o cenário global excepcionalmente incerto por causa da situação da Grécia.

 

Contração do PIB - A OMC considera que os riscos de contração do PIB se intensificaram nos últimos meses e, quando a produção diminui, o comércio também declina. Para a OMC, a economia mundial está num "ponto de inflexão", onde o crescimento poderá se retomado se os responsáveis políticos encontrarem uma solução à crise da divida soberana que possa restabelecer a confiança no sistema financeiro.

 

Instabilidade - Em contrapartida, decisões ruins podem provocar maior instabilidade, como foi o caso na crise depois da quebra do banco americano Lehman Brothers, em 2008.

 

Exportações - As exportações desaceleraram recentemente em vários países industrializados e mesmo caíram de "forma inquietante" na Alemanha e na França. A expansão das exportações alemãs, motor da economia europeia, passou de 36% em maio para 20% em junho e foi de 16% em julho. No mesmo período, o crescimento das exportações francesas caiu de 44% para 14% e depois para 9%.

 

Fluxo comercial - Já o fluxo comercial da maioria das economias em desenvolvimento manteve-se "vigoroso".  O aumento do comércio da China chegou a acelerar em agosto, o que a entidade avalia que pode compensar, em parte, a desaceleração do comércio das economias desenvolvidas. O comércio exterior brasileiro vem crescendo ao redor de 25%, também pelos dados da entidade global. No caso da China, os últimos dados de consultorias e bancos mostram que as encomendas de exportações não mais aumentaram, mas, pelo menos, não caíram de ritmo.

 

Europa - Pelo momento, segundo a OMC, a desaceleração econômica se limita no essencial aos países desenvolvidos, sobretudo na Europa. "Isso nos leva a pensar que a resolução da crise da dívida soberana séria, sem dúvida, é o melhor meio de evitar uma contração maior do comércio", diz. Pascal Lamy, diretor-geral da OMC, alerta de novo contra medidas protecionistas e avalia que as regras da entidade são uma garantia contra barreiras. (Valor Econômico)

FINANCIAMENTO: Agricultura de baixo carbono deve ganhar nova linha de crédito

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O Conselho Deliberativo do Fundo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/FCO) deve aprovar amanhã, em Brasília, uma nova modalidade de financiamento para fomentar o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). O diretor da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Marcelo Dourado, disse que a linha é importante pois simplifica o modelo em vigor. “Vamos criar uma linha de financiamento para redução de gases de efeito estufa na região e ampliar os benefícios aos produtores”, diz Dourado.

 

Incentivo - A nova linha tem como objetivo incentivar projetos que visem à conservação e a proteção do meio ambiente à recuperação de áreas degradadas ou alteradas e ao desenvolvimento de atividades sustentáveis; disponibilizar recursos para investimentos necessários à implantação de sistemas de integração de lavoura-pecuária, lavoura-floresta, pecuária-floresta ou lavoura-pecuária-floresta; entre outros. (Valor Econômico)

SAFRA 2011/12: Clima e mercado aceleram o plantio

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O prazo para o plantio da soja – principal produto do agronegócio – começou oficialmente nesta quarta-feira (21/09) no Paraná, mas os produtores estão com as plantadeiras em campo desde segunda-feira (19/09). Eles antecipam a tarefa inclusive em relação ao período determinado pelo governo federal, que começou dez dias mais cedo neste ano. O setor se apressa para aproveitar a umidade e escapar da possível seca prevista para a virada do ano, relacionada ao fenômeno La Niña. Escolhem sementes precoces e, logo após a colheita, devem semear milho de inverno nas mesmas áreas.

 

Área plantada - Técnicos que monitoram as principais regiões produtoras avaliam que as máquinas devem percorrer 10% da área reservada à oleaginosa até o final da semana que vem. Isso significa que perto de 450 mil hectares de soja podem ser plantados ainda em setembro. Em 2010, a área não chegava a 50 mil hectares nesse período, conforme a Secretaria de Estado da Agricultura (Seab). “Os produtores querem colher (soja) cedo para entrar com a safrinha de milho. Quem tem adotado essa estratégia vem conseguindo bons resultados nas duas culturas”, relata o agrônomo Otmar Hübner, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab.

 

Estímulo - O principal estímulo ao plantio vem das cotações internacionais e domésticas. O cereal tem se destacado e, depois de duas safras de recuo, deve avançar sobre a área da oleaginosa, ultrapassando 800 mil hectares – das quais 20% já foram semeados.

 

Calendário - Sem contar com seguro agrícola nem depender de financiamento, Gion Carlos Gobbi, de Cascavel (Oeste), é um dos agricultores paranaenses que descartou o zoneamento agrícola da soja e adotou um calendário próprio. “Quando o clima ajuda, começo a plantar depois do dia 18 de setembro e procuro concluir até o dia 10 de outubro”, conta.

 

Bons resultados - Com umidade e temperatura adequadas, Gobbi relata que já semeou 25% dos 350 hectares destinados à soja neste ciclo, de segunda-feira até esta quarta. De olho no mercado futuro, relata que a antecipação da safra de verão tem trazido bons resultados. “Ano passado, a produtividade do milho safrinha ficou em 7.380 quilos por hectare e a da soja em 3.120.” Ele mostra-se otimista após ter recebido proposta de R$ 48 pela saca de soja e de R$ 23 pela de milho. “O mercado está garantido. O desafio é vencer o clima.”

 

Seca - No ciclo 2010/11, a seca prevista devido à configuração do La Niña não se confirmou. A produção de soja foi recorde no estado e no país. A colheita da oleaginosa e do milho rendeu 105 milhões de toneladas, conforme levantamento da Expedição Safra Gazeta do Povo. Em outubro, a equipe de técnicos e jornalistas volta a pegar a estrada rumo às principais regiões agrícolas do país. (Gazeta do Povo)

CARNES: Preços dos suínos devem ficar até 12% mais altos este mês

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O preço do suíno no Brasil ensaia uma recuperação neste mês de setembro, devido principalmente a elevação dos volumes exportados em agosto, e a perspectiva de bons embarques nos próximos meses, e a recuperação do cambio. Hong Kong e Ucrânia seguem como principais compradores dessa proteína do Brasil, enquanto a Rússia mantém o seu embargo aos frigoríficos do País. Em julho, o Brasil exportou apenas 34 mil toneladas de carne suína e a expectativa inicial do mercado era que em agosto os volumes seriam bastante reduzidos também. "A queda nas cotações esteve atrelada à forte pressão de compradores, que alegavam existir carne em estoque. Com isso, os valores da carne no atacado acabaram recuando, ao mesmo tempo em que frigoríficos reduziram a procura por animais para abate", contou a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Camila Ortelan.

 

Exportação - Com uma exportação de 43 mil toneladas em agosto deste ano, que representa um crescimento de 26% ante o mês anterior, e uma pequena queda de 4% ante o ano passado, quando o País embarcou 45 mil toneladas de suínos, o setor voltou a ficar otimista. "Em agosto os preços começaram a recuar no final do mês, o motivo foi por conta do volume das exportações que até então acreditavam que eram pequenos. No entanto os volumes foram bastante bons e isso mexeu com o mercado, fazendo com que os produtores pedissem valores mais altos pelo animal", disse Camila.

 

Variação - A variação dos preços no mês de agosto fechou com um recuo de 22% em São Paulo, dado que os preços iniciais estavam na casa dos R$ 2,49 o quilo e recuaram para R$ 2,18 no final do mês. Em Minas Gerais o impacto negativo foi de 22,6%, seguido pelo Paraná com recuo de 17,9% e Santa Catarina com queda de 10%. Enquanto isso, o preço do milho, que já está em patamares elevados, seguem em alta, com variação positiva nos preços de quase 3%.

 

Tendência - Para o analista do Safras & Mercado, Felipe Netto, a partir desde mês de setembro os preços tendem a ficar mais elevados para os suínos, dado que a demanda pela proteína é grande. "Em setembro a expectativa é que as exportações sejam maiores, superando a marca das 45 mil toneladas. A demanda pelo produto começa a aumentar e vai até dezembro", disse ele ao considerar "Também esperamos que a receita obtida com as vendas fiquem maiores, porque o cambio deve ajudar".

 

Setembro - Com esse bom resultado nos embarques de agosto, e o custo de produção elevado, os preços dos suínos voltaram a se elevar nesse mês. Em São Paulo a variação dos valores de venda foi positiva em 20,9%, passando de R$ 2,14 nos primeiros dias do mês, para pouco mais de R$ 2,29 nessa semana. Em Minas Gerais os preços subiram 13,4%, seguido por Paraná com uma variação positiva de 12,4% e Santa Catarina com o pior desempenho de recuperação do País com quase 3% de aumento.

 

Sequência - Para Netto essa recuperação deve mesmo seguir por setembro adentro, fechando com preços médios de R$ 2,4 o quilo do suíno. "O preço segue em recuperação, e até o final de setembro. Em outubro e novembro a demanda pela carne é bastante elevada, com isso podemos garantir preços melhores até o final do ano", disse.

 

Milho - Já o preço do milho segue com uma variação positiva, fechando parcialmente com 3,7% de incremento em Campinas, interior de São Paulo. Segundo Netto apesar dessa recuperação no preço do suíno, a relação de troca para o produtor segue negativa. "A relação de troca entre o custo de produção e o preço de venda é um dos menores desde 2007. Ou seja, a receita do produtor rural ainda não cobre os custos".  

 

Compradores - Por fim, o analista ressaltou que enquanto a Rússia seguir com o embargo às carnes brasileiras, Hong Kong e Ucrânia seguirão como os principais compradores de suínos do Brasil. (DCI - Diário do Comércio & Indústria)

INTEGRADA: Colheita avança no Norte do Paraná

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Neste início de semana o tempo continua quente e seco em grande parte do norte do Paraná. A falta de chuva tem colocado os produtores em alerta para o risco de queimadas. Por outro lado, o clima tem contribuído para a colheita de trigo e de milho safrinha, que estão na reta final. O último levantamento realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Paraná (Seab), mostra que mais de 98% das lavouras de milho do Estado haviam sido colhidas. A colheita do trigo também está avançando, principalmente na região norte, onde o plantio costuma ser feito mais cedo. Segundo o Deral, mais de 40% do trigo paranaense já foi colhido. Os trabalhos estão mais avançados na região de Maringá e nos municípios de Jacarezinho e Cornélio Procópio. 

Fase final - A colheita na área de atuação da Cooperativa Integrada também está na fase final. Dos 90 mil hectares semeados com trigo, 70% já foram colhidos. No milho, a colheita atingiu os 90% e deverá ser concluída dentro dos próximos dias. De acordo com o gerente Comercial da Integrada, Luiz Yamashita, a redução na produtividade do trigo em decorrência das geadas pode passar dos 37%. “Esperávamos receber 256 mil toneladas de trigo. Mas, após as geadas, reduzimos essa previsão para 161 mil toneladas”, explica. Com o final da colheita, os produtores já estão iniciando os trabalhos para a safra de verão. O plantio de milho já começou e, segundo o Deral, até o momento 29% da área que será destinada a cultura já foi semeada. (Imprensa Integrada)

SILVICULTURA II: Setor paga pela falta de infraestrutura e de crédito

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Considerada uma “poupança verde”, a silvicultura tem se revelado um grande negócio. Ainda assim, plantio de florestas comerciais encontra dificuldades para deslanchar no Brasil. Apesar do ganho de terreno nos últimos anos, o setor ainda está longe de alcançar a meta de 7,5 milhões de hectares estipulada para o ano que vem. Entre os maiores limitadores ao incremento de área está o alto investimento exigido para se produzir madeira, a falta de políticas governamentais de incentivo à atividade e a infraestrutura precária.

Rodovias vicinais - “O cultivo de florestas se concentra em regiões onde as rodovias vicinais, que geralmente não são asfaltadas, são o único canal de escoamento. Por isso, é comum ver os produtores gastando tempo e dinheiro para recuperar estradas”, cita Carlos Mendes, diretor executivo da associação que representa os produtores no Paraná, a Apre.

Linhas de financiamento - O setor sofre também com a falta de linhas de financiamento específicas para o plantio de florestas. “Hoje, maior parte das instituições financeiras do país limita com burocracia a liberação de recursos para o plantio de pinus ou eucalipto [únicas espécies cultivadas]”, revela. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)