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MERCADO I: Oscilações das commodities no foco global

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A volatilidade dos preços das commodities agrícolas permanece alta em comparação a outros mercados e poderá afetar o custo dos alimentos, a segurança alimentar e a renda dos produtores. Mas a situação atual não é muito diferente do que aconteceu nos últimos 50 anos para vários produtos. A conclusão é de um estudo preliminar que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) submete a seu Comitê de Agricultura esta semana, em Paris, ao qual o Valor teve acesso. A discussão reúne mais de 30 países, inclusive o Brasil, e comprova que a volatilidade das cotações agrícolas entrou definitivamente na agenda internacional.

França - A França confirmou que quer colocar o problema entre as prioridades de 2011 de sua presidência do G-20, que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes. Paris quer regular melhor os mercados financeiros ligados às commodities. Estima que os derivativos, concebidos como proteção contra grandes flutuações de preços, tornaram-se ativos financeiros como os outros, utilizados para especulação e favorecendo, na prática, as repentinas altas e baixas dos preços agrícolas e de commodities ligadas à energia.

Ritmo - O estudo da OCDE conclui que os casos de saltos de preços da maioria das commodities agrícolas nos últimos 50 anos seguiram um ritmo similar - valorização em um ano seguida de forte queda no seguinte. Além disso, os ganhos agrícolas aconteceram em um contexto de alta de quase todas as matérias-primas, sobretudo petróleo e metais.

Volatilidade - A análise por produto mostra que a volatilidade tem sido, na média, menor para carne bovina e açúcar desde 1960. Na última década, houve mais variações de preços do que no anos 90, mas o mesmo não é verdade em relação aos anos 70 para carne bovina, arroz, soja e açúcar. Entre 2006 e 2010, a volatilidade foi maior que em 1990 para cereais como trigo e arroz. Em 2009, quando vários produtos declinaram, a exceção foi para lácteos e óleo de soja.

Petróleo e fertilizantes - O estudo analisa também se os preços de petróleo e fertilizantes tiveram impacto importante nos preços das commodities agrícolas. Conclui que os maiores impactos mensais do petróleo - que provoca alta nos custos de produção e transporte - é sobre as produções de manteiga, leite em pó e oleaginosas. Anualmente, também tem reflexos importantes sobre milho e trigo. O impacto do petróleo sobre o açúcar é pequeno em razão do uso do bagaço da cana na geração de energia pelas usinas.

Biocombustível - Mas a OCDE diz que o aumento da produção de biocombustível alterou a situação e o açúcar é o único produto que teve ampliada sua correlação com o petróleo quando este é defasado um ano. No caso dos adubos, o maior impacto é na volatilidade de preços de manteiga, leite em pó, arroz, milho, oleaginosas e trigo. O menor impacto é sobre carne bovina e açúcar. Para a OCDE, o recente período de súbitas altas e baixas de preços não é excepcional em relação ao passado, a não ser talvez para trigo e arroz em anos específicos. (Valor Econômico)

ROBERTO RODRIGUES: Logística impede crescimento do agronegócio brasileiro

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O grande gargalo que impede o crescimento do agronegócio brasileiro é a logística, na opinião de Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ex-ministro da Agricultura . "A principal barreira é logística. O grande dilema do Brasil é logística, a falta de portos, estradas, ferrovias, armazéns."

Cenário - A declaração foi feita na quarta-feira (1º/12), durante evento de lançamento das feiras Induspec Animal Expo&Business e Agrinsumos Expo&Business, previstas para ocorrerem em julho do próximo ano. Apesar deste entrave, Rodrigues garante que o cenário à frente é positivo. "Hoje, na área de logística, a gente tem um projeto, que é o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Se ele sair do papel, muda de figura completamente a questão da infraestrutura no Brasil. Mas é um tema lento demais", admitiu.

Produção - Durante palestra para lançamento dos eventos, Rodrigues destacou números que reforçam o potencial de crescimento do agronegócio brasileiro. "A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) imagina que, em dez anos, de hoje a 2020, a oferta mundial de alimentos tem que crescer 20% para atender à demanda dos países emergentes. Ela mesma reconhece a contribuição de cada região do planeta da seguinte maneira: Europa: 4%; Austrália: 7%; Estados Unidos e Canadá: de 10% a 15%; Rússia, Ucrânia, China, Índia: em torno de 25%; e o Brasil tem que ser 40%. (...) Não podemos perder esta oportunidade. É um desafio monumental só para alimentos."

Produção - Segundo ele, nos últimos 20 anos, a área plantada com grãos no Brasil cresceu 26% e, no mesmo período, a produção de grãos cresceu 155%. "A produção cresceu seis vezes mais que a área plantada."Ainda com foco no potencial de crescimento da produção agropecuária no país, Rodrigues destacou que, dos 850 milhões de hectares que o Brasil tem, só 8,5% são cultivados, cerca de 70 milhões de hectares. "E pouco menos de 200 milhões de hectares de pasto. Nós não ocupamos hoje nem 30% da área com pastagem e agricultura. E ficam aí nos acusando de destruidores do meio-ambiente, de trabalho escravo."Ele destaca que o país tem hoje cerca de 96 milhões de hectares de pastagens que são aptos para a agricultura. "Só 96, mas é mais do que o setor tem hoje em dia plantados", diz.

Rodada de Doha - Na opinião do ex-ministro da Agricultura, esta enorme capacidade de crescer e atender à demanda mundial por alimentos e energia vinda da agricultura é parte do que impede o progresso da Rodada de Doha. "É isso aqui que bloqueia Doha. Vem um americano e vê isso, vem um australiano e vê isso, vem um alemão e vê isso... ‘temos que segurar esses caras, senão, eles vão comer a gente'. E vamos mesmo. Estamos ganhando mercados sem nenhum acordo comercial, estamos ganhando mercado pela pura eficiência competitiva do produtor rural brasileiro", fala.

Empregos - Sobre a crítica de alguns setores da economia que dizem que o agronegócio emprega pouco e que matéria-prima tem baixo valor agregado no momento da exportação, Rodrigues usa dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para defender o setor. "Os dados oficiais do IBGE dizem que o agronegócio é o setor que mais emprega no país: 37% dos empregos diretos e indiretos vêm do agronegócio, portanto, mais de 1/3. Não é verdade que seja um setor que emprega pouco. Nós representamos 27% do PIB nacional. De modo que tem um peso social no nível de emprego e no nível econômico muito significativo. O saldo comercial do agronegócio é o dobro do saldo comercial do país", defende.

Cadeia ampla - "O agricultor, o pecuarista, quem produz o produto agrícola precisa de adubo, de semente, fertilizante, defensivo, de corretivo, de tratores, de colheitadeira, de arados, grades, carretas, caminhão, insumos que são produzidos pela indústria. O agronegócio é poderoso porque gera uma cadeia de empregos ampla", argumenta. Mas o ex-ministro da Agricultura reconhece que seria importante - e é interesse do setor - exportar itens com maior valor agregado, mas, o problema, neste caso, é a falta de acordos comerciais. "O Brasil exporta 1/3 do café verde do mundo e menos de 3% do café torrado e moído. A Alemanha e a Itália exportam 60% do café torrado e moído e não tem um pé de café. Não adianta a gente querer torrar e moer, porque se não tiver um acordo comercial com os distribuidores lá fora, você não exporta o seu produto. O café chega no porto e morre no porto", diz. "Se não houver acordo comercial, que implica em ação de governo, e também do setor privado, não vai a lugar nenhum." (G1/Globo.com)

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