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O mundo de olho na China, onde cresce a demanda, e na América do Sul, liderada pelo Brasil, onde cresce a oferta de grãos. Players de produção e consumo, de alimentos e energia, num cenário cada vez mais competitivo, onde sustentabilidade, econômica e ambiental, vão fazer a diferença. Dentro e fora da porteira, nas relações domésticas e internacionais, 2011 será um ano de oportunidades, mas também de mudanças estruturais no mundo do agronegócio. Teoricamente, o Brasil entra na nova década preparado para consolidar seu espaço no mercado global, não apenas na área de grãos, como no segmento de carnes e, por que não, agroenergia. A base de sustentação e posicionamento para os próximos anos vem de ações e decisões que mudaram a maneira de fazer agricultura. Investimentos e avanços tecnológicos, como o marco legal de 2005, com o advento da biotecnologia aplicada à agricultura, serão agora decisivos ao país. Assim, 2011 anuncia um novo ciclo de expansão do agronegócio, pautado não tanto pela incorporação de novas áreas ao processo produtivo, mas pela eficiência nos sistemas de produção e comercialização, com tecnologia, planejamento e informação. (Gazeta do Povo)
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Os clientes da Unimed Ponta Grossa contam agora com os serviços da Uniair, especializada em transporte aeromédico. Através de uma parceria realizada com a empresa do Complexo Empresarial Unimed, o paciente que apresentar alguma patologia que exija imediato transporte para outra cidade, poderá utilizar de mais este serviço exclusivo da operadora local. A Uniair dispõe de estrutura composta por médicos, enfermeiros e pilotos treinados para o transporte de pacientes. Ela oferece infraestrutura de atendimento 24h por dia e conta com frota composta por aeronaves aparelhadas com o que há de mais moderno em equipamentos aeromédicos - configuradas para atendimento de UTI - com kits completos aeromédicos do tipo adulto, pediátrico e neonatal.
Adesão - Cada beneficiário da Unimed terá direito ao suporte do transporte aeromédico através de adesão voluntária com custo de R$ 2,49 ao mês por pessoa, acrescido na fatura do plano de saúde. Os interessados deverão dirigir-se até a Unimed para assinar contrato e formalizar adesão.
Atendimento - O serviço de remoção aeromédica é realizado mediante requisição do transporte através do médico que assiste o paciente, desde que o beneficiário esteja a 50 Km rodoviários do hospital de destino e apresente condições clínicas que não possam ser acompanhadas e tratadas na cidade de origem. O serviço 24 horas é solicitado através de um telefone 0800 e compreende translado hospital/aeroporto/hospital com equipe treinada e recursos materiais necessários. (Imprensa Unimed Ponta Grossa)
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O produtor de soja do Paraná, segundo maior Estado produtor do país, deverá se beneficiar de preços melhores, porque a colheita do Estado deve chegar mais cedo ao mercado este ano, avaliaram analistas do setor nesta quarta-feira (30/12). Com condições climáticas mais favoráveis, os produtores paranaenses realizaram o plantio mais cedo que de costume, concentrando a semeadura em outubro. O resultado é que esta safra chegará mais cedo ao mercado, entre o final de janeiro e início de fevereiro, e poderá ser negociada a preços mais firmes, por conta da demanda de curto prazo no período, antes do pico da colheita, explica o analista de mercado da Agrosecurity, Felipe Prince.
Perspectiva positiva - O analista ressalta que, tradicionalmente, os produtores que conseguem negociar a soja com melhores prêmios estão no Mato Grosso, maior produtor da oleaginosa no país. Os municípios do oeste e norte, Sorriso, Sapezal e Lucas do Rio Verde, normalmente, começam a colheita e janeiro e conseguem preços mais altos. O analista observa que o setor trabalha com a perspectiva positiva, de que os preços em Chicago se mantenham na faixa de 13 a 14 dólares. "Mas pode até subir dependendo de como se consolidar a atual safra argentina, afetada pela seca", ressalta. Prince observa que as tradings acompanham de perto as condições climáticas para o Sul do país por causa da ocorrência do fenômeno climático La Niña. Relatório da Somar Meteorologia indica que as chuvas devem se normalizar nos Estados do Centro-Oeste e Sudeste do país, mas o tempo mais seco prevalecerá até o início de 2011. A meteorologista da Somar Cassia Beu pondera que o clima mais seco deve se concentrar na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Para Mato Grosso e Goiás, dois importantes produtores do Centro-Oeste, as chuvas irregulares em outubro e novembro devem ter melhor distribuição pelas áreas produtoras até a primeira quinzena de janeiro.
Floração - O agrônomo Otmar Hubner, do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria de Agricultura, observa que 50 por cento das lavouras do Paraná já passaram da fase de floração e começam a formar grãos. "É mais um estágio mais crítico e precisa acompanhar o clima", afirma. Hubner destaca que o produtor da região já trabalha com um cenário bem mais favorável do que no ano passado. Levantamento do Deral nas principais praças de referência no Estado indica que o preço médio da saca estava em 39,81 reais no Paraná em dezembro de 2009. Neste mês, o valor médio está em 43,87 reais por saca e nesta quarta-feira oscila próximo de 46 reais a saca. (Reuters)
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A safra de grãos de verão e inverno 2009/10 atingiu o volume de 32,6 milhões de toneladas, recolocando o Paraná no primeiro lugar do ranking nacional da produção agrícola. O resultado da produção paranaense, divulgado na terça-feira (28/12), é um dos melhores dos últimos quatro anos, e foi propiciado por fatores como condições climáticas favoráveis e investimentos em tecnologia, que melhoraram a produtividade e a qualidade dos produtos. Nas exportações do agronegócio, o Paraná também se destacou este ano, deslocando-se do quarto para o segundo lugar no ranking nacional, com um uma receita de US$ 9,1 bilhões referente ao volume exportado no período janeiro a novembro deste ano. Neste ano houve também redução dos custos de produção com a queda dos principais insumos utilizados na agricultura como adubos e fertilizantes.
Preços - Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento Erikson Camargo Chandoha, mais importante que a recuperação da produção de grãos foi a recuperação dos preços pagos ao produtor. "Assumimos novamente a liderança de grãos no País, mas o que deve ser mais comemorado são os preços praticados pelo mercado, principalmente a partir do segundo semestre quando o produtor passou a ser melhor remunerado pelo seu trabalho". Chandoha apontou a recuperação do preço do milho, que estava sendo vendido abaixo do preço mínimo durante o primeiro semestre do ano. Outros produtos importantes como soja, carnes bovina e suína, leite e derivados e também o feijão tiveram uma recuperação importante nos preços este ano, frisou o secretário. "Leite e derivados, inclusive, tiveram recuperação nos preços em plena safra, o que é uma situação inédita e nunca tinha acontecido", lembrou.
Exportação - Com essa recuperação nos preços, o Paraná se destacou como segundo maior exportador do agronegócio, perdendo só para o estado de São Paulo que entre janeiro e novembro de 2010 acumulou o valor de US$ 17,6 bilhões em exportações. Este ano o Estado está exportando mais soja, carnes, café, milho e produtos do setor sucroalcooleiro. Com isso avançou de uma participação de 12,4% para 13% até novembro de 2010 na pauta de exportações brasileiras do agronegócio. Para o secretário a tendência aponta que a recuperação no volume de produção e dos preços deve continuar em 2011. As condições climáticas permanecem favoráveis e o mercado externo e interno está comprando.
Programas - O Departamento de Economia Rural (Deral) que faz o acompanhamento da safra agrícola no Paraná desempenhou programas importantes que contribuíram para o aumento da produção de alimentos e proteínas no Estado. Entre eles está o programa Fundo de Aval, Trator Solidário e de Subvenção ao Trigo. Segundo o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, no período 2007 a 2010 foram financiados cerca de 6550 tratores em praticamente todos (399) municípios paranaenses. Foram aplicados cerca de R$ 315 milhões em recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e os financiamentos aos produtores foram feitos em equivalência produto, operações garantidas pelo Tesouro do Estado com bônus/equivalência no valor de R$ 4,5 milhões em recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE/Tesouro do Estado) para os próximos 8 anos.
Fundo de Aval - No programa Fundo de Aval foram realizadas 13 mil operações de aval ao pequeno produtor no período de 2005 a 2010, que possibilitou o financiamento de R$ 95 milhões em recursos do Pronaf. Sem esse aval, os produtores contemplados não teriam como acessar a linha de crédito junto aos bancos por falta de patrimônio. Segundo Simioni, existe em caixa atualmente R$ 3 milhões em conta específica do Fundo de Aval, que poderão avalizar R$ 30 milhões em novos investimentos. Os recursos são do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE/Tesouro do Estado).
Trigo - O programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural do Trigo foi criado em 2009 com o objetivo de alavancar a produção de trigo no Paraná, dando maior competitividade, redução de custos e melhoria de qualidade. O programa beneficiou 2.700 triticultores com o pagamento de R$ 3,9 milhões em subvenção de prêmios. Atualmente existe em caixa cerca de R$ 2,8 milhões para subvenção de prêmios em 2011, também em recursos do FDE/Tesouro do Estado. Simioni atribuiu o sucesso dos programas às parcerias estabelecidas com a Agência de Fomento do Paraná, ao Banco do Brasil, ao BRDE - Sicredi e Cresol e Instituto Emater-PR, todos trabalhando com um objetivo comum para a viabilidade dos programas de forma sustentável. (AEN)
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O governador do Paraná Orlando Pessuti reinaugurou nesta terça-feira (28/12) o porto seco instalado no terminal da Ferroeste, em Cascavel. Alvo de um incêndio, o terminal enfrentava uma série de problemas para voltar a funcionar. A reforma, a ampliação e a compra de equipamentos para o porto seco receberam investimentos de R$ 4 milhões. Do total de recursos, R$ 2,3 milhões são de responsabilidade de um pool paraguaio, formando pela Central Nacional de Cooperativas do Paraguai (Unicoop) e pelas empresas Agro Silos El Produtor, Dekalpar e Trebol Agrícola, responsáveis por 60% da produção de soja no Paraguai. "Tivemos vários transtornos por conta deste incêndio, mas com recursos do governo do Estado e da parceria envolvendo empresários paraguaios conseguimos reconstruir esta estrutura da Codapar e, ao mesmo tempo, restabelecer a estação aduaneira", afirmou Pessuti.
Paraguai - O governador disse ainda que tudo isso vai facilitar o desembaraço de cargas destinadas ao Paraguai, Argentina e ao Porto de Paranaguá. "Com isto, teremos mais agilidade nas importações e exportações", disse o governador. Segundo ele, a estação promove uma aproximação do Paraná com o Paraguai, que pretende aumentar suas exportações pelo porto de Paranaguá. "Queremos ampliar a presença dos paraguaios no porto, mas temos que colocar a disposição deles a Ferroeste, a estação aduaneira, rodovias em condições".
Ampliação - O presidente da Ferroeste, Neuroci Frizzo, informou que as obras de ampliação do porto seco não param. Depois, da reconstrução do barracão, as atenções se voltam para os silos de recebimento de grãos. As obras estão bem adiantadas. Os silos estarão concluídos até abril do ano que vem. "Nós já estamos oferecendo ao Governo do Estado uma área de 17 mil metros quadrados, para novas obras de ampliação. Portanto, o porto seco será expandido em praticamente 100%. Estas obras vão beneficiar os empresários, importadores e exportadores, trazendo para o Oeste do Paraná uma condição de comércio internacional bem melhor". Jânio Dalla Costa, presidente da Codapar, disse que a grande vantagem do acordo firmado pelo governo do Estado com os investidores paraguaios é que parte deste projeto será pago com a prestação de serviço público do Paraná. Existe um contrato, através do qual a Codapar devolverá o dinheiro investido no decorrer de um período bem longo.
Frete - Segundo ele, o interesse dos paraguaios pelo porto seco de Cascavel está no fato de que representará uma redução significativa no frete, o que tornará os produtos agrícolas daquele país mais competitivos no mercado internacional. Hoje, para exportar sua produção agrícola, o Paraguai usa os portos da Argentina e Uruguai, através de chatas, que demoram em média 20 dias e só levam 20 toneladas de cada vez. Com a estação aduaneira, o trabalho de exportação será feito em no máximo 8 dias. Os produtores paraguaios vão utilizar a ferrovia para exportar soja, milho e trigo, para o Brasil e o mercado internacional, além de importar insumos agrícolas como adubos, fertilizantes e calcário. Atualmente, o Paraguai utiliza os portos de Nova Palmeira, no Uruguai, e de Rosário, na Argentina.
Projeto - Os paraguaios entram como os principais colaboradores e usuários do porto seco, segundo revelou o diretor técnico-operacional da Codapar - Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná, empresa que administra o porto seco, Davi Pinezi. O grupo deve começar a operar com a importação de fertilizantes. A partir da safra de 2011, a previsão é de movimentar 200 mil toneladas de grãos com destino ao Porto de Paranaguá, podendo chegar a 400 mil toneladas por ano, em 2012. O projeto envolve a Ferroeste, Codapar, Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Ministério da Agricultura, Claspar (Empresa Paranaense de Classificação de Produtos), Receita Federal e o grupo de investidores paraguaios. (AEN)
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Responsável por boa parte da oferta de financiamentos de longo prazo no Paraná, a agência de Curitiba do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), está encerrando em 2010 um ciclo aonde se transformou no mais importante agente financeiro do desenvolvimento paranaense. Nos últimos oito anos, o aumento dos desembolsos à atividade econômica foi generalizado, abrangendo praticamente todos os segmentos da economia estadual, entre eles os mais tradicionais e intensivos em mão de obra, atingindo um volume final de R$ 4,5 bilhões em valores atualizados. Com isso, o BRDE conseguiu atingir um desempenho financeiro compatível às suas atividades de banco de desenvolvimento: enquanto a economia paranaense através de seu PIB - Produto Interno Bruto apresentou crescimento de 45% no período, os financiamentos do banco cresceram 76% nos últimos oito anos.
Perfil - Por se tratar de instituição de fomento, o BRDE atua, fundamentalmente, no financiamento a investimentos produtivos com tempo de maturação e consequentemente de retorno, de longo prazo. Isso está marcado nos 50 anos de história da instituição. Entre 2008 e 2009, no entanto, a crise econômica mundial obrigou o banco a responder fortemente e rapidamente às novas necessidades dos empresários locais, já que as instituições de crédito privadas cortaram bruscamente a oferta de crédito. Nos últimos três anos foram os de maior expansão na oferta de financiamentos pela agência do BRDE no Paraná. Enquanto em 2007 a faixa anual de crédito liberado estava ao redor de R$ 400 milhões, em 2008 ela subiu para R$ 711 milhões, atingindo R$ 1,13 bilhão em 2009, no auge da crise econômica, voltando ao patamar de R$ 800 milhões em 2010, sem sintomas da crise mundial e com a retomada da trajetória de crescimento tendo como base o aumento dos investimentos e da produção industrial voltada, principalmente, para o mercado doméstico.
Pequenos investimentos - E para quem pensa que o BRDE é uma instituição ligada sobretudo aos grandes negócios e grandes projetos, os dados do desempenho do banco nos últimos oito anos mostram exatamente o contrário: entre 2003 e 2010, os maiores tomadores de recursos foram as cooperativas, que absorveram financiamentos de R$ 2 bilhões no período, e os produtores rurais, que absorveram R$ 1,5 bilhão. Ressalte-se também o papel do banco junto ao financiamento de micros, pequenas e médias empresas paranaenses: entre 2003 a 2010: este segmento absorveu créditos num volume de R$ 863,7 milhões, enquanto os grandes empreendimentos ficaram com R$ 586 milhões. "Assim, o BRDE apoiou as políticas governamentais do estado de fortalecimento das micro e pequenas empresas, de apoio à agricultura familiar e a geração de emprego e renda em todo o território paranaense", afirma o presidente do Banco, José Moraes Neto.
Parceria com cooperativas - Para obter estes resultados, contudo, o banco teve de ir a campo para conseguir a capilaridade necessária ao desenvolvimento de projetos no setor agrícola e agroindustrial: montou uma bem sucedida parceria com as cooperativas de crédito que atuam no Paraná, como o Sicredi, Sicoob e Cresol, com o que interiorizou sua atuação em quase todos os municípios paranaenses. (AEN)
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O governo Luiz Inácio Lula da Silva realizou muito na área de transportes, algo em torno de R$ 62 bilhões. Mas deixa um desafio ainda maior para a sua sucessora, Dilma Rousseff. Os investimentos previstos para os próximos oito anos somam R$ 350 bilhões. Só no setor de rodovias serão necessários R$ 220 bilhões para colocar todas as estradas em dia até 2018, incluindo obras de restauração, construção e duplicação de vias. Outra demanda pesada está no setor de ferrovias, em que serão necessários R$ 46,8 bilhões para terminar obras como a Norte-Sul e o trem bala Rio-São Paulo e mais R$ 46 bilhões para o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2). A presidente eleita vai precisar de dois mandatos para fazer tudo isso. A segunda etapa do PAC reserva R$ 109 bilhões para transportes, sendo R$ 50,4 bilhões para o sistema rodoviário. No PAC 1, que vai até 2014, foram executados 70% dos R$ 37 bilhões previstos para rodovias. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirma que foi muito pouco. Seriam necessários R$ 183 bilhões para atender a toda a demanda do setor.
Contestação - O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagout, considera esses números irreais. Ele afirma que será preciso R$ 220 bilhões para atender o atual deficit. Pagout explica como o governo Lula conseguiu ampliar os recursos na área de transportes. Primeiro, regulamentou a utilização dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). O governo federal fica com 35% dessa verba. Em segundo lugar, destinou 5% do superavit primário para infraestrutura a partir de 2005, dentro do Programa-Piloto de Investimentos (PPI). Finalmente, reservou R$ 27 bilhões para rodovias no PAC. Com as suplementações, esses recursos chegaram a R$ 37 bilhões.
Comparação com FHC - O diretor do Dnit também aponta gargalos que precisam ser equacionados no próximo governo. Ele acha necessário ampliar e profissionalizar o quadro de servidores no departamento: "Preci-samos de 40 auditores, mas temos quatro ou cinco. O quadro de funcionários prevê 4.980 vagas, mas temos 2.911 servidores de carreira. Com isso, temos 1,2 mil terceirizados". Pagout também defende a mudança de regras nas licitações: "Hoje, temos licitações por preços unitários. Que-remos o preço global. A vantagem? Termo de referência consistente, projeto bem elaborado e sem possibilidade de alteração. O empresário vai executar sem amarras. Depois, vai ter que dar manutenção por cinco ou 10 anos".
Mais obras - Apesar da deficiência, Lula realizou mais do que o antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), na área de transportes. Considerando rodovias, portos e mobilidade urbana, foram R$ 50,8 bilhões do petista contra R$ 38,6 bilhões do tucano, em valores atualizados. O governo anterior fez muito pouco na área de ferrovias. Lula não fez tudo o que prometeu, mas realizou bem mais. Foram cerca de R$ 7 bilhões, a maior parte na Norte-Sul (R$ 4,9 bilhões), uma obra que se arrasta desde 1988. A Transnordestina vai consumir R$ 2,1 bilhões até o fim do ano. O maior desafio de Dilma será executar o trem bala Rio-São Paulo, uma obra de R$ 33 bilhões. Mas o projeto será tocado com recursos da iniciativa privada.
Setor aeroviário - Já as seguidas crises no setor aeroviário são consequência dos baixos investimentos nos últimos anos. Foram aplicados apenas R$ 4,3 bilhões na construção, na ampliação e na reforma de aeroportos. No último ano do governo petista, foram investidos apenas R$ 399 milhões. Menos do que os R$ 570 milhões aplicados no primeiro ano, em 2003. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) afirma que foram investidos R$ 4,3 bilhões em aeroportos nos últimos oito anos. Até a Copa de 2014, pretende aplicar mais R$ 5,3 bilhões. Mas, para atender toda a rede de 67 aeroportos, serão necessários investimentos de R$ 9 bilhões.
Os desafios de Dilma
1) Para colocar todas as rodovias em dia, será necessário investir R$ 220 bilhões até 2018, incluindo restaurações, adequações, duplicações e novas estradas;
2) No setor ferroviário, será preciso gastar mais R$ 46,8 bilhões para terminar a Norte-Sul, a Les-te-Oeste, a Transnordestina e o Trem-Bala, além de executar mais R$ 46 bilhões do PAC 2;
3) Na área de mobilidade urbana, o PAC 2 prevê investimentos de R$ 18 bilhões, incluindo os metrôs de Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte;
4) A ampliação e a modernização em portos vão consumir R$ 5,1 bilhões do PAC 2;
5) Investir R$ 5,3 bilhões em aeroportos até a Copa de 2014. Para atender toda a rede de 67 ae-roportos será preciso R$ 9 bilhões.
Os investimentos - Confira quanto o governo federal aplicou desde 2003*
Ano Valor histórico (em R$ bilhões) Valor atualizado** - (em R$ bilhões)
2003 0,9 1,3
2004 2,2 3,5
2005 2,8 4,1
2006 4,4 5,9
2007 5,5 7,3
2008 6,0 7,4
2009 8,9 11,1
2010 8,9 10,2
Total*** 39,7 50,8
(*) Incluídos investimentos do Ministério dos Transportes, Cidades e da Secretaria de Portos
(**) Valores atualizados com base no IGP-DI, da Fundação Getulio Vargas
(***) Valores pagos até 16 de outubro
Fonte: Levantamento da ONG Contas Abertas a partir de dados do Siafi, ministérios dos Trans-porte e das Cidades e da Secretaria de Portos (Correio Braziliense)
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Maestro da política econômica no período recente em que a economia brasileira mais cresceu, o milagre econômico dos anos 1970, o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto agora olha para o futuro. Principal conselheiro econômico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) está mais do que otimista em relação à expectativa de o Brasil entrar, enfim, no clube dos países mais ricos. "O caminho está aberto para que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça mais de 5% e próximo de 6%, anualmente, por toda a década, e continuar de forma robusta por 25 ou 30 anos. Sem maiores turbulências", aposta. Tanta certeza vem da superação das dificuldades em duas áreas cruciais, que interromperam a trajetória em outras ocasiões: o fornecimento de energia e o financiamento externo.
Petróleo - Na visão de Delfim, o passaporte para o mundo desenvolvido é o petróleo do pré-sal. Mas, para chegar lá, o governo deve estimular investimentos privados em infraestrutura, diminuir o ritmo de expansão das despesas públicas e reduzir a taxa real de juros a 2% ou 3% por ano, ensina o economista. A seguir, os principais trechos da entrevista ao Correio.
O Brasil tirou tudo o que poderia do cenário global favorável até o surgimento da crise econômica?
Até 2008, o Brasil se beneficiou de ventos favoráveis vindos do exterior, com o crescimento da economia mundial e o aumento das transações comerciais. Embora não tenhamos praticado uma política de comércio exterior capaz de tirar proveito de todo esse crescimento, recebemos o bônus da valorização dos produtos agrícolas e dos minerais. Mesmo sem ter reduzido os juros ao nível necessário para evitar a sobrevalorização do real, a combinação de preço e quantidade dos produtos minerais e da agropecuária garantiu uma balança comercial positiva e o acúmulo de reservas suficiente para acabar com o problema da dívida externa.
Como o país pode aproveitar esse momento único em que a maior parte da população entra em idade produtiva?
Dominamos a tecnologia que viabiliza a exploração dessa riqueza enorme que são as reservas de petróleo do pré-sal. Essa é uma janela de oportunidades para a jovem população que começa a entrar no mercado de trabalho. A extração do óleo e do gás vai exigir muito trabalho e enorme volume de recursos. Não há dúvida sobre a viabilidade dos investimentos, mas o grosso do retor-no só vai maturar lá por 2017. O importante do pré-sal é que ele afasta a ameaça das crises que no passado abortaram o processo de desenvolvimento brasileiro: o estrangulamento na oferta de energia e as interrupções do financiamento externo, crises derivadas da dependência das impor-tações de petróleo.
Os entraves energéticos para o crescimento estão superados?
O Brasil deu um outro grande passo no governo Lula ao quebrar as resistências à construção de hidrelétricas na Região Amazônica, iniciando o processo de reconstituição da matriz energética de fontes renováveis estupidamente interrompido há duas décadas.
Que problemas estão no horizonte?
Como em todo processo de desenvolvimento, há problemas que se renovam e precisam ser enfrentados desde agora para não comprometer as gerações futuras. Em 2030, nós seremos 216 milhões de habitantes e teremos que oferecer trabalho de boa qualidade para 150 milhões de homens e mulheres entre 16 e 65 anos. Quem pode oferecer esses empregos é o setor industrial, complementado pelos serviços. Não podemos continuar na dependência só da exportação de produtos agrícolas e minerais.
Qual deve ser o papel do Estado?
Ele deve ser indutor do desenvolvimento. Os governos não podem abrir mão da estabilidade monetária, devem manter vigilância constante para que as despesas de custeio cresçam sempre menos que o PIB e reduzir paulatinamente a relação dívida pública/PIB. Com isso, estarão dando a um Banco Central autônomo a musculatura para participar do objetivo de reduzir a taxa real de juros interna aos níveis da praticada no exterior, algo como 2% ou 3% reais ao ano, sem perder as condições de controle da inflação. Os governos não podem continuar errando na sustentação de uma taxa de juros vexaminosa, como se a economia brasileira tivesse sido vítima de uma deformidade sem retorno.
O que faz um Estado indutor?
Estado indutor significa estimular os investimentos privados e manter um comportamento amigável em relação aos setores produtivos de modo a cooptar empreendedores para participar do esforço de construção e reconstrução da infraestrutura física do país, notadamente nas áreas de transportes, onde já existe estrangulamento da atividade econômica. Deve incentivar também a participação em programas de expansão da oferta de energia e de aumento da capacidade logística no interior do país.
Quais as amarras que podem impedir a entrada no clube de nações desenvolvidas?
Impedimento, na realidade, eu não vejo. Nem mesmo as crises externas daqui em diante, por causa da superação das restrições energéticas e de balanço de pagamentos. Na crise atual, o governo Lula deu uma enorme demonstração de clarividência. Teve a intuição que faltou ao resto do mundo e acertou na mosca: de nada adianta acudir o sistema financeiro se não salvar o emprego e o mercado consumidor. O correto para salvar a economia era manter o trabalhador no emprego e consumindo e não entupir o caixa dos bancos.
Qual a perspectiva de crescimento do Brasil?
O desenvolvimento é um processo em que se resolve um problema e se criam dois. A perspectiva de crescimento é muito favorável porque removemos as duas restrições de que falei. O caminho está aberto para que o PIB cresça mais de 5% e próximo de 6%, anualmente, por toda a década, e continuar de forma robusta por 25 ou 30 anos. Sem maiores turbulências. Vejo com enorme otimismo o modo como a presidente Dilma Rousseff organizou o núcleo da sua equipe e, mais ainda, pelas diretrizes enunciadas que demonstram a noção clara das necessidades do Brasil e dos nossos limites. (Correio Braziliense)
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Apesar de ainda não haver projeção de safra determinando qual será o tamanho da área do milho de inverno, o mercado atua incentivando o cultivo. Os índices para entrega da produção na colheita da estação fria estão acima de R$ 24 por saca nas negociações que consideram cotações da BM&FBovespa. "O mercado começa a formar posição, apesar de ainda termos pela frente muitas definições a respeito da própria safra de verão. As expectativas são positivas quanto aos preços. Essa tendência vem se firmando sem muitas variações no último mês", relata o consultor em commodities Stefan Tomkiw, que atua em Porto Alegre e monitora a Região Sul do país.
Paraná - As estimativas do Paraná e de Mato Grosso, que prometem destravar os negócios, só devem ser divulgadas em janeiro. Enquanto o Paraná cogita plantio acima da área de 1,3 milhão de hectares registrada no inverno de 2010, Mato Grosso ainda fala em redução de 9,3%, para 1,8 milhão de hectares. O milho vem se firmando como alternativa de inverno no estado do Centro-Oeste, ganhando área mesmo quando os preços parecem pouco lucrativos. Neste ano, no entanto, as chuvas ameaçam atrasar a colheita da soja e impossibilitar o plantio do cereal em algumas regiões. Dessa forma, o clima deve determinar o tamanho da safra de milho nas próximas semanas, conforme o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Cerca de 80% da última safra, que atingiu 8,4 milhões de toneladas, já teriam sido comercializados.
Milho - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trabalha com possibilidade de redução de 3,1% na produção de milho de segunda safra no país - para 21,2 milhões de toneladas. A colheita do cereal tende a crescer 11% em Mato Grosso e a cair 13,4% no Paraná, depois de um ano de produtividade alta no estado, voltando à casa de 5,7 toneladas por hectare, considera a Conab. (Gazeta do Povo)
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Mais de mil pessoas participaram das seis edições deste ano do Ciclo de Palestras Informação e Análise do Agronegócio, encerrado na última quinta-feira em Carambeí (Campos Gerais). Cerca de 70 pessoas participaram da última edição do evento, realizado pelo Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom). A abertura foi realizada pelo presidente da Batavo, Renato Greidanus. Dick Carlos de Geus, presidente da Associação Paranaense de Turismo, falou sobre os 100 anos a imigração holandesa no Brasil, a serem comemorados em abril de 2011. Em seguida, o diretor da Estação Business School, Judas Tadeu Grassi Mendes, tratou dos desafios da economia e das perspectivas do agronegócio. Além de Carambeí, receberam o ciclo Cascavel, Londrina, Maringá, Castro e Pato Branco. A iniciativa do Núcleo de Agronegócio do GRPCom tem apoio da Organização das Cooperativas (Ocepar) e Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e patrocínio da Boutin Fertilizantes e da cooperativa Batavo. (Gazeta do Povo)
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Os produtores de fora de Cascavel (Oeste) enfrentam dificuldade para reservar hospedagem para a semana do Show Rural Coopavel 2011, que ocorre de 7 a 11 de fevereiro. Os principais hotéis da cidade não possuem mais vagas, fazendo com que os participantes tenham de recorrer à estrutura de municípios como Toledo, Medianeira e inclusive Foz do Iguaçu. Cerca de 370 expositores devem participar do evento, que tem previsão de 160 mil visitas. O Show Rural abre o calendário de feiras agropecuárias do Paraná, que terá ExpoLondrina (Londrina) de 7 a 17 de abril, Expoingá (Maringá) de 5 a 15 de maio e Efapi (Ponta Grossa) de 14 a 18 de setembro, numa lista de mais de 100 eventos já agendados. (Gazeta do Povo)
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O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso - juntamente com o presidente da Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), Miguel Rubens Tranin, assinou nesta terça-feira (21/12) a resolução n° 076/2010-SEMA que prevê a eliminação gradativa da despalha da cana-de-açúcar através da queima controlada em todo o Paraná. De acordo com a nova resolução, os plantadores de cana-de-açúcar - que utilizam a queima controlada como método para a despalha - serão obrigados a eliminar a prática, nas áreas mecanizáveis nos seguintes prazos e percentuais: até 31 de dezembro de 2015 deverá ser eliminada a queima da cana em 20% do total da área mecanizável do plantio; até 31 de dezembro de 2020, a queima da cana deverá ser eliminada em 60% do total da área mecanizável e até 31 de dezembro de 2025, os produtores terão que eliminar 100% da queima em área mecanizável do plantio da cana de açúcar.
Poluição - O secretário do Meio Ambiente, Jorge Augusto Callado Afonso, disse que a medida se deve à preocupação com o aumento da poluição atmosférica, causada pela despalha da cana-de-açúcar, através da queima. "Esta atividade reflete sobre a sociedade, a economia e o meio ambiente. Por isso vimos à necessidade de uma estratégia para controlar e reduzir de forma gradativa e equilibrada a emissão de gases provenientes da queima, preservando e recuperando a qualidade do ar nas regiões onde ocorre o plantio", declara o secretário.
Inclusão social - Segundo ele, os prazos podem ser mais curtos, desde que haja evolução da tecnologia e de outras formas de inclusão social dos trabalhadores que atuam na atividade. São consideradas áreas mecanizáveis plantações em áreas acima de 150 hectares, com declividade igual ou inferior a 12%, além de solos com estruturas que permitam a adoção de técnicas usuais de mecanização da atividade de corte da cana. Já nas áreas não mecanizáveis - plantações em áreas de até 150 hectares - a utilização da queima controlada deverá ser eliminada até 31 de dezembro de 2030, desde que haja tecnologia viável.Controle - Os plantadores de cana deverão apresentar ao Instituto Ambiental do Paraná - 30 dias antes do início da safra - uma planilha contendo o total dos imóveis rurais com áreas cultivadas, o percentual de áreas mecanizáveis e o percentual de áreas não mecanizáveis. A medida servirá para controle dos percentuais relativos as datas de eliminação da queima controlada. Além disso, a resolução prevê que os plantadores de cana-de-açúcar terão que respeitar as Áreas de Preservação Permanente e os percentuais mínimos em áreas de Reserva Legal, dentro dos limites e confrontações de cada imóvel rural das áreas mecanizáveis ou não. O não cumprimento da resolução poderá resultar em sanções penais e administrativas previstas na legislação federal, estadual e municipal. (AEN)
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O Banco Central subiu a sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano de 5% para um valor próximo de 6%, e, ao mesmo tempo, também elevou a sua projeção para 2011 de 4,6% para 4,8%, informou a autoridade monetária nesta quarta-feira (22), por meio do relatório de inflação do quarto trimestre. Já em 2012, a estimativa da autoridade monetária para o IPCA está em 4,5%. Deste modo, apesar de ter subido as previsões frente ao relatório de setembro deste ano, elas ainda mantém uma trajetória de queda ao longo dos próximos anos.
Cenários - O BC utiliza dois cenários para projetar a inflação: o de referência (no qual a taxa de juros é mantida estável em 10,75% ao ano no horizonte de projeção e o câmbio permanece em R$ 1,70 por dólar) e o de mercado - que considera as estimativas dos economistas do mercado para a trajetória de juros e câmbio nos próximos meses.
Cenário de mercado - No chamado "cenário de mercado", que utiliza as projeções dos economistas das instituições financeiras e que, portanto, é considerado mais factível, a projeção do BC para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5%, em setembro, para 5,9% no documento divulgado nesta quarta-feira (22). Para 2011, a projeção subiu de 4,6% para 4,8%. Em 2012, porém, o BC prevê um recuo maior da inflação: para 4,5%.
Cenário de referência - No chamado "cenário de referência", a projeção do Banco Central para o IPCA passou de 5% para 5,9% em 2010, e subiu de 4,6% para 5% em 2011. Para 2012, a expectativa é de inflação, que ainda não havia sido divulgada para o ano fechado, ficou em 4,8%. Este cenário não considera a expectativa dos economistas do mercado financeiro de subida dos juros por parte do BC. O mercado acredita que os juros subirão para 12,25% ao ano até o fim de 2011.
Metas de inflação - No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tem de calibrar a taxa de juros para atingir uma meta pré-determinada com base no IPCA. Quando sobe os juros, julga que a expectativa de inflação está incompatível com a trajetória das metas. Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,50%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Com isso, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Deste modo, a previsão de inflação do BC está bem acima da meta central de 4,5% neste ano, embora ainda esteja dentro do intervalo de tolerância, mas já recua para um valor mais próximo do objetivo central em 2011 e chega mais perto da meta somente em 2012. (Gazeta do Povo)
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Aumento de produtividade com crescimento econômico, responsabilidade social e respeito ao meio ambiente são os resultados de programas promovidos pelo governo federal nos últimos oito anos, período em que o orçamento para a produção rural quase quadruplicou. A aposta em projetos sustentáveis na área da agricultura e pecuária posicionou o Brasil entre os países mais adiantados no alcance das metas firmadas na 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 15), em 2009, visando a minimizar os efeitos nocivos dessas atividades para a natureza.
Embrapa - O programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) é uma das principais ações adotadas na safra atual (1º de julho de 2010 a 30 de junho de 2011) pelo Ministério da Agricultura, para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO²). Além de oferecer financiamento a produtores rurais, o governo promove estudos por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e capacitação profissional para facilitar a difusão de práticas como plantio direto na palha, fixação biológica de nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas e o sistema Integração Lavoura-Pecuária-Florestas (ILPF), que contribuem para a preservação das áreas de produção.
Florestas - O coordenador de Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Derli Dossa, lembra que o ABC é destinado aos produtores rurais de todos os biomas brasileiros e busca, nos próximos dez anos, deixar de emitir 165 milhões de toneladas equivalentes de CO2. "A nova agricultura colocada em prática está voltada para diminuir a quantidade de gases poluentes e tem como consequência um clima menos quente no mundo", afirma. Outras vertentes do programa são a manutenção de florestas comerciais e a recomposição de áreas de preservação ou de reservas florestais, estimulando a redução do desmatamento, sobretudo no bioma Amazônia. A iniciativa complementa as ações do Programa Boi Guardião, lançado em 2009 para monitorar o desmatamento de áreas produtivas na região Norte. Pela regra, apenas o pecuarista que não desmatar para abrir novos pastos no bioma amazônico recebe a Guia de Trânsito Animal Eletrônica (GTA) para comercializar o gado.
Produsa - Além do ABC, recursos do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 são investidos no Programa de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa), que inclui a cultura da palma (dendê) entre os itens financiáveis, quando cultivada em áreas degradadas. E a ação que complementa o ciclo de atividades desenvolvidas para promover uma safra mais verde do país é o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Proflora), direcionado à implantação de florestas e à recomposição das áreas de Reserva Legal e Preservação Permanente. A intenção do governo é aumentar, até 2020, a área de florestas de seis milhões para nove milhões de hectares. Isso permitirá a redução da emissão de oito milhões de toneladas a 10 milhões de toneladas de CO2 (medida que considera todos os gases de efeito estufa), no período de dez anos.
Recursos - Dos R$ 18 bilhões oferecidos como crédito rural no Plano Agrícola e Pecuário desta safra, R$ 2 bilhões são destinados ao programa ABC e R$ 1 bilhão ao Produsa. O produtor vai acessar o crédito do Produsa nas agências do Banco do Brasil. "Ao optar pela adoção de práticas sustentáveis, como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, Produção Orgânica ou Sistema Agropecuário de Produção Integrada, o agricultor poderá obter o crédito a juros de 6,75% ao ano, com a possibilidade de chegar a 5,75%, caso desenvolva essas atividades em áreas degradadas", destaca o secretário de Desenvolvimento e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Márcio Portocarrero. Para o presidente da Embrapa, Pedro Arraes, o ABC consolida as metas negociadas pelo Brasil na COP15, dando oportunidade ao país de ter a agricultura mais verde do mundo. "O Brasil vai vender a âncora verde de sua agricultura. Isso abre negócios, aumenta a renda dos agricultores e melhora as condições ambientais", ressaltou. Para Arraes, a agricultura ambientalmente correta só traz benefícios para a sociedade e para a economia, já que o país poderá estender as exportações para mercados que valorizam a sustentabilidade.
Etapas do ABC
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) - O programa Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) está no foco da chamada "agricultura verde". O sistema combina atividades agrícolas, florestais e pecuárias, promovendo a recuperação de pastagens em degradação. De acordo com o Ministério da Agricultura, a área utilizada nesse sistema pode ser aumentada em quatro milhões de hectares nos próximos dez anos. A previsão é que o volume de toneladas de dióxido de carbono (CO2) diminua entre 18 milhões e 22 milhões no período. Praticada no Brasil há mais de 40 anos, a ILPF consiste no cultivo de uma espécie florestal que possibilita, por dois ou três anos, a adoção de uma cultura de interesse comercial, como soja, milho e feijão. Em seguida, a área é coberta por forrageira (planta para alimentação do gado) associada ao milho ou ao sorgo. Após a colheita dos grãos, o pasto é formado nas "entrelinhas" da floresta cultivada, permitindo a criação de bovinos e sua exploração e até o corte da madeira.
Vantagens - Para o pesquisador Luiz Carlos Balbino, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o sistema pode ser adotado em todas as propriedades rurais, de pequeno a grande porte. Na opinião do pesquisador, a técnica é vantajosa porque maximiza a produção e conserva os recursos naturais. "Isso é obtido por meio da integração das atividades agrícolas, pecuárias e florestais, pela convivência em uma mesma área, a partir da sincronização de suas etapas de produção, que se retroalimentam", destaca. Hoje, a Embrapa, por meio do Departamento de Transferência de Tecnologia, coordena uma rede de pesquisadores de 30 centros da própria instituição, universidades, empresas públicas e privadas, órgãos de assistência técnica e extensão rural, além de organizações não-governamentais, para ordenar as ações do projeto Transferência de Tecnologia para ILPF. Esse projeto propõe o repasse de conhecimentos para a recuperação de pastagens em degradação e de lavouras com problemas de produtividade e sustentabilidade. Estudo realizado no âmbito do projeto estima que cerca de 50 milhões de hectares de pastagens degradadas são consideradas agricultáveis.
Recuperação de pastagens degradadas - Com o incentivo do programa ABC, a meta do governo é ampliar, nos próximos dez anos, a área atual de pastagens recuperadas de 40 milhões de hectares para 55 milhões de hectares. O maior uso da tecnologia vai proporcionar, no período, a redução da emissão de 83 milhões a 104 milhões de toneladas equivalentes dos gases de efeito estufa. "Temos cerca de 200 milhões de hectares para a pecuária. Se aumentarmos em 10% a produtividade nessas áreas, teremos mais 20 milhões de hectares disponíveis para a agricultura", calcula o secretário-executivo do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gerardo Fontelles. A recuperação de terras degradadas é uma técnica que funciona há mais de 20 anos e pode ser aplicada em qualquer bioma brasileiro. É considerada fundamental porque representa a permanência do produtor na atividade e garante a conservação dos ecossistemas. Para o pesquisador da unidade Gado de Corte da Embrapa Ademir Zimmer, o manejo inadequado e a falta de reposição de nutrientes do solo representam grande risco para a pecuária brasileira. "Além disso, a degradação da área impacta o meio ambiente, ocasionando perda de matéria orgânica e, como consequência, a liberação de dióxido de carbono (CO2) e metano", explica. A recuperação de pastagem é feita pela correção do solo com adubação, restabelecendo a produção da forragem, que pode utilizar a mesma espécie ou uma nova cultivar. A necessidade de preparo do solo com uso de máquinas e a dosagem de adubo em camadas mais superficiais ou profundas dependem do estágio de degradação do solo.
Plantio Direto - No uso do plantio direto, estima-se a ampliação da área atual em oito milhões de hectares, de 25 milhões para 33 milhões de hectares, nos próximos dez anos. Esse acréscimo vai permitir a redução da emissão de 16 milhões a 20 milhões de toneladas de CO2 equivalentes. Além de promover o sequestro de dióxido de carbono da atmosfera, o plantio direto é exemplo de agricultura conservacionista, mantendo a qualidade dos recursos naturais, como água e solo. "Preservamos o solo e conseguimos fazer com que praticamente não se fale mais em erosão. A água que sai das lavouras para os rios é limpa, sem lama", enfatiza. O local de plantio também é beneficiado com maior número de nutrientes.
Plantio de Florestas - Outra solução para a questão ambiental está no plantio de florestas comerciais, como eucalipto e pinus. Quanto mais difundido o plantio dessas espécies, mais a fotossíntese sequestra dióxido de carbono (CO2) da atmosfera. A intenção do governo é aumentar a área de florestas, até 2020, de seis milhões de hectares para nove milhões de hectares. Isso permitirá a redução da emissão de oito milhões de toneladas a dez milhões de toneladas de CO2 equivalentes, no período de dez anos. O pesquisador Francisco Bellote, da Embrapa Florestas, ressalta que o Brasil é internacionalmente reconhecido como o maior detentor de tecnologia para esse plantio. "Temos material genético de altíssima qualidade, desenvolvido em quase 50 anos, que garante produtividade e controle da tecnologia", explica. Bellote acredita que a prática é benéfica não só para o meio ambiente - com o balanço nulo dos gases de efeito estufa -, mas também para o bolso do produtor rural. Para ele, o plantio de eucalipto é uma das atividades mais rentáveis do agronegócio, pois supre, por exemplo, as demandas dos setores siderúrgico, com a produção de carvão vegetal, e agrícola, na secagem dos grãos.
Fixação Biológica de Nitrogênio - Apesar de o produtor rural utilizar a adubação mineral para o fornecimento de nitrogênio às culturas agrícolas, esse material costuma ser caro e seu uso inadequado pode produzir impactos ambientais negativos. A técnica de fixação biológica de nitrogênio tem como base o uso de plantas leguminosas, consorciado à cultura comercial, que podem suprir a necessidade de minerais necessários como adubação. As bactérias fixadoras de nitrogênio nas raízes dessas leguminosas também atuam no interior de plantas, como a cana-de-açúcar, cereais e gramíneas forrageiras. Outra alternativa para o agricultor é o uso de adubos verdes antes do cultivo da cana-de-açúcar, no momento da reforma do canavial. A inoculação de bactérias em sementes de leguminosas é uma tecnologia capaz de reduzir consideravelmente a adubação mineral nitrogenada e, em alguns casos, substituí-la, pois o nitrogênio fixado pode alcançar em média 1500 kg/ha, reduzindo o custo de produção. A técnica já é muito difundida entre os produtores de alimentos orgânicos. (Imprensa Mapa)
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A demanda por carne mostra-se aquecida apesar do reajuste generalizado nos preços ao consumidor verificado no último ano. Nos próximos dias, o setor produtivo espera novo aumento, pela proximidade das festas de Natal e Ano Novo. A cadeia prevê que, passada essa empolgação, o consumo ainda será bom o suficiente para justificar incremento na criação de frango, suínos e bovinos no Paraná. Os preços de todos os tipos de carne bovina, suína e de frango subiram no varejo, mostra o Departamento de Economia Rural Rural do Paraná (Deral). O filé mignon foi campeão, com alta de 51,17% na comparação com dezembro de 2009. Entre as carnes bovinas, a que menos subiu foi o acém, que está 20% mais caro. Na carne suína, houve reajustes de 19,62% (lombo sem osso) a 29,25% (paleta com osso). O frango congelado subiu 27,15% e o resfriado 28,31%. A alta generalizada atingiu também outras carnes, como a de carneiro. O pernil de ovino com osso teve aumento de 45,11% no último ano, registra o Deral.
Preços ao produtor - Na outra ponta da cadeia da carne, os preços pagos ao produtor subiram menos. No caso do frango, a cotação praticada no Paraná teve reajuste de 15,69% desde dezembro de 2009. O preço recebido pelo suinocultor aumentou 42,75% no último ano. Já o bovinocultor teve alta de 35,22% no período, como um recado direto da demanda crescente. "Houve ganho real no preço da carne bovina, não foi só inflação. Calculamos ganho real de 43,8% entre setembro de 2009 e setembro deste ano. Esse reajuste permite que o pecuarista se capitalize depois de três anos de preços horríveis", afirma o zootecnista Paulo Rossi Júnior, um dos coordenadores do Laboratório de Pesquisas em Bovinocultura (LapBov) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Reflexos - A alta nos preços foi marcada pelo pico de R$ 106 por arroba de boi gordo, registrada em novembro pelo LapBov. O laboratório pesquisa diariamente negócios concretizados em dez mesorregiões do estado. Na avaliação de Rossi, o índice LapBov deve se estabilizar entre R$ 85 e 90 a arroba em 2011, interrompendo o abate de fêmeas e estimulando investimentos em bezerros. Na carne bovina, os preços aumentaram porque a terminação do gado foi antecipada e faltaram novilhos no final da entressafra, explica o setor. No mercado de suínos e aves, os reajustes devem-se à interferência dos preços da carne vermelha e também ao crescimento do consumo. "Com a migração de consumidores dos grupos D e E para os B e C aumenta a demanda por frango, a carne mais acessível e mais consumida no Brasil. As exportações estão crescendo, mas continuam representando um terço da nossa produção, graças a essa expansão do mercado interno", afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins. (Gazeta do Povo)
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As especulações sobre aperto na oferta mundial de açúcar continuam a elevar as cotações da commodity na bolsa de Nova York. Os papéis com vencimento em maio fecharam ontem a 29,57 centavos de dólar por libra-peso, alta de 38 pontos. De acordo com a Bloomberg, as perspectivas de menor produção do que o esperado atingem a Índia, que está agora em plena moagem, e o Brasil, que se mostra com previsão de baixa produção de cana na próxima safra, que começa em abril de 2011. Segundo levantamento feito pelo ABN Amro Banke pelo VM Groupo suprimento global ficará atrás da demanda em quase 3 milhões de toneladas no ano safra que termina em 30 de setembro do ano que vem. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o cristal fechou em alta de 0,47% a R$ 75,60 a saca de 50 quilos.
Economia americana - Os futuros de algodão bateram limite de alta ontem na bolsa de Nova York, diante da especulação de que a demanda pela pluma vai subir com o fortalecimento da economia americana. Os papéis com entrega em maio tiveram valorização de 400 pontos, fechando com a libra valendo 142,39 centavos de dólar por libra-peso. Conforme informações da Bloomberg, o otimismo de executivos da Mesa Redonda de Negócios, baseada em Washington (EUA), atingiu níveis mais altos em quase cinco anos. O Thomson Reuters/Jefferies CRB Index de 19 matérias-primas avançou para o mais alto nível em mais de dois anos, sobretudo com ganhos em gás natural, gasolina e algodão. No mercado de Itiquira (MT), a arroba da pluma fechou estável valendo R$ 93,8, segundo levantamento do Imea/Famato.
Estiagem à vista - A ameaça que exerce o clima seco sobre as lavouras de soja da Argentina e do Brasil ajudou a valorizar ontem as cotações do grão na bolsa de Chicago, segundo a Bloomberg. Os papéis para março de 2011 fecharam o pregão valendo US$ 13,27 o bushel, valorização de 16,50 centavos de dólar. Na Argentina, pelo menos metade das lavouras de milho e de girassol estava muito seca depois que menos de 0,8 centímetros de chuvas ocorreram no fim de semana, segundo Mike Tannura, presidente da T-Storm Weather, em Chicago. Neste ano, a soja subiu 27% motivada principalmente pela demanda chinesa recorde por grãos americanos. No mercado interno, a saca de 60 quilos fechou estável em R$ 42,50 em Lucas do Rio Verde (MT), segundo levantamento feito pelo Imea/Famato.
Clima preocupa - Os contratos futuros do trigo negociados na bolsa de Chicago e com vencimento em maio fecharam ontem com alta de 12,25 centavos de dólar, a US$ 7,9650 por bushel. De acordo com a agência Dow Jones Newswires, os fundos especulativos negociaram um volume de dois mil contratos. Os analistas de mercado afirmaram que o movimento se deveu a preocupações com a oferta global do cereal. O clima seco nas Planícies americanas - a principal região produtora do país - e as especulações de que a Rússia vai estender a proibição de exportação do cereal alavancaram os preços. A qualidade do trigo da australiano também influenciou a alta, em virtude das reviravoltas no tempo. No mercado doméstico, a saca ficou em R$ 24,26, queda de 1,14%, segundo o Deral. (Valor Econômico)
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A maior parte da renúncia fiscal de até R$ 662 milhões para 2011, provocada pelo pacote de crédito de longo prazo anunciado na última quarta-feira (15/12), virá da mudança na tributação de dívidas do crédito rural e da pessoa física. Apenas essa medida será responsável por uma perda de caixa de R$ 200 milhões a R$ 500 milhões no próximo ano. Como parte do pacote para estimular as operações de crédito de longo prazo e garantir os financiamentos para os investimentos nos próximos anos, o governo mudou a forma de tributação do crédito rural e dos financiamentos a pessoas físicas em atraso. A medida afeta o recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para operações de até R$ 30 mil.
Devolução - Atualmente, os bancos que não recebem dos clientes por mais de um ano podem abater parte do calote nos dois tributos. Quando a dívida é renegociada, no entanto, as instituições financeiras são obrigadas a devolver de uma vez tudo o que foi descontado. Agora, essa devolução ocorrerá com o passar do tempo, à medida que os clientes pagarem as parcelas atrasadas. No fim da operação, quando o cliente quitar o empréstimo, o banco terá reembolsado todo o abatimento. No entanto, nos primeiros anos, haverá prejuízo para o governo.
Arrecadação menor - De acordo com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, o governo federal poderá arrecadar até 40% a menos no primeiro ano da medida. Segundo ele, o impacto fiscal variará de R$ 200 milhões a R$ 500 milhões em 2011. "Tudo vai depender do volume da renegociação. Quanto mais créditos forem recuperados, menor a desoneração", explicou o secretário após o anúncio do pacote. De acordo com o Ministério da Fazenda, a medida deve elevar o índice de recuperação de créditos inadimplentes de pessoas físicas e de produtores rurais. A equipe econômica também espera a redução do spread bancário (diferença entre os juros cobrados dos clientes e os juros usados para captar recursos) cobrado nessas linhas.
Renúncia fiscal - As outras medidas de desoneração trarão renúncia fiscal de R$ 162 milhões no próximo ano. O impacto fiscal ocorrerá porque o governo diminuiu o IRPJ e a CSLL sobre o rendimento de títulos privados de longo prazo, além de reduzir o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o mercado secundário de capitais privados (quando os títulos trocam de mãos sem envolver emissões). O governo também reduziu o IOF cobrado de determinados tipos de fundos estrangeiros que aplicam no país. (Agência Brasil)
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A caderneta de poupança do Sicredi, Poupedi Sicredi, ultrapassou neste mês a marca de R$ 500 milhões em depósitos no Paraná. Deste total, 70% já foram destinados para o crédito rural em 2010 no Estado, conforme modelo de negócio proposto pelo produto financeiro do Sistema de Cooperativas de Crédito. Segundo o gerente de crédito da Central Sicredi PR, Gilson Nogueira Farias, o Poupedi Sicredi tem o objetivo de captar mais recursos para investimento em crédito rural, e o produto financeiro a cada ano consolida uma identidade própria no Paraná. "Cerca de 70% de todo volume captado, R$ 300 milhões, já foram reinvestidos para custeio agrícola das safras 2009/2010 e 2010/2011, nas próprias comunidades que o captaram", declara o gerente. Farias diz ainda que, além do crescimento do volume tomado, o número de associados atendidos cresceu na mesma proporção.
Campanhas - Para o executivo, as campanhas desenvolvidas para consolidação do produto financeiro no Paraná criou uma identidade própria a caderneta de poupança do Sicredi. "Este produto deixou de ser simplesmente poupança e passou a ser o Poupedi Sicredi, um produto com aspecto customizado e com um apelo afetivo, materializado em todas as ações de comunicação por meio dos Poupedis, elementos lúdicos, dotados de expressões, som e movimentos", explica o gerente. As cooperativas de crédito integrantes do Sistema Sicredi, pela natureza do seu negócio, atuam no Estado captando recursos que são reinvestidos em forma de crédito na própria região de atuação que os captou, financiando as atividades de seus associados, tornando o sistema um importante modelo agregador de renda.
Estratégia - Para o presidente da Central Sicredi PR, Manfred Alfonso Dasenbrock, foi definida uma estratégia para trabalhar a natureza do negócio cooperativo como um diferencial de mercado. "Procuramos demonstrar aos associados que, além de investir em um empreendimento sólido e em crescimento, que é a sua própria cooperativa, ele estará contribuindo com o desenvolvimento da própria região," finalizou o presidente.
No Paraná - O Sicredi atua com 25 cooperativas no Paraná, em 264 municípios, com 330 pontos de atendimento, englobando mais de 348 mil associados e mais de R$ 3 bilhões em recursos administrados.Sobre o Sicredi - O Sicredi é um conjunto de 124 cooperativas de crédito, integradas horizontal e verticalmente. A integração horizontal representa a rede de unidades de atendimento (mais de 1.000 unidades de atendimento), distribuídas em 11 Estados* - 877 municípios. No processo de integração vertical, as cooperativas estão organizadas em cinco Cooperativas Centrais, uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo, que controla as empresas específicas que atuam na distribuição de seguros, administração de cartões e de consórcios. Mais informações no site www.sicredi.com.br (Imprensa Sicredi)
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As exportações de frango do Paraná devem fechar 2010 em alta de 6% em comparação ao ano passado. Segundo dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), o Estado já exportou mais de 923 mil toneladas do produto entre janeiro e novembro, o que gerou um faturamento de mais de US$ 1,54 bilhão. Em 2009, as exportações fecharam em 954,7 mil toneladas, e portanto serão ultrapassadas sem dificuldades com o fechamento dos números de dezembro - que devem ficar em torno de 80 mil toneladas - atingindo pouco mais de 1 milhão de toneladas.
Evolução - Desde 2006, a exportação paranaense do produto está em ascenção. Tomando como base os valores em toneladas de 2009, as exportações subiram por volta de 27% - 203,46 mil toneladas a mais de frango que foram direcionadas para diferentes países. ''Com nossa agricultura de primeiro mundo, estamos crescendo no nível chinês. Quase 30% do que produzimos está sendo exportado'', salienta Domingos Martins, presidente do Sindiavipar. No mês passado, a participação paranaense foi de 25,52% em relação a toda a exportação nacional. Das 320,39 mil toneladas exportadas pelo Brasil em novembro, 81,78 mil saíram do Estado. Entretanto, Martins destaca que os preços ainda não estão bons como em 2008. ''Buscamos esse preço que estávamos comercializando antes da crise econômica. Acho que em 4 meses retornaremos àquele patamar'.'
Volume de negócios - Uma das empresas paranaenses que bateu recorde de exportação da ave este ano é o grupo Frangos Canção, de Maringá. Em 2010, eles exportaram por volta de 38 mil toneladas, o que corresponde a 35% de todo o volume produzido pelo grupo. ''A recuperação do mercado pós-crise mundial e nossa busca comercial intensa favoreceram a conquista desse recorde'', avalia Edemir Trevizoli Júnior, gerente de exportações do grupo. O principal destino do produto maringaense é o Oriente Médio, com cerca de 40% de todo o volume de exportações, seguido da Venezuela e África. Em relação aos preços negociados, Trevizoli comenta que os valores não estão dos mais altos, mas continuam melhores comparados aos do ano passado. ''Os custos também elevaram devido a recuperação do preço das commodities no mercado externo''.Metas - Para 2011, o grupo pretende aumentar as exportações, e para isso está realizando pesados investimentos. A empresa está injetando R$ 9 milhões na ampliação de um incubatório, com o objetivo de atender novos mercados. ''Precisamos manter uma balança entre as exportações e as demandas do mercado interno. Manter esse equilíbrio é extremamente importante'', completa o gerente de exportações. Como a empresa de Maringá, a expectativa do Sindiavipar é que o crescimento do ano que vem de toda a cadeia mantenha a mesma proporção de 2010, entre 6% e 10%. ''As empresas estão crescendo estruturalmente e também ampliando para novos mercados no exterior'', finaliza Domingos Martins, presidente do Sindiavipar. (Folha de Londrina)
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