Notícias economia
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O governo deixou de pagar os subsídios ao seguro rural desde setembro de 2010. De lá para cá, acumulou uma dívida de R$ 162,7 milhões com seguradoras e resseguradoras nacionais e internacionais. As empresas cobrem os riscos do produtor, mas precisam receber do governo a subvenção de metade dos prêmios de cada apólice. O Ministério da Agricultura informa ter pago apenas R$ 35 milhões dos R$ 198 milhões contratados no ano passado. Os recursos foram cortados do orçamento do ministério porque essa rubrica não tem "blindagem" contra eventuais contingenciamentos, como ocorre com os recursos da Embrapa e da defesa agropecuária.
Bloqueado - Para piorar o cenário, o orçamento de 2011, estimado em R$ 406 milhões, também foi duramente bloqueado por determinação da presidente Dilma Rousseff. Desse valor, "sobraram" apenas R$ 132 milhões. E esses recursos foram liberados apenas no fim de março, bem depois do auge da demanda por seguro rural. Isso significa um risco para as lavouras de milho safrinha e trigo, sobretudo em Goiás e Mato Grosso do Sul. Se houver um "veranico" anormal neste inverno, os produtores correm "sérios riscos" de ter prejuízos. E, junto com eles, bancos, fornecedores e o próprio governo. No Sul do país, o seguro oficial (Proagro) tem uma cobertura mais ampla, o que diminui um eventual impacto meteorológico.
Análise - O Ministério da Fazenda informa que a questão está sob análise do Tesouro Nacional. O Ministério da Agricultura pressiona o Ministério do Planejamento a "desbloquear" parte do orçamento. Maior operadora do setor, a Aliança do Brasil, subsidiária do Banco do Brasil, tem buscado auxílio direto no governo para receber sua parte. As resseguradoras são as mais afetadas, já que assumem 90% dos riscos das operações. E também são credoras desses 90%.
Demanda - Para 2011, a demanda das empresas ao Ministério da Agricultura era de R$ 528 milhões. Mas o corte de metade do orçamento aprovado para este ano deve reduzir o total disponível para menos de R$ 40 milhões, estimam especialistas na área. "Estamos tentando resolver. O governo pode 'blindar' esses recursos", disse uma fonte graduada do governo. O "calote" oficial em um programa considerado fundamental pelo setor também prejudica a imagem do país como destino de investimentos de gigantes do setor segurador. Foram anos de vaivéns até o desenho do atual programa, criado em 2003.
Descaso - As seguradoras consideram um "sinal trocado" o descaso do governo com o programa de subsídios ao seguro rural. Isso porque o governo aprovou no Congresso um "fundo de catástrofes" para socorrer o setor em ocasiões de sinistros generalizados. Prometeu capitalizar o fundo em R$ 3 bilhões nos próximos anos.
Preocupação - "Isso nos preocupa muito porque pode assustar os projetos dos resseguradores no Brasil e os aportes de nova tecnologia", diz o consultor da francesa Scor Brazil, Frederico Domingues. O seguro precisa de "estabilidade legal e financeira" para garantir segurança aos investimentos. Nos bastidores, fontes das empresas seguradoras informam que "alguns novos projetos" de grandes companhias estavam prontos para aportar no Brasil. Mas algumas delas desistiram dos investimentos por falta de estabilidade no mercado nacional.
Habilitadas - Estão habilitadas a operar no programa as seguradoras Aliança do Brasil, Allianz, Mapfre, Nobre, Porto Seguro e UBF. As resseguradoras autorizadas são Catlin, Everest, Hannover, IRB Brasil, Lloyd's, Münchener, Partner, Scor Brazil, Swiss Re e XL Re. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Os preços mínimos do trigo não serão alterados na safra 2011. A manutenção dos valores foi aprovada na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) e será anunciada oficialmente pelo Ministério da Agricultura nos próximos dias. "Quando fizemos a avaliação de custo variável julgamos conveniente manter os atuais patamares", afirmou uma fonte do ministério à Agência Estado.
Repercussão- A decisão desagradou aos produtores, que reivindicavam ao menos a reposição dos 10% no preço mínimo, referentes à redução feita pelo governo em 2010. De acordo com o engenheiro agrônomo da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Robson Mafioletti, os produtores locais reivindicavam reajuste de 12,7%. Com isso, o preço mínimo do trigo pão tipo 1 passaria de R$ 477/tonelada para R$ 537,50/tonelada (28,62/saca para 32,25/saca). "Desta forma, seria possível praticamente cobrir o custo operacional do trigo, que é R$ 33,21/saca no Paraná", argumenta. O custo operacional inclui sementes, adubo e agrotóxicos, por exemplo. Há vários níveis de preços mínimos, de acordo com a qualidade do cereal. O preço de referência é de US$ 477 por tonelada para o trigo pão tipo 1.
Sinais - Segundo Mafioletti, membros do ministério já indicavam que os valores não seriam alterados. "Já tínhamos alertado o governo sobre os riscos de manter os preços no mesmo patamar e de ficarmos dependentes da importação." O Paraná tem área prevista de trigo de 1,041 milhão de hectares em 2011, 11% menor que a do ciclo passado, conforme dados do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura (Deral/Seab).
Impacto - O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Rui Polidoro Pinto, afirma que a medida terá impacto na safra e deve fazer com que os produtores reduzam o plantio no ciclo 2011/2012. A expectativa inicial é que a área semeada iguale os 767 mil hectares do ano passado. A federação irá solicitar uma audiência com o ministro Wagner Rossi na próxima semana para tratar da questão. "Queríamos a recuperação das perdas. Se sobe o preço lá fora e o custo de produção interno também, que estímulo os produtores terão para plantar?", questiona. No Rio Grande do Sul, o custo operacional é de R$ 32/saca.
Ações jurídicas - No ano passado, os preços foram reduzidos em 10% e anunciados a dois meses da colheita, o que gerou, inclusive, ações jurídicas por parte dos produtores para anular a decisão. Essa foi a primeira vez em que houve uma redução de valores na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) desde sua criação, em 1943. (Com informações da Agência Estado)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
As cooperativas do Paraná devem movimentar mais de R$ 30 bilhões em 2011, segundo estimativa da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). O volume representaria um aumento de 10% em relação ao registrado em 2010, de R$ 28 bilhões. O valor representa cerca de 30% da movimentação econômica do cooperativismo brasileiro no ano passado, segundo a Ocepar. No comparativo com o montante de 2009 - R$ 24,9 bilhões - o setor apresentou um aumento de 12%. O Sistema Ocepar divulgou ontem sua prestação de contas, durante Assembléia Geral Ordinária que reuniu 71 dirigentes cooperativistas do Estado, em Curitiba.
Agropecuária - ''As cooperativas representam 56% de tudo o que produz a agropecuária do Estado'', salienta o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken. Segundo ele, o crescimento registrado em 2010 foi impulsionado pela safra com grande volume de produção e pelos investimentos feitos em agroindústria no Estado. ''As cooperativas investiram R$ 1,1 bilhão em infraestrutura'', informa. De acordo com Ricken, os investimentos também devem ser os responsáveis pelo bom resultado esperado para 2011, ''principalmente no setor de carne e frango'', relata.
Setor - Segundo o levantamento da Ocepar, o Paraná possui 236 cooperativas, de 11 diferentes segmentos da economia. No total, o setor reúne 632 mil cooperados, quantidade 10% maior do que em 2009. Apenas em 2010, 97 mil pessoas aderiram ao cooperativismo. O superintendente da Ocepar afirma que a cadeia de cooperativas do Paraná envolve cerca de 1,5 milhão de pessoas. Em 2010, o setor gerou 5.772 novos empregos.
Outros ramos - Segundo Ricken, apesar do segmento de agropecuária ser o de maior destaque dentre as cooperativas, o aumento no número de cooperados se deve, principalmente, ao crescimento das cooperativas de crédito. ''As cooperativas de crédito são o ramo que mais cresce e mais absorve cooperados'', ressalta.
Números - As exportações feitas pelo setor atingiram US$ 1,64 bilhão em 2010. De acordo com a Ocepar, o cooperativismo paranaense também recolheu R$ 1 bilhão em tributos e distribuiu R$ 662,25 milhões em sobras. Entre 2001 e 2010, o número de cooperativas passou de 193 para 236 e o de associados, de 246 mil para 632 mil. A geração de empregos diretos cresceu de 30.421 para 63.500 e o faturamento expandiu de R$ 7,95 bilhões para R$ 28 bilhões.
Diretoria - O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, foi reconduzido ao cargo durante a Assembleia. A homologação ocorreu logo após a eleição e posse dos membros da nova diretoria da Ocepar para a gestão 2011/2015. (Folha de Londrina)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Ser cliente e dono ao mesmo tempo é uma das vantagens do cooperativismo de crédito elencadas pelo empresário Gustavo Calderaro e Silva, proprietário do Mr. Cuca que há cerca de sete anos é cooperado do Sicoob Norte do Paraná. ''São inúmeros os benefícios desse sistema com relação às instituições financeiras tradicionais'', considera.
Sobras - Enquanto as despesas com taxas de serviço em bancos convencionais não retornam ao cliente, na cooperativa parte delas é compensada por meio da divisão das sobras. ''Dependendo do número de cotas, com o valor distribuído é possível cobrir todas as despesas do ano e ainda resta um excedente'', afirma Calderaro.
.
Maior proximidade - Outra vantagem, segundo ele, é o relacionamento mais próximo com a diretoria, o que facilita o acesso e aprovação aos serviços, como linhas de crédito, por exemplo. ''Além disso, os recursos captados pelo banco ficam na própria cidade para fomentar os negócios locais, o que desenvolve a economia'', pontua. O horário de atendimento estendido é outro diferencial positivo.
Capitalização - Na divisão das sobras realizada pelo Sicoob Norte do Paraná na semana passada, o microempresário Reinaldo Garcia da Silva, do Depósito Maria Cecília - Zona Norte de Londrina, cooperado há 10 meses, recebeu R$ 350, que já investiu na capitalização. ''Com a quantidade excessiva de impostos e contribuições que pagamos atualmente, qualquer dividendo que venha a sobrar já é lucro'', considera. Ele acredita que para esse ano o lucro será maior devido à prospecção geral da cooperativa e também porque pretende investir mais.
Cooperativismo - O conceito de cooperativismo, no qual os serviços são oferecidos em melhores condições para os associados, motivou Marcos Fabian Holzmann, da Teixeira Holzmann, a migrar do serviço bancário convencional para o Sicoob, há dois anos. ''A prática de taxas mais favoráveis e menos impactantes são outro ponto bastante positivo'', diz. Holzmann acredita que, a exemplo da Alemanha e outros países, a tendência é que em alguns anos as cooperativas ocupem grande espaço do setor financeiro. (Folha de Londrina)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O administrador de empresas Jorge Gomes Rosa Filho e o contador Nivaldo Assis Pagliari, servidores estaduais indicados pelo governador Beto Richa para representar o Estado na diretoria do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), assumiram os cargos nesta sexta (01/04), em Curitiba. Pagliari assumiu a Diretoria de Acompanhamento e Recuperação de Créditos e Rosa Filho a diretoria financeira. Eles foram empossados pelo presidente da instituição, Renato de Mello Vianna,em cerimônia com a presença do secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros; e do secretário Especial para Assuntos Estratégicos, Edson Luiz Casagrande.
Contatos - Os novos diretores começaram os trabalhos fazendo contatos para fortalecer e aumentar a atuação do banco. Pela manhã, junto com o presidente do BRDE, reuniram-se com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para conversar sobre novos projetos e ampliação de parcerias entre as instituições.
Codesul - Na segunda-feira (04/04), os diretores paranaenses reúnem-se com os governadores do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), em Porto Alegre, para tratar de assuntos de interesse dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Os novos diretores assumem no ano em que a instituição completa 50 anos. Em todos esses anos de trabalho, o BRDE trouxe mais de R$ 65 bilhões de recursos para a Região Sul. (AEN)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Além dos números do ano passado, a Ocepar também apresentou na AGO a evolução do cooperativismo paranaense na última década. Entre os anos de 2001 e 2010, o número de cooperativas passou de 193 para 236 e o de associados, de 246 mil para 632 mil. A geração de empregos diretos cresceu de 30.421 para 63.500 e o faturamento expandiu de R$ 7,95 bilhões para R$ 28 bilhões. Já as exportações saltaram de US$ 633,8 milhões para US$ 1,64 bilhão, sendo que as cooperativas têm ofertado cerca de 45 produtos para mais de 90 países. Os investimentos do cooperativismo paranaense superaram os R$ 8 bilhões nesse período, aplicados principalmente em agroindústrias e novos serviços aos seus associados. Atualmente, 40% do faturamento do setor é oriundo dos produtos processados ou elaborado. Nos últimos dez anos, o setor registrou aumento de 540 mil para 1,4 milhão de postos de trabalhos gerados, congregando 2,3 milhões de paranaenses.
Indicadores sociais - A preocupação com cidadania, meio ambiente, bem-estar social, saúde e qualidade de vida dos cooperados, funcionários, comunidade, clientes e fornecedores também faz parte da cultura cooperativista. O investimento total com indicadores sociais das cooperativas, somente em 2010, chegou a R$ 3,17 bilhões.
Outros ramos - Na área de saúde, o cooperativismo também apresentou crescimento e atualmente é responsável por mais de um milhão e 350 mil paranaenses. Também houve avanço no ramo crédito, que somou mais de R$ 6 bilhões em ativos e aplicações em financiamentos que superaram R$ 3 bilhões, investimentos superiores a R$ 200 milhões e presença de aproximadamente 17% na concessão de crédito rural no Paraná.
Profissionalização - Segundo o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, o trabalho realizado pelo cooperativismo paranaense está alicerçado na profissionalização constante promovida com apoio do Sescoo/PR que, de 1999 a 2010, executou mais de 25 mil atividades possibilitando o treinamento de 900 mil pessoas, totalizando investimentos no valor de R$ 62 milhões.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) divulgou o Balanço 2010, que dá conta de um volume total de R$ 1,83 bilhões em novas operações de crédito. O Estado do Paraná foi o que obteve a maior participação nas contratações totais do BRDE (47,4%), num total de R$ 867,5 milhões, que devem gerar arrecadação anual adicional de R$ 76,1 milhões em ICMS, com geração de 32 mil empregos, sendo mais de 6 mil diretos.
Demandas de 2011 - Segundo o gerente de operações da Agência do banco de fomento no Paraná, Paulo César Starke Junior, o BRDE está pronto para atender as demandas por crédito em 2011. "A meta é atingir um bilhão de reais este ano em operações no Paraná e Mato Grosso do Sul, estado onde o banco opera desde 2009. Temos linhas como o PSI - Programa de Sustentação do Investimento que está garantida até o final do ano pelo BNDES, com juros fixos de 6,5% ao ano. Além disso, o BRDE vai intensificar as operações de investimentos em agroindústria, armazenagem e infraestrutura, incluindo o corredor de logística para exportação Curitiba-Paranaguá, redes de comércio varejista e energia. Financiar estes projetos é uma das especialidades do BRDE", conclui Paulo César Starke Junior.
Banco público - O BRDE é um banco público de fomento que atua no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A agência do Paraná contabiliza também a atuação do Banco em Mato Grosso do Sul, estado onde o BRDE se instalou em março de 2009. (Assessoria de Imprensa BRDE)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
"Sustentabilidade, ambiente que contagia" é o tema de uma reportagem publicada na edição deste mês da Revista Amanhã, de Porto Alegre, especializada na economia do Sul do país. A matéria relaciona 38 empresas que classifica como "a elite da governança climática" da região, entre as quais está a Cocamar Cooperativa Agroindustrial. A publicação ressalta nas páginas 42 e 43 que as companhias, cada vez mais, adotam critérios socioambientais para selecionar fornecedores e parceiros de negócios, com políticas bem definidas.
Ações - Na cooperativa, diversas ações integram um programa consistente que inclui desde campanhas voltadas para a comunidade, a iniciativas de grande dimensão ambiental. Entre estas, a integração lavoura e pecuária (de que a Cocamar é pioneira na região noroeste do Estado), que incorpora pastagens degradadas ao processo produtivo, recuperando a fertilidade do solo e revitalizando a economia regional. Por sua vez, a introdução do plantio de capim braquiária nos meses de inverno, de forma solteira ou em consórcio com o milho, se soma também à proteção do solo nesse período e, como palhada de cobertura, durante os meses de verão, o que ameniza o impacto das enxurradas e, por outro lado, de estiagens. Tudo isso sem falar da reciclagem de resíduos sólidos e de embalagens cartonadas, do fio socioambiental, da usina de cogeração de energia (cujo combustível é o bagaço de cana) e do premiadíssimo programa Cultivar, em que alunos da APAE e internos da Penitenciária Estadual de Maringá participam da produção de mudas que são destinadas a produtores, para a recomposição de matas ciliares. (Imprensa Cocamar)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
De campo infértil para um dos solos mais valorizados do Brasil. De região pobre e de futuro incerto para a bacia leiteira mais produtiva do país. A transformação dos Campos Gerais, que ajudou a estruturar a agropecuária do Paraná, é o principal motivo de comemoração da festa do centenário da imigração holandesa, que começa amanhã, em Carambeí.
Pioneiros - Os primeiros imigrantes chegaram dois anos antes de 1911 à região, mas foi nesse ano que as famílias começaram a se aglomerar nas terras hoje cercadas de prosperidade. A partir de uma fazenda de 10 mil hectares comprada em pedaços, eles literalmente reconstruíram, na nova pátria, a terra que cultivam desde então, mostram relatos dos descendentes e documentos expostos no Parque Histórico de Carambeí, onde ocorrem as comemorações. "Depois do fracasso da imigração para Irati (1909), onde não se conseguiu estruturar a produção rural e houve muitas mortes e desistências, as famílias holandesas procuraram campos abertos. E vieram para cá.
Primeiras terras - Com um novo grupo de imigrantes, compraram as primeiras terras. Tudo começou do zero, sem qualquer planejamento", relata Dick Carlos de Geus, filho de imigrantes e ex-presidente da cooperativa Batavo. Ele conta que, junto com seus pais, trabalhou na época em que o leite era tirado à mão. Atualmente, a Batavo investe R$ 35 milhões numa usina de beneficiamento de leite em que o produto não terá contato com o ar da ordenha às embalagens.
Produção de leite - A atividade mais tradicional - a produção de leite - começou com vacas mestiças, de baixo rendimento. Só três décadas depois da formação do aglomerado de imigrantes foram trazidas da Holanda, por um novo grupo de famílias, animais da raça holandesa. Desde então, o rebanho vem sendo geneticamente melhorado anualmente. Hoje o índice médio chega a 20 litros de leite por animal, alcançando 40 litros em algumas propriedades - recorde nacional.
Grãos - A produção de grãos, que hoje é a principal fonte de renda dos descendentes holandeses, se expandiu só a partir da década de 1950, quando os produtores começaram a plantar arroz. As áreas foram mecanizadas e a agricultura entrou em crise com a degradação dos solos, na década de 60. Só a partir de 1976, com a adoção do plantio direto na palha - que dispensa o revolvimento e aumenta a fertilidade do solo - a colônia ampliou a produtividade, que hoje beira 10 mil quilos por hectare de milho e 3,5 mil quilos/ha de soja.
Valorização das terras - A 200 quilômetros do Porto de Paranaguá e a 30 quilômetros do polo moageiro de Ponta Grossa, as fazendas se valorizaram a ponto de raramente trocarem de mãos. O preço de um hectare passa de R$ 30 mil, valor comparado ao da região mais fértil do Paraná (Oeste). Os 150 mil hectares que pertencem aos cooperados da Batavo se tornaram intocáveis, pelo cuidado exigido no sistema do plantio direto e pelo valor de cada área.
Recorde - "Levamos 60 anos para ter o melhor rebanho leiteiro do país e um dos mais competitivos do mundo. Neste ano, a produção de grãos deve bater nossos recordes", afirma Gaspar de Geus, vice-presidente da Batavo, que deixa a sede da empresa diariamente para trabalhar nos preparativos da festa do centenário no Parque Histórico. Ele relata que a cooperativa deve faturar R$ 850 milhões neste ano - R$ 170 milhões a mais que em 2010.
Serviço - A festa do centenário da imigração holandesa que inaugura o Parque Histórico de Carambeí começa nesta sexta-feira (01/04) à noite com encontro das lideranças do cooperativismo e palestra com Carlos Alberto Sardenberg. A programação segue até segunda-feira 04/04), incluindo campeonato de dirt jump bike, free style motocross e show com Sérgio Reis. Mais informações: www.parquehistoricodecarambei.com.br. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Um grupo formado por cerca de 40 integrantes, entre dirigentes, técnicos e cooperados da Cocamar, esteve no interior de Goiás, nos dias 24 e 25 de março, onde conheceu o programa de integração lavoura, pecuária e floresta desenvolvido pela Embrapa. No primeiro dia, a delegação participou de um encontro com lideranças e pesquisadores em Caldas Novas e, no segundo, deslocou-se à fazenda Santa Brígida, em Ipameri.
Baixa emissão - Em Caldas Novas, a Embrapa apresentou o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado pelo governo federal, como parte das metas para redução de carbono anunciadas pelo país em Copenhague, no ano de 2009. Na oportunidade, o coordenador de manejo sustentável de sistemas produtivos do Ministério da Agricultura, Elvison Nunes Ramos, detalhou o plano nacional de consolidação de uma economia de baixa emissão de carbono na agricultura. Entre as principais medidas previstas, a redução em 80% do desmatamento ilegal na Amazônia e 40% no Cerrado, a recuperação de pastagens degradadas, o sistema de integração lavoura, pecuária e floresta e a ampliação do plantio direto com qualidade.
Metas - Até 2020, o país prevê recuperar 15 milhões de hectares de pastos degradados, implantar 4 milhões de hectares de integração lavoura, pecuária e floresta, acrescer mais 8 milhões de hectares de plantio direto com qualidade, e fazer a fixação biológica de nitrogênio em 5,5 milhões de hectares. O presidente e o vice-presidente da Cocamar, Luiz Lourenço e José Fernandes Jardim Júnior, acompanharam o grupo do Paraná, Estado que contou com outros representantes, entre eles o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, o presidente do Iapar, Florindo Dalberto, e o presidente da Emater, Rubens Niederheitmann. Alysson Paolinelli, ex-ministro da Agricultura em cuja gestão foi desbravado o cerrado para a introdução do moderno cultivo de grãos, também compareceu. (Imprensa Cocamar)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A Fazenda Santa Brígida, pertencente a Marize Porto Costa, no município de Ipameri, possui 900 hectares, dos quais 600 são mantidos com cultivo de grãos (soja e milho basicamente) e 150 com integração lavoura, pecuária e florestas, sob a coordenação da Embrapa. Na safra que acabou de ser colhida, a média foi de 55 sacas de soja e 150 de milho. Segundo o pesquisador João Kluthcouski, o sistema adotado pela fazenda representou uma quebra de paradigma em relação às demais fazendas na região. Cerca de 80% das pastagens goianas são degradadas. "É inadmissível que essa situação se mantenha, o índice de atraso ainda é muito grande", disse.
Capim - "A braquiária é um santo remédio", afirmou Kluthcouski, afirmando que esse capim melhora a cobertura do solo, garante mais matéria orgânica, há menor evaporação de água e menor demanda por fertilizantes minerais. Nas lavouras de milho da fazenda, a braquiária é plantada junto com feijão guandu, garantindo um alimento de mais qualidade ao rebanho. "A solução da agricultura está nela mesma", disse o pesquisador, ressaltando: "a matéria orgânica é o coração da agricultura".
Eucalipto - Além de faturar mais com a produção de grãos, e de poder explorar a atividade pecuária de forma consorciada, tendo alimento em abundância para isso, o proprietário de uma fazenda que desenvolve a integração pode acrescentar o cultivo de eucalipto, "que é mais uma opção de renda". O eucalipto permite corte já a partir do sexto ano, possibilitando um lucro de R$ 1 mil por hectare, segundo o pesquisador. (Imprensa Cocamar)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Sicredi conta, a partir de agora, com novas formas de pagamento das parcelas em seu Consórcio de Imóveis. Os associados podem escolher se as parcelas do imóvel pretendido, na faixa de crédito de R$ 115 mil a R$ 230 mil, serão pagas em valores constantes, progressivos ou regressivos. "Com as novas opções de pagamento há uma estimativa de aumento de 20% na procura da modalidade", avalia Romeo Balzan, superintendente de Consórcios do Sicredi.
Simulação - Em uma simulação com um imóvel no valor de R$ 115 mil, o valor progressivo para 120 meses seria de R$ 689,89, na primeira, e R$ 1.552,39 na última. Na opção regressiva o cenário se inverte: a primeira parcela partiria de R$ 1.552,39, enquanto a última apareceria no valor de R$ 689,89, conforme demonstrativo abaixo.
Sobre o Sicredi - O Sicredi é um conjunto de 120 cooperativas de crédito, integradas horizontal e verticalmente. A integração horizontal representa a rede de unidades de atendimento (mais de 1.000 unidades de atendimento), distribuídas em 10 Estados* - 881 municípios. No processo de integração vertical, as cooperativas estão organizadas em cinco Cooperativas Centrais, uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo, que controla as empresas específicas que atuam na distribuição de seguros, administração de cartões e de consórcios. Mais informações no site sicredi.com.br. (Banco Cooperativo Sicredi - Porto Alegre/RS)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Foi realizada, na noite desta segunda-feira (28/03), no Centro de Eventos, em Curitiba, a solenidade de posse do novo Conselho Diretor do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) para o biênio 2011/12. Na presidência assumiu Jaime Sunye Neto, tendo como vice-presidente Cássio José Ribas Macedo. Também foram empossados Nelson Luiz Gomes (vice-presidente administrativo); Celso Pasqual (vice-presidente administrativo adjunto); Alexandre Mattar Sobrinho (vice-presidente financeiro); Celso Fabrício de Melo Jr. (vice-presidente financeiro adjunto). Raul Munhoz Neto (vice-presidente técnico) e Henrique Alberto Mehl (vice-presidente técnico adjunto). No Conselho Deliberativo houve a renovação do terço para o período de 2011 a 2013, sendo que os titulares são Omar Sabbag Filho, Nivaldo Almeida Neto, Rui Medeiros e Walfrito Victorino Ávila e o suplente Waldir Pedro Xavier Tavares.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O avanço da colheita da safra de verão 2010/11 no Paraná está revelando ganhos de produtividade nas lavouras de soja e milho. Com isso, o Estado poderá colher 32,2 milhões de toneladas de grãos, o que corresponde a um adicional de 1,3 milhão de toneladas em relação à expectativa de safra do mês passado, que era de uma colheita de 30,9 milhões de toneladas de grãos, entre cereais de verão e de inverno.
Levantamento - O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (25/03) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. De acordo com o diretor do órgão, Otmar Hubner, havia uma preocupação no início da colheita da safra de verão por causa do excesso de chuvas registrado em janeiro e início de fevereiro, mas depois as condições climáticas melhoraram e estão permitindo uma boa colheita.
Tecnologia - Hubner lembrou que, além das boas condições de clima, a eficiência do produtor paranaense na aplicação de tecnologia contribuiu para o bom rendimento das lavouras. O Paraná está colhendo novamente uma safra recorde de soja, em torno de 14,67 milhões de toneladas, um aumento de 730 mil toneladas em relação à expectativa que havia no mês passado, quando se projetava colher 13,94 milhões de toneladas. A produtividade da soja também é superior às anteriores: a média passou de 3.190 quilos por hectare no ano passado para 3.260 quilos por hectare neste ano.
Crescimento - Em relação à safra passada (2009/10), o crescimento da produção de soja no Paraná é de 5%, aponta o levantamento do Deral. No ano passado foram colhidos 13,92 milhões de toneladas do grão.
Milho - O milho da primeira safra é outra lavoura que está revelando bons índices de produtividade. Com isso, a expectativa de colheita cresceu de 5,39 milhões de toneladas no mês passado para 5,71 milhões de toneladas agora, em março. O clima colaborou com o desenvolvimento da lavoura e a produtividade aumentou de 7.568 quilos por hectare no ano passado para 7.714 quilos por hectare este ano.
Safrinha - O milho safrinha, ou da segunda safra, já está com 87% plantado e a projeção do Deral aponta para um crescimento de 50 mil hectares na área ocupada em relação à expectativa anterior. Até o mês passado previa-se plantar 1,57 milhão de hectares de milho safrinha no Paraná e este mês a expectativa é plantar 1,62 milhão de hectares. Os produtores se animaram com a reação nos preços do grão e apostaram no plantio do milho safrinha, disse Hubner. As condições das lavouras estão boas e a previsão é colher 7,09 milhões de toneladas, volume acima da safra principal de milho que é a de verão.
Feijão - O feijão da segunda safra já se encontra quase totalmente plantado e a cultura está ocupando uma área de 178.357 hectares, 7% abaixo da área plantada em igual período do ano passado, que foi 191.137 hectares. Mas a projeção de produção é 8% maior passando de um volume produzido de 294.621 toneladas no ano passado para 318.549 mil toneladas este ano. O Paraná é o maior produtor de feijão do País e produz três safras por ano. No total devem ser produzidos este ano 858.498 toneladas, 8,4% superior às três safras passadas, que somaram 792.010 toneladas. (AEN)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Os produtores rurais vão poder reduzir os gastos no plantio de milho, cana-de-açúcar, arroz e trigo, com o emprego de tecnologia à base de inoculante ─ bactérias que fixam nitrogênio no solo. Esse tipo de produto é empregado com sucesso no cultivo da soja desde a década de 70. A Instrução Normativa Nº 13, publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira (25/03), moderniza o registro desses produtos no Brasil, melhorando as regras existentes para produção, pesquisa e importação.
Fertilizantes nitrogenados - De acordo com o coordenador do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Hideraldo Coelho, os inoculantes diminuem bastante a quantidade de fertilizantes nitrogenados usada na lavoura. "No cultivo de soja, por exemplo, os agricultores chegam a gastar, em média, R$ 15 por hectare. Entre os que não aderem à tecnologia, os custos podem chegar a aproximadamente R$ 700,00 por hectare, calculam os especialistas da área", diz Hideraldo Coelho.
Material biológico - Diferentemente da adubação mineral, os inoculantes têm como base material biológico. Além de mais baratos, os produtos não causam danos ao meio ambiente. "A fixação biológica de nitrogênio pelas plantas leguminosas pode suprir a adubação mineral dependendo da espécie e sistema de cultivo", explica o coordenador.
Novas normas - As novas normas para o registro do material produzido, importado e comercializado em território nacional incluem os micro-organismos aprovados para uso e as orientações para embalagens. "O pedido de registro deverá conter a relação das matérias-primas utilizadas na fabricação e as suas funções, bem como a espécie de micro-organismo utilizado e a qual cultura se destina", informa Coelho.
Saiba mais - Após a fotossíntese, a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) é considerada o mais importante processo biológico fundamental para a vida. A FBN é o processo que captura o nitrogênio presente na atmosfera e o converte em formas que podem ser utilizadas pelas plantas.
Simbiose - Em termos de agricultura, a simbiose entre bactérias fixadoras de nitrogênio (denominadas rizóbios e bradirizóbios) e plantas leguminosas (família à qual pertencem a soja, o feijão e a ervilha) é a mais importante. Após a formação de nódulos nas raízes dessas plantas, a bactéria passa a fixar o nitrogênio atmosférico e a planta o transforma em compostos orgânicos, diminuindo uso de adubos nitrogenados. No Brasil, graças ao processo de FBN, a inoculação substitui totalmente a necessidade do uso de adubos nitrogenados nas lavouras de soja.
Programa ABC - A disseminação desta técnica é uma das ações previstas no Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) do Ministério da Agricultura. O objetivo do programa é promover ações na agropecuária nacional para atingir as metas acordadas na conferência de Copenhague, em 2009. O uso de inoculantes evita a contaminação da água pelo nitrato existente nas fórmulas de adubo nitrogenado e contribui para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. (Mapa)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Os secretários da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, e da Infraestrutura e Logística, Pepe Richa, iniciam nesta sexta-feira (25/03) a primeira reunião da câmara de Infraestrutura do programa Paraná Competitivo, que busca aumentar a competitividade da economia do Paraná nos mercados nacionais e internacionais. O objetivo é diagnosticar e debater soluções para os principais gargalos logísticos e de infraestrutura do Estado. O encontro vai reunir cerca de 30 representantes do poder público estadual, federal e municipal; das federações, associações e sindicatos; do setor privado entre eles concessionárias, empresas de telefonia; usuários e outras entidades ligadas ao tema.
Linha de ação - A câmara de infraestrutura é a terceira linha de ação do Paraná Competitivo. Ao todo são cinco vertentes, a primeira, concluída recentemente, foi a parte fiscal que modernizou e flexibilizou a política fiscal do estado. A câmara de Internacionalização, que foca no aumento da representatividade do Paraná nos mercados internacionais, deve ser concluída em breve com a criação da Agência de Internacionalização do Paraná. Há também mais duas linhas do programa que devem iniciar em breve: a de mão-de-obra para qualificar melhor os trabalhadores e a de desburocratização que vai trabalhar na agilidade dos trâmites legais para as empresas instaladas no Estado.
Serviço - Reunião do Paraná Competitivo de Infraestrutura / Data: sexta-feira (25/03) / Horário: 15h /
Local: Rua Iguaçu, 420 - Secretaria de Infraestrutura e Logística / 5º andar - Sala 18. (Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Os agricultores norte-americanos deram a largada ao plantio da safra 2011/12 e, nas próximas semanas, vão tirar a limpo as divergências entre as projeções de aumento na produção de grãos. Os números mais otimistas, divulgados pelo Departamento de Agricultura (USDA), indicam que o milho está recebendo 1,5 milhão de hectares extras enquanto a soja avança 200 mil hectares nos Estados Unidos.
Realinhamento - Já com base em informações colhidas entre os produtores, o USDA divulga na semana que vem uma bateria de números que promete realinhar o mercado de grãos. Trata-se do primeiro relatório trimestral de plantio de 2011, aguardado com ansiedade pelos traders que operam na Bolsa de Chicago. Essas estimativas são consideradas mais confiáveis do que as projeções do mês passado apresentadas pelo USDA no Agricultural Outlook Forum.
Apostas - As apostas oficiais de fevereiro apontaram para o plantio de 37,2 milhões de hectares de milho e 31,5 milhões de hectares de soja. Os números foram considerados altos por analistas, que agora esperam revisões. No ano passado, segundo o USDA, os produtores norte-americanos plantaram 35,7 milhões de hectares de milho e 31,3 milhões de hectares de soja.
Para baixo - Estimativas divulgadas por consultoria privadas nas últimas semanas confirmam a tendência de uma revisão para baixo, particularmente no milho. A corretora Allendale aposta em, respectivamente, 36,9 milhões e 31,2 milhões de hectares. Para a consultoria Informa Economics serão 37,1 milhões e 30,4 milhões de hectares. Na avaliação da publicação Farm Futures, 36,99 milhões e 31,77 milhões de hectares.
Rotação - Os reportes que chegam do campo, contudo, não indicam uma tendência clara. "Parei de fazer milho sobre milho há três safras. Neste ano, vou manter minha rotação de 50/50", diz um produtor da Dakota do Sul. "Vou cobrir 30% da minha área com milho e 70% com soja", conta outro agricultor do Nebraska. "Vou plantar milho em 70% da minha área", afirma um produtor de Ohio. "Já tomei a minha decisão. Vou de soja em 100% dos meus 730 hectares", revela outro agricultor da mesma região. Essas intenções de plantio vêm sendo contrapostas pelos produtores na internet.
Sul - Enquanto o quadro pauta grupos de discussão, as máquinas percorrem os campos na porção sul do país. O consultor Jack Colmen mostra em fotografias que os agricultores Hank e Byron Kelly aproveitam as chuvas de março para antecipar o plantio do milho em Thornton, Mississipi. Com 5% do cereal no campo até a semana passada, o estado norte-americano espera queda de 15% a 20% na área destinada à soja e ao milho neste ano, devido ao avanço do algodão. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A superação das dificuldades enfrentadas pela agricultura familiar no Paraná depende da unificação das agendas das instituições do governo do Estado, do governo federal, dos municípios e das instituições que representam a iniciativa privada e os movimentos sociais. A mensagem defendendo a união de ações é do secretário da Agricultura e presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Cedraf), Norberto Ortigara, que nesta terça-feira (22/03) presidiu a primeira reunião do conselho.
Composição - O Cedraf é composto por 33 entidades do governo, iniciativa privada e movimentos sociais, e deverá ganhar mais duas representações com a entrada da Câmara Setorial da Juventude Rural e da Cooperativa Central dos Assentados da Reforma Agrária.
Fórum qualificado - Para Ortigara, o Cedraf é o fórum qualificado para discussões que tem como objetivo o avanço da agricultura familiar. Ele salientou que vai conduzir as ações em nome do Estado, o que é responsabilidade do governo, independente das questões partidárias. Assim como Ortigara, 50% dos integrantes do conselho estavam participando da reunião pela primeira vez, em função do processo de renovação do órgão.
Presenças - Participaram da reunião o delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Paraná, Reni Denardi, o presidente da Associação dos Municípios do Paraná e prefeito de São Jorge do Patrocínio, Claudio Palozi, entre outras lideranças.
Assistência técnica - A preocupação dos conselheiros é a manutenção da assistência técnica pública nos municípios. Ortigara lembrou que o governo do Estado autorizou a reposição de quadros da Emater-PR, numa programação de 100 novos técnicos por ano até atingir o limite de funcionários que a legislação permite.
Estratégias - Como representante do governo, Ortigara expôs as estratégias que vão favorecer o desenvolvimento da agricultura familiar e o enfrentamento de suas dificuldades no Paraná. Ele destacou a necessidade de levar uma condição de vida melhor para as famílias do campo, proprietários e trabalhadores rurais. Segundo o secretário, haverá mais atenção aos jovens e idosos no campo, por meio de programas de qualificação técnica e geração de renda para complementação de aposentadorias dos idosos.
Estradas rurais - Na questão da infraestrutura, Ortigara anunciou que a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento vai concentrar esforços na readequação de estradas rurais, que ajudam as propriedades a ganhar competitividade. Assumiu o compromisso de constituir cerca de 60 patrulhas rurais por meio de consórcios municipais que irão atuar na readequação de estradas.
Outras preocupações do governo que deverão ser enfrentadas para melhorar a competitividade da agricultura familiar são o investimento em transporte por ferrovias e em armazenagem. Ortigara admitiu que atualmente o déficit de armazenagem ultrapassa 10 milhões de toneladas e que a intenção do governo é atrair investimentos para ajudar a conservar e proteger a safra e evitar a armazenagem em caminhões. (AEN)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento redefiniu nesta terça-feira (22/03), os procedimentos de vigilância veterinária que serão executados nas áreas de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia. A medida foi publicada no Diário Oficial da União, por meio da Instrução Normativa n° 13. As mudanças estão relacionadas ao reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em fevereiro de 2011, da região de fronteira internacional do estado (antiga Zona de Alta Vigilância - ZAV) como livre de febre aftosa com vacinação.
Unidade - "O serviço veterinário oficial manterá uma unidade veterinária em cada município da região de fronteira com, no mínimo, dois médicos veterinários, além de postos fixos e equipes móveis de fiscalização atuando de forma permanente", informa o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques. A partir de agora, a região será denominada zona livre de febre aftosa, porém continuará contando com atenção especial, para evitar a reintrodução da doença. Os pecuaristas dessa região terão mais agilidade nos processos de comercialização do rebanho e poderão destinar os animais a mercados que exigem procedência de áreas livres da febre aftosa.
Disponíveis - A identificação de todas as propriedades rurais e mapas com os limites da região deverão estar disponíveis nos escritórios de atendimento à comunidade. Além disso, esses locais deverão dispor de adequada estrutura e comunicação. "O serviço veterinário oficial também deverá manter o cadastro georreferenciado de todas as propriedades e a identificação individual de bovinos, búfalos, ovinos e caprinos", acrescenta Marques.
Sistema - O sistema de fiscalização e acompanhamento da vacinação contra a doença continuará efetivo, porém com maior delegação de responsabilidades aos produtores e entidades privadas. O serviço veterinário estadual terá de estabelecer um plano específico de monitoramento que deverá conter, por exemplo, inspeção em propriedades consideradas de maior risco sanitário e fiscalização de trânsito, com definição de procedimentos e metas. O plano será submetido à avaliação da Secretaria de Defesa Agropecuária.
Limites - Os limites da nova zona livre de febre aftosa permanecerão inalterados, abrangendo uma faixa de aproximadamente 15 km de largura, a partir da fronteira internacional em 13 municípios. São eles: Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Japorã, Ladário, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porá, Porto Murtinho e Sete Quedas. (Mapa)