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Paraná e Mato Grosso estão colhendo 1,45 milhão de toneladas de soja a mais do que na safra passada. Líderes nacionais em grãos, os dois estados devem alcançar, respectivamente, 14,57 milhões e 19,53 milhões de toneladas no ciclo 2010/11, avalia a Expedição Safra Gazeta do Povo. Técnicos e jornalistas percorreram a região durante dois meses entrevistando produtores, técnicos, analistas e empresários e concluíram a estimativa na última semana.
Números - Historicamente, as colheitas mato-grossense e paranaense representam 49% da safra nacional de soja. Como o Paraná já colheu 70% e Mato Grosso 80% da área cultivada, os números são considerados sólidos e representativos pela equipe da Expedição e refletem a sensação de alívio experimentada no campo neste momento. As lavouras atravessaram ameaça de seca no plantio e elevado risco de perda por excesso de chuva na colheita, numa das safras mais tensas já registradas. Poucos conseguiram antecipar e escalonar a semeadura, aumentando a exposição ao problema que o clima irregular representa.
Produtividade - Mesmo assim, as plantas cresceram com vigor e, na maior parte dos casos, superam os recordes de produtividade alcançados na temporada passada, elevando os índices gerais. A situação só não é melhor por causa das perdas com grãos ardidos e excesso de umidade. Houve lavouras completamente inundadas, como os 700 hectares de Nelson Bortoli, em Mariópolis (PR). Em áreas de integração lavoura-pecuária, como a de Eduardo Godoi, de Sapezal (MT), a superação vem ocorrendo anualmente, chegando a 3,6 mil quilos por hectare. Nesta safra, o avanço foi de três sacas por hectare, ou 180 quilos.
Novo recorde - A ampliação da área da soja abriu espaço para um novo recorde de produção. "A soja avançou sobre o milho e só não se expandiu onde houve aumento na produção de algodão, em Mato Grosso", observa o agrônomo Robson Mafioletti, assessor técnico-econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) que participa da Expedição desde a primeira edição do projeto, há cinco safras.
Milho - A área de milho recuou aos patamares da década de 70, mostram as estatísticas oficiais. Houve avanço de 2,1% em produtividade nesta colheita e, no fim das contas, a produção encolheu 20,1% no estado. Os produtores estão colhendo em média 7.350 quilos por hectare, mas índices acima de 10 mil quilos tornam-se cada vez mais comuns, constatou a Expedição Safra.
Área - Em Mato Grosso, o cereal ocupou 50 mil hectares, área considerada inexpressiva na safra de verão. Os produtores mato-grossenses adotam o milho como principal opção de cultivo no inverno, com lavoura 36 vezes maior do que na primeira safra. "O clima foi bom para a soja e melhor ainda para o milho. O cereal gosta mais de água do que a oleaginosa. O avanço em produtividade, na média, compensa as perdas", avalia o coordenador da Expedição Safra, Giovani Ferreira, jornalista e técnico agrícola.
Números nacionais - A Expedição Safra Gazeta do Povo fecha nesta semana sua avaliação sobre a safra nacional de soja e milho. Os indicadores serão divulgados na edição do Caminhos do Campo da próxima terça-feira (05/04). As equipes de técnicos e jornalistas viajaram por 12 estados brasileiros e continuam monitorando as principais regiões produtivas do país. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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Mesmo em regiões onde houve registro de perdas, como no Oeste do Paraná, os produtores se mostram animados com a safra 2010/11. Com a colheita da soja concluída há pouco mais de uma semana - com cerca de 10 dias de atraso -, a cooperativa C.Vale, com sede em Palotina, contabilizou queda de 12% na produtividade média neste ano. A baixa, contudo, não tira o sono dos agricultores, que comemoram o encerramento de uma safra que pode não ter sido cheia como a do ciclo anterior, mas que será mais lucrativa.
Rendimento - O potencial era para 3,6 mil quilos de soja por hectare, rendimento similar ao da temporada passada, mas a média apurada ao final da colheita ficou pouco acima dos 3,1 mil quilos/ha. O período seco esperado para a virada do ano não se confirmou, mas a previsão de estiagem foi suficiente para comprometer o resultado da safra.
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População de plantas - Conforme o supervisor do departamento Agronômico da C.Vale, Luis Pedroso, o produtor aumentou a população de plantas. Como a seca não veio, a soja cresceu demais e acamou. "Também houve problema de insolação, com perda de peso, e excesso de chuva, que dificultou os tratos culturais", explica. Mas a safra será mais rentável para o produtor neste ano. Em média, calcula o técnico, os agricultores estão recebendo R$ 10 a mais por saca. A soja, que no ciclo passado foi vendida entre R$ 30 e R$ 32, agora alcança médias de R$ 40 a R$ 42 no Oeste do Paraná.
Vendas antecipadas - Para aproveitar os bons valores oferecidos pelos compradores, os cooperados da C.Vale anteciparam as vendas e, no início de 2011, já tinham um quarto da safra comprometido, contra menos de 5% há um ano. Mesmo na venda antecipada a renda foi maior que a de um ano atrás.
Projeção otimista - Com produção e preço maiores, a Cocamar também projeta resultado positivo para 2011. Agora com estrutura ampliada após fusão com a Corol, a cooperativa espera receber neste ciclo mais de 1 milhão de toneladas, contra 903 mil toneladas na temporada anterior. Na esteira da boa produção, deve ampliar o volume de grãos processados, de 872 mil toneladas para 920 mil. Diante do bom desempenho da oleaginosa no campo e na indústria, a Cocamar espera romper com folga a marca dos R$ 2 bilhões em faturamento, 25% a mais que em 2010 (R$ 1,6 bi). Em 2009, a Cocamar faturou R$ 1,4 bi e a Corol, R$ 600 milhões. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, realiza quatro operações de venda direta de estoques públicos de feijão - primeiro leilão do ano - e milho nesta quarta-feira (30/03). O total chega a 62,2 mil toneladas de grãos. Do total, 37 t referem-se à venda de feijão preto do estado do Paraná. Poderão participar os interessados que estejam devidamente cadastrados na bolsa por meio da qual pretendam realizar a operação e que estejam em situação regular no Sistema de Registro e Controle de Inadimplentes da Conab (Sircoi).
Milho - O montante de milho posto à venda chega a 62,1 mil t, com 41,4 mil t do Mato Grosso, 16,6 mil t de Goiás e 4 mil t do Mato Grosso do Sul. São três operações das quais poderão participar avicultores, suinocultores, bovinocultores (de leite e de corte), cooperativas de criadores de aves, de suínos e de bovinos (de leite e de corte), indústrias de ração para avicultura, suinocultura e bovinocultura, indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho. Este ano, já foram feitos 11 leilões de milho, com a negociação total de 1,8 milhão de t. (Mapa)
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O valor da carne bovina pago ao pecuarista brasileiro vem sendo pressionado pela crise árabe, que estaria reduzindo o ritmo das exportações. A tendência é confirmada pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). A Líbia recebia 350 toneladas de carne do Brasil, semanalmente, mas os embarques foram suspensos. Os exportadores de carne suína, embora não dependam do mercado árabe, também sentem um ritmo menor nas vendas, que vinham melhorando nos últimos meses, segundo Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abiecs). O setor de avicultura ainda avalia o cenário atual, mas as alterações não são significativas. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) retomou o recebimento de pedidos para o PSI (Programa de Sustentação do Investimento). Essa modalidade de financiamento foi prorrogada até dezembro pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e conta com orçamento de R$ 75 bilhões. O programa tem sido acessado por empresas paranaenses de todos os portes. Somente a agência do Paraná contratou, nesta linha de financiamento, R$ 204,9 milhões no ano passado, sendo R$ 75,1 milhões para micro, pequenas e médias empresas.
Posição confortável - O novo orçamento do BNDES para o programa é de R$ 75 bilhões. "Os recursos colocam o banco em posição confortável para atender à demanda do setor produtivo por financiamentos em 2011", comenta Thiago Tosatto, gerente de planejamento da instituição.
Juros - Os juros cobrados para a aquisição de máquinas e equipamentos novos fabricados no País, inclusive agrícolas, passam de 5,5% para 6,5% ao ano para micro, pequenas e médias empresas e produtores rurais e 8,7% ao ano para grande empresa, com faturamento anual acima de R$ 90 milhões. Outro grande atrativo da linha de crédito é o prazo de financiamento, que pode chegar a 10 anos, com até dois anos de carência.
Expansão e modernização - O PSI seria encerrado no fim de março, mas foi estendido para que as empresas acompanhem o crescimento da economia com investimentos em expansão e modernização. Criado em 2009 para conter os efeitos da crise internacional, o PSI também tinha sido prorrogado no ano passado, e se tornou uma das alavancas para incentivar a retomada dos investimentos na indústria e recuperar o setor de bens de capital. Por ser uma medida anticrise, possui atualmente taxas e condições de financiamento mais atrativas que a de outras linhas do banco de fomento. No caso de micro, pequenas e médias empresas, o financiamento pode ser de até 90% do valor do bem. (AEN)
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A Secretaria de Estado da Saúde prepara a campanha de vacinação contra a influenza, que será realizada entre os dias 25 de abril e 13 de maio, sendo 30 de abril o dia de mobilização nacional. Serão imunizados idosos com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde dos estabelecimentos que fazem atendimento direto à população, povos indígenas, crianças na faixa etária de seis meses a menores de dois anos e gestantes, o que representa 1,6 milhão de pessoas no Estado. A meta é vacinar 80% deste público.
Dose única - A vacinação será em dose única, com exceção das crianças, que receberão duas doses da vacina. A primeira será aplicada durante a campanha e a segunda, após 30 dias. A imunização estará disponível em mais de 2,2 mil postos de vacinação nos 399 municípios. Os outros grupos - como crianças de dois a cinco anos de idade, doentes crônicos, adultos saudáveis de 20 a 39 anos que receberam a dose da vacina contra a influenza H1N1 no ano passado - não precisarão se vacinar novamente porque já estão imunes, explica o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
Justificativa técnica - Ele diz que não há justificativa técnica para imunizar toda a população. "O ano de 2010 foi diferente, pois vivíamos uma pandemia de gripe. Além disso, não foram observadas epidemias da doença no hemisfério norte que possam refletir no hemisfério sul neste inverno", explicou.
Contraindicação - A vacinação só é contraindicada para pessoas com histórico de reação anafilática prévia ou alergia severa ao ovo de galinha ou seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina, e também para pessoas que apresentaram reações anafiláticas graves a doses anteriores. No entanto, a Secretaria da Saúde recomenda que as pessoas que estiverem com doenças agudas febris moderadas ou graves devem adiar a vacina até melhorar. O Ministério da Saúde (MS) também recomenda que seja respeitado o intervalo de 48 horas após a aplicação da vacina para coleta de sangue. (AEN)
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O secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, assinou a resolução 0060/2011, que cria o comitê gestor intersetorial para o controle da dengue. "Além das ações desenvolvidas pelo programa estadual, vamos elaborar ainda no primeiro semestre o plano de ação para controle da dengue. Este substituirá o plano emergencial apresentado em janeiro deste ano", explica o coordenador do comitê, Sezifredo Paz, superintendente de Vigilância em Saúde. As reuniões serão realizadas mensalmente, sempre com o intuito de avaliar a situação da doença no Estado.
Representantes - Participam do comitê representantes das secretarias da Saúde, Educação, Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Comunicação Social, da Defesa Civil, da Pastoral da Criança, das Federações das Santas Casas (Femipa), das Unimeds e dos hospitais (Fehospar), dos conselhos regionais de Medicina e de Enfermagem e das Sociedades Paranaenses de Pediatria e de Infectologia. Também fazem parte do comitê a Funasa/PR, a Associação dos Municípios do Paraná e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde.
Ferramenta - O comitê é mais uma ferramenta que a Secretaria da Saúde está adotando para enfrentar a dengue no Paraná. O Estado já liberou mais de R$ 2 milhões para contratação de agentes de endemias, compra de equipamentos, capacitações de agentes, médicos, enfermeiros e farmacêuticos, além da destinação de recursos para contratação de médicos e enfermeiros para os municípios em situação de epidemia.
Capacitação - Nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril, a Secretaria da Saúde realiza em Foz do Iguaçu o treinamento para técnicos de 19 municípios que farão o Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes Aegypti (Liraa) durante o ano. "Ampliamos de 25 para 65 o número de municípios que realizarão este índice anualmente. Isto facilitará o controle dos focos dos mosquitos", explica Paz.
Plano emergencial - Nesta segunda-feira (28/03), o chefe do departamento de Vigilância Ambiental, Silvio Brandt, apresentou o plano emergencial de combate à dengue aos 50 novos agentes contratados pelo município de Colombo (20 agentes de endemias e 30 agentes comunitários de saúde).
Informe semanal - Foram divulgados nesta segunda-feira (28/03) os novos números da dengue no Paraná. Foram notificados 27.918 casos suspeitos e 5.684 casos confirmados. Quatro municípios concentram 76% dos casos. Londrina apresenta 2.534, seguida por Foz do Iguaçu (626), Cornélio Procópio (622) e Jacarezinho (577). No entanto a maior incidência da doença está nos municípios de Jacarezinho (1.475,97 por 100 mil habitantes), Cornélio Procópio (1.321,26/100 mil habitantes) e Jataizinho (969,73/100 mil habitantes). "O governo está disponibilizando para estes municípios insumos, equipamentos e técnicos para as ações de campo e de assistência ao paciente", afirma o superintendente.
Alerta - A Secretaria da Saúde também reforça o alerta para 16 municípios considerados de alto e médio risco de ocorrência de epidemia de dengue. São eles: São Miguel do Iguaçu, Leópolis, Florestópolis, Astorga, Cambé, Assaí, Bela Vista do Paraíso, Medianeira, Maripá, Santa Fé, Marialva, Matelândia, Sarandi, Goioerê, Paiçandu e Cascavel. São municípios que apresentam o índice de infestação predial igual ou superior a 4,0% e ocorrência de casos autóctones, o que caracteriza circulação viral. No entanto, a incidência ainda está abaixo de 300 casos por 100 mil habitantes. "Estes municípios podem evitar a situação de epidemia reforçando as medidas de prevenção, isto é, eliminando os criadouros do mosquito", ressalta Paz. (AEN)
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A Ocepar promove Assembleia Geral Ordinária (AGO), na próxima sexta-feira (1º/04), na sede da entidade, em Curitiba, destinada à prestação de contas referentes ao exercício de 2010. Serão submetidos à apreciação dos dirigentes das cooperativas filiadas, o relatório da diretoria, o balanço patrimonial e a demonstração dos resultados obtidos no ano passado, além do orçamento e do planejamento das atividades para 2011.
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No dia 25 de março, na área II da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), as professoras Nágila El Kadi (da PUC Goiás), Luciana de Oliveira Dias e Telma Ferreira Nascimento (da Universidade Federal de Goiás - UFG) lançaram o livro "Plantar, bordar e colher: mulheres cooperadas, diagnósticos e reflexões". A obra é resultado do projeto "Cooperativas Populares de Mulheres em Goiás: diagnóstico, capacitação e incentivos públicos federais", selecionado em edital de seleção pública pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).
Fortalecimento - O objetivo do edital era selecionar projetos de pesquisa que pudessem aprofundar o conhecimento sobre a temática e contribuir para o fortalecimento das políticas públicas para mulheres e igualdade racial em Goiás. A pesquisa envolveu reflexão teórica e trabalho de campo. Evidenciou a necessidade de avançar a discussão sobre importantes temas que extrapolam os muros da academia e se traduzem nas vivências das pessoas, como gênero, cooperativismo popular, economia solidária, inclusão social e movimentos sociais.
Empreendimentos solidários - O primeiro objetivo do projeto foi diagnosticar os empreendimentos solidários que se caracterizassem com cooperativas populares com a participação significativa de mulheres, procurando traçar o perfil sócio-econômico dos dirigentes, a forma de organização da gestão adotada, a situação de trabalho dos participantes, a situação mercadológica envolvendo produto, comercialização etc. O segundo objetivo foi realizar cursos de treinamentos e capacitação das mulheres cooperadas partindo das demandas apresentadas. O livro foi elaborado a partir de contribuições de pesquisadores, alunos e professores da UFG, PUC Goiás e da Universidade Estadual de Goiás (UEG). O lançamento será no Terraço do Bloco D da área II da PUC Goiás está previsto para começar às 20h. (OCB/GO)
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Mais um grande nome da medicina do país confirmou sua participação no Seminário Nacional Unimed de Medicina Preventiva, promovido pela Central Nacional Unimed, que este ano será realizado nos dias 7 e 8 de abril, no Novotel Jaraguá, em São Paulo. David Uip, professor Livre-docente da USP e Titular do departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do ABC, além de Diretor Técnico do Hospital Emílio Ribas, ministrará a palestra "Antimicrobianos: Passado, Presente e Futuro" no segundo dia de atividades do evento, dia 8, às 9h45.
Outras presenças - O coordenador-geral de Ações Estratégias do Instituto Nacional de Câncer, Claudio Noronha, e o Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Giovani Guido Cerri, também já confirmaram suas presenças. Os dois integrarão a programação técnica do seminário, com as seguintes palestras "Política Nacional e Atenção Oncológica" e "Políticas de Saúde do Estado de São Paulo", respectivamente.
Inscrição - Para participar do evento é preciso fazer inscrição no hotsite de eventos da operadora: www.centralnacionalunimed.com.br/eventos2011 . Não perca tempo, clique aqui e faça agora mesmo a sua, é gratuita às singulares do Sistema Unimed. (Central Nacional Unimed)
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"Jacaré que fica parado vira bolsa de madame". A frase bem humorada que finalizou o discurso do presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, na manhã desta segunda-feira (28/03) na Associação Cocamar, em Maringá, durante a comemoração dos 48 anos da cooperativa em café com funcionários, é emblemática. Resume o atual ritmo de crescimento da organização e a busca constante por novas oportunidades. Lourenço fez um breve histórico de seus 40 anos na cooperativa, onde ingressou no início da década de 1970 no cargo de assistente operacional. "Naquela época, todos os funcionários cabiam numa sala", disse. "Passamos por muitos desafios e, hoje, a Cocamar vive uma situação tranquila e privilegiada, resultado também da dedicação e do profissionalismo de seus colaboradores", acrescentou.
Parabéns - O Coral Cocamar abriu a programação que incluiu o "parabéns a você", com corte de bolo e homenagem a dois integrantes do quadro funcional: Valdemar Roberto Cremoneis, da indústria de óleos, com 30 anos de casa, e Osvaldo Bacon, do setor de graneleiros, que presta serviços há 25. Ainda no evento, representando os cerca de 10 mil associados, a integrante do Conselho de Administração, Olga Agulhon, disse que "o cooperativismo tira a pessoa do individualismo e a projeta para uma vida em sociedade, voltada à cooperação, à prática do bem".
Falinha - Entre os mais de 250 funcionários presentes estava Luiz Carlos, o "Falinha", da Unidade Maringá, admitido em 1977. Embora tenha, durante alguns anos, atuado na antiga Credimar (cooperativa de crédito que deu origem à Sicredi União), "Falinha" lembrou que durante todo esse período nunca ficou fora da Cocamar, uma vez que a Credimar funcionava no interior da própria cooperativa. (Imprensa Cocamar)
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Historicamente, o Brasil é um dos principais importadores de trigo, mas de acordo com o último resultado da Balança Comercial realizado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, houve uma inversão nos números. As exportações do grão de Campo Mourão tiveram um saldo gigantesco e a qualidade do produto é apontada como um dos fatores para o sucesso nas vendas.
Exportação - Apesar de sua tradição como importador, em algumas temporadas, o país exporta parte de sua produção, aquele excedente não apreciado para fabricação de farinha para panificação, setor que responde pela demanda nacional. Outro aliado foi que nesta temporada, os participantes do mercado ainda contaram com um programa do governo - o Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) - que apoia a comercialização e subsidia o frete do produto até os portos. Além disso, os preços internacionais do trigo elevados também têm colaborado com as exportações.
Crescimento - Em janeiro e fevereiro de 2010, o município havia exportado 1.500 toneladas de trigo, o que representava menos de 4% no montante exportado por Campo Mourão. Agora, 12 meses depois, o total vendido para fora do país chegou a 41.650 toneladas, representando quase 86,94% do total de divisas conquistadas para o país. A secretaria avalia ainda a porcentagem de variação de um ano para o outro. No caso do trigo, há apenas um asterisco, explicando que o valor é superior a 999,99%. O número chega a parecer absurdo, mas a diferença entre os anos chega a 2.600%.
Reflexo - O bom resultado no município é reflexo do que vem ocorrendo no restante do Estado. O Paraná está exportando 750 mil toneladas da safra 2010. "Há uma demanda forte pelo produto brasileiro, especialmente devido à quebra da safra russa, e também porque o mercado externo está reconhecendo a qualidade do cereal brasileiro", afirma o gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra. A qualidade do trigo cultivado no Paraná está sendo comprovada por análises laboratoriais realizadas nos lotes que estão sendo embarcados pelas cooperativas paranaenses ao exterior.
Boas características - Pesquisa realizada pela Ocepar evidenciou as boas características do grão cultivado no Paraná. As análises de 135 amostras referentes as 550 mil toneladas de trigo do Paraná vendidas nos últimos leilões de PEP, apresentaram um valor médio de Força de Glúten (W) de 273 e de Falling Number (FN) de 319, o que caracteriza um trigo de excelente qualidade. "É um resultado importante que ajuda a desmistificar os argumentos de que o trigo nacional possui qualidade inferior", acrescenta Turra.
Tecnologia - Ainda de acordo com o gerente, a qualidade do trigo é resultado dos investimentos realizados nos últimos anos em tecnologia para cultivares. No Paraná e no Rio Grande do Sul, por exemplo, os cultivares da classe pão ou melhorador representavam 53% das áreas na safra de 2008. Em 2010, esse percentual aumentou para 79%.
Comercialização alavanca vendas - Outro motivo para as vendas estarem em alta para o mercado externo é a boa remuneração que o produto proporciona em relação ao preço no mercado interno. Para se ter uma ideia, no Paraná, o preço pago ao produtor, em fevereiro de 2010, foi de R$ 24,05 a saca de 60 quilos, sendo que no mesmo período desse ano, o valor passou para R$ 25,25/saca, o que representa um aumento de 5%. Por outro lado, no mercado internacional houve uma variação de 69% no preço de trigo, tomando-se como base a bolsa de Chicago, que é referência mundial de preços das commodities agrícolas.
Cotação - Em fevereiro de 2010, a cotação do trigo em Chicago fechou em US$ 5,20 por bushel, o que equivale a US$ 11,50 por saca de 60 quilos e, no último mês de fevereiro, foi cotado a US$ 8,8 por bushel, o que equivale a US$ 19,40 a saca do cereal. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento, na safra 2009, o Brasil exportou um milhão, cento e setenta mil toneladas de trigo, contra um milhão, quatrocentas e cinquenta mil toneladas da safra 2010, uma variação de 24%.
Vendas - Até o momento foram vendidas 70% das três milhões, quatrocentas mil toneladas da safra passada e os triticultores paranaenses já iniciaram a semeadura do ciclo 2011.
Mercado interno - Com o escoamento da produção de trigo para o mercado interno, ocorreu a elevação de 10% a 19% nos preços do grão no mercado interno. Uma das vantagens em manter o país como exportador é que as vendas internas ganham um competidor fortalecendo preços e intensificando o fluxo da comercialização. Especialistas apontam que a exportação melhora o desempenho dos produtos. (Tribuna do Interior, com informações da Ocepar)
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De acordo com o boletim Agrosafra, publicado nesta segunda-feira (28/03) pela Gerência técnica e econômica da Ocepar (Getec), nos últimos 30 dias as cotações da soja, milho e trigo apresentaram, na bolsa de Chicago - Cbot, variação de +5,0%, +3,0% e -6,0%, respectivamente, em relação ao mês anterior. As cotações médias dos contratos negociados na Cbot, no último pregão, em 25 de março, foram de US$ 13,60/bushel, ou seja, US$ 29,98/saca de 60 kg para a soja; US$ 6,50/bushel, o que equivale a US$ 15,35/saca de 60 kg para o milho e de US$ 8,00/bushel, ou US$ 17,64/saca de 60 kg para o trigo.
Relatório - De acordo com o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti, nesta semana, o mercado mundial de commodities agrícolas aguarda ansiosamente o relatório de intenção de plantio nos Estados Unidos que deverá ser divulgado na próxima quinta-feira (31/03) e que trará números mais confiáveis em relação ao tamanho da área de cultivo da safra 2011/12 pelos norte-americanos.
Números iniciais - "Os números iniciais divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) no Outlook Fórum, no último mês de fevereiro, foram de ampliação de área das oito principais culturas em até 4,05 milhões de hectares, especificamente para o milho, trigo, algodão e soja, com acréscimo de área previsto de 3,9 milhões de hectares. O mercado acredita que estes números não irão se confirmar na prática, dado que será um dos maiores aumentos de área dos últimos 17 anos, desde 1984, e não havia perspectivas de ampliação de área como a prevista para está safra", afirma Mafioletti.
Certo - Ainda de acordo com ele, o que parece certo é o aumento significativo da área cultivada de algodão, milho e trigo. "Já em relação à cultura da soja, há números divergentes no mercado desde aumento de 250 mil hectares até redução de um milhão de hectares. Enfim, vamos aguardar até a próxima quinta-feira (31/03) para ver se os números do relatório confirmam a ampliação de área para a safra 2011/12, cujo cultivo se intensifica a partir de meados de abril", completa ele.
Soja - No último pregão na Bolsa de Chicago, na sexta-feira (25/03), o preço médio da soja aumentou cerca de +0,12 US$/saca de 60 kg.
Quadro 01 - Cotações da soja na CBOT - Chicago Board of Trade em 25 de março (fechamento)
SOJA
25 de março
Cotações
(cents US$/bushel)Cotações
(US$/saca)Variação - dia ant.
(cents US$/bu)Variação
(US$/Sc)mai/11
1358,25
29,94
3,75
0,08
jul/11
1368,50
30,16
4,00
0,09
ago/11
1367,00
30,13
4,50
0,10
set/11
1358,25
29,94
5,50
0,12
nov/11
1350,25
29,76
6,75
0,15
jan/12
1355,00
29,86
7,00
0,15
Fonte: Cbot, www.cbot.com Elaboração: Ocepar/Getec - março/11 - 1 bushel de soja = 27,216 kg.
Milho - As cotações dos contratos futuros do milho recuaram cerca de -0,26 US$/saca de 60 kg.
Quadro 02 - Cotações do milho na CBOT - Chicago Board of Trade em 25 de março (fechamento)
MILHO
25 de março
Cotações
(cents US$/bushel)Cotações
(US$/saca)Variação - dia ant.
(cents US$/bu)Variação
(US$/Sc)mai/11
689,50
16,29
-13,00
-0,31
jul/11
695,50
16,43
-12,50
-0,30
set/11
644,75
15,23
-13,75
-0,32
dez/11
609,50
14,40
-9,25
-0,22
mar/12
617,75
14,59
-9,25
-0,22
mai/12
625,00
14,76
-8,00
-0,19
Fonte: Cbot, www.cbot.com Elaboração: Ocepar/Getec - março/11 - 1 bushel de milho = 25,400 kg.
Trigo - As cotações dos contratos futuros do trigo recuaram cerca de -0,13 US$/saca de 60 kg.
Quadro 03 - Cotações do trigo na CBOT - Chicago Board of Trade em 25 de março (fechamento)
TRIGO
25 de março
Cotações
(cents US$/bushel)Cotações
(US$/saca)Variação - dia ant.
(cents US$/bu)Variação
(US$/Sc)mai/11
733,25
16,16
-6,25
-0,14
jul/11
768,75
16,94
-6,00
-0,13
set/11
806,50
17,78
-6,00
-0,13
dez/11
833,50
18,37
-6,50
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mar/12
852,00
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Fonte: Cbot, www.cbot.com Elaboração: Ocepar/Getec - março/11 - 1 bushel de trigo = 27,216 kg.
Paraná - Os preços médios recebidos pelos produtores paranaenses na sexta-feira (25/03), levantados pela Seab/Deral, foram de R$ 43,80/saca de 60 kg para a soja; de R$ 23,30/saca de 60 kg para o milho e de 26,40/saca de 60 kg para o trigo, com os aumentos dos preços para milho e soja e estabilização para o trigo.
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Com o foco na solução imediata de problemas na logística e infraestrutura, o Governo do Estado iniciou nesta sexta-feira (25/03) as atividades da Câmara de Infraestrutura do programa Paraná Competitivo, que busca aumentar a atração de investimentos empresariais no Estado em relação a mercados nacionais e internacionais. De acordo com o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, a câmara tem o objetivo de buscar soluções de curto prazo para diversos problemas causados pela falta de eficiência em alguns setores da infraestrutura paranaense. "Os investidores não esperam a execução de grandes obras para decidir para onde vai o empreendimento. Temos que trabalhar em conjunto, otimizando esforços para tornar o Estado eficiente com a infraestrutura que temos", afirmou.
Empreendimentos - Hoje cerca de 60 grupos empresariais estão analisando o Paraná como possível destino dos investimentos. "Temos a obrigação de criar um bom ambiente para atrair o máximo desses empreendimentos", acrescentou Ricardo Barros. O secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, afirmou que o Governo possui o levantamento das obras necessárias em todos os modais de transporte e trabalha na busca de recursos federais e estaduais para a execução das obras. "Mas enquanto essas obras não saem no papel é essencial trabalharmos para aumentar a eficiência da infraestrutura existente no Paraná", salientou.
Representantes - O encontro reuniu mais de 40 representantes dos poderes públicos estadual, federal e municipal; de federações, associações e sindicatos; do setor privado - entre eles concessionárias de pedágio, empresas de telefonia; usuários e outras entidades ligadas ao tema. Entre os assuntos discutidos estão as filas no Porto de Paranaguá, os problemas de excesso de peso, a falta de união e comunicação entre órgãos, problemas aduaneiros, licenças ambientais, entraves nos aeroportos e portos e dificuldade no transporte ferroviário.
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Debate - "Iniciamos um bom debate. Agora vamos aprofundar e detalhar os temas nos próximos encontros para buscarmos soluções inteligentes que corrijam em curto prazo diversos problemas e entraves que encarem o custo do setor produtivo paranaense e tornam o estado menos competitivo no âmbito nacional e internacional", destacou Ricardo Barros. Também participaram da reunião o secretário de Meio Ambiente, Jonel Iurk, o deputado estadual Professor Lemos.
Paraná Competitivo - A Câmara de Infraestrutura é a terceira linha de ação do programa Paraná Competitivo. Ao todo são cinco vertentes, a primeira, concluída recentemente, foi a parte fiscal que modernizou e flexibilizou a política fiscal para atração de ampliação de investimentos empresariais no Estrado. A Câmara de Internacionalização, que foca no aumento da representatividade do Paraná nos mercados internacionais, deve ser concluída em breve com a criação da Agência de Internacionalização do Paraná.
Novas linhas - Há também mais duas linhas do programa que devem iniciar em breve: a de Mão-de-obra, para qualificar melhor os trabalhadores, e a de Desburocratização, que vai trabalhar na agilidade dos trâmites legais para as empresas instaladas no Estado. (Assessoria de Imprensa da Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul)
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O Diário Oficial da União (DOU) publicou nesta sexta-feira (25/03), estudo de risco climático do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento relativo à cultura de cana-de-açúcar para o Distrito Federal e 22 estados. São eles: Alagoas, Pernambuco, Mato Grosso, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Maranhão.
Temperaturas altas - Temperaturas altas, entre 30ºC e 34ºC, favorecem o desenvolvimento da cana, o que é um dos elementos climáticos mais importantes na produção. Em temperaturas acima de 35ºC, assim como abaixo de 25ºC, há redução considerável do crescimento. Em áreas onde ocorrem geadas frequentes, o cultivo da espécie é considerado economicamente inviável. No período de maturação, a estação seca favorece o acúmulo de sacarose (açúcar) no colmo, ou caule, e facilita o manejo e a colheita.
Açúcar e etanol - O cultivo da cana-de-açúcar no Brasil é destinado, em sua maior parte, à produção de açúcar e de etanol. Em menor escala, é voltado para outras finalidades, como a alimentação animal e a fabricação de aguardente. A indicação dos municípios aptos ao cultivo em novas áreas, destinadas à produção de etanol e açúcar, observa o disposto no zoneamento agroecológico, aprovado pelo Decreto Nº 6.961, de 17 de setembro de 2009. Confira as portarias nº 90, 91, 93 (continuação) publicadas na edição desta sexta-feira (25/03) do DOU. (Mapa)
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Nesta terça-feira (29/03), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) colocará à venda 6 mil toneladas de café. Comercializados em quantidades variadas, os grãos são provenientes de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Paraná. Poderão participar do leilão os interessados que estejam cadastrados na bolsa por meio da qual pretendam realizar a operação e que estejam em situação regular no Sistema de Registro e Controle de Inadimplentes da Conab (Sircoi). Este ano, a empresa já realizou quatro leilões de venda direta de estoques públicos. Esses leilões negociaram mais de 205 sacas, o que dá um total de 12,3 mil toneladas de grãos.
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Criado há exatamente 20 anos, o Mercosul completa aniversário hoje sem ter se recuperado das crises econômicas do fim dos anos 1990. Após uma primeira década de aumento do comércio entre os países do bloco, os últimos dez anos foram marcados por uma perda relativa da importância de Paraguai, Argentina e Uruguai para a economia brasileira. Entre 2000 a 2010, a participação das vendas aos três países vizinhos passou de 14,4% para 11,9% em relação a tudo que foi exportado pelo Brasil. Nas importações, a queda foi mais acentuada, com recuo de 13,96% para 9,15%.
Responsáveis - A falta de compromisso com as regras estabelecidas nos acordos, a história econômica de proteção da indústria nacional e a falta de interesse político e de planejamento podem ser apontadas como responsáveis pela desimportância do bloco aos seus 20 anos, segundo especialistas. Quando foi estabelecido, o Mercosul, como o próprio nome indica, trazia a ideia da criação de um mercado comum - estágio de integração regional caracterizado por tarifas de importação e exportação extrabloco iguais para todos os membros, a chamada Tarifa Externa Comum (TEC) - e livre circulação de pessoas. Hoje, o bloco nem sequer chegou à etapa anterior: a união aduaneira, marcada apenas pela aplicação da TEC.
Taxas - Estudioso do problema da tarifa comum, o economista Honório Kume, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), diz que a divergência em relação às taxas aplicadas no comércio de produtos no bloco é, hoje, o principal entrave para o sucesso do Mercosul. Atualmente, Argentina e Brasil têm direito a alterar a TEC de 100 produtos; o Uruguai, de 225; e o Paraguai, de 649. "O caso mais controverso foi em 2001, quando a Argentina, em meio à crise, decidiu zerar as tarifas de importação de bens de capital [máquinas e equipamentos] para todos os países. Como para o Brasil já valia essa tarifa, o exportador brasileiro acabou perdendo, porque passou a competir com o resto do mundo. E a medida argentina também foi implementada logo depois por Uruguai e Paraguai", afirma Kume.
Cadeia produtiva - A questão da TEC está ligada a um problema central do Mercosul, e que inclusive motivou a criação do bloco: a assimetria entre os membros. No caso da TEC, os países têm interesse de incentivar o investimento das empresas - com a compra de bens de capital, o que gera aumento da produção e da exportação -, mas sem aniquilar os produtores locais de máquinas e equipamentos. Com tarifa zero, dizem esses produtores, em pouco tempo eles seriam extintos do mercado, porque não conseguiriam competir com o preço de máquinas e equipamentos estrangeiros. Como praticamente apenas o Brasil é um fabricante de bens de capital no Mercosul, o consenso sobre qual deve ser a tarifa é difícil de ser atingido.
Balança comercial - O descompasso na balança comercial entre o Brasil e os demais acabaram gerando críticas aos governos. A presidente argentina, Cristina Kirchner, por exemplo, ampliou as barreiras à entrada de produtos brasileiros. Máquinas agrícolas, inclusive as fabricadas no Paraná, na unidade da Case New Holland, não são vendidas à Argentina desde janeiro.
Produção integrada - Um estudo feito pelo economista Renato Baumann, ex-diretor da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e atualmente membro do Ipea, mostrou a diferença das integrações regionais de América Latina e Ásia. Segundo ele, o fator que melhor explica por que uma integração funcionou e outra não é o que os economistas chamam de "complementaridade produtiva". Por exemplo: se, por algum motivo, cresce a demanda chinesa, Pequim passa a importar máquinas e equipamentos de Vietnã e Camboja. Esses países, com mais receita das exportações, compram mais produtos finais chineses, criando um circulo virtuoso que se autoalimenta. No caso do Mercosul, um aumento da demanda brasileira não significa que, no fim do processo, o Brasil também venderá mais produtos finais aos países vizinhos. Para os países menores, como Paraguai e Uruguai, a receita com a exportação de matéria-prima é depois gasta na compra de produtos de outros países, de fora do Mercosul. "No Mercosul, os países ricos exportam produtos industrializados e os menores, matéria prima. É uma política pouco sustentável no longo prazo", diz o economista.
Avanços - Apesar dos problemas, no ano passado o bloco estabeleceu um cronograma para o fim da bitrubutação - até hoje, uma mercadoria que entra por um país e circula por outro precisa pagar os impostos nas duas fronteiras. Com o acordo, que será feito em três fases, entre 2012 e 2019, todos os produtos poderão circular livremente pelos Estados. Ouro avanço, de acordo com Baumann, é a integração cultural de políticos e empresários dos quatro países. "Para bem ou para mal, eles passaram a se conhecer melhor. Houve avanços significativos de iniciativas na área social", diz.
Montevidéu: País terá 37 representantes no Parlasul - Desde janeiro sem representantes no Parlamento do Mercosul (Parlasul), o Brasil preencherá as 37 vagas a que tem direito com deputados federais e senadores com mandatos. Até a última semana, o país vinha tentando emplacar um projeto que reservava as cadeiras do Parlasul para ex-congressistas, mas a proposta não passou no Senado. O Congresso tem até setembro deste ano para definir se haverá ou não eleição direta para o Parlasul a partir de 2011. Os representantes no Mercosul trabalham em Montevidéu, capital do Uruguai. (Gazeta do Povo)
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O G-20, que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes do mundo, começou a examinar propostas concretas para estimular o aumento da produção agrícola em países em desenvolvimento em uma tentativa de evitar novas crises de oferta e de preços. O objetivo é anunciar as medidas no encontro de ministros do grupo, que será realizada de 22 e 23 de junho, em Paris.
Negociações - Nas negociações entre vice-ministros da Agricultura, que aconteceram na semana passada na capital francesa, a realidade mostrou-se mais difícil do que acreditava o ministro da Agricultura da França, Bruno Le Maire, que sustentava que o G-20 estava próximo de um acordo para limitar a volatilidade nos mercados de matérias-primas agrícolas no sentido de evitar que uma explosão de preços de alimentos provocasse tensões geopolíticas.
Produção e expansão do comércio - Vários países, entre os quais o Brasil, defendem que para limitar a volatilidade é preciso produzir mais e expandir o comércio. Um exemplo é o arroz, um dos alimentos básicos mais consumidos e pouco comercializados no mercado internacional. Diante da relação entre comércio e consumo, mesmo pequenas intervenções de governos podem gerar grandes oscilações nos preços internacionais.
Críticas - Sobre essa flutuação de preços de commodities, organizações internacionais apresentaram um estudo no qual tecem críticas pesadas a governos que usam estoques para intervirem nos preços. Também diante da reação de exportadores como Brasil, Argentina e EUA, a França passou a considerar o uso de reservas emergenciais para atender somente países pobres realmente em situação de insegurança alimentar.
Novo estudo - O G-20 pediu à FAO - braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação - e a outras organizações um novo estudo de viabilidade centrado em reservas emergenciais e abrangendo custos, governança e compatibilidade com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Apoio - Em Paris, a discussão dos vice-ministros examinou duas formas de apoio a países mais pobres para o desenvolvimento de sua agricultura no longo prazo: uma delas é o incentivo a uma plataforma de desenvolvimento da agricultura tropical muito baseada na experiência brasileira de cooperação da estatal Embrapa na África. A delegação brasileira, chefiada pelo Itamaraty, fez uma apresentação sobre essa experiência. A FAO vai capitanear um esforço de fazer algo do gênero, só que mais amplo.
Pequenos agricultores - A outra forma prevê estímulos à compra da produção de pequenos agricultores para merenda escolar e outras atividades sociais e também baseada no caso brasileiro. O Programa Alimentar Mundial (PAM) tem uma experiência piloto e quer expandi-la.
Países em desenvolvimento - O financiamento para a agricultura dos países em desenvolvimento também terá mais apoio. Bancos multilaterais abandonaram a agricultura e demitiram especialistas no setor nos últimos anos, mas agora, diante do contexto, esse tipo de ação começa a ser retomada.
Pesquisa - Exemplo disso é a sugestão francesa de expansão de uma cooperação para pesquisas com trigo, com a troca de genoma, por exemplo. Paris propôs uma conferência em setembro entre as entidades agrícolas do G-20, como a Embrapa. Há entendimento para que o grupo trabalhe na troca de informações e na maior transparência dos mercados agrícolas A França propõe o lançamento de uma base de dados batizada Jadi (Joint Agriculture Data Initiative), reunindo dados confiáveis e atualizados sobre produção, estoques públicos e privados, demanda e exportações dos países membros.
Informação - Para conferir "clareza" aos preços agrícolas, uma parte da iniciativa visa harmonizar informações, enquanto outra envolve a divulgação desse dados. Hoje, a FAO publica informações com dois meses de atraso, em parte pela demora dos países em repassar suas estatísticas. A China é reticente nessa seara, porque julga que informações sobre estoques de alimentos são tema de segurança nacional. Já no Brasil, os dados são públicos.
Regulação - Sobre um acordo para regular as transações financeiras nos mercados de matérias-primas, a França admite que está difícil no âmbito do G-20. Enquanto isso, o Banco Barclays, de Londres, estima que os ativos sob gestão em commodities somaram US$ 376 bilhões ao fim de janeiro, US$ 3,9 bilhões a mais do que no fim do ano passado.
Ministério de Finanças - Essa regulação será mais tratada pelos ministros de Finanças. Mas o Brasil considera estar numa situação confortável. Sua regulação prevê a transparência completa nos mercados de balcão e nas bolsas, e limita operações. No G-20, confrontos podem ocorrer mais entre os próprios europeus, porque os EUA também já se anteciparam para reduzir a especulação nos mercados futuros de matérias-primas.
Conclusão definitiva - Em relação à polêmica envolvendo a concorrência entre biocombustíveis e alimentos por matéria-primas agrícolas, organizações internacionais disseram no G-20 que ainda não têm elementos para uma conclusão definitiva. O Banco Mundial vê impacto pequeno sobre os preços, mas a analise será aprofundada. (Valor Econômico com Reuters)
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A Organização Mundial do Comércio (OMC) confirmou na sexta-feira (25/03) a vitória do Brasil contra os Estados Unidos no contencioso do suco de laranja. De acordo com o relatório final do painel, as medidas antidumping aplicadas pelos americanos sobre os produtos brasileiros foram consideradas ilegais. "Como já indicado em ocasiões anteriores, o Brasil recebeu com satisfação as determinações do painel, que acolheu as principais teses brasileiras", afirmou o Itamaraty por meio de nota.
Zeramento - Para a OMC, o uso do chamado "zeroing" ou zeramento para calcular os preços de referência do suco vendido pelo Brasil não está de acordo com as normas internacionais e, portanto, é "injusto". Esse método de cálculo utilizado pelos Estados Unidos ignora algumas transações comerciais, justamente as de preços mais elevados, que se fossem consideradas resultariam em sobretaxas menores de dumping.
Cumprimento - A nota do Itamararty ainda acrescenta que o governo brasileiro espera que os Estados Unidos cumpram a decisão do painel no menor prazo possível, além de abandonarem definitivamente essa metodologia de cálculo. Segundo o Itamaraty, Canadá, União Europeia, Japão, Equador, Tailândia, México, Coreia do Sul, Vietnã e China também já questionaram na OMC essa metodologia, "o que demonstra o interesse sistêmico e o impacto comercial que a medida ilegal norte-americana vem ocasionando". (Agência Estado)
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A União Europeia anunciou na sexta-feira (25/03) medidas preventivas para assegurar o abastecimento de açúcar em seus 27 países-membros em 2012. O pacote abre uma cota de importação de 400 mil toneladas, a partir de janeiro, destinadas ao setor industrial, basicamente para o segmento químico. Além disso, a UE, que tem autorização da OMC para exportar 1,3 milhão de toneladas, decidiu dar o sinal verde para apenas 650 mil toneladas de açúcar e outras 50 mil de isoglucose.
Ano fiscal - Essas medidas serão adotadas no ano fiscal que começa em outubro e ilustram a preocupação europeia com o abastecimento diante do aperto no mercado mundial da commoditity. "Com essas medias, os operadores receberam um forte sinal de que é atrativo produzir açúcar", afirmou a UE em comunicado.
Preços altos - Bruxelas nota que, no atual "marketing year", os preços mundiais de açúcar bruto e refinado atingiram níveis excepcionalmente altos, afetando o mercado europeu. Essa situação levou a UE a adotar "medidas excepcionais" para garantir o abastecimento também este ano, entre elas a abertura de uma cota de 300 mil toneladas livre de tarifas.
Mercado interno - O bloco também liberou a venda no mercado interno de 500 mil toneladas do açúcar "fora da cota" - ou seja, a produção que excedeu os limites nacionais autorizados. Normalmente, esse excedente só podia ser exportado ou destinado a fins não alimentares, como produção de etanol ou uso na indústria química. No começo do ano, Bruxelas suspendeu a taxa de € 500 por tonelada sobre o açúcar fora da cota que poderá ser vendido para fins alimentares.
Atenuante - Esse suprimento adicional de 800 mil toneladas chegará ao mercado europeu nos próximos meses para atenuar as pressões altistas sobre o preço. Dependendo da situação, a UE diz que está pronta a considerar "medidas adicionais, incluindo o aumento da cota de importação". Em 2009/10, a UE importou de 2,5 milhões e 3 milhões de toneladas. O volume crescerá em 2011 e 2012.
Efeito - O Comitê Europeu de Fabricantes de Açúcar (Cefs) acredita que as medidas terão pouco efeito, porque se há escassez de produto no mercado internacional, dificilmente os europeus poderão importar mais para atender suas necessidades. A entidade reitera que, no começo do ano, quando a UE sinalizou que facilitaria as importações, os preços internacionais subiram. Teoricamente, o Brasil deveria ser beneficiado pela necessidade europeia, se tivesse mais açúcar para vender. De qualquer forma, se os preços subirem, o país tende a ser favorecido. (Valor Econômico)