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AGROINDUSTRIALIZAÇÃO III: Estratégia é diversificar

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A industrialização de produtos primários como a soja e o milho costuma predominar quando se fala em agregar valor às matérias-primas da agricultura paranaense. Mas o atual momento de apostas na agroindústria tem sido marcado também pela diversificação. Segmentos como papel, madeira, lácteos e sucos cada vez mais são contemplados com os investimentos, das cooperativas e empresas convencionais, oriundos das linhas de financiamento.

 

Moagem de trigo - O gerente de operações do Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) no Paraná, Paulo César Starke Júnior, cita como exemplo a procura por financiamentos para moagem de trigo. Só em 2010, dos R$ 216,5 milhões que o banco desembolsou à agroindústria de alimentos no estado, R$ 55 milhões foram destinados a investimentos na moagem do cereal, assinala.

 

Leite - No segmento do leite, o caso mais recente é o da nova unidade da Batavo Cooperativa Agroindustrial, em Ponta Grossa. Inaugurada em setembro, a fábrica produz leite concentrado para indústrias parceiras. Dos R$ 60 milhões investidos pela cooperativa, 60%, ou R$ 36 milhões, saíram de crédito do BRDE.

 

Aves de corte - Para o Norte Pioneiro, o banco financiará R$ 10,8 milhões a produtores de aves de corte, fornecedores da BR Frango Alimentos. “E nos últimos três anos financiamos ainda R$ 12,8 milhões para a indústria de couro, R$ 15,9 milhões para a de madeira e R$ 27 milhões para a de papel e celulose”, acrescenta Starke Júnior, ilustrando a demanda mais diversificada.

 

Gargalos - Além dos projetos que envolvem recursos do setor (financiandos ou acumulados), o desenvolvimento da agroindústria depende de investimentos públicos em infraestrutura, afirma o doutor em Economia Agrícola Eugênio Stefanelo. Os gargalos logísticos (ferrovias insuficientes, portos no limite das operações) somam-se às questões tributárias, aponta. Ele considera ainda que a eliminação de barreiras tarifárias e sanitárias é imprescindível para a exploração do mercado externo e a expansão da agroindústria nacional. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

INFRAESTRUTURA: Eficiência da agropecuária fica perdida no caminho

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O Brasil pode dobrar a sua produção de grãos nos próximos anos, como fez na década anterior, e superar a marca das 300 milhões de toneladas em 2020. Dispõe de área, água, clima e tecnologia adequados para até ir além dessa marca, segundo a maioria dos especialistas. Mas o produto que é extraído da terra continuará enfrentando gargalos da infraestrutura precária, estrutura tributária inadequada e, entre outros, burocracia na concessão de crédito, caso não haja vontade e força política para mudar essa realidade.

 

Câmbio - O pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e professor da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (Esalq), Mauro Osaki, acha que o menor dos problemas é o câmbio, apesar da valorização. "Temos de nos habituar ao real forte". Para ele, a dificuldade está na deficiência da infraestrutura. Escoar a produção até os portos de Santos e Paranaguá a partir das regiões produtoras de Mato Grosso chega a custar quatro vezes mais que nos Estados Unidos, embora as distâncias sejam similares.

 

Modais - A maioria das cargas vai de caminhão porque é inviável por ferrovia, acrescenta Osaki. "Nossos modais não se conversam", declarou se referindo às bitolas das ferrovias, que são diferentes, o que impede que um mesmo vagão trafegue longas distâncias, e ainda às hidrovias (que não dispõem de eclusas) e às rodovias, esburacadas de maneira recorrente. Quando as mercadorias chegam aos portos, novos obstáculos: além das longas filas de caminhões que se formam para a transferência das cargas, há ainda o impedimento de os grandes navios atracarem por causa do baixo calado.

 

Eficiência perdida - Para o pesquisador do Cepea, toda a eficiência das fazendas se perde no caminho até o consumidor, seja do Brasil ou do exterior. Se a via, no caso das frutas, for aérea, a dificuldade é ainda maior, diante da atual situação dos aeroportos "totalmente travados", insuficientes para atender a demanda, seja para mercadorias ou passageiros.

 

Brasil - E, no entanto, é no Brasil que o mundo deposita suas esperanças para alcançar a segurança alimentar necessária para atender a uma população que não para de crescer, afirma o ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues. Pelo menos, é o que estabelece a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que atribui ao país a missão de elevar a sua produção agrícola em pelo menos 40% até 2020.

 

Lição de casa - Na visão dos analistas estrangeiros, o Brasil já fez sua lição de casa, uma vez que dispõe de três condições essenciais para atender à demanda mundial por alimentos: área agricultável, tecnologia e gente capaz de explorar os 89 milhões de hectares que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) afirma estarem disponíveis, além dos 72 milhões de hectares utilizados atualmente. A constatação toma como base o fato de o país ter 170 milhões de hectares de pastagens, que podem ser parcialmente liberadas para a agricultura de grãos, mediante a aplicação de tecnologia na pecuária.

 

Eficiência - O Brasil já exibiu a sua eficiência, lembra Rodrigues. "Em 20 anos, a área de cultivo de grãos cresceu 20% e a produção aumentou 180%. Nesse período, a oferta brasileira de carnes aumentou 404%". Isso, em sua opinião, significa que o país preservou 57 milhões de hectares em florestas. A façanha, diz Rodrigues, foi feita com "protecionismo zero". Foi possível graças à estabilidade da moeda e à boa gestão das atividades na propriedade rural. "Temos sim gente muito competente."

 

Estratégia - Para o ex-ministro, o que falta é estratégia. "O poder público não tem noção dessa riqueza." Para superar esse impasse, Rodrigues sugere ao governo que defina estratégias, a começar por uma política de renda para o campo, para evitar que o produtor rural fique a mercê das intempéries. Em segundo lugar, a tão falada infraestrutura. Para ele, isso já está em andamento por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que, bem ou mal, busca implantar recursos de logística para transporte e armazenamento da produção. (Valor Econômico)

AGENDA: Mestre em Economia discute impactos da crise internacional no Brasil

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O mestre em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Robson Ribeiro Gonçalves, estará na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, no dia 25 de novembro, para discorrer sobre os cenários e desdobramentos da atual crise internacional e os possíveis impactos para o Brasil. Será durante o Fórum Financeiro, evento promovido pelo Sescoop/PR e dirigido a diretores, gerentes e analistas da área financeira das

cooperativas do Paraná. O palestrante também é consultor da Fundação Getúlio Vargas, professor do Ibmec-São Paulo e especialista em análise e elaboração de cenários macroeconômico e empresarial.

 

ABCO Fórum também vai debater o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), com a participação do gerente de Agronegócios da superintendência de varejo do Banco do Brasil, Pablo Ricoldy

 

Inscrições e informações - As inscrições devem ser feitas até o dia 21 de novembro, por meio do site www.ocepar.org.br. Mais informações com Marcelo Martins (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1122) ou

Devair Mem (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1131).

 

Serviço – Fórum Financeiro / Data: 25 de novembro / Horário: 14h às 17h30 / Local: Sistema Ocepar

Av. Cândido de Abreu, 501- Curitiba (PR)

LOGÍSTICA: Estudo apresentado pela Faep mostra que frete rodo-ferroviário é inviável

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A Federação da Agricultura do Estado do Paraná – Faep apresentou, na manhã desta segunda feira (21/11), dois estudos analíticos fundamentais ao desenvolvimento do Estado. Trata-se das “Perspectivas de exportação de granéis sólidos pelo Porto de Paranaguá”, realizado pelo economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, e “Análise das tarifas ferroviárias e rodoviárias do Agronegócio do Paraná”, da Esalq-LOG/USP, liderada pelo professor José Vicente Caixeta Filho. A Faep contou com o apoio da Ocepar e Alcopar na realização dessas avaliações.

 

Apresentação - A apresentação ocorreu durante o “Fórum de Logística do Agronegócio Paranaense”, no Hotel Radisson, em Curitiba, com a presença do Secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato. “Dentro da porteira a economia demonstra pujança, fora dela temos muitos problemas”, afirma Ágide Meneguette, presidente da FAEP, “nossa intenção com esses estudos foi demonstrar o que estrangula o desenvolvimento do agronegócio e por consequência do Estado, num momento de grandes oportunidades”.

 

Produtos agrícolas - Anualmente cerca de 35 milhões de toneladas de produtos agrícolas (soja, milho, açúcar, etc) circulam pelas rodovias e ferrovias no território paranaense. As primeiras incompletas, sobrecarregadas e com pedágios caros. As ferrovias com tarifas exorbitantes, traçados obsoletos e o Porto de Paranaguá emperrado. Os dois estudos, resumidamente, concluem que os serviços de transporte, tanto rodoviário como ferroviário, apresentam várias deficiências na sua infraestrutura e na atuação das concessionárias.

 

Frete caro - Os gastos no frete rodo-ferroviário devem ser menores do que o preço do frete rodoviário direto de uma origem para o Porto, tornando o preço do frete intermodal competitivo. E isso não ocorre, demonstra o estudo. Uma carga de açúcar, por exemplo, que saia de uma cidade no Centro Norte paranaense, dirige-se até o terminal de Maringá onde é carregada por ferrovia até o Porto de Paranaguá. Este trajeto intermodal citado deve custar menos do que levar diretamente o produto entre a cidade de origem e o Porto, por rodovia.

 

Outros problemas - Além disso, a Esalq-LOG apresenta outros problemas no transporte ferroviário: elevado “transit time” da carga (que demora mais dias para chegar ao porto quando comparada ao modal rodoviário) o grande número de operações a serem realizadas (frete de ponta, transbordo e frete ferroviário), enquanto que para o frete rodoviário direto é necessário apenas uma operação (contratação do frete rodoviário).

 

Inviável economicamente - O estudo mostra que “o preço do frete rodo-ferroviário representa, em média, 103% do frete rodoviário direto. Em outras palavras, a alternativa intermodal torna-se inviável economicamente ao se analisar todo o conjunto de gastos necessários”. Aponta ainda que as “tarifas teto” estipuladas pela ANTT (Agência Nacional de Transporte terrestre) devem ser revistas, estabelecendo-se realidades mais próximas dos usuários do transporte ferroviário, garantindo adequada prestação do serviço de transporte (como a própria missão da ANTT sugere). São apontados ainda  como gargalos no modal ferroviário “ a ineficiência e má organização dos transbordos, falta de investimento em material rodante, perda de vagão durante o transporte, extravio de documentação, atrasos, erros de informação, entre diversos outros fatores”.

 

Rodovias e porto - O transporte rodoviário dos produtos agrícolas também apresenta gargalos, segundo o estudo. Entre eles: deficiência na infraestrutura e elevados tempos de carga e descarga, grande sazonalidade na procura por serviço de transporte, preços do pedágio e elevado preço de frete.

 

Gargalos logísticos - Operacionalmente, os armazéns antigos, o número reduzido de balanças rodoviárias e o pátio de triagem inferior a capacidade demandada pelo porto foram destacados como gargalos logísticos importantes nesta fase da logística das cargas agrícolas. O estudo da MB Associados aponta a necessidade de expansão do terminal com a construção de 2 armazéns e 2 linhas de carregamento e três novos berços de atracação, no Porto de Paranaguá, diante da expansão da movimentação no terminal.

 

Esforço - O estudo da Esalq-LOG indica que para o aumento da produtividade logística do estado é desejável o esforço das empresas do setor (investimentos próprios em infraestrutura) e do Governo. Este, de forma direta, através de incentivos fiscais e tributários e em parcerias público-privadas. “O governo também é um agente importante neste processo de melhoria, podendo investir de forma direta no setor, ou através de incentivos (fiscais, tributários, entre outros) governamentais, viabilizando, eventualmente, parcerias público-privadas”, relata o estudo da Esalq-LOG, “quando se fala em investimento em infraestrutura logística, a maior parte das melhorias efetuadas são usufruídas pela sociedade como um todo”, disse. (Imprensa Faep)

MDA: Governo cria crédito para renegociar dívidas com Pronaf e Proger

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O governo federal criou uma linha de crédito para agricultores inadimplentes com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Programa para Geração de Emprego e Renda Rural (Proger Rural). A medida foi aprovada sexta-feira (18/11) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), segundo nota divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Custeio e investimento - O objetivo é recompor e renegociar dívidas de agricultores familiares em operações de custeio e investimento. O limite de crédito por agricultor é de R$ 30 mil, com prazo para pagamento de até 10 anos e taxa de juros de 2% ao ano. O mínimo estabelecido para quitação da dívida é de 3% do valor total.

 

Em dia - Mesmo o agricultor com todos os pagamentos em dia pode acessar a linha de crédito para prolongar os prazos e reduzir as prestações dos recursos já contratados.

 

Prazo para inadimplentes - Para renegociar os débitos, o agricultor inadimplente tem prazo para solicitar o crédito é até o dia 28 de fevereiro de 2013. No caso dos adimplentes, a data limite é 29 de fevereiro do próximo ano. Para acessar a nova linha, é preciso apresentar Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) dentro do prazo de validade. “A linha vai beneficiar um conjunto de famílias, tanto inadimplentes, como as adimplentes com dificuldade de pagamento. É uma nova chance para os agricultores familiares voltarem a acessar o crédito, melhorar a produção e gerar renda”, explicou, em nota, o secretário de Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Müller.

 

Dívidas - O ministério explica ainda que as dívidas que podem ser quitadas com a linha de crédito são: contratações de custeio do Pronaf até 30 de junho de 2010; e de custeio ou investimento do Proger Rural Familiar até 26 de junho de 2003 a 28 de junho de 2004. Os agricultores sem dívidas com os programas têm direito aos recursos se tiverem feitos contratos de investimento do Pronaf até 30 de junho de 2008. (Valor Econômico)

CARNES: EUA encerram o ano com queda na produção de frango

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Pelas últimas projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a produção norte-americana de carne de frango do quarto trimestre de 2011 deve ficar em torno dos nove bilhões de libras (4,082 milhões de toneladas), caindo cerca de 5% em relação ao que foi produzido entre outubro e dezembro do ano passado. A despeito desse recuo trimestral, o total anual – previsto em 37,3 bilhões de libras ou 16,9 milhões de toneladas – será cerca de 1% maior que o produzido em 2010.

 

2012 - Não são boas, porém, as perspectivas para 2012. Em função dos altos preços das matérias-primas (milho e farelo de soja, principalmente) e da lenta evolução da economia norte-americana, o USDA entende que a produção de carne de frango não deve passar dos 36,7 bilhões de libras (16,6 milhões de toneladas), recuando cerca de 1,7% sobre 2010. Se as previsões do USDA se confirmarem (por ora, as projeções vão só até o terceiro trimestre de 2012), o volume estimado será o menor do triênio 2010/2012, ficando abaixo, até, do que foi produzido em 2008. Ou seja: será o segundo menor volume desde que eclodiu a crise econômica mundial no final da década passada. (Agrolink)

FOCUS: Mercado reduz para 5,55% estimativa para inflação em 2012

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O mercado financeiro reduziu levemente a projeção para a inflação em 2012, segundo o Boletim Focus, divulgado na manhã desta segunda (21/11) pelo Banco Central (BC). A expectativa para a inflação oficial no ano que vem caiu de 5,56% para 5,55%, em um patamar ainda acima do centro da meta de inflação para o ano, que é de 4 50%. A meta tem margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.

 

2011 - A projeção para a inflação em 2011 seguiu em 6,48%. A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro deste ano permaneceu em 0,50%. A estimativa para o IPCA de dezembro também seguiu em 0,50%.

 

PIB - O mercado financeiro também manteve a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, em 3,16%, segundo o boletim Focus. Para o ano que vem, a projeção para o crescimento da economia seguiu em 3,50%. A estimativa para o crescimento da produção industrial em 2011 recuou de 1,55% para 1,37%. Para 2012, a projeção para a expansão da indústria recuou de 3,74% para 3,68%.

 

Juros e dólar - De acordo com a pesquisa Focus, os analistas mantiveram a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim de 2011 em 11,00% ao ano. Já a projeção para a Selic no fim de 2012 permaneceu em 10,00% ao ano. Para o mercado de câmbio, os analistas preveem que o dólar encerre 2011 em R$ 1,75, patamar igual ao estimado na semana anterior. A projeção do câmbio médio no decorrer de 2011 seguiu em R$ 1,66. Para o fim de 2012, a previsão para o câmbio permaneceu em R$ 1,75. A média prevista para o dólar no ano que vem permaneceu em R$ 1,75.

 

Contas externas - A previsão do mercado financeiro para o déficit em conta corrente neste ano seguiu em US$ 55,00 bilhões. Para 2012, o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos estimado seguiu em US$ 68,63 bilhões. A previsão de superávit comercial em 2011 seguiu em US$ 28,00 bilhões. Para 2012, a estimativa para o saldo da balança comercial passou de US$ 18,90 bilhões para US$ 18,00 bilhões. Analistas mantiveram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2011 em US$ 60,00 bilhões. Para 2012 a previsão passou de US$ 54,00 bilhões para US$ 55,00 bilhões. (Agência Estado)

AGENDA: Mestre em Economia discute impactos da crise internacional no Brasil

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O mestre em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Robson Ribeiro Gonçalves, estará na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, no dia 25 de novembro, para discorrer sobre os cenários e desdobramentos da atual crise internacional e os possíveis impactos para o Brasil. Será durante o Fórum Financeiro, evento promovido pelo Sescoop/PR e dirigido a diretores, gerentes e analistas da área financeira das

cooperativas do Paraná. O palestrante também é consultor da Fundação Getúlio Vargas, professor do Ibmec-São Paulo e especialista em análise e elaboração de cenários macroeconômico e empresarial.

 

ABCO Fórum também vai debater o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), com a participação do gerente de Agronegócios da superintendência de varejo do Banco do Brasil, Pablo Ricoldy

 

Inscrições e informações - As inscrições devem ser feitas até o dia 21 de novembro, por meio do site www.ocepar.org.br. Mais informações com Marcelo Martins (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1122) ou

Devair Mem (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1131).

 

Serviço – Fórum Financeiro / Data: 25 de novembro / Horário: 14h às 17h30 / Local: Sistema Ocepar

Av. Cândido de Abreu, 501- Curitiba (PR)

 

Curso vai tratar sobre fechamento de balanço

Profissionais das áreas de controladoria e de auditoria interna das cooperativas paranaenses participam do curso sobre fechamento de balanço, dias 22 e 23 de novembro, na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. A capacitação, promovida pelo Sescoop/PR, visa transmitir, discutir e estudar o levantamento adequado das

demonstrações contábeis das cooperativas, especialmente o Balanço Patrimonial, Demonstração de  Sobras ou Perdas, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Notas Explicativas. Tudo isso observando a legislação e as normas contábeis específicas das sociedades cooperativas, bem como os Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e normas editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), além de temas atuais nas áreas societárias e fiscais que influenciem nas demonstrações contábeis do corrente ano.

 

Inscrições e informações - As inscrições deverão ser efetuadas pelo agente de Desenvolvimento Humano da cooperativa diretamente no site www.ocepar.org.br. Mais informações com Emerson Barcik (41-32001137 / Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.) ou com Cristina Moreira (41- 32001186 / Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.).

 

Clique aqui e confira a programação completa do Curso de fechamento de balanço

COMÉRCIO: África já é o quarto maior parceiro econômico do Brasil

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As trocas de bens e serviços entre a África e o Brasil somaram US$ 20 bilhões de dólares em 2010, o que torna o Continente o quarto parceiro comercial mais importante do país, segundo dados da Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). O organismo apresentou nesta quinta-feira (17/11) em Genebra o "Relatório 2011 sobre os Países Menos Desenvolvidos", no qual destacou que desde a última década a cooperação econômica e comercial do Brasil com os países do Sul vem aumentando. Apesar disso, o estudo afirma que o volume de negócios do país com a África ainda está longe dos números da China (mais de US$ 100 bilhões) e da Índia (US$ 32 bilhões).

 

Agricultura - Segundo a Unctad, a agricultura é um dos setores-chave desta cooperação, como foi evidenciado com a realização em 2010, em Brasília, do primeiro Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate a Fome e Desenvolvimento Rural.

 

Biocombustível - Outro setor destacado foram as trocas relativas à produção de biocombustíveis procedentes da cana-de-açúcar. O Brasil também vem aumentando seu investimento no desenvolvimento da infraestrutura africana. Um exemplo é o investimento de US$ 1,700 bilhões da mineradora Vale do Rio Doce em Moçambique. Espera-se que a mina de carvão instalada no país contribua para o aumento do PIB local e gere cerca de 7.500 vagas de trabalho.

 

Fórum de Cooperação - Junto à Nigéria, o Brasil liderou a criação do Fórum de Cooperação África-América do Sul, que já teve duas edições. Em março desse ano, foram assinados vários acordos na área de comércio, turismo, transporte, mineração, energia, agricultura, meio ambiente e telecomunicações.

 

Haiti e Timor-Leste - A Unctad também lembrou das atividades no Haiti e no Timor-Leste. Na nação caribenha, o Brasil dirige a Minustah, a missão das Nações Unidas para a estabilização do país, e já contribuiu com US$ 300 milhões para ajudar no desenvolvimento econômico do Haiti. Além disso, a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) iniciou uma série de projetos para revitalizar a agricultura familiar sustentável do país, projeto similar ao que faz no Timor. (EFE / Gazeta do Povo)

RAMO CRÉDITO IV: Credicoamo, 22 anos: o homem do campo assina embaixo

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AGRONEGÓCIO I: Setor investe forte na indústria

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Após duas décadas de estruturação, a agroindústria do Paraná volta a investir pesado em sua expansão, fortalecendo o setor em âmbito nacional. Indicadores como produção, faturamento, recursos destinados a novos empreendimentos e exportações comprovam o crescimento da atividade. Um único setor oferece renda a 550 mil pessoas, 5% da população do estado, caso da avicultura, que registrou verdadeira explosão e exporta mais de 1 milhão de toneladas de carne ao ano.

 

Dados - As apostas se confirmam em dados como os do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). De 2005 para cá, os financiamentos concedidos pela instituição a agroindústrias de alimentos triplicaram, passando de R$ 200 milhões. Das cooperativas do Paraná vem outro indicativo: metade dos R$ 1,1 bilhão de investimentos em 2011 tem sido aplicada diretamente nas atividades agroindustriais.

 

Incremento - De 2004 a 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) da agroindústria nacional registrou um incremento médio de 2% ao ano, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplica (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP), realizado em conjunto com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). A média só não foi maior porque, em 2009, quando o mundo sentiu os efeitos da crise econômica eclodida no ano anterior, o PIB da agroindústria sofreu retração superior a 5%.

 

IBGE - Também com exceção de 2009, a produção agroindustrial brasileira medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vem acumulando crescimentos sucessivos anualmente, pelo menos desde 2006. Em 2010, o avanço foi de 4,7%, o maior desde 2007, que havia ficado em 5%. No primeiro semestre deste ano, sobretudo pela queda na fabricação de derivados da cana-de-açúcar, a produção agroindústria nacional se retraiu em 3,3%. Em compensação, informa o IBGE, as exportações do agronegócio subiram 23,4% no período, alcançando US$ 43,2 bilhões.

 

Financiamentos - No Paraná, onde lideranças e analistas apontam que a cadeia do agronegócio representa um terço de toda a economia do estado, a expansão pode ser medida pelos valores que vêm sendo financiados pelo BRDE. Para novos empreendimentos na indústria de alimentos e bebidas, a mais representativa dentro da agroindústria, o montante liberado saltou de R$ 72 milhões, em 2005, para R$ 216,5 milhões em 2010. Com os R$ 107,8 milhões de janeiro a outubro de 2011, são R$ 854 milhões em financiamentos nos últimos seis anos, informa o gerente de operações do banco no estado, Paulo César Starke Júnior.

 

Cooperativismo - Responsável por 42% da capacidade agroindustrial do estado, o cooperativismo local prevê para este ano faturamento de R$ 30 bilhões e investimentos da ordem de R$ 1,1 bilhão – 50% disso, para a indústria agro, assegura o superintendente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken. “Se formos considerar investimentos em armazenagem, logística e distribuição, que atendem as unidades industriais também, temos mais da metade dos investimentos das cooperativas destinados à agroindústria”, ressalta

 

Exportações - Outro dado ilustrativo vem do comércio exterior. As exportações de produtos da agroindústria estadual seguem em ascensão neste ano. De acordo com relatório da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), no primeiro trimestre deste ano cresceram as vendas ao exterior de alimentos (13,87%), bebidas (39,59%), papel e celulose (8,68%), madeira (13,65%) e carnes bovinas, suínas e de aves (25,67%). (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

INTERNACIONAL: Inflação já recua em 20 países que adotam meta

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A inflação acima da meta ainda é um fenômeno generalizado no mundo, mas os índices de preços acumulados em 12 meses já dão sinais de desaceleração em grande parte dos países. De um levantamento do Bradesco com 27 países mais a zona do euro, 23 ainda estão com a inflação em 12 meses rodando acima do alvo, mas em 20 deles o pior já ficou para trás - como no Brasil, na China e no Chile.

 

Principal fator - A dissipação da pior parte do choque de commodities do fim do ano passado é um dos principais fatores que explicam a perda de força da inflação no Brasil e no mundo, nota o economista-sênior do Bradesco Daniel Weeks. Além disso, a atividade econômica mais fraca, tanto nos países desenvolvidos e nos emergentes, contribui para uma inflação mais comportada nos últimos meses. A expectativa dominante é que a inflação em 2012 deve preocupar menos do que em 2011. Uma forte recuperação global parece fora de cogitação, e as commodities devem no mínimo não atrapalhar a inflação.

 

Meta explícita - O levantamento do Bradesco inclui países que têm uma meta de inflação explícita, como Brasil, Chile e Austrália, e outros com alvo implícito, caso dos Estados Unidos, onde o nível de 2% é tido como a referência do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

 

Disparada das commodities - No fim do ano passado e no começo deste ano, a disparada das commodities jogou para cima a inflação global, pressionando os preços de alimentos e combustíveis. No caso brasileiro, isso fez o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ter variações bastante elevadas especialmente a partir de outubro de 2010. Naquele mês, o IPCA subiu 0,75%, impulsionado pelo aumento de 1,89% dos preços de alimentos e bebidas.

 

Situação mais tranquila - Agora, a situação das commodities é bem mais tranquila. Houve queda na comparação com os níveis do primeiro trimestre. Em outubro deste ano, os alimentos no IPCA subiram 0,56%, enquanto o índice "cheio" avançou 0,43%.

 

Variação mais modesta - Nesse cenário, sai um índice salgado no acumulado em 12 meses - o 0,75% de outubro de 2010 - e entra uma variação mais modesta - o 0,43%. Com isso, o IPCA em 12 meses recuou de 7,31% em setembro para 6,97% em outubro, acima dos 6,5% do teto da meta, e bem distante do centro, de 4,5%.

 

Menos força - Esse fenômeno ajuda a explicar também a perda de força da inflação em países como a China, que viu o índice de preços ao consumidor nessa base de comparação recuar de 6,3% em setembro para 5,6% em outubro, nota Weeks. "É uma tendência global, que se deve ao arrefecimento dos preços de commodities nos últimos meses", diz a economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria.

 

Desaceleração econômica - Outra influência importante é a desaceleração da atividade econômica. Weeks observa que vários países emergentes apertaram a política monetária ao longo do primeiro semestre, para combater um aquecimento que, no começo do ano, era visto como excessivo. Como os aumentos de juros atuam com defasagem, o impacto sobre a atividade econômica e sobre os preços ocorreu com mais força nos últimos meses, diz Alessandra.

 

Agravamento da crise - No caso dos países desenvolvidos, a atividade se enfraqueceu devido ao agravamento da crise, e não por novas rodadas de aperto monetário. Há casos em que a inflação em 12 meses segue bem acima da meta, mas por motivos específicos. No Reino Unido, por exemplo, o índice de preços subiu 5,22% nos 12 meses até setembro, uma alta influenciada em parte pelo aumento da alíquota do imposto sobre valor agregado, ocorrido em janeiro deste ano.

 

Tendência - Daqui para a frente, a tendência é de que a inflação em 12 meses continue a perder força. Segundo levantamento da LCA Consultores com 27 países que adotam o regime de metas de inflação, o consenso das projeções mostra que em 19 deles os índices de preços em 2012 ficarão abaixo do nível de 2011. Isso não quer dizer, porém, que as metas serão cumpridas: a inflação só deve ficar no alvo ou abaixo dele em sete países. A questão é que em nenhum dos 27 o teto da meta de 2012 deverá ser "furado", ao passo que neste ano isso deve acontecer em 11 casos.

 

Atividade industrial - Não por acaso, o economista-chefe da LCA, Bráulio Borges, acredita que a inflação vai preocupar menos de agora em diante, com a fraqueza da economia ganhando mais atenção. A atividade industrial em diversos países emergentes, incluindo a China, tem mostrado um ritmo fraco nos últimos meses, em parte como reflexo da piora da crise na Europa, diz ele.

 

Percentual - Com um cenário de fraco crescimento global, os três analistas projetam inflação mais baixa para o Brasil em 2012, inferior ao percentual de cerca de 6,5% esperado para este ano. Contudo, enquanto Weeks e Alessandra ainda veem um IPCA na casa de 5,5%, Borges acha que há uma possibilidade não desprezível de o indicador fechar 2012 entre 4,5% e 5%. Para ele, se o crescimento brasileiro ficar em torno de 3% neste ano e no ano que vem, o IPCA pode buscar esse intervalo, considerando preços de commodities convertidos em reais estáveis e uma alta de preços administrados (como tarifas públicas) de 4% a 4,5%, comparados com 6,5% em 2011.

 

PIB - Projetando uma expansão do PIB um pouco mais forte em 2012, de 3,7%, Alessandra prevê um IPCA de 5,6% no ano que vem. Já Weeks estima alta de 5,5%, esperando um crescimento brasileiro também de 3,7% e uma atividade mais fraca no mundo, que produzirá "efeitos desinflacionários" no ano que vem, principalmente para commodities metálicas e energéticas. (Valor Econômico)

IAPAR: Livro discute aplicação de homeopatia na agropecuária

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BATAVO: Cooperativa inaugura seu novo entreposto de Teixeira Soares

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Na tarde desta quinta-feira (10/11), a Batavo Cooperativa Agroindustrial inaugura seu novo entreposto, em Teixeira Soares (PR). Localizado às margens da rodovia PR 438 – Km 15,8, a nova estrutura teve investimento de R$ 15 milhões, oferecendo aos produtores rurais da região e associados, serviços de recepção, beneficiamento e armazenagem de grãos, além de completa loja de peças, medicamentos, defensivos, fertilizantes, rações e sementes.

 

Ganho aos produtores - Somente neste ano, a Batavo já inaugurou três novas unidades, levando o sistema cooperativista para regiões de potencial agropecuário no Estado. A estratégia da cooperativa gera ganhos aos produtores de Teixeira Soares, que até então se locomoviam para outras cidades em busca de produtos para as atividades. Durante muito tempo, a principal atividade rural do município foi a erva mate, mas atualmente a economia é expressiva na pecuária e na agricultura, que se beneficiará da assessoria técnica direta disponibilizada pela Batavo.

 

Economia - A proximidade do entreposto com as propriedades rurais deve gerar aos produtores economia em frete, já que a unidade de recebimento mais próxima até então era em Ponta Grossa, onde a Cooperativa Batavo possui o maior número de entrepostos. A agilidade na descarga também passa a ser um fator determinante que reforça a segurança na comercialização de grãos, resultado de um sistema estruturado e bem organizado.

 

Investimento na produção - Todas estas facilidades acabam gerando ganhos ao produtor, que passa a investir mais na produção. A nova estrutura possui capacidade a granel total  de 22.000 toneladas, com 04 silos de 5.000 toneladas cada, 01 silo pulmão  de 1.000 toneladas e mais 01 silo para grão quebrado, de 1.000 toneladas. Quanto às máquinas e equipamentos, o entreposto conta com 01 secador de 100 toneladas/hora, 03 máquinas de limpeza, de 80 tons hora cada; 02 Silos para resíduos, de 100 toneladas e 01 silo de expedição, de 60 tons, além de 02 moegas para granel, de 200 toneladas cada.

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Leite - Na pecuária de leite, a captação será destinada a nova indústria de processamento de leite de Ponta Grossa, a Frísia, beneficiando o leite dos produtores associados, rentabilizando a atividade e contribuindo na orientação para a qualidade. (Imprensa Batavo)

CNA: PIB do campo cresce menos

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O Produto Interno Bruto do setor agropecuário cresceu 0,47% em julho, mostrou levantamento divulgado nesta quarta-feira (09/11) pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). O estudo, elaborado em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), mostra que, até maio, as taxas mensais tiveram crescimentos superiores a 0,57%. Neste ano, a alta acumulada é de 5,09%.

 

Crise internacional - As turbulências na economia dos países europeus influenciaram de forma negativa no resultado do PIB do setor em julho, segundo a CNA. O resultado reverte a tendência verificada no primeiro semestre, quando a alta dos preços das commodities influenciou de forma positiva os ganhos obtidos pelos produtores rurais. A CNA e o Cepea avaliam, porém, que os preços não deverão recuar de forma significativa, uma vez que a demanda dos países emergentes por alimentos segue aquecida.

 

Valor Bruto da Produção - A CNA também divulgou que o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária deverá atingir R$ 298,3 bilhões em 2011, 14% mais que em 2010. (Valor Econômico)

RAMO CRÉDITO II: Cooperativas de crédito crescem mais que bancos

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O cooperativismo de crédito tem apresentado desempenho de depósitos e empréstimos em ritmo mais forte do que o verificado nas instituições financeiras. “A cada dia mais pessoas se conscientizam do potencial operacional das cooperativas no desenvolvimento social e econômico nas regiões de atuação”, explica o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sílvio Giusti.

Evolução contínua - O setor tem registrado evolução contínua, segundo ele, especialmente nos momentos de maior aperto de crédito, como aconteceu em 2008 e como ocorre agora com o repique da crise financeira, que afeta principalmente os Estados Unidos e os países da Europa. Giusti diz que o crédito é a força motriz para a geração de grande parte da riqueza brasileira e que quando o acesso aos recursos está difícil no Sistema Financeiro Nacional (SFN) os produtores buscam outras alternativas. “Nesses momentos o cooperativismo evolui."

Aumento nos depósitos - Com base em números do Banco Central (BC), Giusti disse à Agência Brasil que os depósitos nas cooperativas aumentaram 16,25% no primeiro semestre deste ano, atingindo estoque de R$ 35 bilhões, enquanto no mercado financeiro como um todo a expansão foi 5,53%. Deste dinheiro, proveniente dos associados, R$ 33 bilhões foram emprestado pelas 1.370 cooperativas de crédito do país, que hoje contam com mais de 5,1 milhões de associados. A ampliação nos créditos do setor é 10,4%, ante 9,12% na rede bancária.

Momento favorável - "Vivemos um momento favorável para o cooperativismo, que mantém bom desempenho nas regiões Sul e Sudeste e está se consolidando em Mato Grosso e em Rondônia", diz Giusti com base nos indicadores. Ele lamenta que o mesmo não aconteça, ainda, no Norte e no Nordeste, mas acredita que a tendência é aumento da conscientização dos benefícios do sistema cooperativo também naquelas regiões, na medida em que o Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) ampliar a atuação naquelas regiões.

Formação e informação - Segundo ele, esse é um trabalho de formação e de informação que já está sendo feito, com palestras para sensibilizar as comunidades sobre os efeitos do cooperativismo. O trabalho do Sescoop já registra resultados, como a criação de 163 postos de atendimento cooperativo no primeiro semestre deste ano, em diferentes regiões. "Temos mais de 4,7 mil postos de atendimento no país, o que se constitui na segunda maior rede de acesso a créditos do Brasil, atrás apenas do Banco do Brasil, que dispõe de 5.087 agências e postos."

Capilaridade - De acordo com o gerente da OCB, a maior capilaridade do sistema tem sido fundamental para o aumento da atuação do cooperativismo de crédito, que hoje conta com ativos superiores a R$ 78 bilhões e ampliou seu patrimônio para 14,5 bilhões no primeiro semestre deste ano. “Somos uma parcela bem modesta”, de apenas 2% do universo financeiro do país - constituído por bancos privados (43%), bancos públicos (34%) e bancos estrangeiros (21%) - “mas estamos crescendo em um ritmo mais forte que eles”, destacou.

Desenvolvimento econômico - Os indicadores mostram, segundo ele, que o cooperativismo de crédito tem participação forte no desenvolvimento socioeconômico, em especial porque estimula o empreendedorismo local e auxilia na criação de oportunidades de negócio, na distribuição de renda e na inclusão financeira. Estímulo que tende a aumentar mais ainda, no seu entender, por causa da edição da Resolução 4.020 do BC, no início de setembro, que aumenta a capacidade de empréstimo das cooperativas centrais. "Isso certamente trará fortes reflexos para o crédito rural”, com efeitos já na safra agrícola 2011/2012. (Agência Brasil)

CONAB: Estudo prevê aumento da área de plantio de grãos

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A segunda pesquisa da intenção de plantio de grãos para a safra 2011/2012 estima uma produção nacional entre 157,202 e 160,522 milhões de toneladas, (dentro do intervalo de menos 3,5 e menos 1,5%). O volume é inferior ao da última safra, quando foram colhidas 162,955 milhões de toneladas. Os dados fazem parte do levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, divulgado nesta quarta-feira (09/11), em Brasília.

 

Fatores - A estimativa da produção considera os fatores que interferem na produtividade durante o ciclo. Os dados serão consolidados na medida em que esses fatores forem perdendo a interferência na produção, o que deve ocorrer nos próximos levantamentos.

 

Área de cultivo - A previsão de área de cultivo deve variar entre 50,482 e 51,408 milhões de hectares (ha), com um crescimento no intervalo de 1,1 e 3%. A área de cultivo da safra anterior registrou 49,919 milhões de ha. O aumento está relacionado ao milho 1ª safra, que deve ter um crescimento entre 7,8 e 10,3%, e à soja que pode chegar a um incremento entre 0,9 e 3%.

 

Aumento mais acentuado - O aumento na área de plantio de milho foi mais acentuado em Goiás (31%), seguido pelo Mato Grosso do Sul (28%), Paraná (20%) e Rio Grande do Sul (13%). O crescimento pode ser creditado aos bons preços do produto no mercado, à rotação de culturas e à reconquista da área cultivada anteriormente no Paraná.

 

Soja - No caso da soja, o maior crescimento, em termos de área efetiva (5%), deve ficar com o Mato Grosso, que apresenta 330 mil ha a mais. A região do Matopiba — Maranhão (8%), Tocantins (9,5%), Piauí (8%) e Bahia (6%) — apresentará o maior crescimento percentual. No Paraná, a área cultivada da oleaginosa perde 4% do total e será ocupada pelo milho.

 

Redução - As culturas com estimativa de redução de área são: arroz, que deve perder entre 5,2 e 2,3% dos 2,820 milhões de ha do levantamento anterior; e feijão 1ª safra, que sofre uma redução entre 9 e 5% da área de 1,420 milhão de ha do último ciclo. Os estudos da intenção de plantio para as culturas de 2ª e 3ª safras não foram realizados porque período de semeadura ainda não começou.

 

Pesquisa - A pesquisa foi realizada por cerca de 60 técnicos, entre os dias 17 e 22 de outubro, após visita a órgãos públicos e privados ligados à produção agrícola em todos os estados produtores. (Mapa, com informações da Conab)

INFRAESTRUTURA I: Porto de Paranaguá intensifica ações de limpeza nas vias de acesso

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A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e os operadores portuários começaram uma operação, nesta terça-feira (08/11) para garantir que nenhum caminhão que carrega fertilizantes e outros granéis deixe a área primária do cais sem passar por uma higienização, com jateamento mecânico de ar. A medida é obrigatória e evitará que resíduos desses produtos, que se acumulam nas partes dos veículos no carregamento, acabem depositados nas ruas, no trajeto entre o porto e os armazéns e outras instalações, provocando acúmulo de sujeira, mau cheiro, atraindo animais, que podem provocar doenças. “Adotamos uma medida saneadora, que vai contribuir com a preservação ambiental e com a melhoria da qualidade de vida das pessoas que atuam nas operações portuárias e dos moradores de Paranaguá, que terão uma cidade com ruas mais limpas”, afirmou o superintendente do porto, Airton Vidal Maron.

 

Processo - Como parte do trabalho em andamento para limpar as vias de acesso ao porto, o mesmo processo está sendo adotado em todos os terminais e moegas, para caminhões que descarregam grãos em Paranaguá. Os veículos também passarão por uma fiscalização para corrigir vazamentos e outras falhas que facilitem o derramamento de produtos nas ruas. Foram contratados também os serviços de uma máquina varredeira e de 80 pessoas, que são responsáveis por fazer a manutenção da limpeza das ruas no entorno do porto. Outras duas máquinas, de menor porte, fazem a limpeza na área do cais. O processo de higienização dos caminhões será feito 24 horas por dia.

 

Recolhimento - O material coletado na varredura é recolhido e enviado pela Associação dos Operadores do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá para uma empresa de Ponta Grossa (PR), que faz a compostagem do material e transforma em adubo para a plantação de grama. Desde janeiro foram recolhidos 2,4 mil toneladas de resíduos destinados à compostagem.

 

Economia - Com esta prática, além de contribuir com a sustentabilidade, o Porto conseguiu uma economia mensal de R$ 40 mil em custos para varrição e coleta do material orgânico (principalmente grãos e farelo) do cais e das ruas, que até o ano passado era enviado ao aterro sanitário municipal.

 

Capacidade estática - Os armazéns e terminais instalados em Paranaguá possuem uma capacidade estática de 4 milhões de toneladas de produtos como granéis, fertilizantes e outras cargas, que chegam à cidade para exportação ou importação. O porto recebe diariamente aproximadamente mil caminhões, que movimentam 20 mil toneladas, em média, por dia. Mais de 95% dessas cargas é movimentada por caminhões basculantes, de pequeno porte, que percorrem trajetos curtos, entre o porto e os terminais da região. (Assessoria de Imprensa Appa)

INFRAESTRUTURA II: Porto de Antonina tem melhor ano desde 2007

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A movimentação de cargas no Porto de Antonina, no litoral do estado, corresponde hoje a cerca de um terço do volume que passava por ali entre 2003 e 2005. Mas a fase é de retomada. A carga movimentada em importações e exportações nos dez primeiros meses do ano é a maior desde 2007, o que permitiu desafogar um pouco o Porto de Paranaguá, um dos maiores do país.

 

Efeitos práticos - A volta das operações – que haviam diminuído drasticamente em 2009 e 2010 – trouxe dois efeitos práticos para importadores e exportadores. O tempo médio para a carga e descarga em Paranaguá, que era de 20 dias, caiu para 12 com a maior atividade do terminal da Ponta do Félix, em Antonina. Como consequência, o “demurrage” – multa por atraso no embarque ou desembarque – também diminuiu. A economia foi de cerca de US$ 10 milhões em um ano, segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

 

Congelados - A partir de 2008, a Ponta do Félix ficou proibida de movimentar qualquer outro produto que não fossem os congelados, atividade para a qual foi inicialmente concessionado, uma vez que o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) não havia renovado as licenças ambientais. Problemas de mercado e restrições impostas pelo governo Requião complicaram ainda mais a situação. Com a troca de governo, a situação foi contornada, e o porto tem movimentado fertilizantes, trigo, minério, carga geral e contêineres. Para o diretor-presidente dos terminais portuários da Ponta do Félix, Luiz Henrique Dividino, a ampliação das atividades foi possível pela soma de investimento em tecnologia e bom relacionamento com o governo e os clientes.

 

Berços- A operação nos dois berços de Antonina – que complementam os quatro de Paranaguá – é uma estratégia da concessionária privada e do governo do estado para transformar o terminal em uma alternativa ao principal porto do estado. Mas ainda há barreiras que impedem Antonina de ser uma alternativa efetiva. Uma delas é o baixo calado (parte submersa do navio), de no máximo 6 metros, contra até 12 metros em Paranaguá. O governo estadual tem um projeto para aumentar a profundidade no ano que vem, ao custo de R$ 180 milhões. Após a obra, o calado deve chegar a 9 metros.

 

Perspectivas - A retomada gera uma onda de boas perspectivas para a cidade, além de novos empregos. “Hoje há em torno de 700 funcionários na Ponta do Félix. Só neste ano foram contratados 100. Está circulando mais dinheiro na cidade”, diz Jean Rodrigues da Veiga, presidente do Sindicato dos Estivadores de Antonina.

 

Entrada de fertilizante já equivale a um terço do volume de Paranaguá - O potencial do Porto de Antonina está na movimentação de fertilizantes, produto que começa a ser importado em grandes quantidades pelo terminal. Atualmente, Paranaguá importa em torno de 50% de todo o fertilizante usado no país.

 

Tempo de espera - Antes da retomada das atividades em Antonina, o tempo de espera para atracação dos navios em Paranaguá chegava a superar um mês. Agora, com o terminal vizinho em operação, o tempo diminuiu em cerca de três dias. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), entraram por Antonina 334 mil toneladas de fertilizantes importados (95% de tudo do que foi importado no porto), volume que corresponde a cerca de um terço da importação de fertilizantes via Paranaguá, de 932 mil toneladas até outubro.

 

Melhoria geral - “O desenvolvimento do porto melhora a condição da cidade de Antonina como um todo. O trabalhador tem mais renda, o comércio se aquece e com isso empresas são atraídas para investir na cidade. É um ciclo que se forma”, ressalta o diretor empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Lourenço Fregonese.

 

Credibilidade - Para o superintendente da Appa, Airton Vidal Maron, os números refletem a retomada da credibilidade pelos clientes e o estímulo à atividade produtiva. “O foco agora é incentivar o trabalho sem criar empecilhos. E esta postura já tem sido percebida pelos usuários que voltaram a utilizar Antonina”, afirma Maron. (Gazeta do Povo)