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Com o tema "Água para as cidades: responder ao desafio urbano" acontece no próximo dia 22 de março, em Curitiba, um grande evento em comemoração ao Dia Mundial da Água. Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) durante a Eco-92, a data tem o objetivo de chamar a atenção de todos para a necessidade de conservação dos recursos hídricos. Na capital paranaense, o evento será realizado no Salão de Atos do Parque Barigui, a partir das 8h30 da manhã. Quem quiser participar, deve se inscrever através do site http://www.diamundialdaagua.net/ até a próxima segunda, dia 21/03. O evento é gratuito, mas as vagas são limitadas.
Autoridades - Na parte da manhã, várias autoridades vão discursar, entre elas o ministro das Cidades, Mário Negromonte, o governador do Paraná, Beto Richa, e o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci. Na ocasião, será apresentado ao ministro a Carta de Princípios Cooperativos pela Água na Região Metropolitana de Curitiba. Trata-se de um documento assinado por vários municípios da RMC comprometendo-se a integrar a gestão dos recursos hídricos com a gestão territorial e colaborar com as ações estruturais previstas no Plano Diretor de Drenagem para a bacia do Alto Iguaçu, entre outras medidas.
Trabalho conjunto - Em resumo, a intenção é que as cidades trabalhem em conjunto para resolver problemas relacionados à qualidade da água e aos alagamentos frequentes. Em contrapartida, os prefeitos querem abocanhar uma fatia dos R$ 11 bilhões que o governo federal deve destinar em 2011 para ações de saneamento ambiental. "Vamos sediar um evento de grande alcance para incentivar as boas práticas de conservação dos recursos hídricos em toda a RMC, que é constituída por vinte e seis municípios e tem uma população de mais de três milhões de habitantes, apresentando áreas de fragilidade ambiental (mananciais) com ocupação inadequada, pondo em risco a sustentabilidade, sobretudo a qualidade dos recursos hídricos", explica José Roberto Borghetti, secretário municipal para Assuntos Metropolitanos de Curitiba.
Fórum - Aproveitando o embalo do Dia Mundial da Água, na parte da tarde, no mesmo Salão de Atos, acontece o terceiro Fórum Águas do Amanhã, que vai reunir representantes da sociedade civil (ONGs, associações comunitárias, líderes comunitários, universidades, entre outros) para debater a preservação ambiental na bacia do Alto Iguaçu. Além de palestras, o evento - promovido pelo Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom) - visa estimular o debate entre a comunidade local, diagnosticando problemas e propondo soluções para a conservação de rios e mananciais na região metropolitana de Curitiba.
Inscrição - Para participar do Dia Mundial da Água - inclusive do Fórum Águas do Amanhã -, basta fazer a inscrição no site www.diamundialdaagua.net ou então mandar um e-mail para
Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. . Lembrando que as vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas até a próxima segunda, dia 21/03. Mais informações: (41) 3350-3629. (Gazeta do Povo)
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A Associação dos funcionários do Sistema Ocepar (Afoca) e o Comitê de Entidades no Combate à fome e pela vida (Coep/PR) iniciaram uma campanha de arrecadação de donativos para os desabrigados e desalojados do litoral paranaense, atingidos pelas fortes chuvas ocorridas nos últimos dias. "A Defesa Civil do Paraná está solicitando leite, água, cobertores e roupas, principalmente. Estaremos recebendo as doações até a próxima segunda-feira (21/03)", afirmou o presidente da Afoca, Leandro Macioski.
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A realidade da safra de grãos na Argentina e no Paraguai foi acompanhada de perto pelo analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti, que integrou a equipe da Expedição Safra no período de 2 a 11 de março, juntamente com os jornalistas da Gazeta do Povo, Giovani Ferreira e José Rocher, e do repórter fotográfico Jonathan Campos. Na Argentina, eles estiveram no Ministério da Agricultura, na Associação de Cooperativas argentinas e num dos grandes eventos do agronegócio daquele país, a Expoagro, onde Mafioletti ministrou palestra. O grupo também visitou propriedades na província de Santa Fé e esteve ainda com representantes da Sancor Seguros. No Paraguai, a Expedição Safra passou pela Federação das Cooperativas de Produção (Fecoprod), em Assunção, pela cooperativa Yguazú, no Departamento Alto Paraná, e visitou ainda unidades da Lar Paraguai e produtores paraguaios.
Argentina - Os argentinos cultivaram 18,30 milhões de hectares de soja e esperam colher 50,30 milhões de toneladas da oleaginosa na safra 2010/11. O milho ocupou 4,10 milhões de hectares e a produção estimada é de 19,80 milhões de toneladas. Nas últimas quinze safras, a área com soja triplicou na Argentina e a produção mais que quadruplicou, resultado bem superior ao alcançado pelos concorrentes diretos na produção do grão - os Estados Unidos e Brasil. "Esse incremento no país vizinho é explicado por alguns fatores como fertilidade natural dos solos, que implica em pequena utilização de fertilizantes, unicamente fosfatados (média de 100 kg/ha) e logística de escoamento da safra, sendo que 80% da produção é exportada via portos", explica Mafioletti. "O custo para produzir soja na Argentina é de US$ 300/ha, no Paraguai US$ 500/ha e US$ 700/ha no Brasil. Por outro lado, os produtores argentinos se queixam da imprevisibilidade do governo, que implantaram a cobrança dos chamados retenciones - 35% soja, 25% milho e 23% trigo, sendo que a cada safra são divulgadas novas regras, o que tem forçado o setor a buscar artifícios para minimizar os impactos da intervenção do governo", completa Mafioletti. Segundo o analista, 55% da produção argentina é coberta pelo seguro agrícola.
Paraguai - Já os paraguaios plantaram 2,8 milhões de hectares de soja que devem render 8,10 milhões de toneladas nesse ciclo, 12,5% a mais que na safra passada. "Noventa e cinco por cento dos produtores nos departamentos de Alto Paraná, Canandeyu, Itapua e Caaguazu são brasileiros ou filhos nascidos no Paraguai", informa Mafioletti. Ele ressalta ainda que o governo paraguaio tem consciência da importância da soja para o crescimento econômico do país. "Em 2010 o PIB paraguaio aumentou 15% e 50% deste crescimento foi devido à soja. Os produtores têm investido em excelentes tecnologias de cultivo, aproveitando o aprendizado da agricultura no Brasil para incorporar no processo produtivo, como plantio direto, conservação de solos, tecnologias adaptadas e gestão", disse o analista da Ocepar. Ainda de acordo com ele, as sementes são fornecidas por empresas brasileiras como Coodetec, Embrapa e Ft e os fertilizantes também são importados do Brasil. "Os agroquímicos tem baixos custos devido à larga utilização de genéricos e atualmente o setor conta com fábricas modernas de produção. Cooperativas paranaenses atuam fortemente no Paraguai. Na verdade, muitos produtores que atuam no país são cooperados no Brasil e foram para lá com objetivo de ampliar as áreas de cultivo. Os produtores ainda enfrentam dificuldades na logística de armazenagem e transporte devido ao crescimento muito intenso da produção nas duas últimas safras e os investimentos menores que o necessário na pós produção. A maior parte da exportação é realizada via Rio Paraguai", acrescentou Mafioletti. Clique aqui para conferir na íntegra o relatório elaborado pelo analista da Ocepar.
Reportagens - Os resultados levantados pela Expedição Safra na Argentina e Paraguai também foram publicados nas edições dos dias 8, 10 e 15 de março do jornal Gazeta do Povo, no encarte Caminhos do Campo ( http://www.gazetadopovo.com.br/blog/expedicaosafra/ ).
Acompanhamento - Outros profissionais da Ocepar participaram de viagens anteriores feitas pela Expedição Safra neste ano. O gerente técnico e econômico, Flávio Turra, acompanhou uma das equipes que esteve nos Estados Unidos, de 23 a 25 de fevereiro, no Agricultural Forum Outlook 2011. Já o médico veterinário Alexandre Amorin integrou a equipe que fez o levantamento de safra realizado na região paranaense dos Campos Gerais, percorrendo propriedades e cooperativas em Prudentópolis, Carambeí e Ponta Grossa, entre os dias 21 e 23 de fevereiro. O engenheiro agrônomo Sílvio Krinski participou da sondagem realizada no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no período de 21 de fevereiro a 01 de março. Clique aqui e confira na íntegra o relatório produzido por Krinski.
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A Cocari - Cooperativa Agropecuária e Industrial, com sede em Mandaguari-PR, inaugura, na sexta-feira (18/03), as instalações de seu complexo industrial, que abrange duas fábricas de rações (construção e ampliação), modernização das Fiações, as áreas de fomento e de administração e as instalações do Centro de Treinamento Avícola (CTA). Os investimentos ultrapassaram R$ 46 milhões, sendo 52% de recursos próprios e 48% financiados.
Rações - Na Fábrica de Rações para Aves, o milho e parte da soja produzidos pelos associados da Cocari entram como insumos na fabricação das rações, suprindo o CTA e os aviários dos integrados da cooperativa, configurando um importante elo da cadeia produtiva de aves.
CTA - O Centro de Treinamento Avícola (CTA) iniciou suas atividades em novembro de 2010, representando um importante passo rumo à concretização do Projeto Aves da Cocari, destinado ao treinamento e reciclagem dos criadores de aves integrados da cooperativa. O CTA é composto por quatro galpões, com capacidade de alojamento de até 38 mil aves cada.
Pet Food - A Fábrica de Rações Pet Food é dotada de alta tecnologia na produção de alimentos para animais de pequeno porte, além de concentrados e suplementos minerais, principalmente para gado de corte e de leite.
O processo de fabricação das rações é totalmente automatizado, segue as exigências do Ministério da Agricultura e atende às normas internacionais de produção de alimentos.
Automação da Fiação - Prestes a completar 25 anos de atividades, e com a constante preocupação de acompanhar as novas tecnologias e tendências na fabricação dos fios, o parque fabril da Fiação foi completamente modernizado. Entre os principais benefícios desta modernização estão a diversificação de produtos, redução de custos e otimização da mão-de-obra, aumento da produtividade e da qualidade e, consequentemente, aumento dos resultados operacionais e da competitividade frente ao mercado. Fez parte desta modernização a aquisição de uma sala de abertura automatizada, seis cardas, sete passadeiras, uma reunideira, quatro penteadeiras, 12 filatórios e cinco conicaleiras. Para contribuir na dinamização dos processos, o complexo fabril contará com uma ampla área administrativa e uma área de fomento. Os empreendimentos compõem os Novos Negócios da Cocari, iniciados em 2008, após a alienação da Destilaria de Álcool. O principal objetivo é aumentar as possibilidades de diversificação das propriedades dos cooperados, agregando valor aos seus produtos, beneficiando um número maior de produtores.
Abatedouro de aves - O Abatedouro de Aves está em fase inicial de construção, com inauguração prevista para 2012, sendo que nesta unidade já foram investidos R$ 28.095 milhões, em 2010. Desse montante, 10.875 milhões são recursos da cooperativa e R$ 17.220 milhões são financiados, cujos valores não compõem as referidas inaugurações. Nesse ínterim, a cooperativa busca intensificar os trabalhos no sentido de aumentar o número de granjas integradas. Hoje, a cooperativa conta com 15 aviários, já com frango no campo. A meta é, em 2011, chegar a 70 aviários alojados, o que, se considerado em dias de abate, representaria em torno de 40 mil aves/dia.
Faturamento - A Cocari completou 49 anos, no último dia 7 de fevereiro e o balanço dos últimos dez anos é altamente positivo. O quadro de colaboradores da cooperativa saltou de 600 para 1.089. O faturamento, que era de R$ 60 milhões, fechou 2010 com R$ 530 milhões. A meta para o futuro é ousada, com projeção de R$ 630 milhões para 2011, e para 2015, o objetivo é atingir R$ 1 bilhão.
Presenças - O evento de inauguração do complexo industrial contará com a presença de representações políticas e empresariais do Paraná e de outros estados. A solenidade terá início às 16 horas, com a recepção dos convidados, seguida do descerramento da fita inaugural e visitas às instalações. Após o pronunciamento das autoridades e homenagens, será servido o jantar. (Imprensa Cocari)
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"Não se pode mais conceber um cafeicultor que capina o mato com enxada ou aplica inseticida com máquina costal. O rendimento da operação é baixo, assim como a eficiência e a qualidade, além de requerer muita mão-de-obra, o que é cada vez mais difícil de achar", afirma Antonio Lavanholi, tradicional cafeicultor de Cianorte.
Mudança - Por isso, Lavanholi resolveu mudar. Há alguns anos, incorporou a mecanização em sua lavoura, modernizando completamente a atividade em seu sítio de 14,5 hectares, dos quais 11 com 40 mil pés de café. No restante da área tem pupunha, pastagem e dois barracões de frango com capacidade para 17 mil aves, atividade que integrou ao cafezal, destinando todo o esterco para sua adubação. As lavouras antigas foram substituídas ou adaptadas aos poucos, introduzindo-se novas variedades em diversos espaçamentos.
Tecnologia - "Para a pequena propriedade, o café é a melhor opção, mas tem que ser conduzido de forma empresarial, com tecnologia, como é feito em qualquer outra atividade. Com mecanização, redução de custos, produtividade e qualidade, o café se torna altamente viável e lucrativo", garante Lavanholi, que produz uma média de 30 sacas do produto beneficiado por hectare. Sem a mecanização, o produtor não teria como continuar na atividade. "Ninguém quer trabalhar no pesado", diz. A esposa, Clenir, é quem cuida do aviário, junto com os filhos. O cafezal fica mesmo é por conta de Lavanholi, que só contrata mão-de-obra externa para o serviço de colheita e desbrota.
Capricho - Os bons resultados obtidos pelo produtor, entretanto se devem também aos cuidados adotados na lavoura, ressalta o técnico agrícola da Cocamar em Cianorte, Antonio Aparecido de Lima. O produtor faz poda e esqueletamento da lavoura conforme a necessidade, mantém tudo livre de mato, aduba conforme o recomendado, e trabalha com adubação verde para proteger o solo. (Imprensa Cocamar)
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Na próxima sexta-feira (18/03), na área 2 da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), as pesquisadoras Andréa Freire de Lucena, Cláudia Regina Rosal Carvalho e Nair de Moura Vieira lançam o livro "Cooperação e Inclusão Social". A obra é uma compilação de artigos, resultada de projeto de pesquisa da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares em Goiás, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).
Perspectivas - O conjunto de artigos no livro pretende discutir cooperação e inclusão social sob diversas perspectivas. O projeto visa conhecer as metodologias de incubação de cooperativas populares desenvolvidas por universidades brasileiras; cadastrar as cooperativas populares de Goiás, mapeando-as geograficamente e analisar a legislação de alguns estados brasileiros para verificar incentivos fiscais ou políticas públicas voltadas para a incubação de cooperativas populares. A iniciativa reúne pesquisadores da Universidade Federal de Goiás, PUC Goiás e Universidade Estadual de Goiás, que assumiram como desafio principal elaborar uma proposta que associasse políticas públicas e legislação. O conjunto de artigos no livro pretende discutir cooperação e inclusão social sob diversas perspectivas. Durante o evento, os autores apresentarão os resumos dos artigos. O lançamento será no Terraço do Bloco D da área II da PUC/GO está previsto para começar às 14h e será encerrado com um coquetel. (OCB-GO)
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O Valor Bruto da Produção (VBP) das 20 principais lavouras do Brasil deve alcançar R$ 189,6 bilhões em 2011. O resultado apurado, com base na estimativa da safra 2010/2011 e nos preços praticados até fevereiro deste ano, representa crescimento de 5,8% em relação ao VBP obtido em 2010. O estudo elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura mostra também que esse é o maior valor da produção dos últimos 14 anos e deve ultrapassar o recorde registrado em 2008, quando o número fechou em R$ 181,8 bilhões. "A projeção de que tenhamos a maior safra de grãos da história, com 154 milhões de toneladas e os preços dos produtos agrícolas em ascensão provocam um efeito direto no valor bruto da produção", afirma José Garcia Gasques, coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura e responsável pelo levantamento.
Melhor desempenho - Algodão, uva e café em grão são os produtos com melhor desempenho esse ano. O algodão em pluma poderá obter acréscimo de 50,1% no VBP chegando a R$ 4,7 bilhões. De acordo com o estudo, o valor da produção da uva aumentará 44,6% alcançado R$ 4,4 bilhões e o café em grão deve atingir R$ 20,1 bilhões, aumento de 27,2% em comparação com o ano passado. Feijão (18,9%), milho (17,4%), soja (10,5%), arroz (4,9%), laranja (6%) e mandioca (8,1%) também terão VBP com resultados positivos este ano. Das 20 lavouras analisadas, 11 apresentam previsão de aumento do valor da produção em 2011.
"Um diferencial importante entre o resultado de 2011 e o de 2010 é a recuperação do valor bruto da produção do algodão, do milho e da soja ocasionado, principalmente, pela valorização dos preços desses produtos", analisa Gasques. Entre os produtos que não terão resultado favorável esse ano estão a cana-de-açúcar, o trigo, a cebola, a batata e o cacau.
Região - A região Centro-Oeste permanece como destaque, segundo os dados apurados pelo Ministério da Agricultura. O VBP da região deverá crescer 38,8% chegando a R$ 52 bilhões, o segundo maior valor do país, atrás apenas do Sudeste. Com aumento de 56,5%, Mato Grosso é o estado com melhor desempenho tendo alcançado rendimento bruto de R$ 33,2 bilhões. Mato Grosso (19,9%) e Goiás (14%) também impulsionam os resultados positivos do Centro-Oeste, puxados especialmente pelo crescimento do VBP do algodão, milho e soja. Alguns estados do Nordeste também terão aumentos expressivos no valor da produção deste ano. Ceará, com ganho de 94%, pode ter VBP de R$ 2,3 bilhões; Paraíba, com crescimento previsto de 83,4%, deve alcançar R$ 1 bilhão e Maranhão, com estimativa de aumento de 29,4%, deve atingir rendimento bruto de R$ 1,1 bilhão.
Saiba mais - Elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica desde 1997, o Valor Bruto da Produção é calculado com base na produção e nos preços praticados no mercado das 20 maiores lavouras do Brasil. Para realizar o estudo, são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O VBP é correspondente à renda dentro da propriedade e considera as plantações de soja, cana-de-açúcar, uva, amendoim, milho, café, arroz, algodão, banana, batata-inglesa, cebola, feijão, fumo, mandioca, pimenta-do-reino, trigo, tomate, cacau, laranja e mamona. Mensalmente, o Ministério da Agricultura divulga a estimativa do valor da produção agrícola para o ano corrente. Esse valor pode ser corrigido, conforme as alterações de preço e a previsão de safra anunciados ao longo do ano. Faça o download do estudo referente ao mês de fevereiro. (Mapa)
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Lideranças das regiões Sul e Centro-Sul do Paraná solicitaram nesta terça-feira (15/03) apoio do Governo do Estado para fomentar novos programas visando melhor desenvolvimento da região e a qualidade de vida dos produtores. Na reunião com os secretários da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jonel Iurk, foi discutida a diversificação da agricultura familiar. Esta é a proposta de prefeitos das Associações dos Municípios da Região Centro Sul do Estado do Paraná (Amcespar), e do Sul Paranaense (Amsulpar), e de membros da Agência de Desenvolvimento do Centro Sul do Paraná (Adecsul) e do Conselho de Desenvolvimento Territorial do Sul do Paraná.
IDH - Falando em nome do grupo, Cláudio Kaminski, da Embrapa, explicou que as regiões Sul e Centro-Sul apresentam um dos menores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e concentra cerca de 53 mil famílias de pequenos produtores, 50% delas envolvidas com a produção de fumo. "Eles precisam de novas alternativas. É preciso mudar o quadro dessa região que tem um grande potencial para o desenvolvimento de outras atividades como o turismo rural, a fruticultura, erva-mate, ou a pecuária leiteira", disse Kaminski.
Ações - Norberto Ortigara disse que a Secretaria está aberta às sugestões dos prefeitos e dos demais representantes das comunidades para serem avaliadas. "É dever da sociedade devolver ao agricultor o prazer dele estar lá, cultivando a terra, mas levando uma vida decente. Precisamos de ações para que isso aconteça", afirmou. Ele disse ainda que existe o desafio de trabalhar de forma sustentável. "Temos que avançar na nossa produção, mas com a consciência de que é para o bem de todos, e para isso precisamos atrair recursos para dar suporte ao desenvolvimento da atividade econômica".
Cadeias produtivas - Ortigara apontou algumas atividades que podem ser viáveis, mas para isso, segundo ele, é preciso do trabalho intenso dos técnicos da Secretaria da Agricultura e da Emater. "Tudo tem que ser feito de forma organizada, e que as cadeias produtivas propostas sejam relevantes para a região e não acabem em frustração para o agricultor", disse. De acordo com ele, o Estado quer apoiar alguns programas e ações em parceria com o Governo Federal. "Sempre há boa vontade quando se fala em incentivo para o setor rural".
Sisleg - O secretário do Meio Ambiente, Jonel Iurk, concordou com a proposta apresentada e que, apesar do entrave com relação ao Código Florestal, o Governo está articulado para atuar com o Sisleg (Sistema de Consulta à Legislação). "Isso pode mudar o perfil da região Centro Sul", adiantou.
Nova reunião - Para definir as ações concretas e quais as linhas prioritárias desta proposta, uma nova reunião vai ser realizada em meados de abril, já com definição dos representantes de cada segmento que vão participar projeto. Também participaram do encontro o presidente do Instituto de Águas do Paraná, Márcio Fernando Nunes, e técnicos da Embrapa, do Ministério da Agricultura, e das Secretarias da Agricultura e do Meio Ambiente. (AEN)
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Formada por 215 deputados e senadores, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) foi relançada nesta quarta-feira (16/03), em Brasília, durante almoço promovido para reunir seus representantes e dar início aos trabalhos nesta legislatura. Foram convidados para o evento, os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, e Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, além de representantes da cadeia produtiva da agropecuária. A FPA continuará sob a presidência do deputado Moreira Mendes (PPS-RO).
Desafio - O coordenador político da FPA, deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), antecipou que um dos desafios da entidade neste ano é a aprovação de uma nova legislação ambiental compatível com os avanços da agricultura e da pecuária brasileiras. Temas como redução do orçamento do Ministério da Agricultura, reforma tributária em especial a redução dos impostos sobre os alimentos e insumos, dívidas agrícolas, defesa sanitária animal e vegetal seguro rural e ações que interferem na renda do produtor também vão estar na pauta da FPA.
Cooperativas - "A maioria dos membros da frente é oriunda de famílias de agricultores por isso conhecemos bem as pressões que sofremos para defendê-los, para garantir renda e segurança jurídica necessária para continuarem na atividade produzindo alimentos e riqueza neste país", destacou Micheletto. O deputado informou que a FPA estará atenta ainda às demandas das cooperativas e empresas que alavancam o agronegócio brasileiro hoje responsável por 27% do PIB, 40% das exportações e 37% dos empregos gerados no país. (Assessoria de Imprensa do deputado Moacir Micheletto)
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O Sistema Cooperativista Brasileiro fechou 2010 com aumento no total de associados e empregados, seguindo a tendência registrada em 2009 e 2008. No último ano, o setor reuniu cerca de 9,01 milhões de cooperados e 298 mil funcionários, com crescimento de 9,3% e 8,8%, respectivamente. Em 2009, o sistema contava com cerca de 8.3 milhões de associados e 274 mil empregados. Já o número de cooperativas contabilizou redução de 8,4%, saindo de 7.261 para 6.652. Os dados fazem parte de um estudo elaborado pela Gerência de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), entidade representativa do movimento.
Tendência - "Essa é realmente uma tendência natural de mercado e de amadurecimento no processo de gestão. Para aumentarem sua competitividade, com ganho de escala, as cooperativas optam por trabalhar em conjunto, se unindo e aumentando, assim, o número de associados", comenta Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB. Os ramos de atividade que contabilizaram maior aumento de cooperados foram Transporte (200,05% - com cerca de 322 mil em 2010; e 107 mil em 2009) e Crédito (cerca de 14,9% - com cerca de 4,01 milhões em 2010; e 3,5 milhões em 2009). Em relação ao total de funcionários, podem ser destacados os ramos Crédito e Agropecuário, com incremento de praticamente 13,5 mil e 7 mil, respectivamente.
Ramo Trabalho - Já no quadro de diminuição do percentual de cooperativas, o Ramo Trabalho figura em primeiro, com 27,3%. "O resultado reflete a falta de uma legislação que regulamente o segmento e priorize o legítimo cooperativismo de trabalho, defendido e orientado pelo Sistema OCB. Para conquistarmos esse marco regulatório, atuamos intensivamente no Congresso Nacional junto com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) pela aprovação do Projeto de Lei 4622/2004", destaca Freitas.
Boas práticas - Para auxiliar nesse sentido e ressaltar as boas práticas, a entidade promove, desde abril de 2010, o Programa Nacional de Conformidade das Cooperativas de Trabalho (PNC Trabalho), que já certificou 11 delas. "A iniciativa traz um marco de qualidade e transparência aos serviços oferecidos pelas cooperativas. A certificação se traduz em mais segurança e respaldo nas relações de prestação de serviço junto à sociedade", explica o presidente da OCB.
Números do cooperativismo brasileiro - 6.652 cooperativas; 9.016.527 associados; 298.182 empregados;
US$ 4,417 bilhões em exportações; 7,9 milhões de toneladas exportadas. (Informe OCB)
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O Sistema Ocepar promove, nesta quinta-feira (17/03), na sede administrativa da Copasul, em Naviraí (MS), mais uma edição do Fórum de Fiações, com a presença de representantes da área comercial, industrial e técnica das cooperativas paranaenses Integrada, Coamo e Cocamar e da própria Copasul. Serão discutidas as tendências de preços e mercado para algodão e fios. Haverá ainda a apresentação de indicadores técnicos e industriais do setor de fiações. Os participantes também farão uma visita à fiação da Copasul. O Fórum das Fiações é realizado a cada três meses em sistema de rodízio entre as cooperativas participantes. Este será o primeiro de uma série de quatro programados para 2011. "Segundo os participantes, os fóruns têm proporcionado resultados positivos a partir do intercâmbio de informações que têm contribuído para a superação das dificuldades encontradas em suas cooperativas, por meio do conhecimento adquirido com os debates e visitas às fiações", afirma o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti.
Confirmação - A presença ao evento deve ser confirmada até esta quarta-feira (16/03), com Aline Bernardo pelo e-mail
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O Sebrae/PR realiza, de 17 a 20 de março, na Expo Unimed, em Curitiba, a Feira do Empreendedor 2011 - Paraná, em parceria com a Prefeitura do município. De acordo com os organizadores, serão quatro dias dedicados à difusão do empreendedorismo; ao oferecimento de conhecimento em empreendedorismo e gestão; à disseminação do conceito de inovação; ao oferecimento de soluções práticas e viáveis para pequenas empresas; ao estímulo, surgimento ampliação e diversificação de novos empreendimentos; e à prestação de esclarecimentos e orientações para o público. O Sistema Ocepar terá um estande no local do evento, onde profissionais da Ocepar e do Sescoop Paraná estarão a disposição para atender os visitantes com informações sobre cooperativismo. São esperados 20 mil participantes de todo o Estado.
Serviço - A Feira do Empreendedor 2011 - Paraná acontece de 17 a 20 de março no Expo Unimed, na Universidade Positivo - Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, nº 5.300, Campo Comprido - Curitiba. A solenidade de abertura oficial será na quinta-feira (17/03), às 19 horas. Horários de funcionamento da Feira do Empreendedor: dias 17, 18 e 19 de março (quinta-feira a sábado), das 14 às 22 horas; dia 20 de março (domingo), das 14 às 20 horas. (Com informações do Sebrae/PR)
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Nesta segunda-feira (14/03), o Grupo Técnico do Conselho Consultivo do Crédito da OCB (GT/Ceco) esteve reunido para discutir o Plano de Ação do cooperativismo de crédito brasileiro. De acordo com o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da OCB, Silvio Giusti, além do Plano de Ação, o grupo focou em dois assuntos: enfoque e nivelamento sobre o sistema de garantias e também sobre a possibilidade da instalação do Regime de Cogestão pelas centrais e confederações de créditos e suas filiadas, conforme a Lei Complementar 130/2009.
Artigo 16 - "Nos concentramos especialmente no artigo 16 da Lei Complementar, o qual informa que as cooperativas de crédito podem ser assistidas, em caráter temporário, mediante administração em regime de cogestão, pela respectiva cooperativa central ou confederação de centrais para sanar irregularidades ou em caso de risco para a solidez da própria sociedade", explicou Giusti. Além de Giusti, participaram do Grupo Técnico do Ceco os representantes do Sicoob, Rômulo Cavalcanti Pimenta, da Unicred, Evandro Jacó Kotz, e do Sicredi, Bláir Costa D"Avila. "Esse grupo tem sido importante no planejamento e realizações estratégicas destinadas ao desenvolvimento do cooperativismo de crédito brasileiro e apoiando as decisões do Ceco", ressaltou Sílvio Giusti. (Informe OCB)
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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) promove na tarde desta terça-feira (15/03) um debate sobre as propostas de alteração do Código Florestal. O encontro será aberto pelo relator da reforma da legislação ambiental, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que vai defender a aprovação do seu substitutivo - que tem o apoio de ruralistas, mas é combatido pelos ambientalistas. O debate será realizado das 14 às 18 horas no auditório Freitas Nobre da Câmara Federal. O professor da Universidade Mackenzie Antonio Carlos Rodrigues do Amaral falará sobre os aspectos constitucionais do relatório de Aldo Rebelo. O procurador da Fazenda Nacional da Advocacia-Geral da União, Luis Moraes, analisará o Código Florestal em vigor, do ponto de vista jurídico. O ex-ministro da Agricultura Alysson Paulineli será um dos palestrantes do seminário. No encerramento do evento, ele vai defender a atualização do Código Florestal Brasileiro, em vigor desde 1965. (Assessoria de Imprensa de deputado Moacir Micheletto)
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Os triticultores foram atendidos e ganharam mais tempo para se adequar a nova classificação do trigo. Segundo garantiu nesta segunda-feira (14/03) o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, o governo tornará os padrões de qualidade mais rígidos somente na safra 2011/12. "As novas especificações serão adiadas por uma safra", frisou. Assim, a portaria que tornaria as regras válidas já para o grão plantado em abril e maio deve ser adiada. "Agora, isso depende apenas do processo burocrático", garantiu Rossi.
Oportuno - A notícia agradou aos produtores de trigo do Estado, que aguardavam a prorrogação da determinação, prevista para vigorar a partir de junho. "O anúncio é muito oportuno. Desta forma, teremos tempo para fazer o dever de casa, guardar e escolher a semente, buscar informações sobre os preços", disse o presidente da Câmara Setorial das Culturas de Inverno, Rui Polidoro Pinto. No entanto, os triticultores ainda esperam que a portaria equipare o rigor da classificação tanto no grão do mercado interno quanto do externo. "Precisamos encaixar nosso produto e o importado nas mesmas condições."
Arroz - Além do trigo, Wagner Rossi dedicou atenção às questões orizícolas. "No dia 22, estarei com o ministro da Agricultura da Argentina, Julián Domínguez, para tratar dos negócios que envolvem o Mercosul", revelou. O bloqueio a importações de arroz de outros países do bloco vem sendo cobrado por lideranças arrozeiras, que defendem uma suspensão temporária na operação para valorizar o produto brasileiro. "Todos os contatos são importantes. Precisamos que a situação mude", destacou o presidente da Câmara do Arroz, Francisco Schardong.
PSI - Sobre a prorrogação do PSI com juros mais altos a partir de abril, o ministro limitou-se a apoiar a proposta do presidente da Câmara Federal, Marco Maia, de transformar o programa em lei e incluí-lo na política pública. (Correio do Povo)
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Na tarde desta segunda-feira (14/03), foi realizada a terceira edição do Fórum Nacional do Milho, durante a programação da 12ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque/RS. O atual presidente da UBRABIO - União Brasileira do Biodiesel, Odacir Klein, abriu o evento. Representantes dos estados de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e Bahia explanaram a respeito da produção e do mercado do milho.
Etanol - Clebi Renato Dias, diretor executivo da Coopercampos (SC) avaliou que o etanol mudou radicalmente o mercado internacional do milho. Para ele, o momento é de euforia diante do aumento do preço no mercado externo e da expectativa de uma boa safra. Dias destacou a importância do milho para Santa Catarina, pelo fato do estado concentrar muitas indústrias de carnes, sendo assim, um grande consumidor de ração.
Produção mundial - Em cinco anos, houve aumento de 100 milhões de toneladas na produção mundial de milho enquanto o consumo cresceu em 107 milhões de toneladas, afirmou Nelson Costa, superintendente adjunto da Organização das Cooperativas do Paraná - Ocepar. A demanda, segundo ele, também aumentou impulsionada, inclusive, pelo etanol. O crescimento do consumo de rações, puxado pela China, também contribuiu para a procura pelo milho. Costa destacou a tendência de redução da representatividade da primeira safra na produção e o aumento da participação da safrinha. Diante da alta nos preços do milho, Nelson Costa deixou um recado: "as indústrias de carne, principalmente de frango, não suportam preços acima de R$ 27,00 a saca".
Consumo interno - Carlos Henrique Fávaro, diretor administrativo da Aprosoja/MT, revela o objetivo de aumentar o consumo interno de milho no estado a partir da consolidação do mercado de carnes. Em uma região onde 98% da produção de milho é proveniente da safrinha, o grande problema ainda é a logística. Fávaro destaca o alto custo de transporte de grãos como um dos principais entraves.
Participação pequena - O diretor executivo da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia,Alex Rasia, relatou a pequena participação do milho baiano na produção brasileira - apenas 9%. A concorrência do produto do centro-oeste é apontada como um dos limitadores da produção local. Rasia aposta na aplicação de tecnologia para o incremento da produção local. (Agrolink)
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O Mercosul e a União Europeia não deverão trocar ofertas de liberalização esta semana, como estava previsto, por causa das dificuldades nos dois lados para fazer concessões na rodada de negociações iniciada hoje em Bruxelas. A ideia dos dois blocos era apresentar oralmente suas ofertas, ainda sem comprometimento formal, para testar até onde cada lado poderia avançar. No entanto, nem isso será possível agora.
Reviravolta - Do lado do Mercosul, a Argentina apareceu com uma reviravolta radical em sua posição, que se soma à resistência da indústria brasileira. Alega que, antecendendo a eleição presidencial de outubro, não tem condições de se comprometer com abertura maior de seu mercado para produtos europeus. A mudança de posição argentina é ainda maior quando se considera que foi na sua presidência do Mercosul que a negociação fora retomada no ano passado.
UE - Por sua vez, a UE multiplicou os sinais de que sua margem de manobra diminuiu e não poderá melhorar sua oferta agrícola agora para além das cotas já propostas em 2004 para os exportadores do Mercosul, diante da enorme pressão do lobby agrícola e de parte do Parlamento contra o acordo birregional. Até recentemente, a Argentina se escondia atrás da indústria brasileira que resistia a mais liberalização. Quando o governo brasileiro indicou que queria avanço na negociação, estimando que há ganhos no acordo, os argentinos passaram a argumentar com dificuldades políticas.
Discussão geral - A expectativa em Bruxelas é de que o Mercosul e a UE vão, assim, ter uma discussão geral, talvez sinalizando com algumas cifras, mas muito aquém do que era previsto. A discussão deve envolver a cobertura do acordo, a parte normativa que ainda não foi concluída e que significa estabelecer as regras do acordo (salvaguardas, mecanismo de disputa etc).
Negociação - Outro sinal da dificuldade é o fato de os europeus não falarem mais em fechar em meados do ano, mas "ao longo" do ano, a negociação para fazer o maior acordo de livre comércio do mundo. Do lado da indústria brasileira, a resistência tem sido forte por causa do câmbio, com o real muito valorizado, e também pelo aumento das importações. O setor automotivo ampliou sua posição contrária à abertura do mercado brasileiro, enquanto o setor agrícola continua esperando ganhos maiores no mercado europeu.
Cobertura - A cobertura do acordo deveria ser de pelo menos 90% do comércio birregional. Mas um recuo na abertura do setor automotivo do Mercosul representaria 20% a menos, algo considerado impensável no contexto atual, porque derrubaria de vez a negociação.
Problemas conjunturais - Nesse cenário, alguns negociadores dos dois blocos tentam em Bruxelas evitar que "problemas conjunturais" prevaleçam e causem novo congelamento da negociação. Setores mais favoráveis à negociação observam que os compromissos de liberalização só entrariam em vigor ao longo de cinco a 15 anos, não tendo impacto imediato. (Valor Econômico)
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Após reunião com empresários brasileiros, o presidente do Uruguai, José Alberto Mujica, manifestou ontem confiança na possibilidade de estabelecer com o Brasil um comércio em moeda local."Temos que trabalhar nessa agenda. Tenho confiança que podemos alcançar um acordo. Essas coisas são difíceis, mas são estratégicas", disse Mujica após participar de encontro empresarial entre Brasil e Uruguai na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, também participou do evento.
Congresso brasileiro - O ministro da economia do Uruguai, Fernando Lorenzo, afirmou que a proposta de transações comerciais em moeda local depende apenas da aprovação do Congresso brasileiro, uma vez que já teria sido aprovada pelo Legislativo uruguaio. O Brasil já realiza trocas em moeda local com a Argentina.Entre outubro de 2008 e setembro de 2010, os negócios com Buenos Aires ultrapassaram R$ 1,5 bilhão (cerca de US$ 882,3 milhões). O valor, no entanto, corresponde a apenas 1,9% do total da corrente de comércio entre os dois países no período (US$ 45,12 bilhões).
Encontros - O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, ressaltou que os empresários brasileiros e uruguaios vão se encontrar a cada três meses para debater meios de ampliar o comércio bilateral. Entre os temas que serão discutidos está a hipótese de negociar produtos agrícolas em conjunto com terceiros países. Já Patriota disse que o Brasil está empenhado em aumentar a relação em áreas como energia e alta tecnologia.
Detalhes - Os detalhes e as propostas devem ser discutidas durante a visita da presidente Dilma Rousseff ao Uruguai, no dia 16 de maio. Segundo o chanceler, os dois países tiveram crescimento significativo em 2010 e devem aproveitar o momento favorável para impulsionar os negócios. O diretor-adjunto de relações internacionais e comércio exterior da Fiesp, Thomaz Zanotto, informou que a balança comercial entre Brasília e Montevidéu totalizou cerca de US$ 3 bilhões em 2010, sendo US$ 1,5 bilhão para cada país. (Valor Econômico)