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CONVENÇÃO FACIAP I: Cooperativismo de crédito no Brasil é tema de debate no evento

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O diretor operacional do Bancoob, Enio Meinem, e o diretor técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, debateram o futuro do cooperativismo de crédito no país durante o segundo dia da XXI Convenção Anual da Faciap, que está acontecendo de 6 a 8 de novembrom em Foz do Iguaçu.

 

Painel - O painel “Os avanços e os desafios do cooperativismo de crédito no Brasil” teve o presidente do Sebrae Paraná, Jefferson Nogaroli, como presidente de mesa e Guntolf Van Kaick, da Ocepar, Luiz Ajita, da Faciap, Aloísio Tupinambá, do Banco Central do Brasil, e Wellington Ferreira, do Sicredi União/PR, como debatedores.

 

Resgate histórico - O palestrante Enio Meinem resgatou a história do cooperativismo de crédito no país e apresentou os desafios enquanto Carlos Alberto dos Santos aproveitou a oportunidade para comparar e apresentar a atual situação.

 

Espaço - Ambos concordam que o cooperativismo de crédito tem que se tornar o principal agente financeiro do cooperativismo e associativismo. “O crescimento do cooperativismo de crédito no Brasil apenas começou. Nós temos muito espaço para crescer ainda”, afirma Santos. “Hoje, os cinco maiores bancos do Brasil detém 65% dos ativos, 66% das operações de crédito, 75% dos depósitos e 86% das agências”, destaca Meinem.

 

Soluções - Como, então, assumir maior expressão no cenário nacional? Meinem apresentou algumas respostas durante sua aula magna que iniciou o bate-papo sobre o assunto no evento. Veja a seguir, as soluções apontadas pelo diretor:

- Através do aprimoramento da gestão: melhorando a escala (unindo cooperativas – incorporações), reduzindo custos (mais eficiência sistêmica – economia de escopo) e qualificando nossos dirigentes e executivos;

- Arrojando nas estratégias e ações voltadas para o meio urbano, notadamente para os médios e grandes centros. “Há também o desafio do Norte e Nordeste do Brasil”, destaca o diretor;

- Investindo fortemente em ações de mídias, através de uma unidade nacional (marketing institucional);

- Intensificando o diálogo com as entidades de classe (empresários, profissionais liberais, trabalhadores...);

- Ampliando os recursos voltados para a customização. “Em 2010, os bancos investiram R$ 22 bilhões”, exemplificou;

- Melhorando o portfólio de soluções voltadas para as pessoas jurídicas, especialmente micro e pequenas empresas (cobrança, cartões, linhas de crédito, giro e investimento). (Assessoria de Imprensa Faciap)

RAMO SAÚDE: Unimed Londrina oferece serviço de transporte aéreo

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Londrinenses agora podem contar com um serviço local de transporte médico aéreo, que oferece agilidade e segurança na remoção de pacientes nas mais diversas situações clínicas que necessitem de suporte em UTI adulto, pediátrico e neonatal. O serviço, realizado pela Uniair Transportes, da Unimed Rio Grande do Sul, em parceria com a Unimed Londrina, é comercializado para a comunidade em geral e oferecido sem custo para clientes da cooperativa que possuam planos com pacote máster ou que tenham opcional Aeromédico.

 

Atendimento 24 h - A base de Londrina conta com um avião King Air C90SE e atua com uma equipe formada por piloto, copiloto, médico e enfermeiro. O serviço oferece infraestrutura de atendimento com central 24h por dia, durante os sete dias da semana. As aeronaves são equipadas com materiais e equipamentos fundamentais para o atendimento durante a remoção, como monitor cardíaco, ventilador mecânico, bombas de infusão, cardioversor/desfibrilador, capnógrafo de transporte e incubadora neo-natal.

 

Regulações médicas - O atendimento segue regulações médicas determinadas pela base da empresa, em Porto Alegre, que determina que o transporte de pacientes deve ser feito sempre de uma cidade com menos recursos médico-hospitalares para o município mais próximo, que apresente mais recursos. As aeronaves também podem ser fretadas pela comunidade para vôos particulares. Para usufruir do serviço ou obter mais informações o contato deve ser realizado pelo telefone 0800 519 519. (Imprensa Unimed Londrina)

EXPEDIÇÃO SAFRA: Levantamento técnico-jornalístico da Gazeta do Povo vai a cinco países

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A Expedição Safra Gazeta do Povo 2011/12, levantamento técnico-jornalístico da produção de grãos, já está a campo e vai percorrer 12 estados brasileiros, que concentram mais de 80% da produção de soja e milho. O objetivo é mapear oferta e demanda das duas principais commodities agrícolas. A sondagem busca dados técnicos e de mercado para elaborar estudos e análises sobre as tendências do agronegócio no Brasil e no mundo. Esta será a 6ª edição da ação.

 

Formato inédito - Trata-se de um formato inédito de acompanhamento da produção de grãos, do plantio até a colheita, e de todas as suas variáveis, como clima, mercado, tecnologia, infraestrutura, oferta e demanda mundial. “O objetivo é desenhar um amplo panorama sobre as atividades que compõem o agronegócio, fornecendo informações que auxiliam na tomada de decisão em todos os elos da cadeia produtiva”, explica o gerente de agronegócio da Gazeta do Povo e coordenador da Expedição, Giovani Ferreira.

 

Conjuntura internacional - Para compreender melhor a conjuntura internacional, o projeto começou os trabalhos em setembro, quando uma equipe viajou para os Estados Unidos para acompanhar a colheita de grãos norte-americana, onde está concentrada a maior produção do planeta. Os técnicos e jornalistas também foram discutir mercado na Bolsa de Chicago (CBOT), referência em formações de preço para commodities. A Expedição visitou usinas de etanol de milho, além de entidades de representação do setor em quatro dos principais estados que compõe o Corn Belt, o cinturão do milho dos Estados Unidos.

 

Sul e Centro-Oeste - No Brasil, na atual temporada a Expedição Safra já visitou produtores de soja e milho no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Foram 11 dias de viagem entre os três estados para conhecer de perto a aposta e a expectativa do campo para essa safra. Nesta e na próxima semana outra equipe percorre o Centro-Oeste brasileiro, com parada nos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.

 

Centro-Norte e Sudeste - O trabalho de campo para acompanhar o plantio segue ainda para o Centro-Norte e Sudeste do país. Entre os destaques está o MaToPiBa, região encravada no Cerrado brasileiro composta pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Apesar dos problemas de infraestrutura, a região avança na produção de grãos e se consolida como a mais nova e mais competitiva fronteira agrícola do Brasil. Na última temporada, a Expedição Safra apontou que esses estados produziram 11% a mais de soja e milho do que na safra anterior, crescimento surpreendente a considerar que o aumento médio nacional foi de 8,5% para soja e de cerca de 3% no milho.

 

Momento promissor - Os produtores de grãos vivem um momento promissor. Já são duas temporadas de bons resultados no campo e, para essa safra, o otimismo continua. Para a Expedição Safra o ciclo atual tem condições de manter o aumento médio de 5% na produção de grãos verificado no Brasil em 2010/11 e atingir 166 milhões de toneladas. Em uma previsão mais otimista, mas a depender da variável climática, Giovani Ferreira acredita que a safra total tem potencial para buscar 170 milhões de toneladas de grãos. O índice é sustentado na previsão inicial da soja e do milho, com 76 e 60 milhões de toneladas, respectivamente.

 

Ásia - Nesta edição, o projeto estende seu roteiro e segue até a Ásia. O objetivo é explorar a produção e as tendências de consumo da China. “Apesar da importância enquanto mercado consumidor, o país ainda é um grande desconhecido do agronegócio brasileiro”, afirma o coordenador da Expedição. “A China é o maior importador mundial e o principal comprador da soja brasileira. “Na safra atual eles devem buscar no mercado internacional algo em torno de 60 milhões de toneladas de soja.” Também integram o roteiro Argentina e Paraguai.

 

Sobre a Expedição - A Expedição Safra Gazeta do Povo consiste em um levantamento técnico-jornalístico da produção de grãos na América do Sul (Brasil, Paraguai e Argentina) e na América do Norte (Estados Unidos). Com o objetivo de discutir mercado e demanda, na temporada passada a equipe percorreu também quatro países da Europa e, neste ciclo, estende o roteiro à Ásia (China). A sondagem envolve todos os elos da cadeia produtiva, dentro e fora da porteira. Para fazer projeção e balanço, a Expedição discute as principais variáveis que impactam a atividade, como mercado, clima, tecnologia, infraestrutura e novas fronteiras agrícolas. Em 2011/12 a Expedição chega à 6ª edição com a marca de mais de 500 propriedades visitadas em mais de 250 municípios, oito países de três continentes. Do plantio à colheita, a cada temporada as equipes percorrem mais de 60 mil quilômetros.

 

Apoio técnico - O projeto conta com apoio técnico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O oferecimento é do grupo Ceagro/LosGrobo e o patrocínio da New Holland, Caixa Econômica e Monsanto.

 

Gazeta do Povo - Líder no mercado do Paraná, a Gazeta do Povo desenvolveu uma área de inteligência em AGRO, focada em oferecer soluções em mídia e comunicação para o setor. Com 92 anos, o jornal é um dos veículos do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPcom). (CNC Comunicação)

BRICS: Grupo aprova plano de ação para agricultura

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Nos próximos quatro anos, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – que compõem o bloco de países emergentes conhecido como Brics, vão atuar estrategicamente para o fortalecimento da agricultura mundial. A segunda reunião dos ministros da Agricultura do grupo terminou no último dia 1º de novembro. No encontro, o grupo aprovou um plano de ação a ser implantado no período de 2012 a 2016, com fomento às ações de tecnologia, informação, mudanças climáticas e abastecimento.

 

China - A reunião aconteceu de 28 de outubro a 1º de novembro em Chengdu (China). O secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Célio Porto, representou o ministro Mendes Ribeiro Filho. “Além da criação do sistema de troca de informações entre os países dos Brics, cuja implantação será coordenada pela China, foi aprovado o fomento às ações de redução do impacto das mudanças climáticas na agricultura”, destaca Célio Porto. Com a coordenação da África do Sul, o grupo pretende garantir a segurança alimentar e fomentar a adaptação da agricultura às mudanças climáticas.

 

Estratégia - A criação de estratégias que assegurem o acesso à alimentação por parte das camadas mais vulneráveis da população também foi aprovada na reunião. A medida será coordenada pelo Brasil, mais especificamente pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Já a Índia ficará responsável pela implantação do plano de estímulo à cooperação em inovação e tecnologia agrícola. “Os representantes do bloco também manifestaram interesse em incentivar o desenvolvimento sustentável da agricultura e discutir as atuais distorções no comércio agrícola mundial.

 

Apoio - Durante o encontro, os representantes do Brics manifestaram a intenção de intensificar a cooperação técnica com os países africanos. “O objetivo é ajudá-los a melhorar a capacidade produtiva, via transferência de tecnologia, treinamento de pessoal, troca de experiências sobre políticas agrícolas bem sucedidas e ajuda alimentar”, explica o secretário Célio Porto

 

Compromisso - Por último, foi firmado o compromisso de intensificar a troca e melhorar a qualidade das informações agrícolas (safras, estoques, exportações e importações), de forma a aumentar a previsibilidade e reduzir a volatilidade dos preços agrícolas. Os representantes do bloco também comprometeram-se a adotar medidas para estimular os investimentos na agricultura, acelerar a adoção das inovações na área de biotecnologia e buscar alternativas que permitam o crescimento simultâneo da produção de bicombustíveis e de alimentos”, finaliza Porto.

 

Próxima reunião - A próxima reunião dos ministros da Agricultura dos Brics será realizada em 2012, na Índia. (Mapa)

ALIMENTOS: FAO prevê que produção mundial será recorde em 2011

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Os mercados de commodities agrícolas devem permanecer ajustados, com preços elevados e voláteis, apesar da melhora na oferta e o enfraquecimento da demanda, disse nesta quinta-feira (03/11) a agência das Nações Unidas para alimentação, que elevou suas estimativas da produção mundial de grãos este ano, prevendo marca recorde. Os preços globais dos alimentos caíram nos últimos meses, ajudados pela melhora das safras, mas continuam elevados e sujeitos a oscilações em meio à instabilidade dos mercados financeiros e de capitais, apontou a Organização para Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO) em seu relatório Food Outlook.

 

Mercados firmes - "Apesar das perspectivas de melhoria do abastecimento e enfraquecimento da demanda, as condições do mercado de commodities agrícolas permanecem bastante apertadas, o que é o principal fator que sustenta os preços ... O quadro geral ainda aponta para os mercados firmes em 2012", disse a FAO em relatório. "Deixar os mercados internacionais continuarem em seu estado atual, volátil e imprevisível, só vai agravar uma perspectiva já sombria para a segurança alimentar mundial", disse a FAO antes de um encontro do G20 na França, que acontece nesta quinta e sexta-feira (03 e 04/11). Os preços mundiais de alimentos, medidos pela FAO, atingiram sua marca mais baixa em 11 meses em outubro, devido a quedas acentuadas em grãos, açúcar e outras commodities agrícolas.

 

Recorde - A produção de cereais do mundo deverá crescer 3,7 por cento, para um recorde de 2,325 bilhões de toneladas neste ano, impulsionada por um salto de 6 por cento na safra de trigo -- melhor que o esperado --, previu a agência com sede em Roma. A FAO também elevou sua projeção sobre a produção de grãos, incluindo a de milho, fez uma previsão de safra recorde para o arroz e elevou sua estimativa de estoques globais de grãos no final da temporada 2011/12, para 506,6 milhões de toneladas, um aumento de 3,3 por cento ante a temporada anterior.

 

Trigo - Graças a um salto de 37 por cento na produção de trigo na Rússia --recuperando-se, depois de afetada no ano passado por uma seca severa--, as exportações deste cereal do país deverão subir para pelo menos 18,5 milhões de toneladas na temporada 2011/12, perto do recorde de 2008/09. Os embarques de trigo da Ucrânia devem triplicar, totalizando 9 milhões de toneladas, enquanto para as exportações de trigo do Cazaquistão as previstas são de um salto de 30 por cento, para 7,2 milhões de toneladas, disse a FAO.

 

Mercado volátil - Os mercados de trigo permanecem voláteis, com os preços oscilando em linha com as oscilações dos mercados de milho, que estão muito mais apertados, principalmente devido ao aumento do uso do trigo na alimentação animal, disse a agência. As áreas de trigo de inverno devem ficar estáveis em 2012 ou ligeiramente maiores no hemisfério norte, graças às condições favoráveis ao plantio de modo geral, com exceção de partes dos Estados Unidos e da Ucrânia, disse.

 

Demanda - A produção de commodities alimentares terá de aumentar no próximo ano para atender à demanda, mesmo que esta venha crescendo lentamente, disse a agência. A demanda da indústria de biocombustíveis é vista como moderada. "O custo dos insumos, dos fertilizantes à energia, continua elevado, as taxas de juros subiram em muitas economias emergentes, e tudo isso pode reduzir a produção no próximo ano e, portanto, pressiona estoques e poderá impulsionar os preços mais tarde", disse.

 

Custos globais - Os custos globais com importação de alimentos devem subir para cerca de 1,3 trilhão de dólares em 2011, com o custo de compra de alimentos para os países menos desenvolvidos subindo por mais de um terço sobre 2010, apontou o levantamento da FAO. (Reuters / Agrolink)

INFRAESTRUTURA III: Modernizado, porto seco de Cascavel retoma as operações

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O porto seco instalado no terminal da Ferroeste, em Cascavel, retoma suas atividades modernizado e apto a funcionar como um centro logístico capaz de não apenas servir a região Oeste, mas integrar estados e países vizinhos, especialmente o Paraguai, com o Porto de Paranaguá. As novas instalações da Estação Aduaneira Interior (Eadi) têm capacidade inicial de transbordo de 200 mil toneladas de grãos, além de uma câmara frigorífica para inspeção de cargas de congelados de origem animal. As obras serão entregues nesta quinta-feira (04/11), às 14h30, pelo governador Beto Richa e pelo secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. A obra é uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), gestora do Porto Seco, a Ferroeste e o grupo paraguaio Unexpa, que representa um pool de cooperativas de produtores e empresas exportadoras daquele país.

 

Porto de Paranaguá - “O complexo de silos e terminal de transbordo com tombador para caminhões bi-trem, e mais o armazém alfandegado para carga geral restabelecerão um canal com o Porto de Paranaguá para a movimentação de mercadorias entre o terminal marítimo paranaense e o Paraguai”, destaca o secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.

 

Investimento paraguaio - Para o presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro, o investimento paraguaio demonstra confiança na logística e no sistema multimodal de transporte que o governo vem implementando no Estado. “Essas ações aumentaram a credibilidade no terminal ferroviário, no Oeste do Estado, que está ganhando o status de centro logístico, com capacidade de atender a região e ser um eficiente elo de transporte e integração entre os países vizinhos, o Mato Grosso do Sul, e extensas regiões de Santa Catarina e mesmo de São Paulo”, disse Theodoro.

 

Paraguai – O Porto Seco passou por reformas e foi modernizado depois que um incêndio ocorrido há dois anos destruiu suas instalações. Com a reativação, os exportadores contarão com estrutura de transbordo de grãos, vindos por rodovia do Paraguai, que, assim voltará a exportar em escala pelo Porto de Paranaguá.

 

Capacidade - A capacidade anual será de 200 mil toneladas de grãos, a partir de 2012, com previsão de dobrar no ano seguinte. Também será inaugurada uma câmara frigorífica para inspeção de cargas de congelados de origem animal. A previsão é que o movimento médio seja de 100 contêineres por mês no primeiro ano, devendo chegar a 500 contêineres/mês em três anos. O Porto Seco amplia a logística paraguaia de exportação e importação. Atualmente, as cargas vão por rodovia e hidrovia, neste caso por território argentino. A partir de agora as cooperativas e empresas paraguaias farão o desembaraço aduaneiro no Porto Seco de Cascavel e despacharão suas cargas para o terminal portuário paranaense.

 

Modal ferroviário - O modal ferroviário também será utilizado para a importação de insumos agrícolas, como adubos e fertilizantes, que são fornecidos principalmente pelo Brasil. Investir na logística ferroviária é uma estratégia para importar a custos mais baixos e retomar os negócios no Porto de Paranaguá por parte dos produtores do Paraguai.

 

Objetivo - O objetivo do Porto Seco, localizado no Terminal da Ferroeste, em Cascavel, na BR-277, saída para Curitiba, é a prestação de serviços públicos de movimentação e armazenagem de mercadorias destinadas à exportação, para carga geral, carga sólida e granel, em regime de controle e despacho aduaneiro.

 

Receita federal - Outra parceira do projeto é a Receita Federal. Segundo o diretor presidente da Codapar, Silvestre Tino Staniszewski, para viabilizar o projeto, estão sendo investidos R$ 4 milhões na parceria de reativação do Porto Seco. (AEN)

CRÉDITO RURAL: Produtores buscam recursos para modernização e estrutura

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Os programas de investimento em modernização da agricultura e conservação de recursos naturais (Moderagro) e em agricultura irrigável e armazenamento (Moderinfra) detêm as maiores taxas de crescimento na aplicação de recursos entre as linhas de crédito do Plano Agrícola. Pelo Modeagro, nos meses de julho a setembro de 2011, já foram liberados R$ 111,9 milhões dos R$ 850 milhões programados. Se comparado ao ano passado, o número cresceu 75,2%. Já o Programa Moderinfra teve um crescimento de 85,7% na aplicação de recursos. Nestes três meses já foram liberados R$ 43,6 milhões, contra R$ 23,5 milhões no ano passado. “Essas aplicações indicam a disposição dos agricultores em investir em suas atividades produtivas”, analisa Caio Rocha, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

 

ABC - A aplicação do crédito rural destinado ao Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), com a incorporação dos programas Propflora (Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas) e Produsa (Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável) também teve uma das maiores taxas de crescimento entre as linhas de crédito do Plano Agrícola. Nos meses de julho, agosto e setembro de 2011 o crédito para o programa cresceu 50% em relação ao mesmo período de 2010, chegando a R$ 101,4 milhões. Nos primeiros três meses da safra passada foram liberados R$ 67,4 milhões.

 

Custeio e comercialização - Os recursos destinados ao custeio e à comercialização com taxas de juros controladas também tiveram crescimento nos três primeiros meses de vigência do Plano Agrícola, chegando a R$ 21,5 bilhões. O crescimento das aplicações em juros controlados foi 6,6% maior do que no ano anterior. Já os juros livres, tiveram queda de 35,2 % no período.

 

Primeiros três meses - Nos três primeiros meses do atual Plano Safra, R$ 26,7 bilhões dos R$ 107,2 bilhões programados para a Agricultura Empresarial já foram aplicados. O total liberado em julho, agosto e setembro em todas as linhas de crédito para agricultura foi de R$ 30 bilhões, 2,7% mais do que no mesmo período do ano passado. (Mapa)

MERCADO I: Cotações de soja e milho registram queda no Paraná

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Novembro começa com a cotação da soja 4,2% abaixo da média registrada há um mês no Paraná. A saca de 60 quilos vale R$ 42,2 no estado, conforme o Departamento de Economia Rural (Deral). Nos últimos meses, os preços estavam acima dos praticados um ano atrás, o que estimulou as vendas antecipadas. Agora, são 3% menores que os de novembro de 2010. A média da soja alcançada em setembro deste ano era de R$ 44 por saca – R$ 4 a mais do que o índice do mesmo período do ano anterior. No milho, o recuo do último mês foi menor: 1,4%. O cereal começa o mês cotado a R$ 22,7/sc, com valorização de 15,98% na comparação com novembro 2010, índice bem menor do que o dos últimos meses. O recuo nos preços vem sendo provocado pela variação cambial entre o real e dólar. Enquanto a moeda norte-americana se mantinha mais valorizada, o efeito da queda das cotações em dólar em Chicago vinha sendo atenuado. Os analistas do setor não apostam em quedas bruscas nas cotações de soja e milho no Brasil nos próximos meses. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

INFRAESTRUTURA: Porto de Paranaguá recebe novos guindastes para contêineres

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Chegaram ao Porto de Paranaguá dois portêineres que irão ampliar em 50% a capacidade de movimentação de cargas do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), a partir de 2012. Além dos portêineres, foram adquiridos também seis pontes rolantes sobre rodas, utilizadas para a movimentação de contêineres em pátio (os RTGs). Ao todo, estão sendo investidos R$ 185 milhões para ampliar a capacidade de movimentação. Além dos equipamentos, o terminal de contêineres será expandido em 315 metros, para abrigar o terceiro berço dedicado a operações deste tipo. Com isso, será possível aumentar a capacidade operacional de contêineres em até 50%, passando dos atuais 800 mil TEUs/ano para 1,2 milhão de TEUs/ano.

 

Concorrência - “Estes investimentos são de suma importância porque vêm restabelecer o nível adequado de concorrência do Porto de Paranaguá, que ficou anos sem investimentos de grande porte. Com isso, reassumiremos a condição de líderes regionais na movimentação de contêineres”, afirma o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Airton Vidal Maron.

 

Demanda - Os equipamentos adquiridos vêm atender à demanda causada pela instalação de quatro novas linhas de navegação este ano, que estão atendendo Europa, Ásia, Caribe e Golfo do México e a Costa Leste dos Estados Unidos. Estas novas linhas somam-se às 17 já existentes, ampliando a abrangência de atendimento do Porto de Paranaguá, além de possibilitar aumento direto na movimentação de contêineres. Do início do ano até agora, o Porto de Paranaguá aumentou em 10% sua movimentação de contêineres cheios em relação a 2010.

 

Navios de grande porte - Os novos portêineres são aptos a operar em navios de grande porte. Eles foram fabricados pela Liebheer Container Cranes Ltd, da Irlanda, e os RTGs, pela Kone Kranes, que tem fábricas na China e na Irlanda. Com o aumento do cais e com a aquisição de mais equipamentos, a capacidade prevista do TCP em 2013 chegará a 1,5 milhão de TEUs/ano. (AEN)

CRÉDITO RURAL: Procap-Agro ganha mais R$ 1 bilhão, mas juros são elevados

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O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quinta-feira (27/10), o remanejamento de R$ 1 bilhão do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop) para o Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro). O Procap-Agro também foi autorizado a elevar o percentual dos recursos totais destinado ao financiamento de capital de giro, dos atuais 70% para até 80%. Por outro lado, a taxa de juros para este tipo de crédito foi elevada de 6,75% ano para 9,5%. A decisão vale para os financiamentos contratados a partir de 1º de novembro de 2011.

 

Investimento - O CMN também autorizou ajustes nas normas do crédito rural de investimento. Alguns projetos de investimento requerem prazo inferior a dois anos para pagamento, especialmente àqueles voltados para o setor pecuário. Com a medida, o CMN elimina a condição de prazo mínimo para pagamento em dois anos para os financiamentos com recursos controlados de que trata as regras para depósitos à vista.

 

Pronaf - O Conselho estabelece, ainda, que os índices exigidos nos financiamentos de máquinas e equipamentos novos e usados, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) continuem valendo para as operações do Pronaf Mais Alimentos. Para as demais linhas de investimento amparadas pelo Pronaf, a medida começa a valer no dia 1º de novembro de 2012. O prazo garante tempo hábil para os ajustes necessários até que a medida entre em vigor. (Com informações do Mapa)

 

Confira os votos agrícolas aprovados pelo CMN.

 

Clique aqui e confira a resolução 4.025, sobre o Procap-Agro

SAFRA DE VERÃO: Milho vai compensar redução do plantio de soja e feijão no Paraná

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O Paraná deverá colher na safra de verão 2011/12 uma produção de 22,1 milhões de toneladas de grãos. O volume é praticamente o mesmo da safra de verão anterior (22,2 milhões de toneladas). O aumento na área plantada com milho irá compensar a redução no plantio de soja e feijão. Os dados são do levantamento divulgado nesta quinta-feira (27/10) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, que divulgou um novo levantamento nesta quinta-feira (27). As informações também indicam que a colheita de trigo está em fase final.

 

Carro chefe - Apesar de a estimativa apontar para uma redução de 2% na área cultivada com soja na safra 2011/12, a oleaginosa continua sendo o carro chefe da produção agrícola paranaense. A expectativa é de que sejam produzidas cerca de 14,15 milhões de toneladas – 8% abaixo do obtido na safra anterior, quando o Paraná colheu uma produção recorde de 15,31 milhões.

 

Feijão - A primeira safra do feijão também deverá apresentar redução, em decorrência de fatores climáticos e dos baixos preços do produto no mercado. O Deral estima que a área plantada com feijão será 21% menor, enquanto a produção cairá 14% em relação ao período anterior. A estimativa é de que sejam cultivados cerca de 270,52 mil hectares e produzidas 458,7 mil toneladas.

 

Milho - Em compensação, a cultura do milho ganha novo impulso no plantio de verão. As estimativas dos técnicos do Deral mostram uma produção 19% superior à do período anterior, com um potencial de colheita em torno dos 7,3 milhões de toneladas, para uma área estimada de 921,9 mil hectares.

 

Feijão e batata – Assim como o feijão, a produção de batata na safra de verão também será afetada pelas alterações climáticas e os baixos preços. A estimativa do Deral é que a produção da primeira safra sofra redução de 15% em relação à temporada passada. A produção prevista é de 414,71 mil toneladas, enquanto que na anterior o Estado colheu 490,54 mil toneladas.

 

La Niña - Segundo vários órgãos responsáveis pelas previsões climáticas, fatores climáticos, como o retorno da La Niña, que se caracteriza por chuvas irregulares no Sul do País, ainda poderão alterar o quadro de estimativas da próxima safra.

 

Milho segunda safra e trigo – Os números preliminares da atual safra, 2010/11, apontam para uma produção de 31,71 milhões de toneladas de grãos, uma redução de 3,4% em relação ao período anterior (2009/10), que alcançou um volume recorde de 32,82 milhões de toneladas. “Essa diminuição é atribuída a problemas climáticos, como estiagem e geadas entre abril e junho. Porém, os bons preços recebidos pelos agricultores, ao longo de todo ano de 2011, continuam cobrindo parte das perdas no campo”, informou o diretor do Deral, Otmar Hubner.

 

Geadas - As geadas da metade do ano também prejudicaram em parte a safra do trigo, que já tem 75% de área colhida, dos 1,03 milhões de hectares. Os números do Deral apontam que o potencial de produção, estimado inicialmente em 2,91 milhões de toneladas, apresenta uma redução de 17%. É esperada agora uma produção estimada em torno dos 2,41 milhões de toneladas.

 

Quebra confirmada - Já para o milho da segunda safra, as expectativas de quebra se confirmaram, com 24% a menos na colheita da produção já encerrada. Foram colhidas 6,19 milhões de toneladas, diante de uma previsão inicial de 8,19 milhões de toneladas. O principal motivo dessa diminuição foi a sequência de fortes geadas ocorridas no final de junho, que prejudicaram a safra do milho. (AEN)

INFRAESTRUTURA IV: Interligar regiões Norte e Sul custará R$ 20 bilhões

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Iniciada nos anos 1980, construída aos pedaços e emendada a vários outros ramais ao longo do país, a Ferrovia Norte-Sul consumirá R$ 20 bilhões e mais sete anos se mantiver seu propósito de ligar as duas pontas do país. Serão 4.576 km de ferrovia ligando Pará ao Rio Grande do Sul. Hoje, os vários trechos da ferrovia estão em diferentes estágios. São 719 km em operação e outros 855 km que estarão prontos no início do próximo ano. Um terceiro trecho está em fase de Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) e outro acabou de sair do papel.

 

Fevereiro de 2012 - O trecho de 855 km que ligará Palmas, em Tocantins (TO), a Anápolis, em Goiás (GO), deverá entrar em operação em fevereiro de 2012. As obras para a construção dos 681 km do trajeto que compreende Ouro Verde (GO) e Estrela D'Oeste (SP) já foram iniciadas e o prazo de finalização está marcado para julho de 2014. Se tudo correr dentro do previsto, em dois anos deverá ter início a obra do trecho que ligará Açailândia (MA) a Belém, no Pará, em uma extensão de 490 km. Esse último trecho está na fase de EVTEA, cuja finalização está prevista para 2012. "A obra deverá ser iniciada dentro de dois anos", estima Mauro R. Ramos, superintendente comercial da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes e que detém a concessão para construção e operação da ferrovia.

 

Já aplicados - Os investimentos, até agora orçados em R$ 7,8 bilhões - dos quais R$ 4,95 bilhões já foram absorvidos - resultarão em 2.735 km. Mas o projeto não para aí. Ainda em fase embrionária, a Valec já fala em licitação para contratação do EVTEA para a construção de mais 1.620 km que ligarão o trecho de Panorama (SP) ao Rio Grande do Sul.

 

Cinco a sete anos - Se o governo mantiver o ritmo atual de investimento, as duas regiões do país estarão interligadas em cinco a sete anos, com toda malha ferroviária Norte-Sul pronta. "Seriam 4.576 km de ferrovia com investimentos que podem chegar a R$ 20 bilhões. Sua conclusão diminuirá o Custo Brasil", diz Ramos. Pelas suas contas, o transporte de uma tonelada de soja em caminhão, do Mato Grosso até o Porto de Paranaguá, implica um gasto de US$ 67,00. A mesma carga via ferrovia custaria a metade. "A capacidade de carga da Norte Sul é de 110 milhões de toneladas/ano, o suficiente para atender a demanda", afirma. Hoje, afirma Ramos, no trecho entre Belém e Brasília trafegam cerca de 4,5 mil caminhões diariamente.

 

Investimentos - Outros pontos positivos citados por Ramos referem-se aos altos investimentos feitos pelas indústrias no entorno da ferrovia gerando novos postos de trabalho. "A Suzano Celulose investiu R$ 3,5 bilhões em uma nova planta em Imperatriz (MA), gerando mais de 10 mil empregos diretos e indiretos. Em Guaraí (TO), a Bunge investiu R$ 1,5 bilhão em uma usina de álcool. São investimentos por causa da ferrovia", reforça. Segundo ele, a tendência é de que os empreendimentos prosperem região. "Os investimentos estão crescendo porque há um modal para escoar a produção, o que não tinha antes", conclui Ramos. (Valor Econômico)

IBGE I: Municípios do PR se destacam na agropecuária, segundo Instituto

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Municípios paranaenses se destacaram na produção agrícola e pecuária, divulgada nesta quarta-feira (26/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme a pesquisa, no ano passado o Paraná consolidou sua posição de maior produtor de milho, de feijão e trigo e o segundo maior produtor de soja. Na pecuária, o Estado se destacou como o maior produtor de aves, de casulo da seda, o segundo maior produtor de mel e lã e o terceiro maior produtor de leite e de suínos.

 

PAM - Segundo a Produção Agrícola Municipal (PAM), Castro, nos Campos Gerais, é o maior produtor de leite do País; Piraí do Sul, na mesma região, é o segundo maior produtor nacional de frangos; Toledo, no Oeste, é o terceiro maior produtor de suínos e Nova Esperança, Noroeste, é maior produtor de casulo do bicho da seda do País. A PAM coleta informações de 64 produtos em 5.490 municípios brasileiros.

 

Pecuária - A Produção Pecuária Municipal revela o crescimento do rebanho bovino no País, que no ano passado chegou a 209,5 milhões de cabeças, aumento de 2,1% em relação a 2009. O Brasil é o país com o maior rebanho comercial de bovinos do mundo. No Paraná, o rebanho bovino atingiu 9,41 milhões de cabeças. A pesquisa informa ainda que a atividade agropecuária participou com 5,8% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, movimentando R$ 180,8 bilhões, 6,5% a mais sobre o volume registrado no ano anterior.

 

Políticas públicas - Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, informações como essas são preciosas para o planejamento das políticas públicas e a pesquisa está revelando que o desempenho agrícola é crescente no País e no Paraná. “Essas informações nos sinalizam que há possibilidade imensa de o Brasil se fortalecer e ser o grande fornecedor de alimentos para o mundo”, afirmou.

 

Crescimento - “O Paraná e o Brasil têm condições de crescer ainda mais na atividade agropecuária, apenas com a aplicação de mais tecnologia, com cuidados no uso do solo, com o plantio de cultivares mais resistentes a pragas e a secas”, comentou. Segundo Ortigara, na pecuária, o produtor pode ousar mais no trabalho, cuidando da alimentação e da sanidade dos animais. Ele acredita que, com refinamento tecnológico, a tendência para o Paraná é crescer ainda mais na criação de pequenos animais, como frangos e suínos.

 

Informação qualificada - Ortigara disse ainda que a participação de 5,8% da atividade agropecuária sobre o PIB representa a movimentação de um terço da economia nacional quando os produtos vão à fase de processamento e incorporação dos demais elos das cadeias produtivas. Daí a necessidade de informações qualificadas para se planejar investimentos e logística, justificou. “Não fosse a agricultura, o Brasil não teria acumulado as reservas que acumulou nos últimos 10 ou 15 anos”, afirmou.

 

Qualidade do campo - Segundo o secretário, por causa da capacidade do campo de Norte a Sul e de Leste a Oeste do País, foi possível mostrar como o Brasil é forte e competitivo e pode abocanhar boa parte do comércio internacional. “O desafio ao produtor é aproveitar a tendência de crescimento da população mundial e de crise nos países desenvolvidos e se colocar com mais chances nesse mercado”, afirmou.

 

Estudo - O superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Paraná, Daniel Gonçalves Filho apresentou estudo do setor de Análises Estratégicas do Mapa que prevê que em 10 anos, 50% dos grãos comercializados no mundo sairão do Brasil. Além disso, 70% da carne de frango consumida no mundo, 42% da carne bovina e 15% da carne suína consumida no mundo serão brasileiras.

 

Divulgação - As pesquisas foram divulgadas excepcionalmente em Curitiba. Pela primeira vez, são divulgadas fora da sede do órgão, no Rio de Janeiro (RJ). Também participaram da divulgação o coordenador de pesquisas agropecuárias do IBGE Flavio Bolliger, o superintendente da Conab no Paraná, Lafaete Jacomel, e o coordenador do IBGE no Paraná, Silval Dias dos Santos.

 

Pesquisa – Em 2010, o Paraná foi responsável por 24,4% da produção de milho do País; 25,1% da produção de feijão; 55,8% da produção de trigo e 20,5% da produção de soja do País. Na produção pecuária, foi responsável pela produção de 3,59 bilhões de litros de leite e registrou o maior rebanho de aves do País, com 265,52 milhões de cabeças. Foi responsável por 87,1% da produção nacional de casulo do bicho da seda (3178 toneladas), foi o segundo maior produtor de mel (5.468 toneladas) e lã (511 toneladas) e o terceiro maior produtor de ovos de galinha (335,4 mil dúzias).

 

Municipal - Na pesquisa municipal, os municípios de Piraí do Sul, Cianorte, Toledo, Dois Vizinhos, Palotina e Cascavel se destacaram entre os 20 municípios brasileiros com os maiores efetivos de aves. Toledo e Arapoti se destacaram entre os municípios brasileiros com os maiores efetivos de suínos. E os municípios de Castro, Marechal Cândido Rondon, Carambeí e Toledo ficaram entre os 20 maiores produtores de leite do País. Na produção de casulo do bicho da seda, os 20 maiores municípios produtores do País foram do Paraná. O município de Prudentópolis se destacou na PAM como grande produtor de mel e de equinos. Apucarana e Arapongas se destacaram como grandes produtores de codorna, sendo que Arapongas foi incluído entre os 20 municípios brasileiros com maior produção de ovos de galinha e Apucarana, com ovos de codorna; os municípios de Salgo Filho e Paulo Frontin se destacaram entre os maiores produtores de coelhos. (AEN)

CAFÉ: Paraná comercializa mais de 70% da safra 2011/12

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Preços favoráveis impulsionam a venda da safra 2011/2012 de café. No Paraná mais de 70% já foram comercializados. Um volume de quase dois milhões de sacas de café voltam a girar a economia paranaense. Londrina já foi referência mundial na produção de café, chamado na época de ouro verde. Hoje, o município revive dias de prosperidade. Por uma década o café mal cobria os custos de produção, oscilando entre R$ 250 e R$ 280 a saca.

 

Preços - Na safra anterior os preços começaram a reagir no final da colheita. Foi somente nesta safra em que os produtores paranaenses passaram a receber valores acima dos R$ 400 pela saca.Segundo o Departamento de Economia Rural do Estado do Paraná, 75% da safra já foram comercializados. Na Cooperativa Integrada os grãos lotam pavilhões inteiros. Cerca de 10% do que for colhido no Estado deve passar pela cooperativa. "Notamos que as vendas começaram cedo. E já a próxima safra também começou a ser vendida", explica o gerente de comercialização da cooperativa, Osmir Buso.

 

Qualidade para exportação - O corretor de café Carlos Amaral aponta que os grãos apresentam qualidade para exportação. Já para a próxima colheita se prevê uma possível redução de safra em função do rigoroso inverno no Estado. "A qualidade foi boa, o produtor já vem melhorando o trato nas lavouras. Ainda não é possível falar em percentual, mas uma perda pode ocorrer sim pelas condições do clima neste último inverno", afirma. (Canal Rural)

INFRAESTRUTURA II: Entidade cobra mais recursos para o setor

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Durante o lançamento do estudo, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) fez uma dura cobrança ao governo, exigindo que mais verbas sejam direcionadas ao setor. Atualmente, o Brasil gasta 0,3% do PIB em infraestrutura rodoviária, uma fatia muito menor comparada a de outros países emergentes, onde o investimento chega a 3,4% da riqueza produzida ao ano.

 

Parcerias - A entidade sugere que o governo facilite o estabelecimento de Parcerias Público-Privadas para injetar mais recursos no setor. “Se o governo não consegue fazer os investimentos, que forneça a ferramenta institucional para que a iniciativa privada o faça”, disse Bruno Batista, diretor executivo da CNT, que calcula ser necessários investir R$ 450 bilhões em infraestrutura de transportes, dos quais R$ 200 bilhões devem ser destinados às rodovias. Já o Instituto de Pesquisa Econô­mica Aplicada (Ipea) projeta a necessidade de R$ 344 bilhões para as rodovias nos próximos cinco anos, cerca de R$ 70 bilhões ao ano. (Gazeta do Povo, com Agência Estado)

INTERNACIONAL: Líderes europeus fecham pacote contra a crise financeira

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A zona do euro tem enfim um pacote para conter sua dramática crise que também ameaça a economia mundial. Os lideres da zona do euro anunciaram um acordo às 4h da manhã (horário local), após 10 horas de negociações. Para isso, tiveram que dar um ultimato aos bancos: ou aceitavam anular em 50% a dívida da Grécia ou eles deixariam Atenas anunciar o ‘calote’. Os banqueiros não demoraram nem uma hora para voltar aceitando o ultimato.

 

Abandono da dívida - Assim, primeiro os credores privados aceitaram abandonar ‘voluntariamente’ metade da divida da Grécia, que será assim reduzida em 100 bilhões de euros, de um total de 350 bilhões de euros. Além disso, os banqueiros vão refinanciar outros 110 bilhões de euros em condições favoráveis para os gregos, mas, nesse caso, conseguiram garantias dos governos da ordem de 30 bilhões de euros.A divida da Grécia será reduzida para 120% do PIB até 2020. Um novo programa da Uniao Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de até 100 bilhões de euros, será implementado até o final do ano para os gregos.

 

Barreira de proteção - Segundo, foi criada uma barreira de proteção contra contágio, com um acordo para multiplicar em até cinco vezes o poder financeiro do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF) para socorrer países e bancos em dificuldade. A alavancagem poderá chegar a 1 trilhão de euros, dependendo da resposta que os investidores derem ao programa europeu.

 

Recapitalização dos bancos - Terceiro, foi alcançado um acordo para recapitalizar os bancos que precisarem de mais capital. Os bancos terão de alcançar um nível de 9% de capital de melhor qualidade até junho do ano que vem. Com isso, a necessidade de recapitalização é estimada em 106 bilhões de euros pela Autoridade Bancária Europeia, sendo 30 bilhões de euros para os bancos da Grécia; 26,1 bilhões de euros, da Espanha; 14,7 bilhões de euros, para a Itália, e 8,8 bilhões de euros, para os bancos franceses.

 

Governança econômica - Quarto, ficou acertado também o começo da governança econômica da zona do euro. Todos os países terão de adotar a ‘regra de ouro’, que significa manter as contas públicas equilibradas. Um presidente para a zona do euro será escolhido. A Itália, vista como a bola da vez, apresentou um amplo programa para equilibrar seu orçamento até 2013. Uma das medidas será o aumento da idade de aposentadoria para 67 anos até 2026. "A decisão é histórica, todos quiseram evitar uma catástrofe", comemorou Nicolas Sarkozy, o presidente da França. (Valor Econômico)

ENCONTRO DE NÚCLEO II: Sicredi Agroempresarial participa do evento, em Maringá

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INTEGRADA: Balanço da safra de inverno

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A última safra de inverno não foi fácil para o cooperado Antonio Celso de Andrade, de Itambaracá, na região de Bandeirantes, Norte do Paraná. Ele semeou 95 hectares com milho e a lavoura sofreu com o clima adverso. Primeiro, foi a estiagem nos meses de abril e maio, que atingiu as plantas na época de floração. Depois, veio o vento, que contribui para acamação de grande parte da lavoura. Por último veio a geada, que terminou de derrubar a produção.

 

Queda na produção - Nas áreas atingidas, o produtor colheu apenas 16 sacas de milho por hectare. “No começo da safra o milho estava muito bonito. Procurei fazer um bom manejo, mas o clima foi complicado”, diz ele. Andrade explica que estava segurado e que a expectativa agora é conseguir cobrir os custos de implantação da lavoura.

 

Outras lavouras - Os problemas com o clima se repetiram nas lavouras de muitos outros produtores. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Paraná (Seab), a safra de milho no Estado registrou uma quebra de 26%, com uma produção estimada em 6,03 milhões de toneladas. No trigo, o prejuízo estimado pelo órgão é um pouco menor. O levantamento do Deral mostra que a produção paranaense deverá cair 18%, passando de 2,88 milhões de toneladas para 2,39 milhões de toneladas. A região norte do estado foi uma das mais prejudicadas.

 

Área da Integrada - Na área de atuação da Integrada, a quebra na produção de trigo chegou perto dos 40%. Em municípios como Uraí, as perdas atingiram os 60%. Já o milho surpreendeu. Após os problemas com o clima, a cooperativa esperava uma quebra de 30% para a cultura. No entanto, a redução na produção foi de 15%. “O trabalho de assistência técnica da cooperativa aliado ao investimento em tecnologia por parte dos produtores e o uso de híbridos com bom desempenho contribuíram para o resultado”, explica o gerente de Insumos da Integrada, Seisuke Ito. Por outro lado, ele lembra que esses números são uma média. “Tivemos produtores que perderam tudo e outros que colheram bem e conseguiram garantir a produção”, diz. (Imprensa Integrada)