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RAMO CRÉDITO: Sicredi União inaugura a sua maior unidade em Londrina

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Londrina vai ganhar, nesta sexta-feira (11/03), a maior unidade de atendimento da Sicredi União na cidade. Com mais de mil metros quadrados de área construída, está situada em local considerado estratégico pela cooperativa de crédito: a confluência das Avenidas Tiradentes e Maringá. A inauguração, com a presença de autoridades e convidados, será às 19 horas. Desde o início do ano passado, já foram inauguradas três unidades de atendimento na cidade: uma na Avenida Higienópolis, outra na Avenida Santos Dumont e mais uma na Ceasa, sem contar a de Cambé. Antes da fusão, a cooperativa possuía três unidades em Londrina: uma na Avenida Duque de Caxias, outra na avenida Tiradentes  e no distrito de Guaravera. O investimento no município, desde então, é estimado em mais R$ 20 milhões. As novas dependências compreendem dois pavimentos: no térreo, espaço de atendimento, projetado inclusive com acesso e serviço especial para deficientes; no andar superior, vai funcionar a sede regional da cooperativa, com salas para setores de apoio, diretoria e reuniões.

Potencial - O presidente da Sicredi União, Wellington Ferreira, destaca o grande potencial de Londrina para o fortalecimento do cooperativismo de crédito. Segundo ele, a principal meta é chegar nos próximos anos ao patamar de 10% dos depósitos do sistema financeiro no município. Esse índice já é praticado pela cooperativa em outras cidades, como Maringá, Paranavaí e Cianorte. "A receptividade dos mais diversos setores tem sido grande, pois a cooperativa não apenas oferece produtos e serviços de alta qualidade, como tem compromisso com o desenvolvimento regional", afirma.

Diferencial - Segundo Ferreira, a grande diferença da cooperativa de crédito para com as demais instituições está no fato de que "o associado é dono, participando de suas decisões, diferente do simples cliente". Por outro lado, acrescenta ele, "os resultados retornam aos associados em forma de estruturas, serviços e taxas mais competitivas". E, por fim, os recursos financeiros ficam na própria região, "apoiando o crescimento econômico".

Associados - Outro objetivo é ampliar nos próximos anos a base de associados para 100 mil. Para isso, é realizada desde o ano passado a Campanha "Sorte em Dobro", em que o novo associado, bem como o que o indicou, concorre a uma casa cada um.  "Vamos continuar ampliando também o número de unidades", cita Ferreira: "as oportunidades são muitas para uma cooperativa que está voltada à sua comunidade".

Números - Em 2010, a Sicredi União ampliou em 38% o número de associados, no comparativo com 2009, saltando de 33.903 para 46.966. Os ativos totais passaram de R$ 503,433 milhões para R$ 624,938 milhões. No mesmo período, a expansão do número de unidades foi de 20%, passando de 51 para 61, enquanto o quadro de colaboradores cresceu 13%, de 390 para 440 integrantes. De 2010 para 2009, o volume de depósitos evoluiu de R$ 267,117 milhões para R$ 325,392 milhões. Por sua vez, os recursos totais passaram de R$ 410,202 milhões para R$ 503,254 milhões.

Outros dados - Na mesma comparação, as operações de crédito subiram de R$ 331,713 milhões para R$ 432,811 milhões; o crédito rural, de R$ 167,131 milhões para R$ 216,84 milhões; o crédito geral de R$ 108,889 milhões para R$ 139,150 milhões, e os recursos repassados pelo BNDES, de R$ 55,693 milhões para R$ 77,576 milhões. Em 2010, o patrimônio líquido da Sicredi União chegou a R$ 76,794, contra R$ 68,509 milhões do ano anterior. (Imprensa Sicredi União)

EXPEDIÇÃO SAFRA II: Paraguai tenta superar marca recorde de 2009

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Com a colheita da soja a todo vapor, o Paraguai espera superar neste ano a marca recorde de 7,2 milhões de toneladas alcançada na temporada anterior. O país vizinho cultivou neste ano 2,8 milhões de hectares, área 4,5% maior que a do ano anterior, e espera colher cerca de 7,5 milhões de toneladas da oleaginosa. Com aproximadamente 30% da safra colhida, os resultados iniciais sustentam as previsões, conferiu a Expedição Safra Gazeta do Povo. No primeiro dia do roteiro em terras paraguaias, a equipe de técnicos e jornalista encontrou lavouras como a da foto ao lado, prontas para a colheita e com potencial para mais de 4 mil quilos por hectare.

Comparação - O analista técnico-econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) Robson Mafioletti, que acompanha a Expedição, compara a situação do Paraguai com a do Paraná, que também chegou a ter sua safra ameaçada pelo excesso de umidade. "À medida que a colheita da soja avança no Oeste do Paraná, avança também no Paraguai e vai confirmando que o impacto das chuvas não foi tão severo quanto se previa", constata.

Aumento de área - Ramón Gauto, coordenador de desenvolvimento rural da Federação de Cooperativas de Produção (Fecoprod), explica que a expectativa de superação se sustenta não só em bons rendimentos, mas também no aumento da área destinada à soja no Paraguai. "Houve expansão na região central e, principalmente, no norte e nordeste do país", cita.

Clima - Após um susto com as chuvas no início de 2011, o clima voltou a colaborar e a expectativa é de safra cheia, relata Gauto. Segundo ele, até o mês passado havia temor que a umidade prejudicasse não só a produtividade das lavouras, mas também a qualidade dos grãos. Uma trégua nas precipitações desde meados de fevereiro, entretanto, colocou a safra nos eixos novamente e reascendeu a esperança de boa produção neste ano. "Só quem colheu com alta umidade deve confirmar algum prejuízo. Mas será coisa pontual e não haverá grandes perdas."

Marca - Para Derlis Torales, diretor técnico da Cooperativa Iguazu, no departamento de Alto Paraná, a safra de soja 2010/11 dos seus associados deve, ao menos, igualar a marca do ciclo anterior, de 43 mil toneladas. Ele avalia que, se o clima continuar colaborando com o desenvolvimento da safra, a produção da cooperativa tem potencial para ultrapassar também o recorde registrado em 2007/08, de 56 mil toneladas. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

SOJA: Fundamentos do mercado voltam a impulsionar cotações

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As cotações de soja em grão voltaram a registrar altas expressivas, conforme pesquisas do Cepea. O atraso da colheita no Brasil, a falta de produto para cumprimento de contratos de exportação, os baixos estoques internacionais e a estimativa de que haverá necessidade de pelo menos mais uma safra para equilibrar novamente a oferta e a demanda deram o tom altista aos preços. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa para o produto transferido no porto de Paranaguá teve aumento de 3,76% entre 25 de fevereiro e 4 de março, finalizando a US$ 30,94/sc de 60 kg (em moeda nacional, a alta foi de 2,6%, para R$ 50,89/sc) na sexta-feira (04/03). O Indicador CEPEA/ESALQ (média de cinco regiões do Paraná) subiu 2,55% no mesmo período, fechando a R$ 47,79/sc. (Cepea- Centro de Estudos Avançados em Economia)

INFRAESTRUTURA II: A safra é nova, mas o Porto o mesmo

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Com 75 anos de história, o Porto de Paranaguá voltou a enfrentar dificuldades para o escoamento da safra deste ano. As grandes preocupações de caminhoneiros e do setor de agronegócio são com filas de carretas ao longo da BR-277, segurança e a velocidade de embarque. O consenso é de que, apesar da conclusão da dragagem dos berços de atracação, a estrutura geral continua a mesma. Há também a dúvida se a logística do cronograma de chegada de caminhões irá funcionar 100%. Além disso tudo, a espera dos caminhoneiros para o desembarque leva a aumento do frete. Outro pedido é para que haja aumento da capacidade de armazenagem do porto.

 

Pressa - ''Vamos ter muita fila de caminhão e de navio. Tivemos uma boa safra e os preços dos produtos estão bons'', disse o assessor técnico-econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo. Além disso, ele destacou que cerca de 25% a 30% dos produtores negociaram a safra por antecipação e isso deve fazer esses agricultores terem pressa em embarcar os produtos.

 

Entrave - Outro entrave para o escoamento, segundo ele, são os shiploaders (equipamentos carregadores que levam as cargas aos navios) que são obsoletos e, por isso, trabalham abaixo da capacidade. ''A infraestrutura do porto é a mesma apesar da dragagem que foi feita nos berços de atracação'', disse.

 

Ordem de Serviço - Ele defende que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) enfatize a Ordem de Serviço 001/2006 que regulamenta o uso do pátio de triagem. Com isso, o caminhão não entra no porto se não estiver com navio nomeado e com o terminal no qual vai descarregar determinado. ''Queremos que a Ordem de Serviço seja republicada'', destacou.

 

Gestão - ''Vamos ter dificuldades. Nos últimos oito anos o porto ficou paralisado em termos de gestão'', disse o consultor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antonio Fayet. Segundo ele, o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) chamou a atenção da Appa para aumentar a velocidade operacional. ''O cais virou estacionamento de navio. Não adianta só aumentar a extensão do cais. É preciso elevar a velocidade operacional'', afirmou.

 

Cotriguaçu - O superintendente da Cotriguaçu Cooperativa Central de Cascavel, Cândido Takashiba, disse que os problemas podem ser minimizados com a dragagem dos berços de atracação. Além disso, a operação também é prejudicada com as chuvas. A cooperativa pretende exportar 2,5 milhões de toneladas de soja, farelo de soja, milho e trigo, um aumento de 5% em relação a 2010.

 

Filas - Para o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar), Luiz Anselmo Trombini, o grande problema são as filas. A demora para o desembarque leva a aumento do frete e pagamento de mais diárias para os motoristas. Hoje, a diária dos caminhoneiros é R$ 1 por hora e por tonelada.''O porto ficou muito tempo sem investimento e a dragagem foi realizada depois de muita briga'', destacou. Ele defende o aumento da capacidade de armazenagem do porto e a melhora da logística de entrada e saída dos navios. A Federação representa cerca de 16 mil empresas no Estado. (Folha de Londrina)

COCAMAR I: Luiz Lourenço pede desburocratização do crédito agrícola

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Em entrevista ao programa CBN Rural, da Rádio CBN Maringá, o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço defendeu uma revisão nas normas do crédito agrícola, visando a torná-lo mais acessível e atual. "Primeiro que, para fazer um financiamento no banco, é uma verdadeira operação burocrática de documentos e papeis etc., quando em outra operação, você tem um crédito automático. Então, seria razoável que o produtor tivesse um crédito agrícola como um cheque especial que qualquer cidadão tem. Essa é a primeira coisa: desburocratizar", explica Lourenço. "Segundo, estabelecer mecanismos de garantias de renda. Que o produtor plante, mas não fique com o prejuízo na mão se houver um problema climático, por exemplo", acrescenta.

 

 

Renda - De acordo com Lourenço, "essas questões todas parecem que estão andando, mas não estão andando, não estão solucionando o problema. O produtor não pode, de repente, ter uma frustração de safra e quebrar, isso não é admissível." A seu ver, o seguro precisaria funcionar basicamente nas questões que envolvem mais seriamente o agricultor: garantia de renda, financiamento mais rápido e de uma maneira ágil. "Criar condições de fato para o produtor se preocupar com o que é importante: plantar e colher", afirma.

 

 

Código - Sobre a possibilidade de a votação do novo Código Florestal ser adiada, como vem sendo cogitado, a opinião de Luiz Lourenço é que isto seria "um desastre". "As modificações no Código vão trazer um outro ânimo para a agricultura brasileira", justifica. Lourenço diz que está havendo empenho, por parte de diversos setores, para que ocorra a votação. "Pela primeira vez eu vejo uma movimentação muito grande. Isso é fato e deve ser ressaltado. Agora, o que vamos conseguir é uma incógnita, porque temos um pressão muito grande por parte das ONGs internacionais. Temos também alguns grupos ambientalistas muito primitivos com relação à questão da produção, para eles agronegócio é um palavrão", finaliza. (Imprensa Cocamar)

COPAGRIL: Evento apresenta novidades para o campo

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Durante os dias 02 e 03 de março, os visitantes do Dia de Campo Copagril edição 2011 puderam conferir o que há de mais avançado no setor do agronegócio e novidades na área de insumos, defensivos, suplemento animal, rações, vacinas, cultivares e sementes, pecuária entre outras atrações.   Com a participação de mais de 100 empresas expositoras, o evento, realizado em Marechal Cândido Rondon, se tornou uma grande vitrine para os produtores e visitantes estarem se atualizando dentro de cada área, podendo assim fazer negócios e aplicar o conhecimento dentro da propriedade rural. "É, sem dúvida, uma ótima oportunidade de conhecermos o que há de novo na agricultura. Para nós sempre é bom estar participando dos dias de campo da cooperativa, assim como fazemos todos os anos", comenta a produtora Norma Gonçalves Kreush, de Linha Novo Horizonte, distrito de Marechal Cândido Rondon.

 

 

Atrações - Os visitantes tiveram acesso a inúmeras atrações e novidades dentro da estação experimental, com opções para todas as idades. Para as crianças, as Secretarias de Educação de municípios da área de atuação da cooperativa liberaram os estudantes de algumas escolas que integram o programa Cooperjovem para visitar e conhecer a estrutura do Dia de Campo. No que tange à mulher, foram desenvolvidas mini-palestras coordenadas pela Associação dos Comitês Femininos da Copagril, a ACFC, onde inúmeras mulheres estiveram participando com o intuito de aprender e comercializar os produtos que lá estiveram em exposição. "A programação do Dia de Campo foi pensada na família, para que pudessem se sentir a vontade, cada um na sua preferência", comenta o coordenador geral do Dia de Campo, Enoir Primon.

 

Diferencial - Com objetivo de exposição e negócios, o evento oportunizou algumas promoções ou mesmo preços diferenciados ao consumidor. "Foi a oportunidade de fazer negócios, por isso que, nos dois dias do evento, os expositores apresentaram promoções e propostas diferenciadas e foram bons negócios", afirma Primon. Os visitantes também puderam conferir as novidades nos setores da pecuária, agrícola, máquinas e implementos com grande variedade e modelos de plantadeiras, tratores, pulverizadores entre outros.

 

 

Organizado - Com estes diferenciais, muitas famílias de produtores associados saíram satisfeitas do evento. "O Dia de Campo Copagril deste ano está realmente muito bom e para nós produtores é sempre bom estarmos conferindo as novidades e atrações. Isso está muito bem definido aqui no evento que diga-se, está muito bem organizado", afirmou a produtora rural associada Lucia Maria Eckstein, acompanhada do marido Adenson e filho Fábio Eckstein.

 

 

Dia de Campo 2012 - Com o objetivo de estar sempre aprimorando e trazendo um verdadeiro show tecnológico do agronegócio, os organizadores já projetam a edição 2012 do Dia de Campo Copagril. Uma das grandes novidades será a estação experimental da cooperativa. "A expectativa é de que no ano que vem já estejamos na nova área e com isso tende-se a ter um espaço maior, levando em consideração que a procura por expositores é grande e com isso se faz necessário um lugar mais amplo e confortável, tanto para empresas parceiras, quanto para o visitante", conclui Enoir Primon. A área nova fica localizada próxima à atual, na PR 491 nas proximidades do aeroporto e tem sua data confirmada para os dias 25 e 23 de Janeiro de 2012. (Imprensa Copagril)

IBGE: Agropecuária é o setor que mais cresceu na última década

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A agropecuária foi a atividade que mais cresceu nos últimos dez anos. A média do Produto Interno Bruto (PIB) do setor, que representa a soma em valores monetários de todos os bens e serviços produzidos, no período de 2000 a 2010, aponta um crescimento anual de 3,67%, enquanto o PIB geral do país mostra avanço de 3,59% (média por ano). A análise da série história foi feita pelo coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, após a avaliação do resultado do último semestre de 2010 e a média final do mesmo ano, divulgados nesta quinta-feira (03/03), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Mudanças - "Podemos citar que os motivos desse crescimento alcançado pela agropecuária nos últimos dez anos são as grandes mudanças que ocorreram na agricultura e pecuária desde o final de 1999", destaca Gasques. Segundo o coordenador, a partir do ano 2000, políticas setoriais como o crédito rural foram destaque na economia brasileira, com a formação de uma curva de crédito em ascenção. Somente no período de 2003 a 2010, mais de R$ 270 bilhões foram aplicados em crédito no país. Os investimentos em modernas máquinas agrícolas, a mudança da política cambial de 1999 (que passou ao câmbio flutuante) e a inserção brasileira no mercado internacional, com o forte comércio de produtos em que antes o país não tinha tradição, como carnes, também foram responsáveis pelo desenvolvimento do setor na última década.   

 

Desempenho em 2010 - A atividade agropecuária cresceu 6,5% em 2010, ocupando o segundo lugar dos setores que mais cresceram no país. O levantamento do IBGE mostra que a economia brasileira cresceu 7,5% no ano passado, e um dos setores que puxaram esse incremento foi o consumo familiar, com 7% de aumento. Em valores, o PIB brasileiro totalizou R$ 3,675 trilhões e, o PIB da agropecuária, R$ 180,8 bilhões. Para o coordenador, a valorização das commodities exerceu importante papel nesse desempenho. "Principalmente quando nos referimos à análise do último semestre de 2010, período em que grande parte das atividades agrícolas já foi encerrada devido ao ciclo da safra brasileira, as exportações são destaque", ressalta Gasques. Ele informa, ainda, que setores específicos, como café, laranja, trigo e cana-de-açúcar também elevaram a taxa deste ano.

 

Crescimento linear - "O resultado positivo apresentado tanto no último ano, quanto na análise da série histórica da última década, mostra que o setor agropecuário vem em um crescimento constante e linear que tende a se repetir nos próximos anos", explica Gasques. Segundo o coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, em 2011, o Valor Bruto da Produção (VBP), um dos índices que compõem o PIB do setor, pode alcançar, em valores, aproximadamente, R$ 184,2 bilhões, um crescimento de 4,5% em relação a 2010, quando o valor registrado foi de R$ 176,2 bilhões. Confira o estudo do IBGE. (Mapa)

COMMODITIES: FAO e FMI realçam incertezas grãos sobem forte em Chicago

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Ainda que a maior parte das projeções aponte para a ampliação da oferta de cereais e grãos no Hemisfério Norte na safra 2011/12, cujo plantio começará a ganhar força em abril, a FAO, agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação, não descarta a possibilidade de novas altas das cotações internacionais de commodities agrícolas e pressão adicional sobre os índices inflacionários globais no curto prazo.

 

Incertezas - Em comunicado, David Hallam, diretor da divisão de comércio e mercado da FAO, diz que os atuais picos do petróleo - derivados da crise no Oriente Médio e no norte da África - ampliaram as incertezas na "já precária situação nos mercados de alimentos". A observação veio no contexto da divulgação de um novo levantamento do índice de preços de alimentos da agência, que bateu novo recorde em fevereiro. Sustentado por variações positivas nos grupos de cereais, lácteos, óleos e gorduras vegetais e carnes, o indicador atingiu 236 pontos, 2,2% mais que em janeiro e maior nível desde sua criação, em 1990. Só o açúcar caiu, mas, mesmo assim, pouco.

 

Efeitos - Além de estar presente na análise de Hallam, a palavra "incerteza" foi também muito utilizada por Caroline Atkinson, porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), em suas próprias considerações sobre os preços dos alimentos feitas em Washington. Nessa frente, o FMI, como a FAO, teme os efeitos das altas sobretudo nas populações mais pobres. Ela ressalvou, conforme relato da agência Dow Jones Newswires, que o petróleo também tem efeitos na inflação, mas principalmente nos países desenvolvidos.

Volatilidade - O fato é que a volatilidade perdura nos mercados de commodities agrícolas e que as cotações continuam elevadas, muito acima das médias históricas observadas até alguns anos atrás. Além das adversidades climáticas que prejudicaram as colheitas em países do Hemisfério Norte no ano passado, a demanda global segue firme, puxada por países emergentes.

 

Demanda - O fator demanda impulsionou os preços dos principais grãos negociados pelo Brasil no exterior na quinta-feira (03/03) na bolsa de Chicago, além de ter oferecido suporte às já estratosféricas cotações do algodão na bolsa de Nova York. Em Chicago, a boa procura por milho americano, com destaque para o apetite de Japão e México, provocou alta de 2,11% nos contratos com vencimento em maio - que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez -, que fecharam a US$ 7,3675 por bushel e passaram a acumular valorização de 90,5% em 12 meses, conforme cálculos do Valor Data.

 

Trigo - No mercado de trigo, o peso da expectativa de uma seca desfavorável em regiões produtoras dos EUA foi maior e os contratos de segunda posição de entrega (maio) subiram 1,51%, para US$ 8,2350 por bushel. Em 12 meses, a alta é de 59,67%. Na soja, a escolha de importadores da China de um carregamento dos EUA em detrimento de outro sul-americano reanimou o mercado e a segunda posição (maio) subiu 1,27% e voltou a superar US$ 14 por bushel - fechou a US$ 14,12.

 

Algodão - Em Nova York, o algodão disparou por conta de uma lufada otimista sobre o comportamento da economia mundial e testou novas máximas históricas. A segunda posição (maio) registrou alta de 2,54%, para US$ 2,0570 por libra-peso. Em 12 meses, o salto alcança 147,92%, conforme o Valor Data. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq para a libra-peso da pluma com entrega em 8 dias superou R$ 4, um novo recorde. (Valor Econômico)

MAIORES ECONOMIAS: Brasil fica em 46.º lugar em ranking de globalização

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Com índice de 3,37, o Brasil ocupou no ano passado a 46.ª colocação num ranking que mede o grau de globalização das 60 maiores economias mundiais, posicionado atrás de quatro outras nações latino-americanas: Chile (29.º), México (36.º), Colômbia (40.º) e Peru (41.º). O Índice de Globalização de 2010, calculado pela consultoria Ernst & Young em parceria com a Economist Intelligence Unit (EIU), mede negócios, investimentos, tecnologia, trabalho e integração cultural com outras economias em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de cada país. Na sondagem anterior, de 2009, o Brasil ocupava a 47.ª colocação, com índice de 3,13.

 

Capital - O Brasil se destacou na categoria "Capital" (índice 4,70), que indica que o fluxo de recursos para o País é intenso em relação a outras economias. O pior desempenho foi verificado no item "Tecnologia", com índice 2,72. A pesquisa foi feita com base em questionário aplicado a 1.050 executivos de todo o mundo, entrevistas com 20 executivos sênior e líderes de companhias. O primeiro do ranking é Hong Kong, com índice 7,48. O Irã ocupa o último lugar, com 2,27.

 

Investimento - De acordo com a Ernst & Young, 70% dos entrevistados disseram ter planos para aumentar o Investimento Estrangeiro Direto (IED) nos próximos três anos. E 17% dos executivos responderam que aumentarão esse valor em 20% neste período. Em relação aos mercados emergentes, o estudo revela que metade das empresas pesquisadas leva em conta apenas dois aspectos para o planejamento de investimentos: projeções de crescimento econômico e tributação. Além disso, direcionam só uma pequena parte dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

 

Desenvolvimento tecnológico - Para os autores do ranking, o desenvolvimento tecnológico continua sendo uma das principais chaves para o aumento do índice de globalização. E foi justamente no item "Tecnologia" que o Brasil recebeu sua nota mais baixa. Para a Ernst & Young, a rápida adoção da internet e de tecnologias móveis pelos mercados emergentes "é um poderoso mecanismo por trás da melhor integração de negócios, capitais e cultura".

 

Retomada da globalização - Em uma visão geral do estudo que acompanha o ranking "Vencendo em um Mundo descentralizado - A globalização e a mudança nos negócios", o índice de globalização dos países aumentou após a crise financeira de 2008 e, conforme a consultoria, essa tendência de alta deve continuar até 2014. Para Luiz Passetti, sócio no Brasil da Ernst & Young Terco, grandes oportunidades de negócios nos mercados emergentes são um dos motivos para a retomada da globalização.

 

Oportunidades - "Essas oportunidades, aliadas ao desenvolvimento da tecnologia e uma recuperação econômica mundial, garantirão um aumento no nível de globalização nos próximos anos", disse. Passetti explicou que, agora, o desafio para as empresas é buscar equilíbrio entre globalização e atuação local. Segundo ele, a convergência entre países desenvolvidos e emergentes eleva o número de mercados estratégicos para as multinacionais. (Agência Estado)

RAMO CRÉDITO I: Credicoamo tem sobras de R$ 28,9 milhões em 2010

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JUROS: Copom eleva taxa básica para 11,75% ao ano

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reajustou nesta quarta-feira (02/03), em 0,5 ponto percentual, a taxa básica de juros (Selic) para 11,75% ao ano. O novo índice ficará em vigor pelos próximos 45 dias, até nova reunião do colegiado de diretores do BC, agendada para dias 19 e 20 de abril. Foi o segundo aumento consecutivo de 0,5 ponto percentual depois da retomada do processo de ajuste monetário, iniciado em janeiro. Em nota divulgada logo depois da reunião, o Copom diz que "dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, [o Copom] decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 11,75% ao ano, sem viés." A decisão foi em linha com a expectativa majoritária dos analistas financeiros, expressa no boletim Focus divulgado pelo BC na última segunda-feira (28/02). (Agência Brasil)

SOJA: Embarques em fevereiro caem em relação ao ano passado

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As exportações de soja do Brasil em fevereiro ficaram em um terço do total embarcado em igual mês do ano passado, informa a Reuters, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior. Segundo o órgão do Ministério do Desenvolvimento, o Brasil exportou 224,9 mil toneladas do grão no mês passado ante 663,8 mil toneladas em fevereiro de 2010. A queda reflete o atraso no plantio e na colheita de soja na safra 2010/11. Já os embarques de milho em fevereiro quase dobraram na mesma comparação, saindo de 553 mil toneladas há um ano para 1,18 milhão de toneladas mês passado. No caso do açúcar, a média de embarques elevados, de quase um milhão de toneladas, foi mantida, segundo a Reuters. (Valor econômico)

AGRÁRIA: Novidades em milho e soja serão apresentadas em Entre Rios

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Pesquisadores da Fapa (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária) e empresas de maquinário e de insumos da agricultura apresentam, nesta quarta e quinta-feira (02 e 03/03), seda da Fapa, no distrito de Entre Rios, novidades para culturas de verão. Com foco em soja e milho, o Dia de Campo de Verão da Cooperativa Agrária, edição 2011, deverá mais uma vez se confirmar como referência na difusão de informações técnicas da agricultura. Isso porque os pesquisadores apresentam e debatem com os participantes resultados de experimentos realizados na região de Guarapuava. Para quem vive do campo, é a oportunidade de saber como superar desafios em suas condições geográficas específicas, como o combate a doenças da lavoura, a correta adubação do solo e a melhor utilização de variedades transgênicas, entre outros. Também participa do evento o Sindicato Rural de Guarapuava.

Destaques - Um dos destaques da programação será a palestra do agrônomo Dirceu Gassen, que vai abordar o tema "Processos de produção para altos rendimentos", no dia 2, às 11h30, e às 13h30 e no dia 3, às 11h30.

A Agrária também vai lançar, pela primeira vez, uma cultivar de soja com sua marca (AFS 110 RR). O material já poderá ser conhecido pelos visitantes em lavouras experimentais na Fapa.

 

Programação - Com atividades das 8h às 17h, o primeiro dia do evento é dedicado exclusivamente aos cooperados. O segundo é aberto ao público em geral (cooperados que desejarem também podem comparecer no dia 3). Todos os anos, o dia de campo tem atraído produtores rurais, agrônomos e estudantes de cursos superiores ou de nível médio ligados à produção agrícola.

 

Horários - As palestras serão ministras de manhã, das 9h às 9h30 e das 10h30 às 11h. À tarde, das 15h30 às 16h e das 17h às 17h30. Os temas são Manejo de doenças na cultura do milho, com Heraldo R. Feksa; Impacto e contribuição dos novos eventos transgênicos no controle de pragas na cultura do milho, com Celso Wobeto; População de plantas e adubação em cultivares de soja, com Sandra M. V. Fontoura e Vitor Spader e Alternativa para melhoria da qualidade do plantio de milho / Plantio de milho a taxa variável, com Thiago M. Machado. (Imprensa Agrária)

OPINIÃO: Crise árabe atinge o agronegócio

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*Geraldo Barros

À medida que a crise no mundo árabe se alastra, seus efeitos sobre o restante do globo vão sendo sentidos. Trata-se de região importante produtora de petróleo e altamente dependente de importações, inclusive do agronegócio. Os altos preços de alimentos, aliás, foram relevantes para o surto de revoltas nessa região de elevada concentração de renda e marcante pobreza.

Quando o turbilhão atingiu a Líbia, ficou sob risco direto o suprimento de petróleo, especialmente na Europa, com destaque para Itália, França e Alemanha. O mercado mundial reagiu com expressiva elevação de preços. Permanecendo esse quadro, ficaria caracterizado um choque de oferta, com o conhecido resultado de aumento da inflação e queda da atividade econômica.

O aumento do petróleo aprofunda as dificuldades decorrentes de já se acharem altos os preços de produtos vinculados a recursos naturais (alimentos, fibras, minérios, metais), cuja oferta não acompanha o crescimento da demanda mundial. Como os desarranjos produtivos no Norte da África, com possível extensão para a Ásia, dificilmente serão superados com brevidade, paira sobre a economia global o espectro de recaída numa crise, ainda em processo de superação.

É importante, porém, ter em conta que os impactos de aumentos no preço do petróleo hoje são menores do que no passado. Muitos países têm atualmente um sistema produtivo bem mais eficiente no uso da energia. É, pois, provável que, embora prossiga a ressaca da crise anterior, os maiores estragos da nova crise se restrinjam aos próprios países árabes.

Para o agronegócio, importa saber que boa parte do crescimento esperado na demanda de alimentos na próxima década está associada aos países da África e Oriente Médio. Daí que, em sequência imediata ao agravamento da crise na Líbia e seus reflexos sobre o preço do petróleo, os mercados de grãos - como trigo, soja e milho - reagiram com forte baixa. Na mesma direção atuaram as notícias de que China e Índia buscavam uma pequena frenagem em suas locomotivas econômicas.

O que a experiência ensina é que os preços de alimentos e petróleo - e commodities em geral - tendem a se movimentar nas mesmas direções embora a curtíssimo prazo possam seguir rumos discrepantes. Tanto na crise dos anos 1970 como na de 2008, distúrbios na produção de petróleo e transtornos climáticos levaram a altas substanciais de preços de ambos. Imprevidências na condução de políticas macroeconômicas agravaram os efeitos perversos do choque de oferta.

Tudo isso considerado, é provável que a crise no Norte da África traga alguma turbulência sem, porém, alterar significativamente o quadro de alta de preços tanto de petróleo como de alimentos, enquanto for mantido o atual crescimento rápido mesmo face ao aumento da inflação mundial. 

Após a queda, os mercados de grãos, prudentemente, parecem ter entrado em ritmo de espera para melhor avaliar a extensão dos danos da crise e dos ajustes em andamento.

*Professor titular da USP/Esalq e coordenador científico do Cepea/Esalq/USP

COASUL: Unidades realizam eventos técnicos sobre milho

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SAFRA 2011/12: Safra de cana deve ser 9% maior no Paraná

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Com a expectativa de produzir 47 milhões de toneladas, o Paraná começa nesta semana o corte de cana-de-açúcar da safra 2011/12. A operação inicia nesta terça-feira (1º/03), nas unidades do Grupo Melhoramentos em Jussara e Jacarezinho e, ainda nesta semana, o Grupo Sabarálcool, com indústrias em Engenheiro Beltrão e Perobal, também estarão trabalhando. Até o final do mês, 14 das 30 unidades produtoras de açúcar e etanol entram em atividade. O Paraná é o quarto maior produtor de cana, açúcar e etanol, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

Previsão - A previsão para o novo ciclo é 8,8% maior que o anterior, quando foram produzidas 43,3 milhões de toneladas, mas não há expansão da área cultivada. "No ano passado tivemos uma redução significativa em razão da seca, quando muita cana deixou de ser colhida porque não se desenvolveu a tempo", explica Miguel Rubens Tranin, presidente da Alcopar (Associação Paranaense de Produtores de Bionergia). Há 670 mil hectares plantados com cana no Estado, cerca de 3,5% do total da superfície agricultável.

 

Mais açúcar - Com um mix mais açucareiro, o Paraná espera produzir 3,4 milhões de toneladas de açúcar, volume 13,3% maior que o do ano anterior. A produção de etanol também vai crescer para 1,7 bilhão de litros, contra 1,6 bilhão da última temporada. Além do aumento no total de cana processada, segundo Tranin, o crescimento da produção de açúcar é consequência também do início de operação de duas novas unidades produtoras: a de Cambuí, no município de Marialva, que pertencia à Cocari e hoje integra o grupo indiano Renuka Vale do Ivaí, e a Dacalda, de Jacarezinho. Ambas só trabalhavam com etanol.

 

Sabarálcool - Uma das primeiras indústrias a entrar em operação, a Sabarálcool prevê esmagar entre 2,2 milhões a 2,3 milhões de toneladas nas duas unidades, priorizando o açúcar: 170 mil toneladas de açúcar e 50 milhões de litros de etanol, segundo afirma o diretor presidente Ricardo Albuquerque Rezende.

 

Na economia - No Paraná, a atividade canavieira está presente em cerca de 140 municípios, gerando 85 mil postos de trabalho diretos e 500 mil indiretos, segundo números da Alcopar. Um terço da colheita é feita por máquinas. A entidade calcula que, indiretamente, o setor movimente mais de R$ 16 bilhões na economia estadual, 50% diretos e 50% indiretos. No ano passado, 2,7 milhões de toneladas de açúcar e 420 milhões de litros de etanol foram exportados. A expectativa para 2011 é que esses números sejam ampliados, mas isso, segundo a entidade, depende ainda de vários fatores, entre eles o desenrolar dos conflitos em países produtores de petróleo, caso da Líbia. (Imprensa Alcopar)

GRÃOS: No Paraná safra 2010/11 supera 30 milhões de toneladas

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No Paraná a safra de grãos de verão e de inverno 2010/11 está se consolidando e poderá atingir 30,95 milhões de toneladas, volume 5% inferior à produção da safra passada quando foram colhidas 32,71 toneladas de grãos no Estado. A previsão, divulgada nesta quinta-feira (24/02) pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, inclui também a primeira intenção de plantio para o trigo da safra 2011.

Oscilação - O diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Otmar Hubner, disse que a safra de grãos 2010/11 ainda poderá oscilar para mais ou menos dependendo da colheita do milho safrinha que ainda está sendo plantado e do desempenho das lavouras de trigo, cujo plantio inicia dia 11 de março. "Por enquanto a safra 2010/11 está abaixo da anterior, que foi recorde. As chuvas deram uma trégua na colheita de grãos da safra de verão e algumas lavouras poderão surpreender", afirmou.

 

Sondagem - De acordo com a pesquisa realizada pelo Deral, a primeira sondagem sobre o plantio de trigo da safra 2011 sinaliza uma redução de 11% na área plantada na comparação com o cultivo realizado na safra passada. A redução foi motivada pelo desestímulo dos produtores com a queda nos preços do grão. Mesmo assim, a redução não foi tão acentuada porque a alternativa mais viável para o plantio de grãos na região Sul e Centro-Sul do Paraná durante o inverno é o trigo.

 

Primeira safra - Só a produção de grãos de verão deve totalizar 20,03 milhões de toneladas, volume 6% inferior ao obtido em igual período do ano passado, que foi de 21,38 milhões de toneladas. Segundo o Deral, o clima permanece chuvoso, mas ainda não há modificação da produção esperada, exceto com o feijão da primeira safra que já apresentou perdas de 9%.

 

Soja - O carro-chefe da produção de verão é a cultura da soja, que deverá apresentar um volume de produção estimado em 13,94 milhões de toneladas, praticamente o mesmo produzido na safra passada, que foi de 13,93 milhões de toneladas. Este ano, a área de plantio atingiu 4,5 milhões de hectares, considerada recorde. Em relação à área plantada no ano passado houve um aumento de 130 mil hectares.

 

Chuva - As chuvas ocorridas no início de fevereiro atingiram a soja em final de ciclo em algumas regiões e muitos produtores chegaram a registrar perdas expressivas antes mesmo da colheita por causa da umidade de grãos. Porém o diferencial de 3% na expansão da área plantada poderá compensar essa queda na produtividade, acredita a engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi.

 

Fatores adversos - De acordo com a agrônoma, o produtor que plantou soja se deparou com fatores adversos durante o desenvolvimento da lavoura como noites frias, dias nublados e no final do ciclo, com a incidência de doenças. "Por tudo isso é bem possível que ele venha a ter prejuízos no rendimento da lavoura. Mas eles só poderão ser dimensionados à medida que avança a colheita", disse Demarchi.

 

Produtividade - Na safra passada, a produtividade obtida com a soja foi de 3.184 quilos por hectare. Na atual safra, que ainda está em início de colheita, a produtividade caiu para 3.097 quilos por hectare. A agrônoma alerta que a produtividade da lavoura ainda pode mudar com a intensificação da colheita da soja.

 

Milho - Para o milho da primeira safra o Deral prevê uma produção de 5,39 milhões de toneladas de grãos. Esse volume é 21% inferior à produção no mesmo período do ano passado, mas é decorrente da redução de área plantada. Na safra 2010/11, os produtores paranaenses plantaram cerca de 735 mil hectares de milho, considerada a menor área plantada desde a década de 60. As chuvas também estão atrapalhando parte da colheita do milho que ainda está incipiente no Paraná. Até agora apenas 5% da área plantada foi colhida quando deveria ser de pelo menos 15% da área plantada.

 

Feijão - Para o feijão das águas, ou primeira safra, as chuvas ocorridas em janeiro e fevereiro deste ano foram prejudiciais e provocaram queda de 9% na produção esperada. O levantamento do Deral para o mês de fevereiro aponta uma produção de 522 mil toneladas, quando estava sendo esperada uma produção de 541 mil toneladas. Mesmo assim a produção é 7% maior que a obtida no mesmo período do ano passado que atingiu um volume de 489.588 toneladas.

 

Segunda safra - O plantio da segunda safra de grãos já iniciou no Paraná. A área ocupada pelo milho safrinha (segunda safra) está superando a área cultivada na safra de verão porque o produtor apostou na cultura em função da melhora nos preços do grão no segundo semestre de 2010. A previsão é que a que a área plantada seja 15% maior em relação ao ano passado.

 

Início - No início o plantio estava prejudicado pelas chuvas. O produtor não consegue colher a soja e consequentemente não pode plantar o milho. Mas o Ministério da Agricultura autorizou a prorrogação do plantio, a pedido do governo do Paraná, e a área cultivada pode atingir 1,57 milhão de hectares, 210 mil hectares acima do que foi plantado o ano passado. Cerca de 1¨7% da área foi plantada quando o normal seria 35% da área estar ocupada. A expectativa é que a produção deve ser de 6,86 milhões de toneladas, superando o volume produzido na primeira safra e 1,3% acima do volume obtido em igual período da safra passada que foi de 6,77 milhões de toneladas.

 

Área plantada - A segunda safra de feijão apresenta redução de 3% na área plantada, devendo cair de 191 mil hectares ocupados no ano passado para 186 mil hectares este ano. Apesar disso, a produção de feijão da segunda safra pode surpreender, informa o relatório do Deral. Se as condições de clima se mantiverem normais a produção de feijão da segunda safra pode ser 13% maior, em torno de 330 mil toneladas contra 295 mil toneladas colhidas em igual período do ano passado. De acordo com a agrônoma do Deral, muitos médios e grandes produtores com boa tecnologia investem no plantio de feijão da segunda safra e a produção costuma apresentar excelentes resultados.

 

Trigo - A primeira intenção de plantio de trigo da safra 2011 prevê uma redução de 11% na área plantada. O plantio que se inicia oficialmente, de acordo com o zoneamento agrícola, em 11 de março no Paraná poderá atingir 1,05 milhão de hectares, a menor área plantada nos últimos três anos no Estado. No ano passado foram plantados 1,17 milhão de hectares. A expectativa de produção, considerando condições normais de clima, deve atingir 2,52 milhões de toneladas, 26% a menos que o ano passado, quando o volume colhido foi de 3,42 milhões de toneladas. (AEN)

FINANCIAMENTO: Contratações do crédito rural chegam a R$ 56,3 bilhões

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As contratações do crédito rural passaram de 56% do total programado entre julho de 2010 e janeiro de 2011. Nesse período, os produtores contrataram R$ 56,3 bilhões dos R$ 100 bilhões previstos para a agricultura empresarial. O número mostra que os financiamentos do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 superaram em 20,5% o volume contratado em período igual no ano passado (R$ 46,7 bilhões). "O resultado reflete o bom cenário para a agricultura no Brasil e no mundo, com os preços das commodities valorizados. A situação estimula tanto o empreendedor como os agentes financeiros que operam o crédito rural", avalia o diretor de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Araújo.

Recursos - Os recursos para custeio e comercialização ultrapassam R$ 42 bilhões, o que representa quase 56% do valor previsto para safra atual (R$ 75,5 bilhões). Os desembolsos dos programas de investimento chegam a R$ 8,3 bilhões. Além desses recursos, o governo colocou à disposição linhas especiais de crédito. Destaque para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI-K), voltado à compra de máquinas de equipamentos agrícolas. Até janeiro, 93% do programado já estavam nas mãos dos produtores. São R$ 3,7 bilhões dos R$ 4 bilhões direcionados a essa linha de financiamento.

 

Cooperativas - O crédito rural destinado a cooperativas também está com bom desempenho. Por meio do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) já foram liberados R$ 1,7 bilhão, 88,2% do programado no Plano Agrícola e Pecuário. Outros R$ 869 milhões foram contratados pelo Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), o equivalente a 43,5% do previsto para safra.

 

Médio produtor -  Já para o médio produtor foram liberados cerca de R$ 3,2 bilhões dos R$ 5,65 bilhões, entre julho de 2010 e janeiro de 2011, pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). No segmento de custeio e comercialização, esse valor chega a R$ 2,4 bilhões, ou 63% do programado. Para investimento, as contratações alcançaram R$ 700 milhões contra R$ 436 milhões no mesmo período do ano anterior. (Mapa)

Acesse na íntegra o Plano Agrícola e Pecuário

PARANÁ COMPETITIVO: Programa vai reinserir o Estado na agenda dos investidores, diz Richa

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O governador Beto Richa lançou nesta quinta-feira (23/02), em Londrina, as primeiras medidas do programa Paraná Competitivo, ao assinar dois decretos que alteram a política fiscal do Estado. "Com os novos incentivos vamos reinserir o Paraná na agenda dos investidores", afirmou. "Queremos retomar a trajetória de atração de investimentos produtivos - nacionais e internacionais - e dar total apoio para as empresas locais que queiram expandir suas atividades", afirmou o governador.

Grupos empresariais -Segundo o governador Beto Richa, cerca de 40 grupos empresariais já procuraram o Paraná neste ano para conhecer os incentivos oferecidos pelo governo. "Houve uma mudança no conceito de governança e uma nova postura de governo, com diálogo e respeito. Isso está sendo percebido pelos investidores, que também procuram segurança jurídica", afirmou Richa na solenidade realizada na Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL).


Moderna - Richa destacou que a nova política fiscal é moderna, leva em conta os interesses do Estado na concessão de benefícios e torna mais flexível a negociação com os investidores. "Vamos analisar caso a caso. Todos os pedidos de incentivos vão passar por trêss comitês, um técnico, um consultivo e um decisório. Eles é que vão estabelecer o tipo de apoio fiscal possível, de acordo com critérios como o tipo do investimento, impacto econômico e grau de inovação", explicou.


Percentual - A nova política fiscal altera também o percentual do ICMS a ser diferido. Antes os valores eram fixos e estabelecidos de acordo com as regiões do Estado. A partir de agora o benefício vai variar de 10% a 90%, inclusive para cidades que não possuíam o benefício, como Curitiba, São José dos Pinhais e Araucária. O índice a ser aplicado será definido nos comitês formados por técnicos e secretários de Estado. Além disso, haverá um conselho consultivo formado por entidades representativas da indústria, comércio, agricultura, transporte e das cooperativas.


Prazo - A mudança no prazo de dilação do ICMS é outra novidade. Fixado por decreto, o tempo de dilação era de quatro anos, mais quatro para pagamento. Com a nova política o período foi flexibilizado e varia de dois a oito anos, e até oito anos para recolhimento.


Energia elétrica - O imposto que incide sobre energia elétrica acompanha a mesma lógica. Além disso, o mesmo benefício poderá ser concedido para o tributo incidente sobre o uso do gás natural. "Outra alteração inovadora é a possibilidade de beneficiar com dilação de ICMS indústrias que estejam em recuperação judicial", informou o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros.


Recuperar tempo perdido - Para o secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, o programa de incentivos vai ajudar a recuperar o tempo perdido em relação ao crescimento econômico do Paraná. Ele lembrou que de 2003 a 2009 a participação paranaense no PIB nacional caiu de 6,4% para 5,9%, e a participação nas exportações encolheu de 9,8% para 7%. "Perdemos ritmo e ficamos para trás neste início de século, que foi um tempo de expansão da economia em todos os níveis", avalia.


O Programa - O lançamento da nova política fiscal é a primeira etapa do programa Paraná Competitivo e se enquadra na linha de ação denominada Fomento, Incentivos e Crédito. Além dessa há mais três: qualificação e capacitação da mão de obra; infraestrutura e internacionalização, incluindo atração de investimentos, e comércio exterior.


Participação - Além das secretarias de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul e da Fazenda, também participam da elaboração do Paraná Competitivo as secretarias de Assuntos Estratégicos, Planejamento, Meio Ambiente, Trabalho e Emprego, Infraestrutura e Logística, a Agência de Fomento, BRDE, Copel, Compagás, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Lactec, Ipardes. A formatação fiscal contou ainda com sugestões do setor produtivo e dos municípios. (AEN)


Link para acessar tabela com as principais mudanças na política fiscal.

FEIJÃO: Conab anuncia recursos para estimular produtores

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A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) vai lançar o Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) para o feijão para enxugar a produção nos estados produtores onde o preço pago ao produto caiu abaixo do preço mínimo. O Paraná é o maior estado produtor e um dos mais penalizados com a queda nas cotações. Nos últimos quatro meses, os preços pagos aos produtores caíram 54%, segundo acompanhamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.

Oferta - O superintendente da Conab no Paraná, Lafaete Jacomel, afirmou que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai ofertar R$ 39 milhões para as indústrias comparem o feijão nos estados produtores e levar a mercadoria para outros estados consumidores. Jacomel disse que a data do leilão e o valor do prêmio ainda estão indefinidos. Mas ele salienta que a informação sobre liberação do PEP é importante para os agricultores se organizarem para vender os lotes de feijão para as empresas, assim que as regras forem divulgadas.

 

Prêmio - Os recursos serão aplicados no pagamento de prêmio à empresa que comprar o feijão no Paraná ou outro estado produtor, pagar o preço mínimo de R$ 80,00 a saca de 60 quilos ao produtor e entregar em outras regiões não produtoras. "A Conab fará o pagamento assim que a empresa comprovar a entrega da produção de feijão nos estados consumidores", explicou Jacomel.

 

Reivindicação - Para o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, a medida atende a reivindicação do Paraná, que recentemente enviou pedido ao Ministério da Agricultura para intervir na comercialização do feijão, que está desestimulando o produtor. Conforme a previsão do Deral, este ano a safra das águas deverá ser em torno de 11% maior do que a safra anterior. A expectativa é que sejam produzidas 542 mil toneladas de feijão na safra das águas 2010/11, contra 490 mil toneladas produzidas em igual período do ano passado.

 

Comercialização - Até agora, foram comercializadas 39% da produção prevista para a safra das águas 2010/11. Com isso, imagina-se que o PEP será feito para os 60% restantes da safra que ainda está nas mãos dos produtores no Paraná, informou o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, do Deral. Com a retirada de parte desses estoques, certamente os preços voltam a se estabilizar num patamar melhor ao produtor, acredita o técnico.

 

Preço - Em outubro do ano passado, o produtor vinha recebendo uma média de R$ 127,55 a saca de 60 quilos pelo feijão de cor. Atualmente, o produto está cotado a R$ 60,61 a saca ao produtor, uma queda de 52%. O feijão preto teve uma queda de 30%. O produtor recebeu em média R$ 88,09 a saca de 60 quilos e hoje a cotação caiu para R$ 61,88 a saca de 60 quilos. (AEN)