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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, disse que o governo conta com a possibilidade de a reforma do Código Florestal não ser votada antes de 11 de junho, quando termina o prazo para averbação da reserva legal das propriedades rurais. Ele acrescentou que, neste caso, será necessário adiar novamente a data limite, estendida em 2009. As articulações neste sentido estariam sendo iniciadas.
Data limite - O assuntou voltou à tona nas últimas semanas, pela aproximação da data limite e pela previsão de que o tema deve ser votado no Congresso em março. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sustenta que, se todos os produtores averbarem ao menos 20% de suas propriedades como reserva, o setor terá de abandonar 20 milhões de hectares. Os ambientalistas defendem que, da forma como foi arrematada pelo relator, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a reforma anistia os desmatadores.
Consenso - O ministro da Agricultura disse estar em busca de um consenso com a área ambiental. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, declarou na última semana que ainda não há um acordo. Ela afirma que não vai aceitar anistia a desmatador que derrubou florestas sabendo estar infringindo a legislação.
Proposta - Na avaliação de Rossi, para que o assunto passe no Congresso, é primeiro necessário uma proposta sem pontos radicais. Ele disse que o governo não vai apresentar uma segunda proposta, mudando a relatada por Rebelo, como foi cogitado. "Há coisas que precisam ser alteradas simplesmente no modo como foram escritas." Por outro lado, disse que há risco de confrontos no Congresso e que, se a bancada rural ou a do meio ambiente não estiverem dispostas a ceder, a reforma não deve passar antes de junho. "Se a reforma não for concluída, teremos de trabalhar com novos prazos para os produtores", acrescentou.
Área - Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a área das lavouras passou de 40 milhões para 77 milhões de hectares entre 1975 e 2006. Mesmo assim, a de matas e florestas teria aumentado de 70 milhões para 100 milhões de hectares no mesmo período. Essas florestas abrangem vegetação natural e plantada mantida nas propriedades rurais para pastoreio, preservação permanente ou reserva legal.
Banco do Brasil - O Banco do Brasil recuou da posição de alerta em relação ao prazo. Principal agente financeiro do crédito rural, havia lançado circular avisando que, a partir de 12 de junho, não liberaria mais financiamentos para produtores que não tenham averbada a reserva legal. A medida provocou reação do setor produtivo, que alega que a instituição não pode considerar as propriedades irregulares antes de uma definição do governo. Até que novos prazos sejam afixados, a questão tende a ficar indefinida. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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À medida que as colheitadeiras avançam, os produtores da Região Sudoeste do Paraná percebem que os altos e baixos dos efeitos do fenômeno La Niña sobre a agricultura se anulam. As áreas mais problemáticas estão, ao contrário do que se previa, em regiões onde sobrou água. A tarefa de retirar a produção do campo, no entanto, depende neste momento de uma pausa nas chuvas.
Preocupação - As previsões de pancadas de chuva em todas as regiões do estado para esta semana preocupam o setor. Por outro lado, a tendência é de redução nas precipitações a partir de agora, permitindo que a colheita finalmente saia da casa de 1% e ultrapasse os 5%. O problema é a queda na qualidade dos grãos, com casos concretos de perda, e a expansão da ferrugem. Dos 612 casos registrados até ontem, 260 ocorreram no Paraná.
Bons rendimentos - Com cerca de meio milhão de hectares plantados com soja, o equivalente a 11% da área total destinada à cultura no Paraná, o Sudoeste iniciou a colheita de milho e soja com bons rendimentos. As marcas mais comuns são superiores às alcançadas na temporada passada. No entanto, o alto volume de chuvas registrado em janeiro e fevereiro agora é problema concreto. Em pontos isolados, chegou a chover mais de 400 milímetros em 12 dias, relataram os produtores. Em 700 hectares de soja de Nelson de Bortoli, 500 estariam perdidos. Ele estima prejuízo de R$ 1,5 milhão.
Produtividade - A avaliação geral, porém, é que casos isolados não devem derrubar o índice médio de produtividade do Sudoeste. Presidente de um os maiores grupos sementeiros do país, com fazenda no município de Renascença, Fernando Guerra revela que os agricultores da região não pouparam esforços ao investir em alta tecnologia neste ano. Ele acredita que irá colher até 70 sacas por hectare nesta safra, contra 60 colhidos ano passado. A esperança está sustentada na aparência das plantas da região. Muitas vagens apresentam formação de quatro grãos de soja.
Vigor - Em Coronel Vivida, as lavouras também mostram vigor. Com 550 hectares semeados com soja, Euclides Munaretto pretende retirar 65 sacas por hectare do campo, ante 58 sacas por hectare colhidos na safra 2009/10. "Fiz três aplicações de fungicidas e garanti o sono", conta o produtor, que deve dar a partida nas colheitadeiras até o final deste mês. Na mesma região de Munaretto, os produtores também identificaram problemas com ardido. "A maioria aplicou dessecante para conseguir fazer a safrinha logo em seguida. Depois de aplicar o produto, choveu 10 dias seguidos, potencializando o problema", explica Munaretto. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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A Cocamar finaliza detalhes para a realização, nesta quarta-feira (23/02), em Iporã, do dia de campo sobre integração lavoura e pecuária. A programação começa às 14h na Unidade de Difusão de Tecnologia (UDT) da cooperativa. O trabalho tem a participação da Embrapa e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). O acesso é restrito a cooperados convidados. A integração é apresentada, na região, como uma forma de potencializar a receita das propriedades e também a economia da região do arenito caiuá, onde se vê, em maior parte, pastagens degradadas. (Imprensa Cocamar)
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O produtor paranaense de soja não vê a hora da chuva dar uma trégua para iniciar a colheita da safra 2010/2011. Com preços excelentes, a commoditie agrícola já atingiu a casa dos R$ 48 para a saca de 60 kg, uma elevação de 42% comparado ao mesmo período do ano passado, quando o agricultor negociou o grão na média de R$ 33,29. Os dados são do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab/Deral).
Mercado aquecido - De acordo com Margorete Demarchi, engenheira agrônoma do Deral, o mercado está bem aquecido devido à elevada demanda mundial por alimentos, inclusive dos insumos para a produção de carne. Além disso, o aumento do consumo chinês - principal comprador de soja em grãos do Brasil - garante a base dos preços internacionais. ''A safra no Paraná deste ano deve fechar em 13,79 milhões de toneladas. Um pouco abaixo da safra do ano passado, que ficou em 13,93 milhões'', calcula a especialista.
Início imediato - Entretanto, é preciso que a colheita inicie imediatamente. Devido às fortes chuvas de fevereiro, até agora foi colhido apenas 1% de toda a safra, sendo que o ideal seria dez vezes esse valor. ''Não adianta o produtor ter preço, mas não ter produto para comercializar. Dia a dia essa situação vai se agravando e isso pode impactar nos preços diretamente. Há produtores que já perderam dinheiro, mas ainda não é possível dimensionar os prejuízos'', explica Margorete.
Ponto de maturação - No oeste do Estado, por exemplo, a soja já está em ponto de maturação há pelo menos dez dias. Em todo o Paraná, 26% da safra está nessa fase, ideal para a colheita. Um dos fatores que ocasionou este problema foi o plantio antecipado da soja no ano passado, que agora com ciclos menores devido à tecnologia das sementes, acabou atingindo o ponto de colheita neste período chuvoso. ''O produtor está certo em fazer esse calendário, já que ele quer iniciar o plantio do milho o quanto antes, evitando as geadas na cultura'', relata a engenheira agrônoma do Deral.
Venda antecipada - Pelos cálculos do Deral, 21% da safra do Paraná já está vendida. Como base no retrospecto dos últimos três anos, cerca de 45% da produção de soja em grãos do Estado vai para o mercado internacional. ''No ano passado, o produtor não deixou de faturar com a commoditie a R$ 33,29. Os preços dessa safra estão realmente interessantes'', complementa Margorete.
Custo operacional - Robson Mafioletti, engenheiro agrônomo da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), comenta que o custo de produção operacional da soja ficou estável em comparação ao ano passado, entre R$ 28 e R$ 30. ''A safra está boa, e deve fechar com uma produção de 48 sacas por hectare. Não há motivo para tanto desespero. Se a chuva parar, em menos de dez dias já é possível entrar na lavoura para a colheita'', finaliza. (Folha Rural / Folha de Londrina)
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A queda nas exportações de soja dos Estados Unidos e a possibilidade de a China substituir importações do grão americano pelo produzido na América do Sul fizeram com que as cotações em Chicago recuassem no pregão de sexta-feira (18/02). Os contratos com vencimento em maio terminaram o dia a US$ 13,81 por bushel, em queda de 35,50 centavos de dólar. Segundo a Bloomberg, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que as vendas semanais americanas somaram 396,3 mil toneladas, queda de 59% ante a semana anterior. Além disso, a China cancelou uma compra de 120 mil toneladas de soja americana. No mercado interno, a saca de soja foi cotada a R$ 46,87 na sexta-feira no Paraná, queda de 0,99%, segundo levantamento do Seab/Deral.
Trigo - Os preços do trigo fecharam em baixa no pregão de sexta-feira na bolsa de Chicago, diante das especulações de que as medidas do governo chinês para conter a inflação do país possam ter efeitos sobre a importação do grão. A expectativa de analistas ouvidos pela Bloomberg é que a preocupação da China em controlar os preços internos possa fazer com que a economia do país desacelere, fato que pode reduzir as importações de trigo, em especial dos Estados Unidos. Na sexta, em Chicago, os contratos com vencimento em maio fecharam o dia a US$ 8,5575 por bushel, em queda diária de 27,75 centavos de dólar. Em Kansas, os papéis com mesmo vencimento caíram 23,25 centavos, para US$ 9,4075 por bushel. No Paraná, a saca foi cotada a R$ 25,77, alta de 0,08%, segundo o Seab/Deral. (Valor Econômico)
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A Receita Federal prorrogou para a próxima quarta (23/02) o prazo para a entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) pelas empresas. O prazo anterior vencia na terça-feira passada (15). A instrução da Receita foi publicada nesta sexta-feira (18/02) no Diário Oficial da União. A DCTF deve ser preenchida por todas as empresas tributadas pelo imposto de renda, nos termos estabelecidos pelo Lucro Real e Lucro Presumido, a partir do limite estabelecido em lei. A declaração conterá as informações relativas aos tributos e às contribuições apurados pela empresa mês a mês, os pagamentos, eventuais parcelamentos e as compensações de créditos, como as informações sobre a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. (Agência Brasil)
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Com o objetivo de melhorar a qualidade dos produtos oferecidos pela Coasul Cooperativa Agroindustrial, foi realizada, no mês de fevereiro, uma rodada de reuniões para padronização das normas de recepção, classificação, armazenagem, secagem e transferência de grãos nas unidades de Dois Vizinhos, São João, Nova Lurdes, Chopinzinho, Mato Branco, Sulina, Saudade do Iguaçu, Porto Barreiro e Rio Bonito do Iguaçu.
Qualidade - O gerente supervisor de entrepostos, Celso Luiz Sganzella, esclarece que as medidas vão garantir que os grãos tenham o mais alto padrão de qualidade do campo até o consumo nas fábricas de rações da cooperativa. Além dele, também auxiliou no desenvolvimento do projeto o analista de recebimento, beneficiamento e armazenagem de cereais, Josemar Carpenedo.
Consumo - Com o início do funcionamento da fábrica de rações que atende ao fomento avícola da Coasul, o consumo do milho, principalmente, teve grande alta. Hoje, o grão que era comercializado fora da cooperativa, fica nela mesmo. A ração, por sua vez, é consumida pelos pintainhos alojados nos aviários integrados, que seguem depois de 43 dias para o abatedouro de aves e então para a mesa do consumidor com os produtos LeVida. "Por isso, a preocupação com toda a cadeia de produção", justifica Sganzella.
Energia elétrica - Além da melhoria na qualidade, a padronização desses serviços oferecidos pela cooperativa vai refletir diretamente no consumo e desperdício de energia elétrica. "Como vai existir um padrão para horário de secagem, temperatura, umidade e etc, esperamos reduzir os índices em até 30%", destaca Celso.
Certificação - Em 2010 a Coasul certificou os armazéns de grãos das unidades de São João, Chopinzinho e Renascença, conforme Lei nº 9.973, de 10/05/2000, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em 2011, as unidades de Bom Sucesso do Sul, Rio Bonito do Iguaçu e São Jorge D'Oeste devem ser certificadas. As outras unidades da cooperativa devem ser reorganizadas até 2013. (Imprensa Coasul)
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Os produtores "precisam ter peito e enfrentar o desafio" de vencer o risco de apagão logístico no escoamento da atual safra de soja, a maior da história do país, disse ontem o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. Em entrevista à Expedição Safra Gazeta do Povo, em Brasília, ele argumentou que o setor público precisa reagir, mas que o setor privado também deixou de investir em transporte e estrutura de armazenagem.
Responsabilidade - A declaração foi rebatida pelo presidente da Organização das Cooperativas do Brasil, Márcio Freitas. Em sua avaliação, com a colheita já em andamento, o governo sabe que "não tem o que fazer e está transferindo responsabilidade".
Alerta - O risco de apagão logístico foi apontado na última semana por lideranças do agronegócio, entre elas o ex-ministro da Agricultura e deputado federal Reinhold Stephanes (PMDB). Administradores de rodovias e a própria Polícia Rodoviária Federal se preparam para enfrentar sobrecarga nas estradas.
Soja - A área da soja foi ampliada e a produção tende a passar da casa de 68 milhões para mais de 70 milhões de toneladas. No caso do milho, a safra de verão tende a render perto de 32 milhões de toneladas. A expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que a safra de grãos 2010/11 ultrapasse, pela primeira vez, a faixa de 150 milhões de toneladas.
Concentração - O ritmo dos trabalhos no campo e o mercado contribuem para concentrar o escoamento da safra em poucas semanas. Aproveitando as primeiras chuvas, os produtores plantaram praticamente todas as lavouras a partir de novembro. Por isso, a colheita deve ocorrer num período mais curto que o normal, com mais força em março.
Vendas antecipadas - Com o mercado pagando bem, os produtores anteciparam a venda de aproximadamente 40% da produção. E devem continuar vendendo durante a colheita. Para não gastar com armazenagem, a tendência é que o setor tente entregar a produção o quanto antes. Se essa estratégia for adotada, os armazéns podem ser suficientes, mas as rodovias e portos serão mais testados do que nunca.
"Choradeira" - Para o ministro da Agricultura, a "choradeira" dos produtores é "exagerada". Em sua avaliação, o problema não é tão grave. "Temos capacidade de armazenagem estática compatível com a safra", avaliou. "A dificuldade se dá pela inexistência, praticamente, da intermodalidade." Se houvesse mais integração entre rodovias, ferrovias e hidrovias, a situação seria confortável, apontou Rossi, para quem as reclamações são resquícios de uma visão "antiga" sobre a realidade do agronegócio.
Reação tímida - O ministro disse reconhecer que o governo tem responsabilidade sobre os "gargalos" - falta de estrutura para armazenagem, transporte e embarque - que atrapalham o escoamento da safra de soja e milho, forçando aumento de 5% no preço do frete, conforme estimativa do próprio setor de transporte. Ressaltou que existem obras em andamento em ferrovias, hidrovias e rodovias. "A responsabilidade do governo é colocar [à disposição dos produtores e cooperativas] recursos a juros contidos", acrescentou. Por outro lado, disse que a reação do setor tem sido tímida. "Armazenagem é atividade privada", ressaltou.
Burocracia - Segundo o presidente da OCB, os recursos são insuficientes e não chegam ao produtor pelo excesso de burocracia. "O dinheiro existe mas ninguém consegue pegar." Ele argumentou ainda que os juros de 6,75% ao ano, na verdade, custam ao produtor entre 10% e 12% por causa de restrições dos programas de financiamento e de serviços que os bancos associam ao crédito.
Necessidade - Conforme estimativa da OCB, o governo ofereceu cerca de R$ 3 bilhões para investimento em infraestrutura na última safra. Parte desses recursos não foi tomada. Mesmo assim, a avaliação é de que seriam necessários R$ 10 bilhões ao ano. "A cada ano temos mais problemas. Isso não foi encarado de frente pelo governo. É responsabilidade do Estado, sim", disse Freitas. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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Enquanto a maior parte dos produtores de grãos se preocupa com o plantio do milho safrinha, no Sudoeste do Paraná é a soja e o feijão que protagonizam a disputa por terreno para o inverno. Juntas, as duas culturas ocupam na região quase o dobro da área destinada à segunda safra de milho que, apesar de ter crescido 2,6 mil hectares da última temporada para a atual, deve alcançar somente 41,5 mil hectares.
Inferior - O número é inferior à área de feijão (2.ª safra), estimada em 42 mil hectares, conforme a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A oleaginosa, por sua vez, vai abocanhar 38 mil hectares no Sudoeste, o que corresponde a 34% de toda a área da cultura nesta época no estado.
Soja safrinha - Nas propriedades visitadas pela Expedição Safra Gazeta do Povo até esta quarta-feira (16/02), observa-se que a soja safrinha ocupará áreas já cobertas pela oleaginosa no verão, enquanto o feijão deverá entrar nas áreas plantadas de milho. A decisão em plantar soja sobre soja reduz o potencial produtivo das lavouras, que rendem cerca de 20 sacas (60 quilos) por hectare a menos na colheita de inverno.
Feijão - O golpe sofrido com a forte queda dos preços da saca de feijão na última safra não assusta os produtores do Sudoeste. Eles acreditam em uma recuperação dos preços até a próxima colheita. "Quando o preço está baixo no plantio, é sinal de que pode melhorar na colheita", avalia Wilson Ranpi, da Fazenda Santo André.O produtor pretende plantar 60 hectares de feijão à medida que as colheitadeiras forem passando pelas lavouras de milho. A área é maior do que a da safra recém-colhida, que ocupou cerca de 30 hectares.
Mercado - Já o agricultor de Pato Branco André Luiz Ceni sustenta a manutenção da área de 15 hectares com feijão da 2.ª safra na antecipação da colheita do produto. "Como o feijão é o primeiro a entrar no mercado após a 1.ª safra, a chance de pegar melhores preços é maior", afirma. Em relação à 1.ª safra, Ceni revela que toda a produção de feijão ainda está estocada à espera de comprador. O valor atual, segundo ele, é de R$ 55 por saca, mas apenas nominal.
Custos - Além da menor rentabilidade prevista para o cultivo de milho na 2.ª safra, o risco e o custo do plantio do cereal também são mais altos do que com o feijão, complementa Fabrício Monteiro, técnico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), que acompanha a Expedição no Sudoeste do Paraná. Sem contar que, para aproveitar a janela climática ideal, os produtores deveriam ter iniciado a semeadura do milho em dezembro ou janeiro, o que não seria possível neste ano. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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A safra de preços altos, com expectativa de produção e produtividade recordes, já tem também caso de prejuízo. Em Mariópolis (Sudoeste), a Expedição Safra encontrou a primeira confirmação de quebra em lavoura de soja.Com 700 hectares plantados, a fazenda de Nelson de Bortoli foi muito castigada pela ocorrência de 12 dias seguidos de chuva. O produtor conta que o volume de água passou dos 400 milímetros neste período. Uma enxurrada que transformou a esperança de alta produtividade em lágrimas. Bortoli calcula que terá perda total da produção em 500 hectares plantados com soja, um prejuízo estimado em R$ 1,5 milhão até o momento.
Caixa - "Com esse dinheiro eu pretendia fazer a safrinha de soja. Não sei se vou conseguir me segurar com o que tenho em caixa", conta o produtor. Das cerca de 200 mil sacas de soja colhidas em anos normais, 20% já haviam sido comercializadas por meio de contratos antecipados de venda nesta safra. O agricultor acredita que foi o volume equivalente a esse porcentual que ele conseguiu salvar até o momento, cerca de 30 mil sacas.
Prejuízo - Bortoli não tem seguro rural e, para piorar a situação, ainda corre o risco de ver o prejuízo aumentar. "Se continuar chovendo, as áreas menos afetadas até agora podem estragar", avalia o agrônomo da Cooperativa Agrícola Mista São Cristóvão (Camisc) Giovani de Bortoli, que faz parte da mesma família do agricultor e presta consultoria à fazenda.
Soja ardida - Para ganhar tempo, o produtor decidiu deixar de colher o grão em áreas com total apodrecimento das plantas para se dedicar à retirada de soja dos campos menos comprometidos. Mesmo assim, há muita soja ardida. "Na carga de hoje, pelo menos 10% do volume estava ardido. Sem considerar o nível de pelo menos 1% de impurezas e alto teor de umidade dos grãos", revela o técnico da cooperativa. Segundo ele, outros produtores do município também estão sob ameaça do clima. "Acredito que apenas 5% da área foi colhida na região, o restante ainda corre o risco de quebra", diz o agrônomo. Com expectativa de colheita em cinco dias em Mariópolis, a perspectiva é mais promissora para o milho, que deve ter o melhor rendimento dos últimos anos no Sudoeste.
Roteiro - A Expedição Safra percorre nesta semana o Sudoeste do Paraná e o noroeste de Minas. Uma equipe encerrou viagem pelo Piauí e Bahia e segue para os Estados Unidos, onde acompanha, na semana que vem, o Outlook Agricultural Forum, promovido pelo departamento de agricultura do país, o USDA. Os jornalistas e técnicos vão apurar as primeiras projeções consolidadas sobre a próxima safra de grãos norte-americana. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estendeu o prazo de plantio do milho segunda safra, mais conhecido como safrinha, atendendo à reivindicação feita em conjunto pela Ocepar, Faep e Seab. "Após a análise por técnicos do Mapa sobre a situação climática no Estado do Paraná, constatou-se que as condições hídricas dos solos, prevalecentes nas principais regiões produtoras do Estado, possibilitam uma ampliação, em caráter excepcional, de 10 ou de 20 dias nos períodos de plantio, de acordo com o tipo de solos e ciclo de cultivar a ser semeado", afirma Adilson Nabuco Barreto, da Coordenação Geral de Zoneamento Agropecuário, vinculada ao Departamento Geral de Risco Rural da Secretaria de Política Agrícola do Mapa. A nova relação dos municípios aptos ao cultivo e os períodos indicados para semeadura foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (16/02), retificando o anexo da Portaria 424, de 18 de novembro de 2010, que aprovou o zoneamento agrícola para a cultura do milho 2ª safra no Paraná, referente ao ciclo 2010/11.
Tranquilidade - "Essa medida traz mais segurança e tranquilidade aos produtores do Paraná, possibilitando o acesso aos financiamentos, ao Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária) e ao seguro rural", afirma o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski.
Ofício - A Ocepar, a Faep e a Seab solicitaram a ampliação do prazo de cultivo do milho safrinha no Paraná por meio de ofício enviado, no dia 10 de fevereiro, ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi; ao Diretor do Departamento de Gestão de Risco Rural, Welington Soares de Almeida; ao Secretário de Política Agrícola, Edilson Guimarães, e ao Coordenador-Geral do Zoneamento Agropecuário, Gustavo Bracale. O pedido foi feito para amparar os produtores que estão tendo dificuldades em implantar a lavoura dentro do período de zoneamento agrícola estabelecido anteriormente pela Portaria 424, devido ao excesso de chuvas.
Clique aqui e confira na íntegra as retificações realizadas na portaria 242
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A cada ano, produtores rurais gastam milhares de litros de inseticidas e herbicidas para minimizar as perdas com pragas que atacam as lavouras. E são problemas que podem influenciar para uma redução de produtividade. Com o desenvolvimento da biotecnologia, o produtor começa a viver uma nova realidade, com menos uso de agrotóxicos e a promessa de melhores resultados. A biotecnologia é um dos temas tratados no 23º encontro de cooperados na Fazenda Experimental da Coamo, que terminou ontem para os produtores. Hoje o evento será direcionado para técnicos e parceiros da cooperativa.
Biotecnologia - O presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, acredita que a biotecnologia é uma grande ferramenta e que tende a eliminar o uso de defensivos agrícolas. "Usa-se muito menos defensivos agrícolas e com isso a planta não sofre, assim como o solo. É muito bom para o meio ambiente", comenta. Ele revela que existem vários experimentos sendo mostrados, e que são ferramentas que facilitam a vida do produtor rural.
Segundo o dirigente, na área da Coamo o cultivo de soja transgênica, por exemplo, já chega a 93%. "A soja transgênica é mais produtiva. Ainda temos cooperados que cultivam soja convencional. Temos as duas alternativas e é o produtor quem decide", diz.
Novidades - O coordenador geral do encontro, o engenheiro agrônomo Joaquim Mariano da Costa, observa que quando se fala em biotecnologia muita gente já pensa em soja transgênica e os primeiros produtos que vem a mente são o glifosato e o herbicida. "Hoje temos muitas novidades e outros produtos. A biotecnologia não está voltada somente para os herbicidas. São milhares de litros de agrotóxicos que serão reduzidos porque o produtor não vai mais precisar aplicar inseticidas para matar a lagarta da soja, por exemplo."
Conforto - Na visão dele a biotecnologia traz conforto aos produtores rurais que deixam de fazer várias aplicações de produtos químicos nas lavouras. "O custo de produção é menor e é por isso que os produtores estão optando por essa ferramenta. Ainda existem lavouras convencionais, mas a tendência é que a cada ano a área com sementes geneticamente modificadas aumente. E nós que somos consumidores dos produtos também somos beneficiados devido ao uso menor de agrotóxicos", salienta.
Adepto - O produtor rural Antonio Gancedo é um dos adeptos ao cultivo de soja transgênica. Ele comenta que 90% da área é destinada ao produto, e que planta a soja convencional somente em uma pequeno lote que tem menos incidência de ataques de pragas. "A opção pela soja transgênica é devido ao controle de ervas daninhas", frisa. Ele destaca que participou da maioria dos encontros realizados pela Coamo. "O encontro é a escola para o homem do campo. É quando nos reciclamos com as novidades", pondera.
Encontro - O encontro recebeu uma média de 600 produtores rurais por dia. São associados de todas as regiões da área de ação da Coamo, no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul que uma vez por ano deixam a propriedade para conhecer as novidades da tecnologia agrícola e pecuária apresentadas no evento. "É um dia de trabalho para os agricultores", resume o presidente da Coamo. "Também é uma oportunidade deles estarem em contato direto com o pesquisador que criou a tecnologia, avaliando as novidades e apresentando demandas para a criação das novas técnicas para a agricultura e a pecuária", complementa Gallassini.
Estações - Tradicionalmente, o encontro da Coamo é dividido em estações, onde os cooperados acompanham, em didática simples e direta, verdadeiras aulas tecnológicas. "Escolhemos os temas que julgamos de maior relevância para o momento atual vivido pelos cooperados, diante dos mais de 150 trabalhos de pesquisa desenvolvidos aqui na fazenda experimental, em parceria com os órgãos oficiais", destaca Joaquim Mariano Costa.
Temas - Os temas deste ano são os seguintes: integração lavoura/pecuária - resultados finais da pesquisa; resposta de híbridos de milho no controle químico de doenças; variedades de soja da Embrapa, Fundação Meridional, FT Sementes, Syngenta, Nidera, TMG, Coodetec, Brasmax e Monsoy; novidades da agricultura de precisão; plantabilidade de milho e soja; invasoras potencialmente resistentes e manejo químico; biotecnologia - novas alternativas e manejo de plantas voluntárias; híbridos de milho e tecnologia de produção; influência das culturas de inverno sobre as invasoras de verão; e milho transgênico no manejo de pragas. (Tribuna do Interior)
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O secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, afirmou nesta terça-feira (15/02) que o oeste do Paraná precisa de ligações viárias eficientes tanto com o Porto de Paranaguá quanto com as regiões produtivas do Mato Grosso do Sul e Paraguai. Richa Filho está em Brasília e acompanha representantes de cooperativas em reunião na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Nesta quarta-feira (16), ele participa da reunião dos governadores do Paraná e Mato Grosso do Sul com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento.
Desenvolvimento - "A extensão da Ferroeste S.A. até Guaíra e, posteriormente, até Dourados (MS) consolidará o desenvolvimento econômico e a logística da indústria moageira e também permitirá o fortalecimento dos terminais exportadores de grãos e farelos no Estado", afirmou José Richa Filho. Segundo o secretário, o desenvolvimento da infraestrutura viária do Paraná deve ser multimodal, e a ferrovia usada para diminuir os custos e aumentar a competitividade do setor produtivo. "A ferrovia é a melhor opção para o transporte de grandes volumes a grandes distâncias", ressaltou Richa Filho.
Mato Grosso - A extensão da Ferroeste também foi destacada como decisiva para o fortalecimento da economia do Mato Grosso do Sul pelo governador do Estado, André Puccinelli. Falando na Assembléia Legislativa do Mato Grosso do Sul, na manhã desta terça-feira (15), ele destacou que pretende dar atenção especial aos modais de transporte e a projetos estratégicos de grande porte "para atração de novos empreendimentos".
Ferroeste - O presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro, que viaja quarta-feira (16) a Brasília, entende que o esforço dos dois governos junto ao Ministério dos Transportes é para que as obras do ramal entre Cascavel e Guaíra sejam contempladas no PAC-2 (Programa de Aceleração do Crescimento), assim como de Guaíra a Dourados (MS). Para o presidente da Ferroeste, o projeto é importante para os dois estados. "São os grandes celeiros do Brasil, com produção em toda a área de influência da ferrovia, incluindo Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai, que chega a 16 milhões de toneladas por ano".
Modernização - Richa Filho lembra que o terminal da estrada de ferro, em Cascavel, fica estrategicamente localizado à beira da BR-277 para receber os produtos das regiões oeste e sudoeste do Paraná, de estados e países vizinhos. "Além do calcário e dos fertilizantes, fundamentais para a produção agrícola, pode vir a se tornar um centro distribuidor de mercadorias transportadas por contêineres", afirmou. O secretário considera que o desenvolvimento da ferrovia deve estar em sintonia com os modais rodoviário e marítimo.
Novo momento - Para Richa Filho, o Paraná começa a viver novo momento no setor ferroviário, que pode trazer impactos econômicos e sociais favoráveis. O secretário deu como exemplos a implantação da ferrovia Paranaguá-Curitiba, no século 19, a ligação ferroviária São Paulo-Rio Grande, que cortou o Paraná de Itararé a União da Vitória, passando por Ponta Grossa, já no início do século 20, seguida por outras ligações, como a que une Curitiba a Guarapuava, na década de 1950, a conclusão da Central do Paraná, na década de 1970, e a inauguração da Ferroeste, no final do século passado. "O século 21 pode trazer a redenção para o setor ferroviário no Estado", afirmou José Richa Filho. (AEN)
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Os presidentes do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Florindo Dalberto, e da Coopavel, Dilvo Grolli, assinaram nesta quinta-feira (10/02) convênios de cooperação técnica para aumentar a competitividade agrícola do Paraná. Entre as parcerias, firmadas durante o Show Rural, em Cascavel, está a que prevê a integração da lavoura com a pecuária. Participaram da solenidade o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, e diversos deputados e lideranças do setor agropecuário. O sistema de integração combina as explorações pecuária e agrícola (incluindo cultivos florestais) visando melhorar os resultados da propriedade como um todo. A prática também favorece as condições físicas e químicas do solo e proporciona a diminuição de pragas, doenças e plantas daninhas nas culturas de verão.
Interação - O secretário Norberto Ortigara afirma que o convênio é importante porque resgata e amplia a interação do Iapar com o setor produtivo. O presidente do Iapar, Florindo Dalberto, defendeu a formação de redes de parcerias para levar os resultados da pesquisa aos agricultores. Já o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, disse que o convênio, de base científica, vai atender aos desafios não apenas na alternativa da integração lavoura-pecuária, mas também da produção de madeira, feijão e uma nova âncora para o desenvolvimento regional: a fruticultura.
Cooperação - Foram assinados dois acordos. O primeiro, mais amplo, tem como objetivo desenvolver atividades em colaboração para a promoção dos interesses comuns às duas instituições. Por meio de programas de trabalho, serão desenvolvidos estudos e atividades como capacitação de recursos humanos, intercâmbio de informações técnico-científicas, promoção de seminários e encontros técnicos para divulgação e discussão de resultados dos projetos de investigação científica.
Capacitação - O segundo acordo, mais específico, prevê a capacitação do corpo técnico da Coopavel em integração lavoura-pecuária, a partir do acompanhamento e monitoramento de uma Rede de Propriedades de Referência de associados da cooperativa. Nessas propriedades, pesquisadores do Iapar e técnicos da Coopavel vão instalar unidades demonstrativas que vão funcionar como uma espécie de escolas de campo.
Presenças - Também estavam na solenidade os deputados federais Eduardo Sciarra e Alfredo Kaefer, do Paraná, e Moreira Mendes (Rondônia), que também é presidente da Frente Parlamentar Agropecuária; Evandro Rogério (secretário de Estado do Esporte), Otamir Cesar Martins (diretor-geral da Secretaria Estadual da Agricultura - Seab) e o chefe do Núcleo Regional da Seab de Cascavel, Vanderley Campos. Estavam presentes ainda os diretores do Iapar Armando Androcioli, de Pesquisas, e Adelar Motter, de Recursos Humanos e Negócios Tecnológicos, bem como os responsáveis pela gerência do projeto, pesquisador Elir de Oliveira, pelo Iapar e, pela Coopavel, agrônomo Itacir Afonso Tosin. (AEN)
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O Porto de Paranaguá exportou, em janeiro deste ano, 976,34 mil toneladas de granéis sólidos - farelo de soja, milho, trigo, soja e açúcar. O resultado é 55% maior que o registrado no mesmo período do ano passado: 628,54 mil toneladas. Os números refletem a confiança de armadores e operadores no Porto de Paranaguá, que, na manhã desta quinta-feira (10/02), já restabeleceu as atividades em sua totalidade após o término da dragagem emergencial de manutenção dos berços de atracação.
Ocupados - Nesta quinta-feira, todos os berços de atracação do Porto estavam ocupados por 16 navios. Em Antonina, outros dois navios estão atracados, movimentando fertilizantes. "Vamos seguir a orientação do governador Beto Richa de recuperar o tempo perdido. Esta primeira ação de restabelecimento das profundidades para melhor atender a safra é fundamental para que o Porto de Paranaguá volte a apresentar condições operacionais adequadas para todos os seus usuários", disse o superintendente Airton Vidal Maron.
Milho - O aumento nas exportações de granéis sólidos foi impulsionado pela movimentação do milho. No primeiro mês de 2011, foram exportadas quase 300 mil toneladas do produto, enquanto que no mesmo período de 2010 foram cerca de 108 mil toneladas exportadas. Outro destaque foi a exportação do farelo de soja, que saltou de 186,8 mil toneladas em janeiro de 2010 para 286,2 mil toneladas este ano.
Dragagem - Com a conclusão da dragagem, os berços de atracação do Porto de Paranaguá voltam a ter suas profundidades originais: de oito, dez e 12 metros. Há pelo menos seis anos os berços não apresentavam condições ideais para movimentação de mercadorias, fazendo com que muitas embarcações deixassem o Porto de Paranaguá com menos carga do que o normal. A medida de dragar os berços foi a primeira tomada pela Appa com o objetivo de melhor atender a safra 2011, que promete ser recorde.
Projeções - De acordo com a projeção da safra 2010/11, divulgada esta semana pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), o Paraná deve liderar a produção nacional de grãos, com uma previsão de produção de 30,94 milhões de toneladas. O destaque, segundo a Conab, será a soja que, no Paraná, deve alcançar uma produção de 14,2 milhões de toneladas. Para atender esta demanda e dar agilidade ao escoamento da safra, a Appa iniciou uma série de medidas. "A dragagem foi a primeira e mais importante ação", explica o superintendente. Agora, a Appa está concluindo as reformas e melhorias no pátio de triagem, além de já ter feito toda a manutenção nos shiploaders, nos armazéns da faixa portuária e no Silo Público, o "silão". (AEN)
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A reavaliação da projeção da safra 2010/11 da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) recolocou o Paraná na liderança da produção nacional de grãos, com uma previsão de produção de 30,94 milhões de toneladas de grãos. O volume é 1,3% inferior à safra anterior, mas o avanço da colheita pode revelar melhores produtividades para o milho e para a soja, que impulsionaram a produção de grãos no Estado, afirmou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
Agregação de valor - Para a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, mais importante que esse ranking de produção é intensificar a agregação de valor à produção para beneficiar o produtor e toda a cadeia produtiva, disse o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Otmar Hubner. "Mas é interessante notar que um estado tão pequeno, com apenas 2,3% do território nacional, consiga manter essa liderança na produção por tanto tempo", disse.
Otimista - A reavaliação da Conab no cenário nacional está ainda mais otimista. A projeção aponta para uma colheita de 153,1 milhões de toneladas, volume 2,6% maior que a safra passada, quando foram colhidas 149,2 milhões de toneladas. Segundo Hubner, o início de colheita está apontando para uma boa safra, mas a concretização do resultado depende da continuidade de tempo bom e também do desempenho da segunda safra de milho, que será determinante para manter o Paraná na liderança da produção de grãos.
Soja - O destaque fica para a soja, que na safra 2010/11 pode alcançar novo recorde de produção tanto no Paraná como no País. Na estimativa de safra, publicada no mês passado, a Conab previa uma produção de 13,9 milhões de toneladas do grão no Estado. Na reavaliação de janeiro, a projeção avançou para uma produção de 14,2 milhões na safra 2010/11. Se esse volume for alcançado, certamente será mais uma safra recorde no Estado, disse Hubner. No País, a Conab está prevendo a colheita de 70,1 milhões de toneladas do grão, volume 2% maior que na safra passada, quando foram colhidas 68,7 milhões.
Milho - A estimativa de produção de milho da primeira safra é 22,2% menor em relação ao mesmo período do ano passado. O volume cai de um total de 6,87 milhões de toneladas na safra anterior para 5,34 milhões de toneladas na safra 2010/11. A queda na produção é decorrente da redução de área plantada, que foi 18,6% menor em relação à safra anterior. Os produtores estavam desestimulados com os baixos preços do grão que vigoraram até o segundo semestre do ano passado e, como já vem acontecendo no Paraná, resolveram apostar no plantio da soja no verão para intensificar o plantio de milho no período da safrinha. Para a segunda safra de milho, a previsão de produção da Conab aponta para um volume de 6,59 milhões de toneladas, praticamente o mesmo da safra anterior, cujo desempenho foi considerado excelente em rendimento. O plantio já iniciou no Paraná e por enquanto o clima está colaborando.
Feijão - Segundo a Conab, os bons preços do feijão na comercialização da safra anterior influenciaram positivamente o crescimento do plantio. Aproximadamente 60% das lavouras da primeira safra de feijão já estão colhidas, com uma pequena parte da produção apresentando algum tipo de perda na qualidade, em função da grande quantidade de chuvas no momento da colheita. A estimativa de produção para o feijão da primeira safra aponta para um volume de 542,8 mil toneladas, volume 11% superior à safra em igual período do ano passado que foi de 489,2 mil toneladas. Para o feijão da segunda safra, já em fase de plantio, a estimativa é manter a área plantada em torno de 190,6 mil hectares, com uma perspectiva de produção de 343,5 mil toneladas, 15,5% a mais sobre a produção do ano passado, que alcançou 297,3 mil toneladas. Hubner ressalva que esse resultado pode ser concretizado em condições normais de clima desde o plantio até a colheita. (AEN)