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SAFRA DE INVERNO II: Setor reivindica apoio público

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Quando o assunto é plantio de trigo no Paraná, as cooperativas, em coro, afirmam que a elaboração de políticas de fomento à produção pelo governo brasileiro podem salvar a cultura da contínua redução no cultivo. Segundo técnicos e produtores, faltam mecanismos que garantam liquidez e comercialização ao produto. "O produtor e a cooperativa querem comercializar a safra e não têm comprador. Além disso, os preços ficam abaixo do mínimo estabelecido pelo governo federal", afirma Robson Mafioletti, analista técnico e econômico da Organização das Cooperativas, a Ocepar. Atualmente, o trigo está sendo comercializado em cerca de R$ 24/saca de 60 quilos, quando o mínimo estabelecido pelo governo é de R$ 28,6 (tipo 1).

Indústria - O gerente de Negócios da Castrolanda, Márcio Capacheski, vai além. Segundo ele, é preciso regular o uso do trigo nacional pela indústria "para não deixar morrer a triticultura".

Produção X demanda - A produção brasileira é suficiente para atender apenas 50% demanda interna. No ano passado, o Brasil produziu 5,3 milhões de toneladas e importou 5,7 milhões de toneladas dos países vizinhos, principalmente da Argentina. Com custo de produção inferior e isenção de impostos, a farinha da Argentina tem chegado aos moinhos brasileiros a preços mais baixos do que os praticados no mercado interno. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

PLANO SAFRA: Paraná cobra mais verba, menos juros e apoio ao seguro

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O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), Caio Rocha, recebeu nesta segunda-feira (26/03), na sede da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), em Curitiba, uma série de reivindicações do Paraná para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2012/13. O ofício, assinado também por instituições como a Federação da Agricultura (Faep) e a Organização das Cooperativas (Ocepar), pede redução de juros, reajuste no orçamento geral do PAP e ampliação da verba destinada ao Seguro Rural.

 

Anúncio - O governo federal deve apresentar o PAP 2012/13 no meio do ano. A expectativa é que o orçamento seja ampliado de R$ 123 bilhões para R$ 150 bilhões - incluindo programas direcionados à agropecuária familiar e à comercial. Para 2012, a verba nacional aprovada para o Seguro Rural foi de R$ 174 milhões, 30% menos do que os R$ 253 milhões disponibilizados em 2011. As entidades do Paraná afirmam que o valor necessário seria de R$ 670 milhões. O secretário de Política Agrícola considerou a reivindicação justa, mas não garantiu atendimento.

 

Propostas - O secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, disse que a lista de pedidos ficou extensa porque contém propostas pontuais para as mais diversas áreas do agronegócio. Embora considere todas as propostas importantes, Ortigara afirma que, dada a fragilidade em que o Paraná se encontra após a seca que afetou a produção de grãos, o estado ficaria satisfeito se houvesse uma ampliação dos subsídios ao Seguro Rural, que barateiam o custo dos contratos em até 70% aos produtores. "Ou a União subvenciona ou o produtor se sente desmotivado", afirmou.

 

Juros menores - Outro ponto que Ortigara considera essencial é a redução de um ponto na taxa básica do juro agrícola controlado, de 6,75% para 5,75% ao ano, acompanhado as quedas da Selic. A última variação para baixo ocorreu em 2007, quando o taxa agrícola caiu de 8,75% para o patamar atual. "O Mapa é sensível às nossas reivindicações. Eles têm vontade de acertar, não há mais a ideia do agricultor chorão. Mas não sei se o Ministério da Agricultura terá força no governo para mexer em juros", afirma.

 

União - Depois do encontro, o secretário de Política Agrícola elogiou a união do setor agropecuário no Paraná, dizendo que as propostas "coesas, coerentes e factíveis" auxiliam o Mapa. Entre os pontos que Rocha destacou como mais próximos de serem atendidos estão o prêmio ao produtor por fidelização a cooperativas e o incentivo à pesquisa científica. No ofício entregue ao Mapa, há o pe­dido de criação de um programa de inovação tecnológica no valor de R$ 1 bilhão. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

BAIXO CARBONO: Produtores podem contratar crédito do ABC nos bancos

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Produtores rurais e cooperativas que desejarem contratar financiamentos para a implementação do Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) devem procurar a sua agência bancária para obter informações quanto à utilização do crédito. No banco, o produtor será informado também quanto à documentação necessária e as garantias para o encaminhamento da proposta. O ABC prevê a adoção de técnicas agrícolas sustentáveis. A ideia é que a produção agrícola e florestal garanta mais renda ao produtor, mais alimentos para a população e aumente a proteção ao meio ambiente.

 

Ações - Desde que o governo brasileiro assumiu o compromisso de reduzir a emissão de CO2 até 2020, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) executa ações e divulga técnicas, junto aos agricultores, de promoção de arranjos produtivos sustentáveis. Para alavancar essas práticas, o governo mantém uma linha de crédito com disponibilidade de recursos de R$ 3,15 bilhões. No caso dos agricultores rurais e das cooperativas, o limite individual de contratação de financiamento é de até R$ 1 milhão, com taxas de juros de 5,5% ao ano e prazo para pagamento de 5 a 15 anos.

 

Adesões - Balanço divulgado recentemente mostra que as adesões ao financiamento cresceram no período entre julho de 2011 e fevereiro de 2012, ante o plano safra anterior. Os agricultores contrataram R$ 501,2 milhões no período, por meio dessa linha de crédito, totalizando 2.144 contratos firmados, a um valor médio de R$ 233,7 mil. No Sul do país, o Paraná é o estado que lidera as contratações, foram 437 e desembolso de R$ 75,509 milhões. Na sequência, estão Rio Grande do Sul (R$ 69,759,9 milhões) e Santa Catarina (R$ 17,470 milhões).

 

Outros recursos - O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do ministério, Erikson Chandoha, explica que outros recursos foram e serão alocados para atendimento de outros eixos do Plano ABC, tais como: Divulgação; Capacitação de Técnicos e Produtores Rurais; Crédito Rural; Regularização Ambiental; Regularização Fundiária; Assistência Técnica e Extensão Rural; Realização de Estudos; Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação; Transferência de Tecnologia; Disponibilização de Insumos; e Produção de Sementes e Mudas.

 

Práticas sustentáveis - "As tecnologias apresentadas pelo ABC somente foram incluídas por se tratarem de práticas e sistemas eminentemente sustentáveis e reconhecidos nacional e internacionalmente, mediante as mais diversas publicações científicas e focadas na redução dos custos de produção, da ampliação da produtividade e estabilidade dos sistemas de produção ao longo do tempo", salientou o secretário. (Mapa)

EXPOLONDRINA: Programação é consolidada

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Mais de cem eventos estão programados para a 52.ª ExpoLondrina, de 5 a 15 de abril. A grade de atrações abrange seminários, julgamentos, leilões, congressos e apresentações artísticas nos 11 dias de exposição no Parque Ney Braga, que está a cada dia mais movimentado com os preparativos do evento.

Leilões - A agenda de leilões, que no ano passado movimentou mais de R$ 20 milhões, traz nesta edição 26 eventos, divididos entre 15 leilões de bovinos de elite, 8 de bovinos de corte e 3 de equinos. Ao todo, cerca de 9 mil animais passarão pelas pistas do parque. A expectativa da organização é de que sejam quebrados recordes de faturamento. No ano passado, uma única fêmea bovina foi vendida por R$ 540 mil. Às vésperas da feira, na noite do dia 4, o Leilão 10 Marcas, em sua 10.ª edição, vai lançar animais de raças zebuínas e cruzamento industrial. Os leilões prosseguem por todos os dias do evento.

 

Cavalo mangalarga - Também vem sendo muito aguardada a Exposição Brasileira do Cavalo Mangalarga, entre 5 e 8 de abril, realizada em Londrina pelo segundo ano consecutivo. A Exposição Brasileira é considerada o principal evento da raça mangalarga no primeiro semestre. O fato de a ExpoLondrina sediar o evento pelo segundo ano consecutivo vem sendo comemorado pela organização do evento como um índice de sucesso, já que tradicionalmente se buscam cidades alternadas para divulgar melhor a raça.

 

Simpósio - A agenda técnica traz o 2.º Simpósio de Eficiência em Produção e Reprodução Animal, agendado para o dia 12 de abril. O evento, coordenado pelo professor Marcelo Seneda, do departamento de Clínica Veterinária da Universidade Estadual de Londrina (UEL), discutirá as técnicas mais avançadas em eficiência e reprodução pecuária. O assunto mais recorrente durante as palestras será a técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), que torna possível programar as inseminações dos lotes, reduzir o período de estação de monta e otimizar a mão de obra da propriedade, entre outros benefícios. Seneda afirma que, apesar de os protocolos terem custo, a relação custo-benefício é muito positiva, e pode ser adotada por pequenos pro­­dutores. "Os custos são muito acessíveis, qualquer rebanho pode se beneficiar", diz.

 

Público - A organização espera um público de aproximadamente 500 mil pessoas na ExpoLondrina e um crescimento de 5% na movi­mentação financeira, que atingiu no ano passado a cifra recorde de R$ 337 milhões. Mais informações: Site da ExpoLondrina . (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

ANDEF: Estão abertas as inscrições para o Prêmio 2012

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Fomentar e destacar iniciativas desenvolvidas no âmbito das operações com defensivos agrícolas, na utilização, distribuição, comercialização e logística reversa. Esse é o objetivo do Prêmio Andef, promovido pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), que conta com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) na sua divulgação e na avaliação dos projetos, para escolha dos vencedores. As inscrições estão abertas e vão até o dia 30 de abril.


Valorização - A premiação também visa valorizar os profissionais responsáveis por ações de educação, responsabilidade social e ambiental, e de adoção de boas práticas agrícolas, sejam eles agentes multiplicadores, agricultores, trabalhadores rurais e suas famílias. O foco principal é a produção sustentável de alimentos saudáveis, acompanhada da melhoria de indicadores sociais e ambientais.


Reconhecimento - Cada vez mais reconhecido pela sociedade em geral por fomentar ações de responsabilidade socioambiental e por incentivar treinamentos e o aperfeiçoamento educacional do homem do campo, o Prêmio Andef está em sua 15ª edição. Para este ano, o regulamento apresenta novidades, entre elas, a premiação de um tablet para cada profissional responsável pelos projetos vencedores. A categoria Cooperativismo contempla três áreas temáticas: Boas Práticas Agrícolas no Uso de Defensivos, Responsabilidade Social e Responsabilidade Ambiental. As cooperativas podem apresentar um projeto sobre cada tema.


Para conhecer o regulamento e todas as informações necessárias para encaminhamento dos projetos, acesse:

* Categoria Cooperativismo (Regulamento)


* Normas para elaboração do projeto


* Memorial descritivo do projeto


* Formulário de inscrição do projeto


Mais informações - Dúvidas e solicitações de esclarecimentos devem ser encaminhadas ao e-mail Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.. (Informe OCB)

PRONACAMPO: Governo investirá R$ 5,4 bilhões em educação rural até 2014, diz Dilma

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A presidente Dilma Rousseff  afirmou que serão investidos R$ 1,8 bilhão por ano até 2014 - um total de R$ 5,4 bilhões -  no Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo),  lançado na semana passada.

A informação foi dada no programa de rádio "Café com a Presidenta" desta segunda-feira (26/03). O público-alvo do Pronacampo são pequenos agricultores, assentados rurais e quilombolas. "As ações do Pronacampo vão desde a melhoria da infraestrutura nas escolas à formação dos professores. Trinta mil escolas vão receber recursos para manutenção e reformas, e outras 3 mil escolas serão construídas até 2014. Vamos também formar professores e oferecer cursos profissionalizantes aos nossos jovens e trabalhadores rurais", disse Dilma. (Valor Econômico)

INTERNACIONAL: Brics tentam conciliar diferenças na atuação global

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Os chefes de governo do grupo conhecido como Brics - Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul  - reúnem-se nesta quarta-feira (28/03) na capital indiana, decididos a cobrar maior influência nos mecanismos multilaterais, mas ainda sem consenso sobre temas essenciais como a eleição do novo presidente para o Banco Mundial  (Bird), que deve ocorrer em junho. O esboço da declaração, em discussão pelos diplomatas dos quatro países, não prevê apoio conjunto a algum candidato à sucessão no Bird, com a saída, no fim do semestre, de seu presidente Robert Zoellick.

 

Dilma - A presidente Dilma Rousseff foi a primeira chefe de governo estrangeira a chegar a Nova Déli, nesta terça-feira (27/03), após uma escala em Granada, na Espanha. Ela também fará uma visita de Estado à Índia, onde assinará acordos bilaterais de cooperação com o governo indiano em biotecnologia e tecnologia, e anunciará instituições indianas dispostas a receber estudantes brasileiros no programa Ciência sem Fronteiras. A Universidade de Nova Déli e o Instituto de Tecnologia da Informação, em Bangalore.

 

Banco de desenvolvimento - Eleita como prioridade pelos anfitriões, a criação de um banco de desenvolvimento dos Brics - capaz de atuar em financiamentos sem as coindicionaldiades aplicadas nos empréstimos do Banco Mundial e outras instituições existentes - é vista ainda como uma "ideia embrionária" pela diplomacia brasileira. Os governantes devem criar um grupo de especialistas para definir o formato do futuro banco, para o qual os chineses já pediram a presidência. Os russos já informaram que têm maior interesse em discutir a atuação dos cinco países nas discussões para reforma e capitalização do Fundo Monetário Internacional.

 

Fonte de financiamento importante - A Índia, com grandes necessidades de financiamento de seu plano de infraestrutura e planos de ampliar de 15% para 25% a parcela da indústria na economia do país, em dez anos, vê no futuro banco dos Brics uma fonte de financiamento importante, sem as amarras impostas por outras instituições multilaterais de crédito. O Brasil, formalmente, apoia a criação do banco de desenvolvimento dos Brics, embora não interesse ao país, atualmente, a criação de instrumentos financeiros capazes de dar maior impulso à acusação das empresas chinesas nos países emergentes.

 

Discussão lenta - Os diplomatas brasileiros argumentam que a discussão da nova instituição será necessariamente lenta para acomodar todos os interesses de seus futuros criadores, mas é importante por significar uma maior aproximação entre os cinco países, de economias e prioridades bastante distintas. Também para permitir o avanço das iniciativas conjuntas dos Brics, mesmo sem interesse imediato em sua concretização, o BNDES deve assinar, durante a reunião do grupo, dois acordos para permitir a emissão de "letras de crédito" em moeda local nas transações entre os cinco parceiros.

 

Abertura de possibilidades - Embora não haja planos de emitir esses títulos, que permitirão financiamento em reais e yuans para negócios entre China e Brasil, por exemplo, o BNDES avalia que o acordo abre possibilidades que podem ser úteis no futuro. Pelo acordo "guarda-chuva" a ser assinado, ficam estabelecidas as regras para emissão dessas letras de crédito, mas detalhes como prazos, garantias e valores terão de ser definidos em acordos bilaterais, pelos países interessados.

 

Novo presidente - Na discussão sobre o novo presidente do Banco Mundial, não se conhece ainda a posição de Rússia, China e Índia, e é ambígua a posição do Brasil. No Bird, o Brasil comanda uma diretoria que representa também os interesses de outros países, como a República Dominicana, a pedido de quem os brasileiros lançaram como canadidato à sucessão de Zoellick o colombiano Luis Antonio Ocampo, ex-diretor-geral da Comissão Economica para América Latina e Caribe (Cepal). Mas o apoio aberto a Ocampo ficou prejudicado pela reação do governo da Colômbia, país originário do candidato e também abrigado sob a diretoria do Brasil no Bird.

 

Não viável - O governo colombiano declarou considerar Ocampo um candidato "não viável". Ficou como principal candidata dos emergentes a ex-ministra de Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala, apoiada pela África do Sul. Falta, porém, sondar os aliados no Brics sobre a reação ao lançamento, pelo governo dos Estados Unidos, de Jim Yong Kim, coreano de nascença, cidadão americano com atuação em saúde, especialmente no combate a Aids. (Valor Econômico)

COONAGRO: Prestação de contas de 2011 é aprovada na AGO

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RAMO CRÉDITO II: Ativos somam R$ 1 bilhão em março

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O volume de ativos da Sicredi União-PR saltou de R$ 700 milhões, registrados em janeiro deste ano, para cerca de R$ 1 bilhão neste mês. No mesmo período, o quadro de associados avançou de 51 mil para mais de 60 mil e a rede de unidades de atendimento cresceu 15%. Mas a evolução do Patrimônio Líquido é o que mais chama atenção: R$ 100 milhões. Em 2010, eles eram 30% menos e, há quinze anos, estavam negativos em R$ 3 milhões. De acordo com o presidente da Sicredi União, Wellington Ferreira, o principal desafio da cooperativa para este ano é chegar ao montante de R$ 1,2 bilhões de ativos no Paraná. Os números foram divulgados na Assembleia Geral Ordinária de prestação de contas de 2011. (Folha de Londrina)

RAMO CRÉDITO III: Sicredi Consórcios é destaque em eventos regionais

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RAMO SAÚDE: Mais de 300 cooperados participam da AGO da Unimed Curitiba

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Em 21 de março, a Unimed Curitiba realizou a Assembleia Geral Ordinária (AGO) 2012, no Cietep. Um dos maiores fóruns decisórios da cooperativa, a AGO contou com a participação de mais de 300 cooperados. Na oportunidade, a diretoria da cooperativa apresentou o Relatório de Gestão do Exercício 2011, mostrando aos cooperados as principais ações realizadas durante o ano. Além disso, apresentou o Balanço do Exercício 2011 e o Demonstrativo de Resultados apurados no Exercício finalizado no dia  31 de dezembro de 2011, com números e indicadores que demonstraram a solidez da cooperativa e o cumprimento das exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). 


Manifestação - De forma organizada e democrática, todos os cooperados puderam se manifestar e apresentar questionamentos à mesa diretiva. A plenária aprovou a prestação de contas após os esclarecimentos feitos pelos diretor-presidente, Sergio O. loshii,  pelo coordenador do Conselho Fiscal, Celso Setogutte, pelo auditor da Deloitte Touche Tohmatsu, José Ricardo Faria Gomez e pelo advogado  Pedro Henrique Xavier. 


Sobras - Mesmo com a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) em sua 4ª edição, que representou o incremento de R$ 40 milhões na remuneração aos sócios em 2011, graças aos esforços de todos os cooperados que participaram ativamente da cooperativa, e da gestão profissionalizada da Unimed Curitiba, foi disponibilizada para a deliberação da AGO uma sobra de mais de R$ 2 milhões. Mediante o resultado, a plenária acatou a proposta do Conselho de Administração, por maioria, e decidiu pela incorporação das sobras que, após deduções legais, representou R$ 2.303.795,49 ao fundo de reserva legal da cooperativa. 


Eleições para o Conselho Fiscal - Também foi realizada a eleição do Conselho Fiscal - gestão 2012. Foram eleitos Ricardo Corar Rocha Moreira, Araré Gonçalves Cordeiro Júnior, e Jaime Luis Lopes Rocha, como membros efetivos. Os suplentes são Paulo Mauricio Piá de Andrade, Marli Madalena Peri e Ernma Louise Stellfeld. (Imprensa Unimed Curitiba)

AGENDA PARLAMENTAR: OCB e Frencoop divulgam resultado da semana no Congresso Nacional

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Na Câmara dos Deputados, foi aprovado na semana passda, na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS), o Projeto de Lei 1.253/2011, que cria o Fundo de Apoio a Programas de Gestão e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (Funalixo), que define um novo instrumento para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos no País. O projeto segue agora para análise da Comissão de Finanças e Tributação (CFT). Para acessar o Resultado da Agenda da Semana, clique aqui. (Blog OCB no Congresso)

CÓDIGO FLORESTAL: Dilma assume negociação

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Deparada com o cenário de uma derrota anunciada do governo na votação das regras de proteção do meio ambiente, a presidente Dilma Rousseff assumiu pessoalmente na sexta-feira (22/03) o comando da negociação do Código Florestal. Durante duas horas, a presidente discutiu com seis ministros detalhes das propostas. A orientação da presidente é evitar a votação da lei na Câmara por pelo menos um mês, período no qual o governo tentará construir maioria de votos, de que não dispõe hoje para aprovar a matéria.


Estratégia - Dilma reconheceu que a estratégia pode não funcionar diante da pressão de parte da base de aliados do Planalto para liberar proprietários rurais da exigência de recuperar a vegetação nativa de Áreas de Preservação Permanente às margens de rios. E sobretudo porque não considera contida a rebelião deflagrada em resposta à intervenção na articulação política do governo no Congresso, com a troca recente dos líderes no Senado e na Câmara.


Retrocesso - Mas a reunião desta sexta deixou claro que, diante da reação à intervenção, Dilma não recuou. Ao contrário, entrou pessoalmente no jogo para evitar, mais do que uma derrota, um grande retrocesso na política ambiental do governo às vésperas da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que o Brasil sediará em junho.


Placar - Não está afastada a possibilidade de a Câmara repetir o placar registrado em maio de 2011, quando 273 deputados votaram a favor de liberar o uso de áreas já ocupadas pelo agronegócio. Foi a pior derrota que o governo sofreu até aqui, quando o painel eletrônico da Câmara registrou apenas 182 votos favoráveis à proposta apoiada por Dilma Rousseff. A presidente reagiu, na ocasião, com ameaça de veto.


Isolamento - O primeiro passo para tentar evitar a derrota anunciada é isolar o debate do Código Florestal de outros temas, como a venda de bebidas nos jogos da Copa do Mundo, em discussão na Lei da Copa. Ao mesmo tempo, o governo tenta conter a rebelião na base política.

 

Punição - Uma das armas de que o governo dispõe é o decreto que pune os proprietários rurais que reservarem parcela de seus imóveis para a proteção do meio ambiente com multas diárias de até R$ 500 por hectare de terra. Essa punição está suspensa apenas até 11 de abril, com base em decreto editado pela presidente.


Proposta - O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, levou por escrito, à Dilma, a proposta defendida pelo relator do Código Florestal Paulo Piau (PMDB-MG), que, além de seu correligionário, é produtor rural e, integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária. Piau insiste em que os produtores rurais não devem ser obrigados a recuperar a vegetação nativa de margens de rios, como prevê o projeto de lei aprovado no Senado com aval do governo. Na prática, isso equivaleria à anistia aos desmatadores das áreas mais importantes para a proteção dos rios e da biodiversidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Agência Estado)

CONAB I: Toma posse o novo superintendente da Conab no Paraná

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Tomou posse, nesta segunda-feira (26/03), o novo superintendente regional da companhia Nacional de Abastecimento Conab no Paraná, Luiz Carlos Vissoci. O evento ocorreu às 11h, na própria sede da Conab, em Curitiba. O superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, participou da solenidade. Vessoci é natural de Sabáudia e ingressou na Conab em 1977, passando por vários cargos de gerente de unidades armazenadoras localizadas em Florianópolis/SC, Cambé/PR, Arapongas/PR e Ponta Grossa/PR, esta última considerada o maior complexo armazenador da América Latina. Foi gerente de Desenvolvimento e Suporte Estratégico na Superintendência Regional do Estado do Paraná e instrutor do Centreinar em cursos de Formação de Auditores para Certificação de Unidades Armazenadoras. Atuou como técnico de Operações para Levantamento, Conjuntura e Avaliação de Safras. Vessoci é bacharel em Ciências Econômicas, formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Possui especialização em Qualidade Total e Marketing pela Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana (PR) e licenciatura plena em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Arapongas.

CONAB II: Divulgados editais para negociar produtos

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Nesta semana, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai realizar pelo menos oito operações para a venda de produtos. Na data da realização dos leilões, todos os participantes deverão estar devidamente cadastrados perante a Bolsa onde realizar a operação e possuir cadastro em situação regular no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf). Os participantes deverão, ainda, estar em situação fiscal e trabalhista regulares.


Arroz - A maratona começa na terça-feira (27/03), com o leilão de Troca de Arroz, destinado à Ajuda Humanitária a países como Honduras, Guiné-Bissau, Madagascar e República Centro-Africana. A comercialização envolve a venda de arroz em casca a granel, safras 2006/07 e 2010/11, depositadas em armazéns do Rio Grande do Sul. Além disso, a companhia vai comprar 2,5 mil toneladas do produto beneficiado, a serem entregues na cidade de Rio Grande (RS). Ainda na terça, a estatal venderá 877,8 toneladas de briquete de casca de arroz do estado de Tocantins. O preço inicial será de R$ 0,22/kg, sem incidência de ICMS.


Sacaria - Na quarta-feira (28/03), a estatal comprará 46 mil unidades de sacarias de polipropileno, para a Unidade Armazenadora da Conab em São José (SC). No mesmo dia haverá venda de 69,6 mil toneladas de milho em grãos dos estoques de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. O preço da venda por quilo será divulgado com antecedência de até dois dias úteis da data de realização do leilão.


Trigo - Na quinta-feira (29/03), serão feitas operações de subvenção para o trigo. A primeira será o leilão de Prêmio Equalizador (Pepro) pago aos produtores rurais do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, pela venda e escoamento de 35 mil toneladas de trigo em grãos, safra 2011. Em seguida será do Prêmio para o Escoamento (PEP), no total de 375 mil toneladas de trigo em grãos, safra 2011, produzidos nos mesmos Estados do Pepro.


Sisal bruto - Por fim, na sexta-feira (30/03), será realizado um leilão de Prêmio para o Escoamento (PEP) de 3,8 mil toneladas de sisal bruto, da safra 2011/2012, produzido nos estados da Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte. O prêmio será pago ao participante que comprovar a compra do produto de produtor rural ou sua cooperativa, por valor não inferior ao preço mínimo fixado pelo Governo Federal e o escoamento do sisal para qualquer Estado, exceto os de origem. No mesmo dia serão realizados outros dois leilões para a venda de cerca de 23,3 mil toneladas de feijão cores, safras entre 2008 e 2011, dos Estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. (Valor Econômico)

COMÉRCIO: Missão chinesa visitará três frigoríficos de carne suína

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A missão do órgão responsável pela defesa sanitária da China (Aqsip, na sigla em inglês) vai inspecionar três plantas de suínos no Rio Grande do Sul, informou  a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Além disso, a missão visitar unidades exportadoras de carne de frango nesta semana. Os técnicos chineses vão visitar uma unidade da Cooperativa dos Suinocultores de Encantado, localizada no município de mesmo nome, uma unidade da BRF-Brasil Foods, em Lajeado, e uma unidade da Alibem Comercial de Alimento, em Santa Rosa.


Habilitação - As visitas fazem parte de um processo de habilitação das unidades para exportarem ao mercado chinês. Atualmente, três unidades estão autorizadas a exportar para o país asiático e outras quatro plantas aguardam o processo burocrático para a autorização, conforme o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto. Principal produtor mundial de carne suína, a China é também o quarto maior importado. No ano passado, cerca de 550 mil toneladas desembarcaram no país asiático, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado chinês à carne suína brasileira foi aberto em abril do ano passado. (Valor Econômico)


ENTREVISTA: Brasil busca alívio cambial na OMC

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O Brasil quer pavimentar o terreno na Organização Mundial do Comércio (OMC) para a criação de um mecanismo de desafogo para um momento de valorização cambial excessiva, permitindo impor sobretaxa na importação para proteger sua indústria. A primeira grande discussão ocorrerá nesta terça e quarta-feira (27 e 28/03), reunindo setor privado, governos, instituições internacionais e acadêmicos, na sede do xerife do comércio, em Genebra, num ambiente de fricções crescentes, causadas por desvalorizações competitivas de moedas e retração da demanda global.


Tarifa de importação - Em entrevista, o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, diz que o Brasil precisaria de uma tarifa de importação de 180% para dar a mesma proteção que a tarifa de 35% oferecia antes da Rodada Doha, em 2001. É com essas cifras que ele enfatizará amanhã na OMC a que ponto o câmbio deteriorou a competitividade da indústria brasileira.


Reação- Nesse cenário, Azevedo reage com vigor à afirmação do diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, de que não estaria claro se o câmbio afeta o comércio. Para o representante brasileiro, trata-se de argumento de quem "quer conturbar e confundir" a discussão. Afinal, nota ele, estudo da própria OMC mostrou o impacto dos desalinhamentos cambiais no curto prazo para setores específicos da economia. "E isso exige remédio", disse.


Unctad - Na mesma linha, a Agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) discutirá já nesta segunda-feira (26/03)  mudanças no comércio internacional, com ênfase no câmbio no Brasil. O estudo para discussão estima que a excessiva valorização do real chegou a 80% em abril de 2011 em relação a um nível "ótimo" de longo prazo. Os autores, os economistas André Nassif, do BNDES e da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carmem Feijó, da UFF, e Eliane Araújo, da Universidade Estadual de Maringá, sugerem uma meta para o câmbio, para o país alcançar a taxa "ótima" real de longo prazo, definida como aquela que induz à alocação de recursos para os setores de maior produtividade da economia. A seguir, os principais trechos da entrevista com Azevedo:


Valor: O que o Brasil espera dessa discussão sobre câmbio na OMC?

Roberto Azevedo: Os mecanismos atuais da OMC são muito poucos e muito limitados numa situação de câmbio desalinhado. As regras foram desenhadas ainda nos tempos de moeda fixa e são insuficientes para garantir proteção à indústria nessas circunstâncias. Não existe na OMC um mecanismo específico, como salvaguarda, por exemplo, para reagir a desvalorizações competitivas de moedas. É necessário atualizar as disciplinas da OMC e isso só acontece negociando regras também sobre câmbio.


Valor: Ou seja, um antidumping cambial?

Azevedo: Nossa expectativa é de que os passos sucessivos dessa discussão na OMC conduzam inevitavelmente à negociação de um mecanismo de desafogo em situações de desalinhamento cambial de curto prazo. 


Valor: A questão cambial já foi tratada no sistema multilateral de comércio.

Azevedo: Sim, o Gatt (que antecedeu a OMC) tratou e desenvolveu disciplinas sobre o assunto. Por exemplo, nos anos 90 tomou decisão que permite o reajuste de direitos específicos, que são tarifas de importação fixadas em valor monetário por unidade. A decisão permite que o país tenha o direito de aumentar essa tarifa de importação específica, quando uma moeda se desvaloriza rapidamente. 


Valor: Por que o Brasil não faz uso então dessa possibilidade?

Azevedo: O Brasil não tem em sua tabela de compromissos nenhuma tarifa desse tipo, somente tarifas ad valorem (percentual). Nada impede que desenvolvamos mecanismo similar para as tarifas ad valorem.


Valor: Como superar suspeitas de alguns parceiros de que o Brasil busca pretexto para as medidas de proteção que vem adotando?

Azevedo: Seria até ingênuo imaginar que reclamações sobre câmbio não têm relação com comércio. Em todas as grandes negociações globais sobre câmbio o comércio estava como pano de fundo. Isso é nítido quando o presidente Nixon, em 1971, deixou de autorizar a conversão do dólar em ouro. No mesmo momento, ele impôs sobretaxa de 10% em todas as importações americanas. A reclamação na época era de que a valorização do dólar estava favorecendo a indústria estrangeira em detrimento do emprego nos EUA. A relação câmbio/comércio nunca deixou de existir. Inclusive em seguida o assunto foi para o Gatt. A discussão não prosperou porque ali ninguém estava disposto a entrar numa guerra comercial. Tentou-se encontrar uma acomodação, que resultou num acordo internacional, o Acordo Smithsonian, levando a um realinhamento cambial, desvalorizando o dólar. Em 1985, o Acordo Plaza levou a uma desvalorização do dólar entre 20% e 50% contra o marco alemão, o iene japonês e o franco francês. Dois anos depois foi necessário outro acordo, o do Louvre, para estabilizar a moeda americana, que já estava em franco declínio. Todas essas negociações tiveram início com reclamações fortíssimas dos setores industrial e laboral dos EUA.


Valor: Como o Brasil reage então ao diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, que diz que não está claro se o câmbio afeta o comércio?

Azevedo: Isso é querer tapar o sol com a peneira. Estudos da própria da OMC, publicados em setembro de 2011, deixam inequívoco que desalinhamentos cambiais têm claro impacto no curto prazo para setores específicos da economia. Quando se quer conturbar e confundir essa discussão, argumenta-se que no longo prazo não há consenso de que o desalinhamento cambial é nocivo e retira a competitividade etc. Mas esse longo prazo aí é coisa de 15, 20 anos e até lá todo o sistema produtivo já se ajustou ou quebrou de vez. Outro argumento é de que a volatilidade do câmbio ao longo dos anos não diminui os fluxos de comércio. Isso pode até ser verdade. Mas não é isso o que o Brasil está procurando tratar na OMC. O que queremos é que a OMC reconheça, como seu próprio estudo diz, que, quando há uma mudança significativa de patamar na taxa de câmbio, seguramente há um impacto de perda de competitividade em determinados segmentos da indústria do país que sofreu a valorização. Isso exige remédio. É evidente que nem todos os setores da economia são afetados da mesma forma. Isso não significa que não existam empresas ou setores que precisam de algum tipo de proteção mais imediata.


Valor: Qual a dimensão do impacto do câmbio sobre as exportações, que o país mostrará na OMC?

Azevedo: Vamos mostrar que a forte perda de competitividade, no rastro do desalinhamento cambial no Brasil pode conduzir a fechamento de empresas e aumento do desemprego. A cadeia de efeitos é ampla sobre o nosso parque produtivo. É por isso que desejamos algum mecanismo de alívio na OMC. O Brasil vai mostrar uma desvalorização cambial de magnitude várias vezes superior à proteção tarifária máxima de 35% que tem como compromisso na OMC. Fizemos um cálculo no ano passado que apontou que o Brasil precisaria de tarifa de importação de 180% para dar a mesma proteção que a tarifa de 35% oferecia antes da Rodada Doha, em 2001. Com a desvalorização recente do real, passando para um patamar de 1,80 por dólar, esse percentual terá caído. Mas a proteção que nossa indústria precisaria é de vários múltiplos de 35%.


Valor: Nesse cenário, o Brasil poderá aumentar para além de 35% o teto das tarifas de importação?

Azevedo: Com exceção dos mecanismos de defesa comercial (salvaguarda, antidumping, direitos compensatórios), isso apenas é possível com a reconsolidação da tarifa que consta da nossa tabela de compromissos na OMC. A reconsolidação acontece na OMC, mas é muito pontual, para um ou outro produto. Numa situação de desalinhamento cambial, é muito difícil resolver o problema por aí. Primeiro, teríamos que aumentar milhares de tarifas. Segundo, teríamos de pagar compensações aos parceiros, e não são pequenas. Seria muito difícil manobrar uma reconsolidação dessa envergadura. Além disso, a reconsolidação tarifária, para mais de 35%, se tornaria permanente. Ora, o que queremos é um desafogo para momentos de valorização cambial excessiva.


Valor: Não existe o risco de o antidumping cambial deflagrar mais guerra comercial, com barreiras por todo lado?

Azevedo: Não, porque inevitavelmente a discussão sobre esse mecanismo vai procurar circunscrever ao máximo sua utilização e diminuir ao máximo seu impacto sobre o comércio. Não se pode ter uma visão imediatista, na situação em que estamos vivendo apenas hoje. O real é hoje uma moeda muito valorizada, como a de outros emergentes. Mas, historicamente, a situação foi inversa, como nas crises do México, da Rússia, dos asiáticos, em que os capitais saíram subitamente e nossas moedas despencaram. O mecanismo tem que ser adequado para as duas situações, de câmbio alto ou baixo. Não queremos que, mais adiante, as exportações brasileiras sofram barreiras desnecessárias quando o câmbio estiver em patamares mais baixos.


Valor: Qual o apoio que o Brasil tem sobre câmbio na OMC?

Azevedo: No começo, foi muito pouco. Num esforço enorme, tivemos que convencer cada delegação de que estávamos criando uma oportunidade e não mais polêmicas. Felizmente conseguimos que boa parte apoiasse a abertura do debate e outros não objetassem. Na medida em que os parceiros percebem que não buscamos uma negociação açodada, de afogadilho, e sim bem pensada, com objetivos sistêmicos bem definidos, a cautela e receio diminuem. No começo era só o Brasil que falava, os outros ficavam na escuta. Existem delegações cautelosas, mas o quadro está mudando.


Valor: Só que os EUA e a China, com fricções bilaterais sobre câmbio, também não querem o tema na OMC. Isso já não mata a iniciativa?

Azevedo: Esse quadro é muito fluido. Mesmo esses dois países têm evoluído em suas abordagens. Posturas mais reativas vêm muito do temor de que a discussão saia do controle e seja usada para fins políticos, apontar culpados, recriminar determinadas ações no mercado financeiro. Não é o que buscamos.


Valor: Quais serão os próximos passos, após o seminário?

Azevedo: Gostaríamos de examinar já no segundo semestre, como o sistema multilateral do comércio tratou do assunto, como reagiu. Com base nessas análises, caberia passar a olhar para o futuro. Como atualizar as regras da OMC. Para o Brasil, quanto mais rápido melhor. Mas não vai ser fácil. Temos que seguir o ritmo de uma organização com mais de 150 países e que trabalha com base no consenso. (Valor Econômico)

TV SINAL: Próximo programa da Ocepar será exibido na segunda-feira

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Vai ao ar, na próxima segunda-feira (26/03), pela TV Sinal, o segundo programa Paraná Cooperativo na TV, produzido pela assessoria de Comunicação do Sistema Ocepar. Ele será exibido às 18h30 dentro do espaço Paraná Empreendedor, da própria emissora, e que tem por objetivo discutir os negócios e a economia paranaense. Nesta edição, o Paraná Cooperativo na TV traz matérias sobre as exportações do cooperativismo paranaense, as Assembleias Gerais Ordinárias realizadas pelas cooperativas, o Show Rural Coopavel 2012, a inauguração das obras de ampliação e melhorias no Terminal Portuário da Cotriguaçu, a instalação do Comitê Paranaense para o Rio+20, depoimentos de produtores sobre o Código Florestal, entre outros temas.


Sintonia - A TV Sinal é o veículo de comunicação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Em Curitiba, é sintonizada nos canais 16 (NET), 99 (TVA) e também no 97 da RCA. Posteriormente estará disponível no site da Alep http://www.alep.pr.gov.br/imprensa/tvsinal/acervo e na TV Paraná Cooperativo no Youtube: http://www.youtube.com/sistemaocepar. O programa Paraná Cooperativo na TV estreou no dia 13 de fevereiro. O espaço cedido para as cooperativas paranaenses na TV Sinal é fruto de convênio assinado entre a Alep e a Ocepar no dia 17 de novembro de 2011. Também participam deste acordo a Associação Comercial do Paraná - ACP, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná - Fiep e a Federação do Comércio do Estado do Paraná - Fecomércio. As quatro entidades tem, cada uma, trinta minutos por mês no programa semanal Paraná Empreendedor, em edições inéditas, em sistema de rodízio.

PAP 2012/13 II: Mapa propõe nova linha de crédito para cooperativas agro

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Os Secretários Nacionais de Política Agrícola, Caio Rocha, e de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Erikson Chandoha, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se reuniram nesta quarta-feira (21/03) com o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, para propor a elaboração conjunta de uma nova linha de crédito para cooperativas agropecuárias. O encontro aconteceu na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF), e contou ainda com as presenças da diretora substituta do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop), Vera Lúcia de Oliveira, e do diretor do Departamento de Economia Agrícola, Wilson Vaz de Araújo.


Linha específica - A proposta, autorizada pelo ministro Mendes Ribeiro Filho, é de uma linha de crédito específica para o ramo agropecuário, tendo como princípio a fidelidade dos associados e a gestão da cooperativa. “Trata-se de uma opção a mais para o produtor, que possa lhe trazer benefícios desde que comprovada a sua fidelidade à cooperativa e a excelência da gestão da entidade”, explica o gerente de Ramos e Mercados da OCB, Gregory Honczar.


Construção conjunta - Segundo Honczar, a linha ainda não está definida, e o trabalho do Sistema OCB será fundamental para garantir o atendimento às necessidades do setor. “Não se sabe, ainda, se os benefícios ao produtor serão em forma de juros reduzidos, maior prazo para pagamento ou outra modalidade. Porém, a construção conjunta, sem imposição por parte do governo, será essencial para que possamos garantir a adesão à linha”, destaca o gestor. “É uma situação bastante democrática para trabalharmos tecnicamente”, acrescenta.

 

Plano Safra - A nova linha de crédito será incluída no Plano Safra 2012/2013, que se inicia em 1º de julho deste ano. “Isso significa que precisamos agir imediatamente na sua construção”, relata o gerente da OCB, afirmando que os trabalhos terão início ainda esta semana.

 

Dívidas - Outro ponto discutido durante a reunião foi a questão da revisão das dívidas de cooperativas agropecuárias com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), demanda antiga do sistema cooperativista. De acordo com Honczar, não se trata de um número grande, mas existem algumas cooperativas com dificuldades em executar o pagamento total de suas dívidas com a companhia. “É uma situação duplamente ruim onde por um lado as cooperativas não conseguem realizar os pagamentos e a Conab, por um impedimento legal, não pode renegociar as dívidas. A preocupação do governo em solucionar a questão é de extrema importância para o cooperativismo brasileiro”, resume o gestor. (Informe OCB)