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Vai ao ar, nesta segunda-feira (23/04), pela TV Sinal, o terceiro programa Paraná Cooperativo na TV, produzido pela assessoria de Comunicação do Sistema Ocepar. Ele será exibido às 18h30 dentro do espaço Paraná Empreendedor, da própria emissora, e que tem por objetivo discutir os negócios e a economia paranaense. Nesta edição, o Paraná Cooperativo na TV traz matérias sobre a Assembleia Geral da Ocepar, que anunciou uma movimentação financeira recorde em 2011 do cooperativismo paranaense de R$ 32 bilhões, aumento de 21% em relação ao ano anterior. O programa também abordará os importantes investimentos realizados pelas cooperativas em agroindustrialização, repasse de recursos no valor de R$ 66 milhões do BRDE para as cooperativas Agrária e Lar; entrevista com Alvaro Jabur sobre a mudança do nome da cooperativa central Unicred para Uniprime; Plano Safra, parceria do Sescoop Paraná com o Sebrae no Programa de Formação de Executivos de Cooperativas Paranaenses, entre outros temas.
Sintonia - A TV Sinal é o veículo de comunicação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Em Curitiba, é sintonizada nos canais 16 (NET), 99 (TVA) e também no 97 da RCA. Posteriormente estará disponível no site da Alep http://www.alep.pr.gov.br/imprensa/tvsinal/acervo e na TV Paraná Cooperativo no Youtube: http://www.youtube.com/sistemaocepar. O programa Paraná Cooperativo na TV estreou no dia 13 de fevereiro. O espaço cedido para as cooperativas paranaenses na TV Sinal é fruto de convênio assinado entre a Alep e a Ocepar no dia 17 de novembro de 2011. Também participam deste acordo a Associação Comercial do Paraná - ACP, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná - Fiep e a Federação do Comércio do Estado do Paraná - Fecomércio. As quatro entidades tem, cada uma, trinta minutos por mês no programa semanal Paraná Empreendedor, em edições inéditas, em sistema de rodízio.
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A definição de marcos regulatórios e o fomento a políticas públicas para o cooperativismo foram pontos ressaltados pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, na última terça-feira (17/04), como determinantes para o crescimento do setor. Freitas participou de uma audiência pública sobre o Ano Internacional das Cooperativas – 2012, na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados, juntamente com representantes do governo federal e de outras instituições ligadas ao setor cooperativista. Para acessar o Resultado da Agenda da Semana, clique aqui. (Blog OCB no Congresso).
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A comissão especial criada para analisar o Projeto de Lei 1.572/2011, que institui um novo Código Comercial, com o objetivo de sistematizar e atualizar a legislação sobre as relações entre pessoas jurídicas, realizou audiência pública na última quarta-feira (18/04) com o jurista e professor da PUC/SP, Fábio Ulhoa Coelho.
Acompanhamento - O Sistema OCB acompanha os trabalhos do colegiado, tendo em vista o projeto equiparar as sociedades cooperativas às empresas definidas no Código, de maneira acrítica, quando se sabe que ao contrário destas, as cooperativas não guardam em sua essência a chamada “lógica de mercado”, embora nele interaja com outros agentes econômicos, por não almejarem lucro no desenvolvimento de suas atividades, e sim a obtenção de proveito comum àqueles a elas vinculados.
Posicionamento do setor - Assim sendo, o Sistema OCB, através da Gerência de Relações Institucionais e da Assessoria Jurídica, acompanha este Colegiado, tendo incluído em sua composição parlamentares integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), que possam defender o posicionamento do setor: o cooperativismo não deve ser tratado no âmbito do projeto em epígrafe, sendo respeitados os mandamentos da Lei Geral do Cooperativismo, Lei nº 5.764/1971.
Legitimidade - Entre os parlamentares envolvidos, podemos citar os deputados Junji Abe (SP), Reinaldo Azambuja (MS), Raimundo Gomes de Matos (CE), Marcos Montes (MG), Moreira Mendes (RO) e Cesar Colnago (ES). Vice-presidente da comissão, o deputado Junji Abe (SP) entende que a reforma do Código Comercial precisa reconhecer a legitimidade do sistema cooperativista no mundo contemporâneo. Na visão do parlamentar, a legislação atual é “extremamente confusa” e penaliza diretamente o sistema cooperativado. Como exemplo, ele apontou a grande batalha do setor para evitar que o Poder Público refute a participação das sociedades cooperativas nas licitações. “A inexistência de regras claras dificulta a presença do cooperativismo nas concorrências, em prejuízo da população”.
PL 1.572/2011 - De autoria do deputado Vicente Candido (SP), o projeto agrega 670 artigos, divididos em cinco livros. O primeiro apresenta os conceitos gerais sobre empresa; o segundo aborda as sociedades empresariais; o terceiro regula as obrigações dos empresários; o quarto trata da crise do empreendimento; e o quinto abrange as disposições transitórias. A proposta do novo código tem o objetivo de sistematizar e atualizar a legislação sobre as relações empresariais entre pessoas jurídicas. Entre outros assuntos, trata da denominação empresarial, de títulos eletrônicos e do comércio na internet. (Blog OCB no Congresso)
Para acessar o texto do PL 1.572/2011, clique aqui.
Para acessar o vídeo completo da audiência, clique aqui.
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Reportagem veiculada no programa RIC Rural da TV Record do Paraná deste domingo (22/04) mostra o verdadeiro desânimo que tomou conta dos produtores de trigo do estado por falta de incentivo ao setor. De acordo com a reportagem, a ausência de políticas agrícolas do governo federal vem fazendo com que os produtores abandonem a triticultura e façam opção por outras culturas, entre elas o milho. Em 2009, em um milhão de hectares, foram colhidos 3,5 milhões de toneladas. De lá para cá, os campos de trigo foram reduzidos em 33%. Na próxima safra, a expectativa é que sejam colhidos 2 milhões de toneladas. Na reportagem do superintendente adjunto da Ocepar, Nelson Costa, alerta que o governo precisa agir rápido e reverter esta situação, caso contrário a balança comercial será prejudicada com a importação do produto de outros países. Assista no link abaixo a reportagem completa.
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O vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC) criticou fortemente o substitutivo do deputado Paulo Piau ao PL 1.876/99, apresentado à imprensa na tarde de quinta-feira (19/04). Para Colatto “o relatório foi medroso na defesa do setor produtivo”.
Custo - Conforme o parlamentar, pelo relatório o Brasil terá mais custo e quem pagará a conta é o consumidor. “Entendemos que será criado um cartório ambiental tornando refém todo o sistema urbano e rural”, disse acrescentando que o texto “se retém do ambientalismo radical”.
Áreas consolidadas - Com relação às áreas consolidadas Colatto destaca que o relatório não cumpriu o acordo com a bancada ruralista. O parlamentar salienta que “faltou conciliação entre a lei e a realidade, trazendo consequências graves a todo o setor produtivo brasileiro”.
Destaque - O vice-presidente defende a apresentação de destaques em Plenário para atender aos interesses do pequeno produtor. “Sem a consolidação das áreas vamos expulsar os pequenos produtores de suas terras. Agora vamos levar a discussão para o Plenário e destacar”, disse Colatto.
Votação - A votação do Código Florestal está prevista para esta terça-feira (24/04) no Plenário da Câmara dos Deputados. (Assessoria de Imprensa do deputado Valdir Colatto)
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A Gerência Técnica e Econômica da Ocepar (Getec) divulgou, nesta segunda-feira (23/04), uma edição especial do boletim Agrosafra, que traz os indicadores conjunturais do mercado mundial de soja, milho e trigo, com base nos dados divulgados no último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda). O material apresenta um balanço da oferta e demanda mundial dos três produtos, a relação estoque e consumo e um balanço das exportações e importações de cada um deles, com comentários.
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As exportações das cooperativas brasileiras somaram US$ 1,29 bilhão de janeiro a março deste ano, uma elevação de 6,5% em relação ao mesmo período de 2011, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). As importações registraram expansão de 12,7% e totalizaram, no trimestre, US$ 54,7 milhões. O saldo da balança comercial das cooperativas alcançou US$ 1,238 bilhão no período.
Produtos - O principal produto exportado no período foi o açúcar refinado, que obteve receita de US$ 297,3 milhões, equivalente a 23% do total exportado pelas cooperativas. Em seguida, aparecem o café em grão, com US$ 177,5 milhões (13,7%), farelo de soja, com US$ 139,5 milhões (10,8%) e pedaços e miudezas comestíveis de frango, com US$ 138,4 milhões (10,7%). Nas exportações totais do setor de agronegócios, a liderança costuma a ficar com soja e derivados.
Destinos - Os embarques de produtos de cooperativas brasileiras chegaram, no primeiro mês de 2012, a um total de 118 países. Em igual intervalo de 2011, haviam sido 108 países de destino. A China ficou em primeiro lugar nesse ranking, com US$ 142,4 milhões, ou 11% do total exportado no mês. Os Estados Unidos ocuparam a segunda colocação, com US$ 118,7 milhões (9,2%). A Alemanha vem em seguida, com US$ 108,5 milhões (8,4%).
Estados - O Mdic informou, ainda, que 17 Estados do país exportaram por meio de 125 cooperativas em janeiro. O Paraná permaneceu na liderança, com US$ 419,9 milhões em exportações, ou 32,5% do total. Em segundo lugar aparecem as cooperativas de São Paulo, que venderam US$ 350 milhões (27,1%). As sociedades de Minas Gerais figuram em terceiro no ranking, com vendas de US$ 191,7 milhões, ou 14,8% do total.
Importações - Já as importações das cooperativas do país passaram de US$ 48,5 milhões, no primeiro trimestre de 2011, para US$ 54,7 milhões, no mesmo período de 2012 — uma expansão de 12,7%. As compras externas das cooperativas foram originárias de 33 países no primeiro trimestre deste ano. No mesmo período do ano passado, foram 31 países. Na relação dos principais vendedores de produtos para as cooperativas, os Estados Unidos ficaram em primeiro lugar, com US$ 8,1 milhões, ou 14,8% do total. Do Japão, foram comprados US$ 5,3 milhões, ou 9,7% do total. (Valor Econômico)
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Na quarta-feira (18/04) pela manhã, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) entregou ao Secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Célio Porto, um ofício contendo posicionamento contrário a uma demanda pela redução da tarifa de importação do soro de leite em pó. De acordo com o analista de Ramos e Mercados da instituição, Gustavo Beduschi, a indústria nacional vem se estruturando para fornecer esse produto. Caso haja a redução da Tarifa Externa Comum (TEC), os impactos resultantes serão de desarticulação da cadeia e de inviabilização dos investimentos já realizados, trazendo um sério prejuízo a milhares de famílias ligadas ao setor.
Diálogo - Segundo o analista, o Secretário disse entender o pleito e propôs que o diálogo entre as entidades seja estreitado. Apesar de não ter sido expedido parecer sobre o ofício, o assunto, que estava em pauta na reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) foi retirado. “Vamos manter o posicionamento contrário”, enfatizou Beduschi.
Distorção - No mesmo dia, a convite da Subcomissão do Leite da Câmara dos Deputados, a OCB participou de uma audiência com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, cujo foco principal foi a importação de leite e derivados provenientes do Uruguai. “Historicamente, importávamos cerca de mil toneladas de leite em pó por mês daquele país. Nos últimos meses, essa média chegou a mais de quatro mil toneladas, causando uma distorção muito grande no mercado interno, ainda mais tratando-se o Brasil do sexto maior produtor de leite mundial”, avaliou o analista da OCB.
Desequilíbrio - Segundo Beduschi, com o excesso de importações, o país, que já alcançou superávit de mais de US$ 200 milhões, vive hoje um momento de desequilíbrio inaceitável. “Nos últimos, voltamos a ser importadores, mas não é possível aceitar que o crescimento do consumo interno seja abastecido por produto de fora. O que queremos é promover um acordo para firmar o quantitativo passível de ser importado, com referência de preço, inclusive”, afirmou.
Brasil Maior - Por fim, no período da tarde, ocorreu a primeira reunião de trabalho do Conselho de Competitividade Setorial da Agroindústria do programa Brasil Maior, do governo federal. Trata-se de um fórum consultivo no qual a OCB tem assento, formado pelo Mdic, com o intuito de trabalhar de forma mais próxima da presidência da República as demandas para expansão do setor agroindustrial. Neste primeiro encontro, a possibilidade de criação de grupos de trabalho específicos sobre leite foi citada. O Conselho tem como meta a proposição de uma agenda inicial ao Comitê Gestor do programa até o fim do mês de abril. (Informe OCB)
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A inadimplência do crédito rural do Banco do Brasil no ano passado foi a menor desde 2005. Em 2011, o banco foi responsável por 63% do mercado de crédito agrícola no país, com saldo de R$ 86 bilhões financiados. Apenas 0,7% desse valor são operações vencidas há mais de 90 dias. Em 2010, essa falta de pagamento representou 2,5%.
Fatores - Na avaliação do Banco do Brasil, pelo menos três fatores contribuíram para melhorar o perfil de pagamento dos agricultores. Uma delas foi a alta dos preços das commodities no mercado internacional até meados do ano passado, que ajudou a elevar a rentabilidade do produtor. A outra foi a disseminação do seguro agrícola, que reduziu a inadimplência dos que perderam suas colheitas em razão das alterações climáticas. Por último, o BB, segundo o gerente-executivo Antônio Carlos Chiarello, optou por ser mais cuidadoso em relação as aprovações de financiamentos.
Limites de financiamento - "Além disso, houve uma elevação dos limites de financiamento a taxas de juros controladas [subsidiadas pelo Tesouro Nacional] para a safra 2011/12, que colaborou para aumentar a base de clientes habilitados a tomar crédito no banco", disse Chiarello.
Seguro agrícola - Segundo o BB, de todos os fatores que ajudaram a reduzir a inadimplência, o seguro agrícola foi o mais importante. "O seguro precisa ser uma política permanente de governo", avalia Osmar Dias, vice-presidente de Agronegócio do banco. Para ele, basta analisar qualquer região do país depois de problemas climáticos. "Quem está melhor hoje? O produtor que contratou seguro ou quem rolou a dívida?", pergunta.
Aumento da subvenção - Os executivos do banco têm agido nos bastidores para tentar ampliar a subvenção do governo ao prêmio pago pelo produtor na contratação do seguro rural. O valor aprovado neste ano foi de apenas R$ 153 milhões, ante os R$ 257 milhões da safra passada. "É importante que tenhamos ajuda [do governo] na subvenção do seguro este ano. O orçamento aprovado é muito baixo para a necessidade de atingir um índice médio de 60% das propriedades seguradas", explica Dias. "Quanto mais seguro e assistência técnica, menos o produtor vai atrasar o pagamento. No Rio Grande do Sul, mais de 90% do milho plantado e 85% da soja possuem seguro", afirma Dias.
Empréstimos - Na safra atual, o BB já emprestou R$ 35,6 bilhões - entre julho de 2011 e março de 2012 -, um aumento de 24,5% em relação ao mesmo período da safra 2010/11, quando foram financiados R$ 28,5 bilhões. Desse total, os produtores empresariais obtiveram R$ 28,3 bilhões e os agricultores familiares, outros R$ 7,2 bilhões. (Valor Econômico)
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O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) sediará, nos dias 16 e 17 de outubro, o 2º Encontro Paranaense de Melhoramento de Plantas, evento dirigido a pesquisadores, profissionais do setor público e privado, docentes e alunos de graduação e pós-graduação envolvidos com melhoramento genético vegetal e biotecnologia aplicada. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo endereço www.iapar.br. O número de vagas é limitado.
Tema central - Tendo “A Ciência do Desenvolvimento de Cultivares no Século XXI” como tema condutor das palestras e debates, o encontro pretende discutir aplicações teóricas e práticas de diferentes metodologias na rotina dos programas de melhoramento de plantas e, ainda, as perspectivas dessa área do conhecimento, explica Deoclécio Domingos Garbuglio, pesquisador do Iapar e integrante da comissão organizadora,
Promoção - O 2º Encontro Paranaense de Melhoramento de Plantas é uma promoção do Iapar e da Associação Brasileira de Melhoramento de Plantas-Regional Paraná, contando com o apoio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) e da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec).
Serviço - 2º Encontro Paranaense de Melhoramento de Plantas / Data: 16 e 17 de outubro / Local: Sede do Iapar, em Londrina (rodovia Celso Garcia Cid, km 375) / Inscrições: pela internet, no endereço www.iapar.br. (Assessoria de Imprensa do Iapar)
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Com o momento desfavorável ao cultivo do trigo, fica a dúvida para o produtor que já está plantando a safra de inverno ou que está esperando a colheita do milho safrinha para apostar em outra cultura. Para os especialistas do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), existem opções que podem trazer muitos benefícios ao campo, culturas tradicionalmente fora do circuito comercial, mas fundamentais para o equilíbrio do solo e da produção agrícola.
Problemas com solo - O pesquisador Ademir Calegari afirma que os problemas com o solo estão aumentando por falta de manejo adequado, baixa diversificação de cultivos e, em alguns casos, uso excessivo de produtos químicos. Isso deixa a lavoura mais suscetível, a produtividade baixa quando o solo não está em boas condições de nutrir bem as plantas. “Não é muito fácil mensurar os efeitos positivos da rotação de cultura a médio e longo prazo, tendo em vista que estamos lidando com fatores biológicos, ambientais, mas num curto espaço de tempo o produtor vai perceber um aumento de produtividade”. Segundo Calegari, a produção pode ser de 5 a até 30% maior na safra de verão.
Área descoberta - Ainda de acordo com o pesquisador, existe uma área muito grande, de aproximadamente 2,8 milhões de hectares no Paraná, que fica descoberta no outono/inverno. “Neste local só vai crescer mato. Isso é um pecado”, lamenta Calegari. Mesmo do ponto de vista do custo, não vale a pena deixar a terra em pousio. Conforme ele, o produtor pode produzir a própria semente de planta de cobertura de forma que o valor não passe de R$ 0,50 o quilo.
Diagnóstico - Calegari lembra, porém, que antes de tomar uma medida, o ideal é fazer um diagnóstico da área. “Depois disso, dá pra saber se a melhor opção é aveia, nabo forrageiro, ervilhaca, tremoço, azevém, ervilha forrageira ou mesmo uma associação de diferentes espécies. São opções consolidadas, com resultados consistentes de pesquisa”, salienta.
Aveia – Para o pesquisador Luiz Antônio Odenath, investir na aveia é uma boa opção no inverno. Se o agricultor escolher utilizar a espécie como planta de cobertura, Odenath recomenda a aveia preta IAPAR 61, que é rústica, tem grande produtividade e faz sucesso há muitos anos no mercado. “Nos ensaios conduzidos em quatro estados (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo) a cultivar produziu 8,5 toneladas de matéria seca por hectare. Isso faz dela uma unanimidade no setor”.
Ressalva - Odenath faz uma ressalva, porém. “O preço da semente da Iapar 61 é alto, em torno de R$ 1,60 o quilo. Isso ocorre porque o produtor de semente tem a produção da safra de verão prejudicada em virtude de seu ciclo longo”. Ele lembra que este é o último ano para plantio de variedades de aveia sem origem, que custam em torno de R$ 0,20 o quilo. “Com isso, o agricultor terá que optar por uma semente registrada e, nesse sentido, a Iapar 61 é imbatível”, afirma.
Forrageira - Caso a ideia seja o uso como forrageira, o pesquisador recomenda a variedade de aveia branca IPR 126, também um material de elevada produtividade, que se sobressai como opção de alimentação para o gado no inverno. “Ela é mais suscetível a doenças que a IAPAR 61, mas como o produtor vai cortar a parte da planta onde há maior incidência, ela dificilmente vai apresentar problemas”, explica.
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Cortes - Ainda de acordo com Odenath, o longo ciclo da cultivar permite fazer de dois a cinco cortes, dependendo do local, o que assegura o fornecimento ao longo dos meses de inverno, período crítico para alimentação do rebanho em virtude da escassez de forragem. “Se o produtor preferir, ele pode fazer silagem e guardar o produto”, acrescenta. (Imprensa Iapar)
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Considerado uma das prioridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) dentro do Plano Plurianual 2012-2015 (PPA), o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) será um dos temas debatidos durante a III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária (CNDA), que ocorrerá a partir desta segunda-feira (23/04) até sexta-feira (27/04), em Salvador (BA).
Painel - O assunto será discutido amplamente durante o painel “Suasa: Responsabilidade Compartilhada”, no dia 24 de abril, que contará com a participação do diretor de Programas, Ricardo Cavalcanti; do diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Luiz Carlos de Oliveira; e do coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, Luis Eduardo Rangel. Eles falarão sobre defensivos, Sistema Brasileiro de Inspeção de Produto de Origem Animal (Sisbi-Poa) e os desafios para a agropecuária brasileira. “Queremos que o Suasa permita uma produção confiável em todos os âmbitos e que o Brasil se torne uma referência mundial em qualidade de produtos, mas para isso precisamos da participação e da responsabilidade de todos”, salienta Cavalcanti.
Finalidade - O Sistema foi criado em 2006, por meio do Decreto no. 5.741, e a sua finalidade é garantir a saúde dos animais e a sanidade dos vegetais, a idoneidade dos insumos e dos serviços agropecuários e a oferta de produtos agropecuários seguros e em conformidade com os padrões mundiais de segurança.
Subssitemas - Dentro do Suasa existem vários subssistemas, como por exemplo, o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa). Estados e municípios incluídos nesse sistema – e consequentemente no Suasa – têm os seus serviços de inspeção equivalentes ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) e podem comercializar os seus produtos em todo o país.
Iniciativas - Dentro do Plano Plurianual 2012-2015 (PPA) está programada uma série de iniciativas para efetivar o Suasa, como a estruturação dos serviços de defesa agropecuária nos estados e municípios, a implementação dos mecanismos de governança e estabelecimentos dos critérios de auditoria e a revisão e codificação das legislações das diferentes especialidades da defesa agropecuária. No planejamento também estão previstas a criação de um centro de formação e de inteligência da defesa agropecuária, a introdução dos conceitos de educação sanitária nas normas de defesa agropecuária e a execução da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), além de ações de combate a clandestinidade. A meta do governo é aumentar a adesão dos municípios gradativamente até 2015, quando se espera que 1.100 cidades estejam participando do programa.
Ingresso voluntário - O ingresso no Suasa é voluntário e pode ser solicitado nas Superintendências Federais de Agricultura (SFAs). Atualmente, quatro estados (Bahia, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul), sete serviços municipais (Alegrete/RS, Cascavel/PR, Erechim/RS, Rosário do Sul/RS, Santa Cruz do Sul/RS, São Pedro do Butiá/RS e Uberlândia/MG) e um consórcio de municípios (Consad – São Miguel do Oeste/SC) já aderiram ao Sistema. Em processo de adesão encontram-se 14 estados (ES, SP, SC, GO, TO, MT, MS, AC, RN, PB, PE, PA,CE, AM) e o Distrito Federal, 60 municípios e mais cinco consórcios municipais.
Participantes - A CNDA reunirá cerca de quatro mil participantes – entre representantes de instituições públicas, órgãos executores de defesa agropecuária e instituições de ensino e pesquisa – durante os cinco dias de programação. O evento, que conta com apoio do Mapa, será realizado no Centro de Convenções da Bahia e discutirá a responsabilidade compartilhada da defesa agropecuária e o papel da vigilância agropecuária na Copa de 2014.
Temas - Ao longo da conferência, inúmeros assuntos de importância para a área – como trânsito agropecuário nacional e internacional, modernização da gestão em defesa agropecuária, vigilância agropecuária internacional em aeroportos no Brasil e o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) – serão abordados por técnicos do Ministério em painéis e palestras. Mais informações no site www.defesaagropecuaria.com.br. (Mapa)
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O Brasil recebeu com cautela o primeiro projeto de nova lei agrícola dos Estados Unidos ("Farm Bill") que o Senado americano divulgou na sexta-feira e que direciona bilhões de dólares de subsídios aos agricultores do país. "É a primeira vez que vemos um texto do que poderá ser os contornos da nova lei agrícola americana. É o começo de um processo e vamos examinar todos os detalhes", afirmou o embaixador brasileiro na Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo.
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Retaliação - A atual "Farm Bill" expira no fim de setembro e,dependendo do que sair da nova lei, o Brasil poderá reativar seu direito de retaliar produtos americanos por causa de subsídios concedidos ao segmento de algodão.
Eliminação de programas - O projeto do Senado elimina três programas: o de pagamentos diretos, que são os que menos distorcem o comércio internacional e representam US$ 600 milhões de ajuda para os produtores; o programa contracíclico, pelo qual atualmente não dá nenhum centavo aos agricultores em razão do preço alto dos produtos agrícolas; e um terceiro programa chamado "Acre".
Modificações - Já o programa de "marketing loan", que dá garantia de preço mínimo para os produtores americanos, sofre modificações, sobretudo nos gatilhos pelos quais o governo libera a ajuda. Além disso, o Senado quer criar o programa "Stax", que é uma garantia de receita ao produtor e considerado bem mais distorcivo, com o potencial de estimular enorme produção para que os agricultores recebam mais subsídios.
Versão diferente - A versão do Senado é ligeiramente diferente daquela defendida pelo Conselho Nacional do Algodão, que o Brasil acusara de aumentar ainda mais o tamanho dos subsídios americanos.
Garantia de crédito - O Senado quer também manter o programa de garantia de crédito a exportação, que representa grande parte da retaliação ao qual o Brasil tem direito a impor contra produtos americanos. Significa que se a versão do Senado for aprovada, o conflito tem ainda mais possibilidade de voltar a causar tensão bilateral. "São programas que têm muitos preços móveis e precisamos olhar para cada um dos lados com muito cuidado", disse o embaixador Roberto Azevedo.
Distorção maior - Azevedo esteve em Washington, na semana passada, discutindo o conflito do algodão com o Departamento do Comércio e o USTR, a representação comercial americana. E avisou, mais uma vez, que as ideias no Congresso apontam para subsídios ainda mais distorcivos do que na situação atual.
Solução negociável - Da conversa com presidente do Comitê de Finanças do Senado, Max Baucus, Azevedo saiu com a impressão de que alguns senadores querem desenhar uma "Farm Bill" "encontrando uma solução negociável" para o conflito do algodão com o Brasil. Atualmente, o Brasil recebe compensação paga pelos americanos por causa da manutenção de programas de subsídios para produtores de algodão. Mas não está claro se o pagamento será mantido depois de setembro, com ou sem nova lei agrícola.
Ataque - Em Doha, na conferência ministerial da Unctad, países em desenvolvimento continuaram o ataque contra os subsídios agrícolas dos países desenvolvidos. Um negociador disse que os ricos querem "o caminho do paraíso", quando pedem acordo sobre facilitação de comércio, mas esquecendo toda a agenda dos países pobres. (Valor Econômico)
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O consumo das famílias garantiu à demanda interna neste início de ano um crescimento semelhante ao do começo de 2011. No primeiro trimestre daquele ano, o consumo das famílias e os investimentos aumentaram a um ritmo anual de 2,7%. Nos primeiros três meses de 2012, essa taxa ficou entre 2% e 2,5%, segundo cálculos da LCA Consultores, que projeta os resultados trimestrais do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para o período de um ano.
Composição diferente - O ritmo é semelhante, mas a composição do crescimento é muito diferente entre os dois anos. Enquanto nos primeiros três meses de 2011 o investimento aumentou mais que o dobro do consumo das famílias, no mesmo período deste ano, de acordo com a LCA, os gastos com máquinas, equipamentos e em construção recuou, enquanto a demanda das famílias ficou próxima ao 0,5% de alta registrado no início de 2011.
Expectativa - A expectativa da consultoria é de que o ritmo anual de expansão da demanda interna salte para algo entre 5% e 6% no segundo trimestre deste ano, se aproximando dos 6,7% registrados nos três últimos meses de 2010, época em que o governo começou a tomar medidas para esfriar a economia após ter constatado que havia estimulado demais o país para sair da crise financeira mundial de 2009.
Recuperação dos investimentos - Esse avanço brusco da demanda interna, porém, não preocupa o economista-chefe da LCA, Bráulio Borges. Segundo ele, no primeiro trimestre de 2012, o PIB ainda vai ser puxado pelo consumo das famílias, mas a partir do segundo trimestre haverá uma mudança na composição da demanda interna, com uma forte recuperação dos investimentos. A estimativa da LCA é que o investimento recue 0,7% no primeiro trimestre e depois cresça 3% no segundo, sempre considerando a comparação com o trimestre anterior e feito o ajuste sazonal. "Daí pra frente, o crescimento do Brasil vai ser puxado por investimentos. Consumo terá uma participação menor", diz Borges.
Crescimento sem inflação - Em sua avaliação, o consumo das famílias também continuará crescendo, mas em menor intensidade que a formação bruta de capital fixo. Ele projeta 0,6% no primeiro trimestre e 1% no segundo, sempre na comparação com os três meses anteriores. É devido a essa previsão de mudança na composição do crescimento do país que Borges não vê o risco de a economia passar por uma nova fase de aquecimento exagerado. "Temos uma ociosidade na economia que ainda não foi absorvida. Por isso é possível crescer sem gerar inflação", diz.
Pé no freio - Essa visão, porém, não é consenso. A Fundação Getulio Vargas (FGV) e a Tendências Consultoria estão entre as instituições que consideram possível um crescimento muito intenso da demanda interna ainda este ano. "O consumo das famílias está aumentando mais rápido do que deveria. Se continuar assim, o governo vai ser obrigado a novamente colocar o pé no freio lá na frente", afirma a economista da FGV, Silvia Matos.
Descompasso - O que preocupa a economista Alessandra Ribeiro, da Tendências, é o descompasso. "O ideal seria o governo tentar frear o consumo e aumentar o investimento, para ampliar a capacidade produtiva. Mas o que vem acontecendo é exatamente o contrário", destaca. Pelos seus cálculos, o consumo das famílias aumentou 0,8% entre o quarto trimestre de 2011 e o primeiro trimestre de 2012, período em que a formação bruta de capital fixo recuou 1,3%. "Deveremos ver uma melhora nos investimentos no segundo semestre, com os efeitos do afrouxamento monetário e a esperada saída do papel de projetos do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], mas o descasamento com o consumo permanecerá grande".
Sustentação - O crescimento da renda, a redução do desemprego, a expansão do crédito e o aumento da confiança do consumidor, enumera Alessandra, sustentam o vigor da demanda. O único fator que podem atenuar o avanço do consumo, em sua avaliação, é o alto nível de comprometimento da renda. "A inflação de serviços está desacelerando bastante, o que pode indicar que as dívidas estão limitando o consumo."
Oferta - O gargalo da expansão econômica brasileira, para o economista-chefe do BanifInvest, Mauro Schneider, não está na demanda interna, mas na oferta. "Com exceção dos serviços, as demais necessidades de consumo estão sendo atendidas pelos importados. Se quisermos continuar crescendo, precisamos aumentar nossa produtividade." Mas, até que os investimentos se transformem em melhor capacidade de produção, lembra Marcelo Kfoury, superintendente do departamento econômico do Citibank, eles permanecem como demanda e, portanto, também influenciam a inflação.
Mudança no quadro - O limite do crescimento da demanda, para a economista Fernanda Consorte, do Santander, será imposto pela inflação. Por enquanto, ela não espera uma repetição do superaquecimento do passado, mas também não descarta essa possibilidade. "O que tem permitido uma desaceleração da inflação é o menor reajuste em administrados e os preços comportados dos alimentos. Mas, ano que vem, esse quadro deve mudar", diz. Sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de alta de 6% em 2013. (Valor Econômico)
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O doutor em Economia pelo Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (IPE/USP) e professor convidado da Fundação Dom Cabral, Antônio Evaristo Teixeira Lanzana, vai falar sobre o cenário macroeconômico brasileiro durante o Fórum Financeiro, nesta quinta-feira (26/04), às 15h, na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. A programação do evento contempla ainda uma palestra sobre a situação econômica e financeira das cooperativas agropecuárias paranaenses, apresentada pelo gerente de Desenvolvimento e Autogestão do Sescoop/PR, Gerson José Lauermann, às 17h.
Público – O Fórum é destinado a diretores, gerentes e analistas da área financeira das cooperativas do Paraná e agentes financeiros convidados. As inscrições devem ser feitas esta segunda-feira (23/04) pelos agentes de Desenvolvimento Humano por meio do site www.ocepar.org.br. Mais informações com Marcelo Martins (
Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1122) ou com Anderson Helpa (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1149).
AUDITORES INTERNOS: Profissionais das cooperativas vão discutir monitoramento de riscos
Debater os processos de monitoramento de riscos empresariais no contexto atual dos negócios. É com esse propósito que o Sescoop/PR promove, nesta terça e quarta-feira (24 e 25/04), o Fórum dos Auditores Internos, na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. O evento tem como público-alvo os profissionais da área que atuam nas cooperativas do Paraná. Informações podem ser obtidas com Emerson Barcik (
Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1137) ou com Cristina Moreira (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1186).
Temas – Os instrutores José Reinaldo Theiss e Manfredo Krieck, da Learned Consultores Associados, vão tratar de temas como o futuro da auditoria interna; quem vai monitorar os riscos empresariais e quem será o auditor; a realidade dos profissionais de auditoria interna e visão dos negócios, incluindo ética e práticas auditoriais.
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Apresentado nesta quinta-feira (19/04), o substitutivo do deputado Paulo Piau (PMDB-MG) ao novo Código Florestal (PL 1876/99) elimina a definição das faixas de áreas de preservação permanente (APPs) com atividades produtivas a serem recuperadas para todos os tamanhos de rios. Tanto o texto aprovado na Câmara quanto no Senado estipulam que, para cursos d’água com até 10 metros de largura, os produtores rurais devem recompor 15 metros de vegetação nativa.
Limitação regimental - Alegando limitações regimentais, Paulo Piau afirmou que a definição das faixas a serem recompostas será prevista em medida provisória ou projeto de lei posterior. "Como o regimento não permite alterar as faixas, a única alternativa foi retirá-las para, em um instrumento legislativo posterior, acertarmos uma faixa mínima, a máxima e as intermediárias, beneficiando o pequeno produtor e obviamente fazendo com que o grande produtor cumpra aquilo que veio do Senado."
Proteção - Piau destacou, no entanto, que aprovar o Código Florestal sem esses limites, não significa que as áreas ficarão sem proteção. “As faixas serão estipuladas por um técnico do Sisnama [Sistema Nacional de Meio Ambiente] até que seja aprovado o novo instrumento legislativo. Se não tiver faixa nenhuma vai ter proteção na beira dos rios de qualquer jeito."
Parâmetros - De acordo com Piau, não é possível definir parâmetros únicos para todo o Brasil a partir de Brasília. “Cada bioma deve ser tratado de maneira específica de acordo com as necessidades locais”, sustentou. Piau defende faixas distintas para as pequenas e grandes propriedades. Na opinião do relator, essas definições poderiam expulsar do campo pequenos e médios produtores.
Rios maiores - O substitutivo do Senado também previa que para os rios com leitos superiores a 10 metros a faixa de mata ciliar a ser recomposta deveria ter entre 30 e 100 metros de largura. O texto já aprovado na Câmara remete essa definição para os planos de regulamentação ambiental, a serem definidos pelos governos federal e estaduais.
Votação - Na entrevista coletiva em que explicou sua proposta, embora não tenha apresentado o texto, o relator garantiu mais uma vez que a votação começa na próxima terça-feira (24). No entanto, ele admite que o texto não é consensual e não conta com o apoio do Planalto. “O governo continua na mesma posição de dizer que seu projeto é o aprovado no Senado”, afirma.
Crédito agrícola - Dois dispositivos retirados do texto do Senado atendem aos ruralistas. O primeiro dividia os produtores rurais em categorias para receber incentivos; o segundo impedia o recebimento de crédito agrícola por produtores rurais que não promovessem a regularização ambiental em cinco anos.
Início - O deputado explicou que o programa de regularização vai começar efetivamente três anos após a publicação da lei, devido aos prazos que os governos terão para instituir os programas. “Nossa experiência com o governo não é boa, muita vezes ele não cumpre os prazos e o produtor poderia ser penalizado injustamente”, argumentou.
Outras alterações - Piau fez 21 alterações no texto vindo do Senado, sete delas de mérito. Como já havia anunciado anteriormente, o relator também suprimiu do projeto a definição de APPs nas cidades, incluídas pelo Senado. Pelo texto da Casa revisora, as áreas de expansão urbana deveriam prever 20 metros quadrados de vegetação por habitante. “Isso iria encarecer os terrenos, principalmente para os programas sociais”, justificou Piau. Regras de proteção para plantas em extinção também ficaram de fora.
Salgados e apicuns - O relator afirmou ainda que suprimiu da proposta o capítulo do Senado relativo ao uso de salgados e apicuns (biomas costeiros). Deste capítulo, ele manteve apenas os parágrafos relativos à regularização de atividades produtivas iniciadas até 22 de julho de 2008 e à ampliação da ocupação nesses biomas. Para esse caso, as regras deverão estar previstas no zoneamento ecológico-econômico (ZEE) realizado pelos estados.
Regimento - De acordo com o Regimento do Congresso, na atual fase do processo legislativo, o relator pode apenas optar pela redação da Câmara ou do Senado. Artigos ou trechos aprovados pelas duas casas, em princípio, não podem ser alterados, nem suprimidos. (Agência Câmara)