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Em auxílio aos produtores prejudicados pelo clima seco no Sul do país, o governo pretende cobrir os débitos dos produtores afetados junto aos bancos, cooperativas e fornecedores de insumos desta safra. Os produtores de feijão, soja e milho que não possuem seguro rural e moram nas cidades que declararam situação de emergência, poderão prorrogar o pagamento de empréstimos para custeio, investimento e custeio prorrogado, incluindo as parcelas negociadas em anos anteriores. O segundo ponto do pacote preparado pelo governo será a injeção de R$ 200 milhões no Prodecoop, do BNDES. Caso uma cooperativa possua mais de 100 produtores que comprovaram perdas por intempéries climáticas, a cooperativa poderá pegar mais crédito para pagar suas dívidas. A terceira medida deve ser a criação de linha de crédito para os fornecedores de insumos. Existe um "racha" dentro do governo em relação à essa iniciativa. O Ministério da Fazenda prefere esperar a ação das outras medidas para definir se lança ou não uma solução para os débitos assumidos pelos agricultores com fornecedores de sementes e adubos. Fontes de outros ministérios envolvidos na negociação acham melhor "usar todas as cartas na manga".
Transporte - Com a perspectiva de quebra da safra de milho e da falta do produto no Sul, o governo quer fazer o transporte subsidiado de milho do Centro-Oeste para o Sul. O governo quer evitar o desabastecimento da commodity, muita usada como ração, principalmente para o rebanho leiteiro da região. Os transportes devem começar no mês que vem.
Pacote - O pacote de ajuda aos agricultores prejudicados pela seca que não possuem seguro deve ter uma abrangência pequena. De acordo com estimativas preliminares do Ministério da Agricultura, 80% das lavouras da agricultura familiar na região Sul possuem seguro. Mesmo assim, o Ministério da Agricultura estima que o valor total da cobertura dos seguros nas contas do Tesouro vai variar de R$ 400 milhões a R$ 1 bilhão. (Valor Econômico).
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O governo federal deve anunciar nesta sexta-feira (13/01) medidas de apoio aos produtores afetados pela seca que prejudica as lavouras do Sul do país desde novembro. Os ministros Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Mendes Ribeiro (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) viajam ao Rio Grande do Sul - o estado mais prejudicado pelos efeitos do La Niña - para divulgar um pacote discutido nos últimos dias. A estratégia é amenizar os efeitos na renda do agronegócio com recursos para comercialização e seguro anticatástrofes.
Paraná - No Paraná, a expectativa é que reivindicações da Organização das Cooperativas (Ocepar) e da Federação da Agricultura (Faep) sejam atendidas. Os principais prejudicados seriam os produtores de milho, soja, feijão e leite. Entre as pedidos está a agilização das vistorias e a indenização dos sinistros vinculados ao Proagro (seguro para pequenos produtores) e ao seguro rural da agricultura comercial. O setor reclama que o orçamento para o seguro rural de 2012 não corresponde à metade dos recursos necessários. A expectativa era que R$ 700 milhões fossem destinados a subvenções, que barateiam os contratos pagos pelos produtores às seguradoras. (Gazeta do Povo).
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As cotações da soja e do milho subiram cerca de 10% nos últimos dez dias tanto na Bolsa de Chicago - referência para o mercado de commodities agrícolas - quanto nas cotações domésticas. Segundo os analistas, a alta reflete a redução na produção sul-americana de grãos provocada pela seca. No caso dos grãos afetados pelo clima mas pouco exportados - que sofrem interferência menor do mercado externo -, os reajustes são bem maiores. O preço do feijão carioca ao produtor saltou 42,4% no Paraná, chegando a R$ 145 a saca de 60 quilos. O consumidor deverá sentir reflexo proporcional no supermercado.
Soja e milho - O bushel da soja (27,2 kg) chegou a US$ 12,4, o de milho (25,4 kg) a US$ 6,6 nos contratos com fechamento neste verão em Chicago. No Paraná, a cotação da soja passou de R$ 40,2 para R$ 43,5 e a de milho de R$ 20,3 para R$ 23 por saca (60 kg), com reajustes de 8% e 13% em menos de duas semanas.
América do Sul - As elevações são "exclusivamente reflexo da quebra na América do Sul", afirma o analista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Eugênio Stefanelo. Ele sustenta que as perdas superam a cada dia os 4,5 milhões de toneladas de grãos da estimativa divulgada anteontem pela Conab. O número tem base em dezembro. No Paraná, maior produtor nacional de grãos, o impacto do La Niña foi estimado em 1,72 milhão de toneladas pela companhia, mas chega perto de 3 milhões (t), avalia.
Argentina - Na Argentina, conforme projeções de consultorias privadas e dados do governo, a quebra pode ser três vezes maior que a brasileira, passando de 15 milhões de toneladas. A safra de milho tende a cair da casa de 30 milhões para a de 20 milhões de toneladas e a de soja, de 50 milhões para 45 milhões (t).
Estados Unidos - Glauco Monte, consultor da FCStone, destaca que, nos últimos meses, os Estados Unidos, país que é o maior exportador mundial de grãos, divulgaram que vinham recompondo estoques. Porém, com a quebra climática, a América do Sul vai participar menos do mercado internacional. Se isso ocorrer, uma parcela maior que a prevista da produção dos Estados Unidos deve ser exportada, para preencher a demanda, inviabilizando acúmulo de grãos e elevando as cotações em Chicago.
Estimativas - Tanto as estimativas de safra quanto as precificações das quebras não chegaram ainda a um patamar definitivo, pondera Gil Carlos Barabach, analista da Safras & Mercado. "No calor da notícia da seca, geralmente há exageros no mercado. É preciso esperar um pouco mais para se ter uma análise mais precisa das perdas e do impacto nas cotações." Ele considera que as previsões que indicam quebra de 20% na soja e de 40% no milho no Sul do Brasil e na produção total da Argentina podem estar exageradas. (Gazeta do Povo).
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A estiagem que castigou importantes regiões produtoras de grãos da Argentina nas últimas semanas levou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a reduzir suas estimativas para produção e exportação de soja e milho do país nesta safra 2011/12, que está em fase de colheita no Hemisfério Sul. Também em virtude da seca, o órgão americano, que tem status de ministério, ajustou para baixo sua projeção para a colheita de soja no Brasil. Mas, nesse caso, a mudança foi bem menos expressiva do que as que foram perpetradas no quadro de oferta do vizinho.
Mundo - Na visão global do USDA sobre o comportamento da oferta e da demanda dos principais grãos nos EUA e no mundo, o principal problema está nas plantações argentinas de milho. O órgão reduziu sua previsão para a produção do grão no país para 26 milhões de toneladas, ante as 29 milhões estimadas em dezembro e as 22,5 milhões da temporada passada (2010/11). Em linha com os cálculos de produtores e agroindústrias da Argentina, a redução da produção considerada pelo USDA se refletiu na projeção do órgão para as exportações do cereal do país em 2011/12, que caiu de 20 milhões para 18,5 milhões de toneladas. Em 2010/11, foram 15 milhões, de acordo com o órgão.
Brasil - Apesar de também estar sofrendo os reflexos negativos da estiagem provocada pelo La Niña em suas lavouras da região Sul, o Brasil foi deixado de lado nas revisões do USDA. O departamento manteve sua estimativa para a produção do país em 2011/12 em 61 milhões de toneladas - a Conab prevê 59,2 milhões e tende a diminuir a previsão no levantamento que divulgará no mês que vem - e preservou as exportações em 8,5 milhões. A significativa diminuição da produção e das exportações argentinas não teve consequências relevantes no tabuleiro global de oferta e demanda de milho desenhado pelo USDA. A estimativa do órgão para os estoques finais mundiais do cereal inclusive cresceu 0,7% em relação ao número de dezembro, para 128,14 milhões de toneladas, mesmo patamar de 2010/11.
Milho - Se mesmo com os danos causados pelo La Niña a produção e as exportações argentinas de milho ainda deverão ser significativamente maiores que no ciclo passado, o mesmo já não acontece na soja, cujos avanços sobre 2010/11 foram colocados definitivamente em xeque. O USDA baixou sua projeção para a colheita da oleaginosa no país sul-americano para 50,5 milhões de toneladas, ante as 52 milhões previstas em dezembro e as 49 milhões da temporada passada. No caso das exportações, a estimativa encolheu em 1 milhão de toneladas, para 9,8 milhões. Em 2010/11, foram 9,21 milhões.
Conab - O órgão americano baixou a projeção para a produção brasileira em 2011/12 em 1 milhão de toneladas em relação a dezembro, para 74 milhões, agora 1,5 milhão a menos que no ciclo anterior. Paradoxalmente, a estimativa para as exportações brasileiras foi elevada em 500 mil toneladas e passou a 39 milhões. Com os problemas provocados pela seca, a Conab estima a colheita de soja no país em 71,8 milhões de toneladas; as exportações, em 32,4 milhões.
Estoques - O fato é que, no tabuleiro do USDA, o Brasil será o maior exportador de soja em grão do planeta em 2011/12, à frente dos EUA (34,7 milhões de toneladas) e da Argentina. Em relação a dezembro, o USDA ampliou a projeção para a produção de soja nos EUA, mas o volume de exportações foi reduzido. Com isso, a previsão para os estoques finais do país cresceu em 19,6%, para 7,49 milhões em 2011/12, o que tende a pressionar as cotações internacionais. Em 2010/11, os estoques finais americanos foram de 5,85 milhões de toneladas. Já os estoques finais mundiais foram corrigidos para baixo em 900 mil toneladas, e, segundo o USDA, agora serão mais de 5 milhões de toneladas menores que em 2010/11. (Valor Econômico).
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A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil na safra 2011/12 foi de 31,174 milhões de toneladas até 1º de janeiro, 6,86% menor do que o realizado em igual período da safra anterior, segundo balanço divulgado pela União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica). Segundo o diretor técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues, os números até 1º de janeiro são praticamente os finais da temporada, pois até março ocorrerão apenas ajustes marginais. O Centro-Sul representa 90% da produção brasileira de cana-de-açúcar.
Moagem - A moagem de cana na região até 1º de janeiro atingiu 492,2 milhões de toneladas, queda de 11,37% em relação a igual período da safra passada. O executivo afirmou que apenas sete unidades estão em operação em janeiro de 2012: uma usina no Estado do Paraná, quatro em Mato Grosso do Sul e duas em Minas Gerais. A produção adicional dessas usinas deve ser residual comparada ao volume total do Centro-Sul. (Valor Econômico).
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A Agroconsult reduziu nesta quinta-feira (12/01) sua estimativa para a produção brasileiras de soja na safra 2011/12. De acordo com a consultoria, a colheita deve somar 73,5 milhões de toneladas, volume 2% inferior ao obtido na temporada passada e à projeção de dezembro da consultoria. Na semana que vem, a empresa dá início a uma expedição técnica que vai percorrer 60 mil quilômetros em 13 Estados com o objetivo de avaliar as condições das lavouras.
Rally da Safra - Segundo o sócio-diretor da Agroconsult, André Pessôa, o Rally da Safra deverá encontrar um cenário bastante diversificado entre as regiões produtoras, com condições climáticas favoráveis e boas produtividades no Centro Oeste, Norte e Nordeste e um cenário oposto no Sul, onde a seca castiga as lavouras.
Paraná - A expectativa é de que a produção de soja seja 14% menor no Paraná e até 15% inferior no Rio Grande do Sul. Em contrapartida, o Mato Grosso, maior Estado produtor, deve registrar um aumento de até 9% na comparação com a safra passada. Em relação ao milho, a projeção da Agroconsult é de uma safra de 36,5 milhões de toneladas, o que significa um aumento de 2% em relação à safra passada. Contudo, o número é 9% inferior à projeção inicial da consultoria.
Rio Grande do Sul - Só no Rio Grande do Sul, onde os efeitos da estiagem são mais severos, a expectativa é de uma queda de 33% na produção do grão ante a colheita de 2011. Em compensação, o Paraná ainda pode registrar um crescimento de 6% na mesma comparação. (Valor Econômico).
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O Brasil irá investir US$ 13 bilhões na extração de nitrogênio, fósforo e potássio, os chamados macronutrientes primários, e na produção de fertilizantes com formulações NPK ao longo dos próximos cinco anos. A estimativa é do diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), David Roquetti Filho, com base em informações de mineradoras e indústrias químicas. Nos últimos cinco anos, o País importou, em média, 70% dos insumos de fertilização que consumiu. Em 2011, distribuiu 26,5 milhões de toneladas até novembro - o volume pode chegar a 28 milhões de toneladas com a inclusão do mês de dezembro na conta, feita pela RC Consultores.
Mineração - "A mineração tem grande participação na produção de fertilizantes, principalmente em fósforo e potássio, já que o nitrogênio vem do gás", observou Roquetti. De acordo com ele, a Vale e a Petrobrás respondem pela maior parte dos investimentos previstos até 2016.
Brasil - O Brasil é o quarto maior consumidor de adubos no mundo, utilizando 6% da oferta global. No topo do ranking, China, Índia e Estados Unidos, nesta ordem, consomem 62% do total. O investimento internacional em fertilizantes deve totalizar US$ 87 bilhões nos próximos cinco anos. "Os fertilizantes mais usados no campo são aqueles formulados através da mistura dos três macronutrientes primários - nitrogênio, fósforo e potássio -, ou seja, as denominadas formulações NPK", explicou Roquetti. No ano passado, o Brasil importou montantes equivalentes a 78% do nitrogênio, a 49% do fósforo e a 91% do potássio que consumiu. Com a realização dos investimentos e o subsequente crescimento da produção nacional, os percentuais devem cair, em meia década, para 32%, 12% e 87%, respectivamente.
Importações - Porém, na contramão dos investimentos, produtores optam por trazer fertilizantes de outros países, porque os preços praticados no mercado interno não são competitivos. Ao importar os insumos, agricultores brasileiros pretendem, além de pagar menos, provocar uma redução de preço nos adubos produzidos no País. "A ideia é aumentar aos poucos o consumo externo. O nível de importações é um regulador de preços para o mercado interno, no qual ainda não dá para comprar tudo", disse o diretor-executivo da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina (Fecoagro), Ivan Ramos.
Fecoagro - A Fecoagro reúne 11 cooperativas (80% do contingente estadual) e consome 300 mil toneladas de adubo por ano (cerca de metade do total consumido pela agropecuária catarinense). A federação gasta US$ 60 milhões para importar 120 mil toneladas de macronutrientes primários, que são processados na cidade de São Francisco do Sul. "O uso de tecnologia no campo vem aumentando ano a ano. O uso de fertilizantes cresce na medida em que aumenta a produtividade", afirmou Ramos. Há três anos, as cooperativas catarinenses consumiam 220 mil toneladas; neste ano, devem consumir de 320 a 330 mil. A ureia nitrogenada representa 60% do volume, enquanto o restante são fórmulas com base de NPK.
Preços estáveis - No ano de 2008, quando as finanças globais começaram a derreter, houve um aumento expressivo no valor dos fertilizantes no mundo. De lá pra cá, no entanto, o preço já recuou aproximadamente 50%, de acordo com o diretor-executivo da Fecoagro. "Em 2011, houve um aumento de preços não muito significativo. O ano começou com preços baixos, houve uma reação de alta no meio e depois continuou abaixo dos valores de 2008 e 2009", analisou Ramos. (Agrolink/DCI - Diário do Comércio e Indústria).
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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, abriu a reunião, na manhã desta quarta-feira (11/01), com representantes do setor de cooperativas do Brasil para construção do Plano de Ações conjuntas para o Ano Internacional das Cooperativas. Mendes Ribeiro Filho reiterou que aposta no cooperativismo do país. “Tenho o cooperativismo como uma ação permanente em minha atividade política, pois por meio da união das pessoas, chegamos a objetivos surpreendentes”, disse o ministro.
Secretaria - Durante seu discurso, Mendes Ribeiro Filho reafirmou que pretende criar a Secretaria de Cooperativismo no Ministério da Agricultura. Segundo ele, a nova área vai “incentivar os estados de forma que essas ações venham de baixo pra cima e que o cooperativismo seja cada vez mais valorizado”. Para o ministro, desenvolver o cooperativismo é uma missão extremamente importante para a agricultura brasileira.
Compromisso - O Secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Erikson Chandoha, salientou o compromisso do ministério como o principal personagem para disseminar o valor do tema no Brasil “O principal objetivo do ano é chamar a atenção do público urbano sobre o que significa cooperativismo e associativismo e a importância que tem a nível nacional e para a agricultura”, concluiu Chandoha. A reunião que iniciou na manhã desta quarta-feira irá se estender até a tarde de quinta-feira (12/01). Os participantes deverão analisar as ações e os temas propostos na reunião anterior. A finalidade é definir os atos para a divulgação do cooperativismo e construir as atividades que serão realizadas durante o ano de 2012. (Mapa)
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Os agricultores brasileiros colheram mais de 75 milhões de toneladas de soja no ano agrícola 2010-2011, o que representou uma safra recorde. As condições climáticas favoráveis proporcionaram essa produtividade, considerada a melhor da história. Por outro lado, segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro, responsável pelo programa de soja da Unidade, o cenário de preços e produtividade a serem obtidos pelos produtores na safra 2011-2012 ainda está indefinido, apesar do aumento da área plantada e da crescente elevação do nível tecnológico das lavouras de soja em todo o país.
Estimativa - De acordo com levantamentos publicados em dezembro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a área plantada de soja na safra 2011-2012 será de 24,350 milhões de hectares – 0,7% (169,2 mil hectares) superior à da safra 2010-2011. E a previsão para a produção de soja na safra 2011-2012 no Brasil indica um volume de 71,287 milhões de toneladas, que é 5,46% (4,038 milhões de toneladas) menor que a safra anterior.
La Niña - Isso deve ocorrer especialmente por conta das condições climáticas ocasionadas pelo fenômeno “La Niña” que estão afetando algumas das regiões produtoras de soja mais importantes do Brasil. “Parte das regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Sudeste de Mato Grosso enfrenta longas estiagens desde os meses de novembro e dezembro, o que já está comprometendo o desenvolvimento e a expectativa de produtividade das lavouras”, afirma.
Incertezas - De acordo com o estudioso, ainda não é possível afirmar qual será ao certo o cenário de preços na colheita da safra 2011-2012. “Mas é prudente que o produtor se prepare para uma situação mais apertada e se ajuste desde já. É fundamental que ele fique de olho nas variações dos preços da soja e na negociação da próxima safra”, ressalta o pesquisador. Segundo ele, num momento de preços elevados os possíveis desarranjos estruturais e de gestão de cada propriedade puderam ser, em boa parte, compensados por um fluxo maior de receitas. “Com os preços da soja menores associados aos custos dos insumos maiores, tais problemas tendem a vir à tona”, alerta. (Agrolink)
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Mais uma medida prevista pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para impedir a introdução do novo vírus de febre aftosa localizado no Paraguai terá início nesta quinta-feira (12/01). Durante oito dias, dois fiscais federais agropecuários do Departamento de Saúde Animal (DSA) e do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) vão inspecionar os frigoríficos habilitados a exportar carne para o Brasil.
Missão - O principal objetivo da missão é verificar se os estabelecimentos estão cumprindo os requisitos sanitários exigidos para a exportação de carne maturada e desossada para o mercado brasileiro. Ao todo, cinco plantas dos Departamentos de Assuncion e Concepción serão visitadas. No período de 15 a 21 de janeiro, uma nova missão do Comitê Veterinário Permanente do Mercosul (CVP) também deverá viajar até o país vizinho. O Brasil, que preside a entidade atualmente, contará com dois representantes na comitiva. O foco da visita será buscar soluções e ajudar o Paraguai na identificação e implementação das melhores estratégias futuras para erradicar a febre aftosa no seu território.
Proibição - Desde setembro de 2011 está proibido, em todo o território paraguaio, a entrada de animais e seus produtos que possam veicular o vírus da febre aftosa. As importações de carne bovina maturada e desossada e produtos termo processados estão autorizados, desde que cumpram os requisitos exigidos pelas autoridades brasileiras. Apenas as compras de carne bovina oriunda do Departamento de San Pedro – onde dois focos foram notificados nos últimos meses – estão suspensas temporariamente pelo Brasil.
Cargas - No momento, a entrada dos produtos no Brasil é permitida somente por meio da localidade de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, onde os caminhões são desinfetados com produtos viricidas. As cargas devem estar acompanhadas de certificado sanitário internacional expedido pela autoridade competente que comprove o atendimento dos requisitos brasileiros. Os animais devem ser originários de áreas incluídas no programa nacional de controle da febre aftosa e de propriedades que não tenham registrado nenhum foco da doença nos 60 dias anteriores. Nenhum caso poderá ter ocorrido também nas proximidades dessas fazendas, num raio de 25 quilômetros, nos 30 dias antecedentes.
Exigências - A lista de exigências também prevê que todas as carcaças, antes da desossa, devem ter sido submetidas a processo de maturação sanitária em temperatura superior a +2° C, durante um período de pelo menos 24 horas após o abate. Outro requisito é que o pH no centro do músculo dorsal, em cada metade da carcaça, não tenha alcançado valor superior a seis. A última condição é que o veículo tenha sido lacrado pela autoridade competente no país de procedência e que seja destinada a estabelecimento sob inspeção federal, para que autoridades brasileiras fiscalizem a carga, antes da distribuição do produto no mercado brasileiro. Segundo o Código Sanitário de Animais Terrestre, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o produto nestas condições é isento de risco. O Mapa ressalta que a carne maturada e desossada de origem paraguaia está proibida de ingressar no estado de Santa Catarina, já que o estado é considerado internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação. (Mapa)
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Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) comunicou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o reconhecimento de equivalência do serviço de inspeção de carne suína do Brasil e autorização para habilitação de matadouros–frigoríficos de Santa Catarina para exportação de carne suína “in natura” para aquele país. Além desse tipo de produto, o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar (FSIS, sigla em inglês) dos Estados Unidos também ampliou essa autorização de habilitação de carne suína cozida e processada de outros estados brasileiros livres de aftosa com vacinação, desde que a industrialização ocorra em estabelecimentos com registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) e habilitados como produtores de matéria-prima.
Mercado - O ministro Mendes Ribeiro Filho apresentou à imprensa, na terça-feira 10/01), o comunicado que foi enviado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As exportações terão início assim que o Ministério da Agricultura habilitar os estabelecimentos brasileiros, o que deverá ocorrer ainda nesta semana. Inicialmente, seis empresas receberão autorização para exportar. A abertura para o mercado americano, nesse primeiro momento, é resultado da decisão tomada no ano de 2001 pelo governo de Santa Catarina de manter o estado livre de febre aftosa sem vacinação.Providências - As tratativas com o USDA intensificaram-se em março do ano passado. Todas as respostas e providências foram aceitas pelas autoridades sanitárias norte-americanas e nos próximos dias deverá ser enviado ao Dipoa o documento de conclusão da equivalência dos serviços de inspeção dos dois países. A principal preocupação dos Estados Unidos estava relacionada com a falta de fiscais federais agropecuários nos estabelecimentos habilitados, mas o Mapa já se comprometeu em atender essa exigência. “A liberação dos Estados Unidos é uma recompensa por todo o trabalho feito pelo Brasil desde o embargo russo. Atingiremos um novo patamar com essa decisão e a produção brasileira muito ganhará com isso. Pretendemos ampliar as exportações de carne suína para a China, abrir o mercado do Japão e retomar as vendas para a Coreia”, avaliou Mendes Ribeiro Filho. (Agrolink/Mapa)
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criou um novo programa para incentivar a produção de cana-de-açúcar por meio de financiamentos à renovação dos canaviais antigos e à ampliação da área plantada.
O BNDES Prorenova tem orçamento de R$ 4 bilhões, com vigência até 31 de dezembro deste ano, e, segundo o banco, espera-se que os recursos possam financiar a renovação e/ou ampliação de mais de 1 milhão de hectares de cana-de-açúcar.
Expectativa - Com o aumento da disponibilidade de matéria-prima, a expectativa é que a produção de etanol aumente de 2 a 4 bilhões de litros entre 2013 e 2014, o que representaria um crescimento de mais de 10% em relação à safra atual. As operações do BNDES Prorenova serão indiretas e, para as empresas médias-grandes e grandes, aquelas com receita operacional bruta igual ou superior a R$ 90 milhões, a taxa de juros é composta de taxa de juros de longo prazo (TJLP), atualmente em 6% ao ano, mais 1,3% de remuneração básica do BNDES. Há ainda a taxa de intermediação financeira de 0,5% e a remuneração do agente repassador, negociada entre este e o beneficiário.
Prazo - O programa conta com participação máxima do BNDES de até 80% dos itens financiáveis. O prazo total está limitado a 72 meses, incluindo o prazo de carência de, no máximo, 18 meses. Para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), já existe apoio através do BNDES Automático, para operações abaixo de R$ 20 milhões, com condições mais vantajosas que as do BNDES Prorenova. Hoje, a remuneração básica do Banco referente às operações do BNDES Automático com MPMEs é de apenas 0,9%. Nesses casos, a participação máxima do BNDES pode chegar até a 90% dos itens financiáveis. (Valor Econômico)
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Nos últimos cinco anos a Uniodonto Curitiba cresceu 108,53%. A média tem sido de 26% nesses últimos anos. Os números foram apresentados no dia 14 de dezembro de 2011 pelo gerente administrativo-financeiro da cooperativa, Jeferson Squioquet, durante entrega de premiação às empresas que mais comercializam os planos da Uniodonto, realizada no Restaurante Armazém Italiano. Segundo Squioquet, o crescimento pode ser entendido pelo esforço, tanto das empresas que vendem os planos quanto da própria Uniodonto Curitiba, que nos últimos anos investiu R$ 4,5 milhões em sistemas, tecnologia e treinamentos de colaboradores para ter essa performance.
Mercado - Hoje a Uniodonto Curitiba detém 45% do mercado de planos odontológicos no Paraná. "Mas ainda não estamos satisfeitos com esses números. Vamos continuar investindo para aumentar essa fatia, sem perder o que já conquistamos", informa o gerente. O presidente da Uniodonto Curitiba, Luiz Humberto de Souza Daniel, destaca que todas as empresas que comercializam os planos tiveram um papel de destaque para o sucesso dos números. "Todas foram importantes, independente do resultado que alcançaram. Cada uma fez sua parte, acreditaram nas suas equipes de vendas e isso é o que importa".
Desafios - Para Luiz Humberto, há muitos desafios a serem enfrentados. "Mas temos estratégias bem definidas e equipes de profissionais das diversas áreas engajados em busca de sucessos ainda maiores. O importante é que empresas atendidas e beneficiários sintam-se satisfeitos", considera. Hoje a Uniodonto Curitiba tem 4 mil empresas em sua carteira, das quais 722 ingressaram somente em 2011. São, ao todo, 365 mil beneficiários, dos quais 118 mil conveniados este ano. A cooperativa conta hoje com aproximadamente 200 funcionários.
Premiação – Na festa de premiação a empresa Equatorial venceu na categoria Pessoa Física. Os três vendedores que mais venderam foram: terceiro lugar – Nádia Silva, com 1.510 vidas, ganhou um netbook; segundo lugar – Sirlei Lopes, 1.547 vidas, levou um notebook e, primeiro lugar – Roseli Silva, 1.681 vidas, ganhou uma TV LCD 32 polegadas. Na Pessoa Jurídica, o escritório que mais vendeu foi a VitalMed, que também levou o prêmio de Melhor Pós-Venda. Os três vendedores foram: terceiro lugar – Eduardo Amaral, com 1.072 vidas, que ganhou um netbook; segundo lugar – Marco Aurélio, com 1.097 vidas, foi presenteado com um notebook; e primeiro lugar – Rosilda Rodrigues, com 1.645 vidas, ganhou uma TV LCD 32 polegadas. A comemoração contou ainda com a participação do vice-presidente Paulo Henrique Cariani e do diretor-clínico Eduardo Carrillho. (Com informações Assessoria Uniodonto Curitiba)
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O governo federal discutirá na tarde desta terça-feira (10/01) medidas de apoio aos produtores afetados pela estiagem na Região Sul. A presidente Dilma Roussef convocou a reunião e avaliará, juntamente com demais ministros, as consequências da falta de chuvas para a agropecuária. A informação foi repassada na segunda-feira (09/01) pela ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que conversou por telefone com o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski. Segundo a ministra, a presidente está ciente das dificuldades por que passam os produtores e vai analisar as propostas do setor cooperativista.
Medidas - Na segunda-feira (09/01), a Ocepar encaminhou à ministra Gleisi e ao ministro da Agricultura Mendes Ribeiro Filho, um documento com pleitos do cooperativismo em apoio dos produtores prejudicados pela falta de chuvas, que somente no Paraná deverá causar perdas superiores a 2,5 milhões de toneladas de grãos. Entre as reivindicações, está a agilização das vistorias e indenização dos sinistros vinculados ao Proagro e ao Seguro Rural, para permitir aos produtores a regularização de suas pendências o mais rápido possível.
Pleitos do setor cooperativista
1 – Dívidas de custeio da safra 2011/12
1.1 – Produtores que financiaram com recursos de crédito rural
· Prorrogar de forma automática o vencimento dos custeios para todos os produtores que foram afetados pela seca na safra 2011/12.
1.2 – Produtores que financiaram com recursos de outras origens
· Criar linha especial de crédito nos moldes do FAT Giro rural para os produtores rurais e suas cooperativas, que permita o alongamento das dívidas oriundas da compra de insumos junto aos fornecedores, na safra 2011/12, com prazo de até 60 meses, carência de até 14 meses e taxa juros de 6,75% a.a.
2– Seguro e Proagro
· Agilizar a realização das vistorias e a indenização dos sinistros vinculados ao Proagro e ao Seguro Rural, para permitir aos produtores a regularização de suas pendências com a maior brevidade possível.
· Promover suplementação de recursos no orçamento da União de 2012 para subvenção do seguro rural em montante suficiente para atender a demanda de R$ 700,00 milhões.
3 – Recursos para comercialização do trigo
· Retomar imediatamente os leilões de Prêmio para Escoamento do Produto – PEP para a cultura do trigo.
4 – Normas para plantio da safra de cereais de inverno
· Antecipar o anúncio das políticas de apoio governamental ao plantio do milho safrinha, trigo e demais culturas de inverno.
5 – Capitalização das Cooperativas Agropecuárias – PROCAP-AGRO
Promover adequações no Programa de Capitalização das Cooperativas Agropecuárias, especialmente na modalidade de financiamento de capital de giro, estabelecendo um novo limite de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por cooperativa/estado, com 6 (seis) anos de prazo de amortização e taxa de 6,75% ao ano.
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Os produtores brasileiros devem produzir 158,43 milhões de toneladas de grãos na safra 2011/2012. A estiagem que castiga a Região Sul foi um dos principais fatores que levaram à redução na estimativa do quarto levantamento da safra divulgado hoje (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em relação à última pesquisa, foi registrado 0,4% de queda ou 646 mil toneladas. O número é ainda 2,8% menor que o colhido na safra 2010/2011 (162,95 milhões de toneladas).
Área cultivada - Milho e soja, tradicionalmente as maiores lavouras, representam 83% da safra, com 130,96 milhões de toneladas. Apesar da previsão de queda na produção, a área total cultivada deve crescer 1,1%, ou 528,2 mil hectares, ocupando cerca de 50,44 milhões de hectares. De acordo com a Conab, o aumento está relacionado ao aumento de 9,1% na área do milho primeira safra e de 1,9% na da soja.
Feijão e arroz - O arroz, no entanto, que ocupou 2,82 milhões de hectares no ciclo anterior, teve redução de 267,3 mil hectares ou 9,4%. Quase metade dessa diminuição ocorreu apenas no Rio Grande do Sul. O feijão primeira safra também registrou queda de 10,4% em área (147,9 mil hectares), passando para 1,27 milhão de hectares. Mais da metade dessa redução se deu no Paraná. A Conab fez a pesquisa entre os dias 15 e 19 de dezembro com 60 técnicos que ouviram órgãos públicos e privados ligados à produção agrícola nos estados produtores. (Agência Brasil)
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A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2011 deve atingir 159,9 milhões de toneladas, conforme a 12ª estimativa do ano, divulgada hoje (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A projeção de dezembro supera em 6,9% a safra recorde de 2010 (149,6 milhões de toneladas) e é 0,2% maior do que o prognóstico de novembro (159,5 milhões de toneladas).
Grãos - A área a ser colhida totaliza 48,7 milhões de hectares, registrando um aumento de 4,7% em relação a 2010 e de 0,2% sobre a estimativa do mês anterior. O arroz, o milho e a soja, que são as três principais culturas (representam 90,3% da produção de grãos), respondem por 82,4% da área a ser colhida, com aumentos de 1,7%, 3,5% e 3,3%, respectivamente. No que se refere à produção, o arroz deve ter acréscimo de 19%; o milho, de 0,1%; e a soja, de 9,2%.
Sul - A Região Sul permanece em primeiro lugar entre as que mais produzem (67,6 milhões de toneladas), seguida pela Centro-Oeste (56 milhões de toneladas), a Sudeste (17,2 milhões de toneladas), a Nordeste (14,7 milhões de toneladas) e a Norte (4,3 milhões de toneladas). Na comparação com a safra passada, houve acréscimo em todas as regiões: Norte, 7,6%; Nordeste, 25,1%; Sudeste, 0,6%; Sul, 5,3%; e Centro-Oeste, 6,7%.
Paraná Líder - Entre os estados, o Paraná liderou a produção nacional de grãos, com uma participação de 19,7%, seguido pelo Mato Grosso, com 19,5%, e o Rio Grande do Sul, com 18,5%. Entre os 25 produtos selecionados, 16 apresentam aumento na estimativa de produção em relação ao ano anterior, com destaque para o algodão herbáceo em caroço, com variação de 72,6%, amendoim em casca primeira safra (27,3%), arroz em casca (19%) e batata-inglesa primeira safra (13,3%). O IBGE também realizou, em dezembro, o terceiro prognóstico de área e produção para a safra de 2012, estimada em 160,3 milhões de toneladas. O volume é 0,3% maior do que o da safra de 2011, em função dos ganhos esperados nas regiões Nordeste (7,9%), Sudeste (5,0%) e Centro-Oeste (3,7%). A área a ser colhida deve atingir 50 milhões de hectares, com aumento de 2,7%. (Agência Brasil)
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As exportações brasileiras do agronegócio alcançaram US$ 94,59 bilhões no ano passado, valor 24% superior aos US$ 76,4 bilhões de 2010. O resultado foi o melhor para a balança comercial de um ano desde 1997, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Agricultura nesta terça-feira.
US$ 100 bilhões - O Ministério da Agricultura pretende atingir, em 2012, US$ 100 bilhões, uma estimativa de crescimento de 5,7% em comparação a 2011. O grande destaque foi o complexo soja (grão, farelo e óleo) que contribuiu para o crescimento nas vendas externas. O complexo sucroalcooleiro e carnes também se destacaram nas exportações. Os principais destinos dos embarques de produtos nacionais foram os mercados da União Europeia, China, Estados Unidos, Rússia e Japão.
Importações - As importações de produtos do setor atingiram US$ 17,08 bilhões, crescimento de 28% em relação a 2010. Assim, o superávit da balança comercial do setor em 2011 ficou em US$ 77,51 bilhões, quase três vezes maior que o resultado global da balança comercial brasileira, que foi US$ 29,8 bilhões.
Destaque - Os produtos do complexo soja foram os que mais contribuíram para a expansão das vendas externas em 2011, sendo responsáveis por 38,7% do crescimento total de US$ 18,15 bilhões no agronegócio. Em seguida encontram-se o café (16,4%), os produtos do complexo sucroalcooleiro (13,2%), as carnes (11,1%) e os cereais, farinhas e preparações (8%).
Soja - Na comparação com 2010, as exportações de soja em grãos cresceram 47,8% em valor (US$ 11,03 bilhões para US$ 16,31 bilhões), devido ao crescimento de 30,3% no preço médio de venda. Em volume, o aumento foi de 13,5%. As exportações de farelo e óleo de soja somaram, respectivamente, US$ 5,69 bilhões e US$ 2,13 bilhões em 2011.
Açúcar e etanol - O complexo sucroalcooleiro teve receita de US$ 16,18 bilhões com vendas externas em 2011 (17,45% superior em relação ao ano anterior). O crescimento se deu em função do aumento de 29,9% no preço de venda, apesar da queda de 9,6% na quantidade exportada no período (29,52 milhões para 26,70 milhões de toneladas).
Carnes - As carnes foram o terceiro setor de maior exportação, com vendas de US$ 15,64 bilhões, o que representa 14,8% de expansão em relação a 2010. Esse crescimento ocorreu em função da elevação de 16,6% no preço médio do produto, o que compensou uma queda de 1,6% na quantidade exportada em relação a 2010. O setor foi responsável por 16,5% do montante total das vendas externas do agronegócio em 2011, com destaque para a carne de frango, cujas vendas somaram US$ 7,49 bilhões, 19,9% a mais do que o ano anterior.
Produtos florestais - Os produtos florestais ficaram em quarto lugar no ranking de exportações do agronegócio, com US$ 9,64 bilhões e 3,8% de crescimento em relação ao ano anterior. Destaca-se ainda o café, que atingiu a cifra de US$ 8,73 bilhões (51,5% superior ao ano anterior).Negócios - Em conjunto, os cinco principais setores (complexo soja, complexo sucroalcooleiro, carnes, produtos florestais e café) somaram US$ 74,33 bilhões em exportações, sendo responsáveis por 78,6% do total das vendas externas de produtos brasileiros agropecuários em 2011. Essa participação representa um aumento na concentração da pauta exportadora. Em 2010, os mesmos setores foram responsáveis por 77,9% dos embarques.
Destinos - Em 2011, as vendas externas concentraram-se, principalmente, em mercados como Ásia e União Europeia, responsáveis, em conjunto, por 57,4% do total exportado pelo agronegócio brasileiro (US$ 54,34 bilhões) – fatia maior q ue os 56,8% registrados em 2010 (US$ 43,38 bilhões). Em seguida, destaca-se a participação do Oriente Médio (10,1%), dos países do Nafta - Estados Unidos, México e Canadá - (8,5%) e da África, excluindo Oriente Médio (8%).
Expansão - A maior expansão, em relação ao ano anterior, ocorreu na Oceania (55,8% superior), seguida da África excluindo Oriente Médio (43,4% superior) e da Ásia (33,3% superior). Houve redução da participação apenas nos demais países das Américas (com redução de 6,6%). A União Europeia foi responsável por 18,3% do incremento de US$ 18,15 bilhões ocorrido nas vendas externas em 2011 na comparação com o ano anterior.
China - Na análise por país, destacam-se as exportações para a China, com US$ 16,51 bilhões em 2011, seguida de Estados Unidos (US$ 6,70 bilhões), Países Baixos (US$ 6,36 bilhões), Rússia (US$ 4,05 bilhões), Japão (US$ 3,52 bilhões) e Alemanha (US$ 3,50 bilhões). O bom desempenho nas exportações para a China se deve, em grande parte, às vendas de soja em grãos (US$ 10,96 bilhões), celulose (US$ 1,3 bilhão) e açúcar (US$ 1,22 bilhão). Esses produtos representaram, em conjunto, 81,6% do total das exportações do agronegócio para o país no período.
Dezembro - No último mês de 2011, as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o valor de US$ 7,01 bilhões, o que significou um crescimento de 15,7% em relação aos US$ 6,06 bilhões exportados no mesmo mês do ano anterior. Os principais setores responsáveis pelos US$ 949,5 milhões de incremento verificados nas exportações agrícolas brasileiras em dezembro foram: complexo soja (US$ 599 milhões ou 63,1%); carnes (US$ 155,8 milhões ou 16,4%); e fibras e produtos têxteis (US$ 149,9 milhões ou 15,8%). O setor de carnes foi o principal exportador do agronegócio no mês de dezembro de 2011, com um patamar de US$ 1,28 bilhão em vendas ao exterior, ou 18,3% do total exportado pelo agronegócio brasileiro no período. Esse valor representou um crescimento de 13,8% em relação aos US$ 1,12 bilhão exportados pelo setor em dezembro/2010. Os principais responsáveis pelos valores comercializados foram a carne de frango, com US$ 650,1 milhões em vendas, e a carne bovina, com US$ 413,7 milhões exportados. Em dezembro/2011, o setor de carnes registrou crescimento tanto das quantidades embarcadas (6,1%) quanto do preço médio comercializado (7,3%). (Valor Econômico, Agência Brasil e Mapa)
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As terras agrícolas do Paraná tiveram alta de aproximadamente 20% no ano passado e, em regiões produtivas e logisticamente bem estruturadas, estão entre as mais caras do mundo, mostram os dados do setor. A valorização foi identificada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) e está relacionada aos preços dos grãos.
Recorde - Um hectare (10 mil metros quadrados) passa de R$ 30 mil em municípios como Cascavel (Oeste) e Maringá (Noroeste), patamar considerado recorde. A cotação média nessas regiões chega a R$ 25 mil/ha, considerando apenas negócios efetivados. Conforme as últimas pesquisas divulgadas pela imprensa norte-americana, as áreas produtivas não atingem média equivalente a R$ 20 mil no cinturão de produção de grãos, o Corn Belt, mesmo depois de valorização anual de 30%. “Não há muito segredo na variação dos preços das terras. Quando o preço da soja cai, as propriedades ficam mais baratas. Quando ocorrem altas expressivas [como aconteceu de 2010 para 2011], eles disparam”, avalia Carlos Hugo Godinho, técnico do Deral. A pesquisa que acaba de ser divulgada considera os preços praticados em novembro.
Preços - A escalada dos preços mostra que não existem tantas áreas disponíveis para a ampliação imediata da produção de grãos, avalia Daniela de Paula Rocha, pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ela diz que o quadro não é exclusividade dos estados do Sul, onde a agricultura se expande há mais tempo, mas de todo o Brasil. A estimativa do governo federal é que o país dispõe de mais de 50 milhões de hectares agricultáveis subaproveitados, sem contar florestas. No entanto, aponta Daniela, essas áreas podem estar indisponíveis à produção por problemas logísticos ou por questões ambientais.
São Paulo - À frente do Paraná, São Paulo tem as terras mais caras do Brasil, conforme a FGV. A instituição identificou negócios em que o preço de um hectare “de primeira” chegou a R$ 41 mil em Limeira, no interior paulista. Apesar de não haver uma pesquisa nacional que adote uma metodologia padronizada de monitoramento dos preços, a FGV informa que a região de Maranhão, Tocantins e Piauí é a que mais tem registrado aumento no preço das terras, com elevações de mais de 100% em menos de dez anos. Um hectare no Piauí, no entanto, ainda vale menos de R$ 10 mil.
Especulação - Nessas regiões de terras mais baratas, a valorização é provocada não só pelo aumento nos preços das commodities. A própria especulação imobiliária estaria acelerando os preços, acrescenta Daniela. A previsão dos especialistas para 2012 é de reajuste menor que o de 2011 em todas as regiões. Apesar de estarem valorizadas, as cotações das commodities agrícolas não devem aumentar no mesmo ritmo que provocou os reajustes do ano passado, consideram.
Valorização - O encarecimento da terra faz com que o agronegócio se torne uma atividade que exige capital inicial cada vez mais elevado. O produtor de soja que está entre os mais eficientes e lucra R$ 2 mil por hectare ao ano tem rendimento de 10% sobre o patrimônio. Esse efeito ocorre também em pequenas propriedades. João Paulo Opuckevicz, 22 anos, de Prudentópolis, planta verduras em 5 mil metros quadrados – o equivalente a meio campo de futebol –, mas relata que tem R$ 70 mil empenhados no negócio. Para aumentar a rentabilidade da propriedade familiar, fez curso de empreendedorismo e precisa ampliar constantemente a produção, com novas técnicas e alternativas de cultivo, como o pepino. Se usar apenas o dinheiro que consegue economizar na atividade, vai levar mais de dez anos para dobrar o tamanho dos canteiros.
Êxodo - O valor recebido na venda das terras é apontado pelos especialistas como um fator de estímulo ao êxodo rural. Na última década, 835 mil jovens saíram do meio rural no país, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Paraná, 80 mil trabalhadores entre 15 e 24 anos deixaram o campo entre 2000 e 2010.
Crise internacional - Os preços das áreas de mais de 10 mil hectares, por outro lado, não estão subindo tanto, conforme os especialistas. Como negócios desse porte movimentam centenas de milhões de reais, o desânimo entre fundos e investidores estrangeiros, provocado pela crise internacional, teria sido suficiente para frear os reajustes, pelo menos temporariamente. No entanto, os preços elevados foram suficientes para fazer com que uma fazenda de 500 hectares – tamanho que os produtores consideram viável para o cultivo de grãos no longo prazo – passasse à casa de R$ 10 milhões no Oeste do Paraná. Essa área é necessária para aproveitar bem uma colheitadeira de última geração, por exemplo, que por sua vez pode exigir investimento de mais de R$ 1 milhão.
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A votação final do novo Código Florestal, prevista para março, tende a dar novo impulso aos negócios envolvendo terras agrícolas, afirma a pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Daniela Rocha. Ela considera que a regularização das áreas que não têm reserva legal ampliará o número de imóveis disponíveis.
Negócios - Atualmente, pela própria valorização das terras, a efetivação de negócios é um fato relativamente raro nas regiões produtoras de grãos. Os agricultores relatam que, quando alguém decide vender, acaba tendo de esperar um comprador com disponibilidade de recursos. E, quando há passivo ambiental, as negociações esfriam. As propriedades que possuem florestas em proporção maior que a exigida pela lei, valem até quatro vezes menos. As que não possuem mata suficiente, precisam compensar de alguma forma esse déficit para atraírem investidores.
Compensação - Com a regularização prevista no novo Código Florestal, no entanto, considera Daniela, mesmo terras classificadas como inaproveitáveis – pelo relevo e pela existência de mata – podem se tornar atrativas. Isso porque os agropecuaristas poderão usar essas terras para compensar a ausências de matas em imóveis rurais usados exclusivamente no cultivo agrícola.