Notícias representação
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Numa atitude raríssima, o governo brasileiro avisou ao Congresso dos Estados Unidos que várias propostas para a reforma da lei agrícola americana ("Farm Bill") aumentariam os subsídios dos produtores americanos ao invés de reduzi-los. São mudanças que criariam impactos sobre as comercializações e poderiam violar regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Carta - Por meio de carta assinada por Roberto Azevedo, embaixador do Brasil na OMC, a mensagem foi transmitida aos presidentes dos comitês de agricultura tanto do Senado dos EUA, Debbie Stabenow (democrata de Michigan), quanto da Câmara dos Representantes, Frank Lucas (republicano de Oklahoma). A carta é o mais claro sinal de que o governo brasileiro não pretende ficar de braços cruzados se Washington tentar aprovar uma nova injeção de subsídios aos seus agricultores.
Delicado - O exercício é delicado porque ninguém ignora como os congressistas americanos preservam sua independência e rejeitam sugestões com frequência - inclusive as da Casa Branca. A postura brasileira de agir diretamente junto aos comitês que estão elaborando a alteração na legislação se explica por uma circunstância especial: a longa disputa entre o Brasil e os EUA sobre os subsídios ao algodão americano. "É um dialogo difícil, mas saudável", afirmou Azevedo. O embaixador considera importante a posição do Brasil, logo no início do processo, antes que os parlamentares avancem muito nas definições da reforma da "Farm Bill".
Visita - Em outubro de 2011, Azevedo visitou os dois presidentes de comitês agrícolas no Congresso americano, em Washington, e explicou as preocupações do Brasil em relação a Farm Bill, especialmente, no caso do algodão. Na conversa, os parlamentares consideraram que seria ideal se a reforma já pudesse ser entendida pelo Brasil como uma solução para o contencioso do algodão. Mais de uma vez, perguntaram quais problemas os brasileiros identificavam na reforma. Na ocasião, Azevedo respondeu que tudo dependeria do tipo de programa que seria colocado na mesa.
Propostas - Na carta, o governo brasileiro examinou três propostas, defendidas pelo Conselho Nacional de Algodão (NCC, na sigla em inglês), pela federação dos agricultores americanos e por quatro senadores. E concluiu que elas causam ainda mais distorções no comércio ao dar proteção de rendimento aos agricultores por meio de programas condicionados a produção e preços, e a commodities específicas.
Distorções - Sem dourar a pílula em expressões diplomáticas, o Brasil deixa claro que os programas de ajuda aos agricultores americanos, como estão hoje, são menos causadores de distorções no comércio do que as propostas em debate no congresso. Tomando a direção contrária da União Europeia, vários setores nos EUA insistem em vincular subsídios com a produção de montanhas de produtos que serão despejados no mercado internacional com preços achatados, causando prejuízos para países em desenvolvimento.
Algodão - Na carta, que vazou em Washington, o Brasil reserva suas maiores críticas para a proposta do Conselho Nacional do Algodão, conhecida como Stax, que ""resultaria em bilhões de dólares de subsídios, proporcionando produtores de algodão com um incentivo grande para manter a superfície e produção atual ou mesmo aumentá-la"". Para o Brasil, nenhum programa agrícola pode ser compatível com as regras da OMC e isolar os agricultores das forças do mercado, como a entidade dos cotonicultores americanos defende.
Monitoramento - Essa proposta é monitorada com especial interesse pelo governo brasileiro por causa da longa disputa com os EUA. A visão nacional é de que um novo programa de ajuda ao algodão americano deve levar em conta, por exemplo, que o seguro para as commodities seja um instrumento de seguro e não puro subsídio; que os produtores paguem prêmios de seguro que cubram o custo do risco, que os desembolsos cubram apenas parte substancial da perda de renda, e que os programas de assistência não isolem os produtores das forças do mercado.
Mudanças - Na carta, Roberto Azevedo destaca que nenhuma das propostas examinadas fazem mudanças significativas no programa de Garantias de Crédito à Exportação (GSM-102), que a OMC considerou que violava as regras internacionais. Azevedo nota que o GSM-102 não é limitado ao algodão, e dá garantia para outras commodities como milho, grãos, peles, oleaginosas, carnes de frango e de porco, e arroz. E deixa claro que, sem modificações que adaptem o programa às regras da OMC, o Brasil tem o direito de retaliar produtos americanos.
Disputa - Os EUA perderam a longa disputa do algodão na OMC e pela primeira vez tiveram que fazer pagamento anual para evitar retaliação. Produtores brasileiros recebem US$ 147,3 milhões, por ano.
Corte - Segundo a newsletter "Inside US Trade", a senadora Stabenow discutiu com o presidente do Comitê de Agricultura da Câmara dos Representantes, Frank Lucas, para elaborar uma lei agrícola que resultaria em cortes de US$ 23 bilhões nos programas de ajuda. Mas a discussão não avançou e a expectativa é de que a nova Farm Bill não será aprovada antes de 2013. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Pelo terceiro ano seguido, o Brasil foi o grande responsável pela expansão do cultivo mundial de lavouras geneticamente modificadas em 2011. É o que mostram os dados divulgados nesta terça-feira (07/02) pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Biotecnológicas (ISAAA, na sigla em inglês), uma organização não governamental pró-transgênicos. No ano passado, a área global plantada com sementes geneticamente modificadas cresceu em 8% -- ou 12 milhões de hectares - para 160 milhões de hectares.
Parcela - O Brasil sozinho respondeu por 40% dessa expansão. No ano passado, a área ocupada com transgênicos no país somou 30,3 milhões de hectares, um aumento de quase 20% ou 4,9 milhões de hectares em relação à safra anterior. Foram 20,6 milhões de hectares de soja, 9,1 milhões de milho e 600 mil de algodão. Desse modo, o país isolou-se na segunda posição entre os países que mais plantam transgênicos, atrás apenas dos Estados Unidos - até 2009, o país perdia também para a Argentina.
Aprovação - "Isso só foi possível porque o Brasil conseguiu desenvolver um sistema rápido de aprovações e é capaz de desenvolver sua própria tecnologia", declarou Clive James, presidente da ISAAA, durante uma teleconferência com jornalistas de todo o mundo.
Variedades - Desde 2005, quando a tecnologia foi regulamentada no Brasil, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) liberou o plantio de 32 variedades geneticamente modificadas de soja, milho, algodão e feijão. Só em 2011 foram seis aprovações.
Milho - A disseminação da tecnologia no Brasil impressiona, sobretudo no milho. Em apenas quatro safras, desde que o primeiro híbrido transgênico foi liberado no país, quase 65% das lavouras de milho passaram a ser geneticamente modificadas - nos últimos três anos, registraram-se mais variedades transgênicas do que convencionais do grão.
Soja - No caso da soja, esse índice beira os 83%, mas as primeiras sementes modificadas chegaram ao Brasil ainda no fim dos anos 1990, de maneira ilegal, contrabandeadas da Argentina.
Embrapa - Durante a entrevista, James ressaltou mais de uma vez o papel da Embrapa, que obteve em 2011 a liberação comercial para o feijão resistente ao vírus do mosaico dourado - a primeira variedade transgênica totalmente desenvolvida por uma instituição nacional. Em 2009, a empresa já havia obtido a liberação para uma nova soja transgênica, desenvolvida em parceria com a Basf.
Liderança - Apesar do avanço brasileiro, os Estados Unidos seguem líderes, não apenas em área, mas também em variedade de cultivos transgênicos e no desenvolvimento da tecnologia. Em 2011, o país plantou cerca de 69 milhões de hectares com soja, milho, algodão, canola, abóbora, papaia, alfafa e beterraba geneticamente modificados - um aumento de 3,3% ou 2,2 milhões de hectares em relação a 2010.
Países - Desde 1996, quando a Monsanto lançou nos Estados Unidos suas primeiras sementes de soja resistente ao herbicida glifosato, apenas 29 países adotaram a transgenia em suas lavouras e apenas plantam áreas superiores a 1 milhão de hectares. A tecnologia ainda enfrenta grande resistência por parte dos ambientalistas, sobretudo na Europa, onde a tecnologia é vista como uma ameaça à biodiversidade.
Resposta - Em resposta à crítica, James afirma que a disseminação dos transgênicos é "fundamental para assegurar um crescimento sustentável da produção mundial de alimentos, reduzindo o uso de pesticidas, aumentando a produtividade e poupando áreas ocupadas com florestas".
Em desenvolvimento - Segundo a ISAAA, metade de toda a área plantada com transgênicos está nos países em desenvolvimento - em 2012, eles deverão ser a maioria no uso da tecnologia. No ano passado, a área plantada com transgênicos cresceu em 11% ou 8,2 milhões de hectares em países como Brasil, Argentina, China, Índia e África do Sul, contra apenas 5% (3,8 milhões de hectares) nos países industrializados.
Mercado - Segundo a ISAAA, o mercado de sementes geneticamente modificadas movimentou US$ 13,2 bilhões em 2011, um aumento de 12,8% em relação a 2010. O valor corresponde a pouco mais de um terço do mercado total de sementes, estimados em US$ 37 bilhões, e apenas 22% do mercado de defensivos agrícolas, que movimentou US$ 59,6 bilhões em 2011. Contudo, o "valor da produção transgênica" - ou seja, das safras geneticamente modificadas - ficou próximo de US$ 160 bilhões, nas contas da organização. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A boa rentabilidade obtida pelos produtores americanos de grãos nesta safra 2011/12 - em fase de comercialização no Hemisfério Norte - e os preços internacionais ainda elevados deverão resultar em aumento da área plantada em 2012/13, cujo plantio ganhará ritmo no segundo trimestre.
Pesquisas - Segundo pesquisas privadas sobre a intenção de plantio nos EUA, o milho deverá ser o destaque do novo ano agrícola. Conforme consultas da agência Reuters com analistas, o grão deverá ocupar 38,1 milhões de hectares no país em 2012/12, 2,5% mais que em 2011/12 e maior área plantada desde a Segunda Guerra. No caso da soja, as projeções apontam para 30,5 milhões de hectares, 120 mil a mais que no ciclo atual.
Projeções - Pesquisa da agência Bloomberg com analistas, bancos e produtores, por sua vez, captou projeções que sinalizam a maior área plantada de milho, trigo e soja nos EUA em 2012/13. A estimativa de 91,8 milhões de hectares para os três produtos é 2,5% superior ao total de 2011/12. A expansão deverá acontecer em terras degradadas e áreas fora de programas de conservação ambiental. A primeira previsão oficial de safra dos EUA sai no dia 23. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O mundo vai atravessar uma década de preços altos de alimentos, afirmou nesta quarta-feira (08/2) o diretor geral da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, após um debate sobre como alimentar a crescente população global. "Preço alto é bom para os exportadores, mas a volatilidade nos preços não. E estamos todos preocupados com a volatilidade, que não beneficia nem o produtor nem o consumidor"", disse Graziano, em Genebra.
Aumento populacional - Esta semana, o vice-presidente da trading Cargill, Paul Conway, já tinha afirmando que a era de preços alimentares em queda chegou ao fim com um mundo que vai ter 2 bilhões a mais de pessoas nas próximas décadas. A avaliação geral é de que a produção agrícola vai precisar aumentar significativamente nos próximos anos, para atender à crescente demanda. O Mercosul é considerado um dos celeiros do mundo. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Depois de privatizar os aeroportos de Cumbica, Viracopos e Brasília, o governo vai reorganizar todo o setor aeroportuário. A gestão de outros aeroportos será entregue ao setor privado, alguns serão transferidos para a administração de Estados e municípios e um terceiro grupo continuará sendo operado pela estatal Infraero.
Plano de outorgas - O plano de outorgas, que trará a estratégia de longo prazo para o setor aeroportuário, além de regras para as futuras concessões, deverá ficar pronto até o fim de março. Depois de concluída essa etapa, o governo escolherá os aeroportos que serão privatizados.
Iniciativa privada - Em entrevista ao Valor, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, disse que, em princípio, todos os aeroportos podem ser concedidos à iniciativa privada, mas antes o governo quer definir uma estratégia. "Estamos discutindo neste momento, entre outros, Confins, em Belo Horizonte, e Galeão, no Rio de Janeiro".
Galeão - No caso do Galeão, Bittencourt explicou que a lógica de uma possível concessão não é a exigência de aumento da estrutura, como ocorreu nas privatizações de Cumbica, Viracopos e Brasília. O objetivo é estimular a competição. A ideia é que, no futuro, o aeroporto tenha condições de disputar passageiros com Cumbica e Viracopos, por exemplo.
Estratégia - "Não é só uma questão de aumento da capacidade, mas toda uma estratégia de competição, de organizar o setor para termos uma concorrência equilibrada, para que possamos ter o melhor atendimento aos passageiros", disse o ministro, que considerou o leilão "um grande sucesso".
São Paulo - O governo, segundo Bittencourt, não pretende autorizar a construção de um terceiro aeroporto em São Paulo, projeto de um consórcio privado liderado pela construtora Camargo Corrêa. "Estudo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) mostra que um terceiro aeroporto naquela posição tira capacidade do sistema", justificou.
Números - O Brasil possui, além dos 66 aeroportos federais, cerca de 700 unidades espalhadas por todo o território. Com o plano de outorgas, o governo pretende também regularizar as concessões de todos eles. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A Gerência Técnica e Econômica do Sistema Ocepar (Getec) fez a atualização dos custos de produção para as culturas do milho, soja e trigo. O levantamento toma por base os preços pagos pelos agricultores no mês de novembro de 2011 referentes aos custos variáveis (aquisição de insumos de produção, pagamento de mão de obra temporária, gastos com benfeitorias, máquinas, equipamentos e transporte, etc.) e custos fixos (depreciação de equipamentos e benfeitorias, seguro, juros, mão de obra fixa e imposto). "O estudo serve como parâmetro pois cada produtor teve um custo particular e obteve uma produtividade em sua lavouras, no entanto, os valores servem de referência para os produtores e cooperativas compararem com suas estimativas e visualizarem o resultado da atividade", esclarece o analista técnico e econômico da Getec, Gilson Martins.
Milho e soja - Em relação ao milho, o levantamento atual indicou que o custo operacional, que inclui o desembolso feito pelo produtor para implantar a cultura e a depreciação das máquinas e equipamentos, foi de R$ 17,89 a saca de 60 quilos, enquanto o preço recebido ficou em R$ 21,66 a saca. Já em relação à soja, o preço recebido ficou em R$ 41,08 a saca enquanto o custo operacional foi de R$ 29,57. No trigo, o custo operacional foi de R$ 35,29, valor muito acima do preço recebido que foi de R$ 24,23.
Informe Agronômico - O levantamento da Getec sobre os custos de produção da safra 2009/2010 foi publicado no Informe Agronômico nº 424.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Informe Agrosafra elaborado pela Gerência Técnica e Econômica do Sistema Ocepar traz as principais informações sobre o mercado agrícola para as culturas de soja, milho e trigo. De acordo com o levantamento, que teve como base os preços praticados na segunda-feira, 6 de fevereiro, os preços pagos aos produtores paranaenses para saca de 60 kg de soja foram R$ 43,20, enquanto para o milho foi de R$ 23,5/saca de 60 kg, e de R$ 23,2/saca de 60 kg para o trigo. Houve redução de preço para o trigo e aumentos para a soja e milho, ocasionados pela estiagem que castigou as lavouras no Sul do Brasil, Argentina e Paraguai.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A Coamo ganhou novamente destaque com a sua linha de produtos alimentícios. Desta vez a conquista foi para a torrefação de café. Em um ranking da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) a cooperativa ocupou o 34° lugar no ranking nacional das cem maiores indústrias de café associadas a ABIC e a 3ª colocação no ranking estadual. Mais uma conquista que marca a evolução de um trabalho que vem sendo realizado primando sempre pela qualidade.
Trajetória - O projeto que deu início a produção do café Coamo começou com a operação de produtos terceirizados no ano 2000. Em 2009, com o crescimento da demanda a cooperativa investiu em instalações próprias. De acordo com o gerente Comercial de Alimentos, Domingos Marzulli, foram contratados profissionais especializados em torrefação de café, investiu-se em equipamentos de alta tecnologia e com isto conseguiu-se o desenvolvimento de produtos com qualidade e resultando em cafés equilibrados, de sabor marcante e aroma intenso. A partir de então, o crescimento não parou e a torrefação da Coamo atingiu um alto nível de performance sendo necessário a ampliação dos turnos de trabalho para atender a demanda do mercado. "As vendas de café triplicaram com a construção da torrefação", afirma. Essa forma de gestão da Coamo está permitindo à cooperativa crescer com destaque no cenário empresarial. O gerente Comercial de Alimentos reforça que esse é um trabalho voltado para a qualidade e preocupação com o atendimento do consumidor. O resultado que esta sendo obtido é motivo de orgulho para a cooperativa. "Esses resultados deixam a família Coamo satisfeita com o sucesso dessa área de negócios que integra o grupo dos Alimentos Coamo", diz.
Produtos - Marzulli ressalta que parte desta evolução dos cafés Coamo deve-se ao resultado obtido em decorrência da qualidade dos produtos desenvolvidos e do crescimento de variações de embalagens e produtos. "O tradicional café Coamo foi o primeiro produto na categoria Tradicional, produzido em embalagens de almofada e a vácuo e em pacotes de 500g e 250g. Depois foi a vez do café Sollus Extra Forte que já surgiu com o mix completo de embalagens. E por fim, dando continuidade ao processo de desenvolvimento e atendimento dos vários segmentos do mercado, em 2011 foi lançado o café Coamo Premium de Qualidade Superior na versão grãos torrados, que também em breve será lançado torrado e moído em embalagens a vácuo de 500g", explica.
Qualidade - O superintendente Comercial, Alcir José Goldoni, ratifica que a ampliação dos produtos comercializados sempre primaram pelo padrão de qualidade preservando o verdadeiro sabor e aroma do produto visando atender a expectativa dos apreciadores do café. "Outro ponto de destaque é o nosso Café Coamo Premium com qualidade Superior que vem se firmando como uma excelente opção aos mais exigentes paladares pela sua qualidade, aroma e origem de produto utilizado. A sua qualidade está sendo reconhecida pelos clientes europeus dos produtos da Coamo e estamos em negociação para a sua exportação para a Europa", enfatiza. (Imprensa Coamo)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Um modelo de negócios que promove o desenvolvimento econômico e, ao mesmo tempo, a inclusão social despertou o interesse do governo de Timor Leste. Para mostrar o panorama do setor, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) participou do Fórum de Crescimento Inclusivo, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNU) e pelo Ministério da Economia daquele país. O encontro ocorreu nesta segunda-feira, em Dili, e contou com presença de diversas autoridades da ONU, de representantes do governo da Indonésia e da Malásia, além do primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão.
Gestão - Como integrante da Organização das Cooperativas dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP), a OCB apresentou o modelo de gestão adotado no Brasil, os principais números e os diferenciais competitivos do segmento. A proximidade da língua e das áreas produtivas, como o café, foram fatores que também atraíram os timorenses. Hoje, existem 100 cooperativas registradas no Timor, que beneficiam 10 mil sócios. "É grande o potencial de crescimento do cooperativismo na região, especialmente no setor agrícola e de pesca", disse a analista de Relações Institucionais da OCB Joana Nogueira. Segundo ela, as cooperativas de crédito são as mais desenvolvidas, tanto que já alcançaram um US$ 1,6 milhão em ativos. Para crescer com sustentabilidade, o governo timorense precisa investir em infraestrutura e em capacitação, apontados como os maiores desafios do setor.
Saiba mais - O Timor Leste é uma ilha localizada no sudeste asiático que, no passado, foi colônia portuguesa. Posteriormente, passou ao domínio da Indonésia e, desde 2000, tornou-se um país independente. Entre os principais produtos produzidos, destaca-se o café. A maior parte da produção agrícola é direcionada ao mercado interno. Por meio da ABC/MRE, o governo brasileiro mantém projetos de cooperação no local. Por ser uma forma de organização econômica e social, o cooperativismo figura como um tema transversal nesses projetos. (Informe OCB)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Aguardadas com ansiedade pelo setor agrícola paranaense, especialmente os produtores de trigo, as Aquisições do Governo Federal (AGF) serão realizadas neste mês. Nessa semana, o governo confirmou que os recursos para a modalidade vão somar R$ 179 milhões. O AGF deve ajudar principalmente no escoamento da produção de pequenos produtores, já que há limitação no acesso dos recursos por CPF. Conforme fontes do setor, cada agricultor tem direito a vender no máximo 60 toneladas do produto para o governo (1 mil sacas de 60 quilos). Além do AGF, mais R$ 128 milhões de subsídios serão destinados às operações de Contrato de Opção de Venda. Maior parte dos recursos será aplicada em aquisição de trigo, conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Ao todo, serão adquiridas 380 mil toneladas do cereal do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Para os produtores paranaenses devem ser disponibilizados recursos para compra de 126 mil toneladas. (Gazeta do Povo)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Uma soja importada da Argentina há quatro anos está provocando transformações drásticas em campos brasileiros. Conhecida no meio rural como a soja de crescimento indeterminado, a tecnologia parece ter chegado para ficar no Brasil. Mais de dois terços da área do país estariam plantadas com essa variedade, conforme especialistas, e a tendência é que conquiste 100% do terreno nos próximos anos. A preferência pela semente se deve ao potencial de recuperação das plantas mesmo depois de um período de seca.
Oeste do Paraná - "Tivemos 52 dias sem chuva aqui, que pegaram a fase de reprodução. Teoricamente os produtores não deveriam colher nada, mas no fim acredito que a média da região vai fechar em mais de 20 sacas por hectare", relata impressionado Enoir Cristiano Pellizzaro, supervisor de campo experimental da C.Vale em Palotina (Oeste). O técnico, que monitora diariamente as lavouras da região, revela que no ano passado a produtividade média dos produtores locais foi de 65 sacas por hectare. Na avaliação dele, 95% da área do município foi plantada com a soja de crescimento indeterminado, contra 5% em 2002/03.
Centro-Oeste do país - Mas, não é só o Paraná que tem apostado na soja de crescimento indeterminado. No Centro-Oeste do país, os agricultores também se mostram inclinados ao cultivo da nova tecnologia. As vagens pequenas que crescem no topo das plantas podem fazer a diferença nas lavouras de José Sebastião Fernandes, de Itaquaraí, Mato Grosso do Sul. "A chuva chegou aos 45 minutos do segundo tempo no plantio e, com o investimento que fizemos, podemos colher 55 sacas por hectare", estima. Ano passado Fernandes alcançou produtividade de 62 sacas por hectare.
Ciclo precoce - O diferencial decisivo da soja indeterminada, no entanto, é que em geral têm ciclo precoce e podem ser colhidas em 110 dias - duas semanas antes da soja de crescimento determinado -, facilitando o plantio do milho de inverno. A expansão dessa tecnologia mais recente deve-se ainda ao formato das plantas, que se assemelham a um pinheiro - estreitas na parte superior e mais largas na inferior. Desta forma, a penetração dos defensivos se torna mais eficiente, atingido do topo ao pé da soja. A difusão coincidiu com o aumento das aplicações de fungicida no combate à ferrugem asiática, que surgiu no país no início da década passada e foi a principal doença das lavouras na última década.
Manobra "obrigatória" - Diante do novo perfil da safra brasileira, as instituições de pesquisa estão se vendo obrigadas a rever seus estudos e planos. "A preferência dos agricultores mudou abruptamente e nós perdemos mercado na mesma proporção", afirma Ivo Carraro, presidente executivo da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec). Ao ver sua participação no mercado brasileiro de sementes cair a 5%, a Coodetec decidiu mudar todo o seu banco genético e busca agora reverter o quadro ampliando o portifólio. Para a próxima safra, a Cooperativa pretende lançar pelo menos quatro novas variedades de soja. "Se continuarmos onde estamos não tem como mantermos a pesquisa viável. A nossa meta é crescer entre 1% e 2% ao ano a partir de agora", revela Carraro.
Embrapa - A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) também está numa encruzilhada. Só com uma participação de 20% do mercado tem como sustentar suas parcerias com a iniciativa privada, explica o dirigente Alexandre Cattelan. "Nem sempre tudo que é bom se vende", lamenta. A empresa vem se engajando em programas que estimulam a adoção de tecnologias deixadas de lado, incluindo as de soja convencional, de crescimento determinado. "O problema é fazer com que essas tecnologias cheguem lá [ao campo]", assume Alexandre Cattelan. (Gazeta do Povo)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Apesar de a soja de crescimento indeterminado ter ganhado significativo espaço no Brasil e surpreendido os agricultores num ano de estiagem, especialistas lembram que a variedade não tem tolerância à seca. A semente capaz de suportar a falta de água ainda está em fase de pesquisa e só deve ser lançada comercialmente no país em ao menos seis anos. "Essa pesquisa já tem cinco anos. Agora estamos na fase de testes teóricos. Se o conceito se confirmar, partimos para a fase de desenvolvimento do produto comercial. Isso demora por baixo seis ou sete anos", estima o presidente da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec), uma das entidades que se dedicam ao desenvolvimento da variedade. Uma das maiores sementeiras do mundo, a Monsanto, também estuda no exterior variedades de soja com resistência a estiagem. Para o Brasil, no entanto, a empresa se dedica ao desenvolvimento de milho tolerante à seca, conforme a assessoria da empresa. (Gazeta do Povo)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Os fertilizantes entregues ao consumidor final no Brasil tiveram um crescimento de 15,5% em 2011, comparativamente ao ano anterior. A demanda aumentou de 24,51 milhões de toneladas (t) para 28,32 milhões de toneladas, um novo recorde, de acordo com dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) divulgados na 58ª reunião da Câmara Temática do Insumos Agropecuários nesta segunda-feira, 6 de fevereiro, em Brasília. A produção de produtos classificados como intermediários (usados na fabricação dos acabados) também apresentou aumento de 5,6% em 2011, passando de 9,33 milhões (t) em 2010, para os atuais 9,86 milhões (t). Já a importação desse tipo de fertilizante, subiu de 15,28 milhões de toneladas para 20 milhões (t), quase 30%. Em nutrientes, a produção registrou evolução de 3,1%, passando de 3,08 milhões para 3,17 milhões de toneladas em 2011, com destaque para os fertilizantes nitrogenados que registraram aumento de 16,4%.
Comparação - A quantidade de produto agrícola necessária para adquirir uma tonelada de fertilizante teve aumento para o arroz em casca, batata inglesa, feijão, laranja e trigo. Já o algodão, soja, milho, café arábica e cana-de-açúcar tiveram a relação melhorada, com diminuição da quantidade de produto oferecida na troca. O Estado do Mato Grosso terminou o ano concentrando o maior volume de entregas, atingindo 4,67 milhões de toneladas de produtos, seguido de São Paulo com 4,13, Minas Gerais com 3,63 e Paraná com 3,59 milhões de toneladas. O Estado de Goiás também merece destaque, com 28,4% de crescimento em relação a 2010, alcançando 2,66 milhões de toneladas. Os estoques de fertilizantes intermediários em poder da indústria indicavam em 31 de dezembro de 2011, volume de 5,12 milhões de toneladas, ou seja, 48,5% a mais que o registrado em 2010, quando indicava 3,45 milhões de toneladas.
Defensivos - A estimativa do mercado de defensivos, no acumulado de janeiro a novembro de 2010 e do mesmo período de 2011, representou um aumento de R$1,331 milhões, saindo de R$ 10.985 para R$ 12,316. O segmento de herbicidas se destacou pelo crescimento nos mercados de cana, soja, algodão, milho, feijão e pastagem. fungicidas e acaricidas. O de fungicidas está ligado ao crescimento nos mercados de café, soja, algodão, trigo e feijão e de inseticidas, se relaciona com as lavouras de soja, cana, algodão, café e citros. Os dados foram apresentados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag). As vendas de defensivos acumuladas até novembro de 2011, em comparação
com o mesmo período de 2010, apresentaram crescimento de 12%, impulsionadas principalmente pelas culturas de soja, cana, milho, algodão, café e pastagem.
Controle de resíduos - A Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) abordou a questão do controle de resíduos em frutas, hortaliças e verduras. O governo desenvolve ações nesse sentido por meio do Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes/Vegetal e Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), coordenados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Saúde, respectivamente. O representante da Andef ressaltou que o Mapa deve continuar desenvolvendo ações de instrução, divulgação e esclarecimento sobre o uso correto e eficaz dos agrotóxicos e afins. (Imprensa Mapa)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
WIENFRIED MATTHIAS LEH (*)
Num país onde a agropecuária responde por mais de 1/3 do Produto Interno Bruto e quase a metade das exportações, é possível entender a importância de um político que se dedica à defesa deste segmento econômico. Eu mesmo tive a oportunidade de ser testemunha do trabalho do deputado federal Moacir Micheletto, que nos deixou neste dia 30, em trágico acidente. Fica o seu trabalho indelével em favor da classe ruralista, com atuação brilhante em momentos que colocaram a agricultura nacional em situação de extremo risco.
Após a edição do Plano Real (1994), foi graças à intervenção do deputado Moacir Micheletto que fui recebido por técnicos do Ministério da Fazenda e dirigentes cooperativistas para expor a situação insustentável que o pacote econômico (mais um!) havia causado a um dos setores que mais contribuem para a economia brasileira.
Antes do Plano Real, os agricultores foram incentivados a tomar empréstimos bancários de longo prazo com taxas de juro de até 12% ao ano. O novo pacote pegou a todos no contrapé: as taxas chegaram a 50%, levando agricultores e cooperativas à quebradeira ou pré-insolvência.
Micheletto foi sensível o necessário para entender os efeitos catastróficos que o Plano traria a curtíssimo prazo e empreendeu todas as forças ao seu alcance para que a voz dos agricultores fizesse eco nos escalões mais altos do Poder Central.
A atuação do parlamentar foi decisiva para convencer o governo a adotar medidas para minimizar o sofrimento da classe produtora. Micheletto pode ser considerado um dos "pais" da securitização agrícola e do PESA (Programa Especial de Saneamento de Ativos). Nada menos que R$ 21,8 bilhões foram renegociados com a instituição desses dois mecanismos segundo a Fundação Getúlio Vargas (revista "Agro Analysis").
Casado, pai de três filhos, agricultor por vocação, político identificado com as grandes causas nacionais, cidadão do bem, Moacir Micheletto atuava na Câmara Federal na Frente Parlamentar Agropecuária, na Comissão de Agricultura e no Parlasul. Esteve presente nas principais lutas para preservar e fortalecer o setor rural, que produz alimentos e gera divisas para o País, sendo o Novo Código Florestal uma de suas bandeiras mais recentes.
Em seus 69 anos, vividos intensa e exemplarmente, Moacir Micheletto deixa-nos a saudade e a certeza de que agora, estará ele a colher no Céu os bons frutos que ele semeou aqui na Terra.
(*) Wienfried Matthias Leh, agrônomo, agropecuarista em Entre Rios (Guarapuava), foi dirigente do Sindicato Rural de Guarapuava e da Cooperativa Agrária .
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum