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A progressiva abertura do mercado de frango na China para o Brasil ganhou forte impulso no ano passado com o bloqueio do país asiático às vendas do produto com origem nos EUA, acusados de subsídios e preços desleais pouco após o governo americano adotar medidas de defesa comercial contra os chineses. O valor das vendas de frango brasileiro cresceram quase 93% em 2011, para quase US$ 423 milhões, e o governo espera forte aumento também neste ano, quando o número de frigoríficos autorizados a vender para aquele país pode aumentar de 24 para 65.
Missão técnica - A missão de técnicos chineses que deverá credenciar mais 41 frigoríficos virá ao Brasil em março. Algumas empresas exportadoras estão otimistas. É o caso da BRF- Brasil Foods, que espera aumentar em 60% suas vendas com o credenciamento de novos frigoríficos da companhia. Mas o setor encontrou um obstáculo em dezembro, quando, a pretexto de evitar a entrada fraudulenta de frango americano, a China passou a exigir, de quem desejar acelerar a liberação de contêineres, depósito antecipado equivalente à sobretaxa aplicada aos produtores dos EUA, em até 105%.
OMC - Em setembro, os americanos iniciaram consultas que podem resultar em queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as barreiras chinesas. "Levamos um susto no ano passado. Parecia que os chineses estavam fechando o mercado, mas nos garantiram que estão totalmente abertos ao Brasil", disse ao Valor o presidente da Ubabef, a associação do setor, Francisco Turra. "É uma questão técnica, e a Ubabef é a favor de medidas contra fraudes", disse o gerente comercial da associação, Adriano Zerbini. Segundo ele, porém, há preocupação no setor, no curto prazo, e há também negociações com os chineses para facilitar eletronicamente a conferência de certificados de importação na alfândega. "No médio e longo prazo, sem dúvida existe otimismo com o mercado chinês", afirmou ele.
Estratégia - A devolução dos depósitos, conforme os dirigentes do setor, chega a demorar seis meses, o que prejudica principalmente a competitividade de exportadores de menor porte. Não se atribuem as medidas a uma possível retaliação chinesa pelas ações comerciais do Brasil contra produtos do país; mas Turra disse ter advertido o governo brasileiro a ter cautela ao lidar com as exportações chinesas, para evitar retaliações. "O governo que faça um belo exame, trabalhe criteriosamente e não se deixe levar pelas emoções", disse Turra. "Porque por um produto que importamos sem muita expressão podemos sofrer represálias em produtos que tenham grande geração de emprego aqui dentro". Os chineses já são o sexto maior mercado para o frango brasileiro, com a característica de comprar principalmente pés e asas de frango, apreciados na culinária chinesa e produtos de menor valor e menor demanda nos outros mercados.
Governo - "A China é um mercado muito interessante para carnes em geral e o último ano foi muito positivo", afirmou a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, que confirma as gestões do governo e do setor privado para evitar retenção de exportações de frango à China, no fim do ano passado. O ministério, a associação dos produtores e a Agência de Promoção de Exportações (Apex) têm feito estudo de mercado, que deve ser concluído no próximo mês, para apoiar a entrada de firmas brasileiras. "Queremos identificar o gosto dos consumidores com um foco em produtos processados, para agregar valor à pauta exportadora para a China", comenta a secretária.
Oportunidade - "Vamos buscar relação com compradores na China, canais de distribuição chineses", afirmou Tatiana Prazeres, que pretende estender a todas as empresa o que as maiores do segmento já vem fazendo com sócios chineses. "A ideia é que possamos não apenas aproveitar a janela de oportunidade [com a barreira ao frango dos EUA], mas também pavimentar o caminho para que possamos seguir vendendo", disse ela. (Valor Econômico).
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A receita cambial com exportação de carne bovina apresentou aumento de 11,65% em 2011, passando de US$ 4,814 bilhões em 2010 para US$ 5,375 bilhões, impulsionada pelo crescimento de 25,17% nos preços médios do produto no período. As informações são da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), divulgadas terça-feira (18/01). O preço da tonelada subiu quase US$ 1 mil, passando de US$ 3.913 para US$ 4.898 de 2010 para 2011.
Volume - Em volume, entretanto, houve queda de 10,80%. Os embarques totalizaram 1,097 milhão de toneladas em 2011, em comparação com 1,230 milhão de toneladas em 2010. A Abiec informa que os resultados ficaram em linha com o esperado inicialmente (receita cambial de US$ 5,3 bilhões e queda de 10% em volume).Mercado - Segundo Hyberville Neto, veterinário e consultor da Scot Consultoria, o mercado brasileiro de carne bovina está em declínio. De acordo com ele, 2011 foi um ano positivo para o setor em termos de faturamento, mas que nada se compara ao pico vivido pelo mercado até 2007, onde o País tinha volume suficiente para atender os mercados interno e externo a um preço competitivo. Hoje, o Brasil vem perdendo espaço principalmente para os Estados Unidos. Neto advertiu que a combinação de preços altos com baixa oferta prejudica cada vez mais a competitividade do Brasil. ""A carne brasileira é uma das mais caras do mundo"", observou.
Cortes - Por tipos de carne, o segmento in natura liderou os embarques com receita de US$ 4,167 bilhões, representando alta de 7,98%. No entanto, em volume, houve queda de 13,76%, com embarque de 819 mil toneladas. Esse volume representou 75% do total exportado em 2011. O segmento de carne industrializada, em volume, ficou com participação de 10%, enquanto miúdos representou 9% e tripas, 6%.Países compradores - Em termos de receita cambial, carne in natura representou 78%, industrializada 12%, tripas e miúdos 5% cada. Por região, em volume, Oriente Médio e norte da África lideraram com 32%; Rússia, Casaquistão e Bielo-Rússia, juntos, ficaram com 22%; Ásia, 19%; América Latina e Caribe, 11%; União Europeia, 10%; e África, 3%. Em faturamento, Oriente Médio e norte da África participaram com 31%, seguidos de Rússia, Casaquistão e Bielo-Rússia, que juntos representaram 20%; União Europeia, 16%; Ásia, 15%; e América Latina e Caribe, 12%. Os principais destinos, em volume, foram: Rússia (22%), Hong Kong (17%), Irã (12%), União Europeia e Egito (10% cada). Já em termos de faturamento, os principais destinos foram: Rússia (20%), União Europeia (16%), Hong Kong e Irã (13% cada) e Egito (8%). (Folha de Londrina/Com Agência Estado).
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O Paraná tem 34% de seus 399 municípios em situação de emergência por causa da falta de chuva, avaliou ontem o governo do estado. Depois de um encontro com prefeitos da Região Oeste, o governador Beto Richa (PSDB) decretou estado de emergência para 137 municípios, incluindo os 20 que já contavam com notificações e decretos municipais. Os problemas atingem em cheio a agricultura e se concentram nas regiões Oeste, Sudoeste, Sul, Centro-Oeste, Noroeste, Norte e Norte Pioneiro. Apesar de ainda não haver avaliações precisas, a Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab) estima que o estado já perdeu 2,55 milhões de toneladas de grãos (11,5% da safra de verão projetada em 22,13 milhões de toneladas), ou R$ 1,52 bilhão. Se computados os efeitos em setores que dependem do agronegócio, a cifra passaria de R$ 2 bilhões.
População - De acordo com o boletim da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, 1,35 milhão pessoas foram afetadas pela estiagem, ou 13% da população. No Rio Grande do Sul, estado ainda mais prejudicado pela falta de chuva, 282 municípios (56%) decretaram emergência e o quadro atinge 1,6 milhão de pessoas (15% da população).
Verbas - Para apoiar a região da seca no Paraná, o governo deve destinar R$ 47 milhões, entre verbas estaduais e federais, que contemplam tanto a ajuda ao produtor agrícola como a realização de obras de infraestrutura para melhorar o sistema de fornecimento de água. O decreto coletivo de situação de emergência promete agilizar o atendimento aos 137 municípios, que não teriam condições de resolver a situação apenas com recursos próprios. Segundo os produtores, as chuvas, que voltaram a cair no último fim de semana, apenas estancaram as perdas (leia abaixo).
Danos - Para receber ajuda, no entanto, as prefeituras terão de comprovar danos. "Mesmo com a decretação coletiva, cada município deve apresentar sua própria documentação e um laudo individual sobre os problemas causados pela estiagem", explica o subtenente Luiz Cláudio Trierweiler, que integra a Defesa Civil. Caso não apresente esses documentos, a cidade não deve ter acesso às verbas emergenciais.
Sudoeste - Entre as verbas a serem liberadas, R$ 15,5 milhões são destinados aos agricultores da Região Sudoeste do estado. Parte do dinheiro deve ser usada para a compra de sementes e fertilizantes - facilitando a próxima safra - e o restante no Fundo de Aval - programa que substitui avalistas em empréstimos à agricultura familiar. O governo estadual anunciou ainda, para 2012, R$ 21,5 milhões destinados à instalação de 300 sistemas comunitários de fornecimento de água, que também devem beneficiar comunidades rurais. Para esse projeto, a Sanepar vai investir R$ 10 milhões e o Programa Estadual de Águas e Saneamento Rural (Proesas) entra com R$ 11,5 milhões.
Poços artesianos - Devem ser implantados ainda 140 abastecedouros comunitários, com a perfuração de poços artesianos, instalação de bombas e reservatórios elevados e a construção de cisternas. A iniciativa deve atender comunidades rurais com problemas históricos de escassez de água e vai atender produtores de frangos, suínos, leite e hortaliças. Para essas obras, serão investidos R$ 10 milhões, com recursos do Ministério de Integração Nacional. Os municípios atingidos pela seca enfrentam problemas desde novembro de 2011. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o problema se agravou em dezembro. Em Barracão e Santa Izabel do Oeste, no Sudoeste, duas das primeiras cidades a decretarem situação de emergência, o volume de chuva em dezembro foi de 30,2 milímetros. Em Cascavel, ficou em 33,8 milímetros. Isso representa cerca de 20% do esperado (150 milímetros no mês). (Gazeta do Povo).
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A chuva dos últimos dias renovou os ânimos dos agricultores do Oeste do Paraná para o plantio da segunda safra de milho, mas chegou tarde demais para salvar a produção de milho e soja de verão. A maior parte das lavouras da oleaginosa na região foi semeada com variedades precoces e, por causa disso, não apresenta mais condições de recuperação.
Quebras - "Está sendo a pior safra de todos os tempos. Em 1978/79, quando tivemos a maior perda até hoje, colhemos 1,2 mil quilos [de soja] por hectare. Neste ano, calculamos média de 645 quilos por hectare", afirma Ivo Dal Maso, de Toledo. O agricultor conta que, na safra passada, o rendimento chegou a 3,5 mil quilos por hectare, cinco vezes mais do que agora.
Sudoeste - No Sudoeste paranaense, as plantações de grãos também foram castigadas pela seca. "Em 45 dias, desde dezembro, o quadro da produção no Sudoeste mudou. Estava tudo muito melhor do que no ano passado e todos os outros anos. Mas aí veio a seca. Nossa sorte é que a área precoce não é muito expressiva", diz Eucir Brocco, diretor da Coopertradição, de Pato Branco. Como o plantio nessa região ocorre mais tarde do que no Oeste, os agricultores acreditam que os resultados das lavouras tardias ainda podem compensar as perdas nas áreas precoces.
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O governador Beto Richa decretou na segunda-feira (16/01) situação de emergência em 137 municípios paranaenses e anunciou novas medidas para apoiar os agricultores atingidos pela seca, que desde novembro do ano passado compromete a produção agrícola e o abastecimento de água nas regiões Sudoeste, Noroeste, Centro-Sul e Oeste. As culturas mais atingidas foram milho, soja e feijão. Com o objetivo de reduzir as perdas e recuperar as plantações, o governo estadual irá aplicar R$ 21,5 milhões em 2012 na instalação de 300 sistemas comunitários de fornecimento de água em várias regiões paranaenses. São R$ 10 milhões da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e R$ 11,5 milhões do Programa Estadual de Águas e Saneamento Rural (Proesas).
Cisternas - Outra medida para o abastecimento de água é a implantação de 140 abastecedouros comunitários, com a perfuração de poços artesianos, instalação de bombas e de reservatórios elevados para 10 mil litros. As cisternas serão construídas em comunidades rurais com problemas históricos de escassez de água. A iniciativa vai atender especialmente produtores de frango, suíno, leite e hortaliças. Serão investidos R$ 10 milhões com recursos do Ministério de Integração Nacional.
Socorro - "Esse pacote de ações mostra o compromisso do governo em oferecer um socorro imediato à população atingida. Procuramos ser ágeis, pois a cada dia os prejuízos são maiores", disse o governador. Richa lembrou que na semana passada já havia autorizado a liberação de R$ 15,5 milhões para apoiar produtores do Sudoeste que também sofrem com a estiagem.
Estimativa - Segundo o último levantamento do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, a estimativa é que a estiagem comprometeu 11,5% a safra de verão do Paraná, que estava prevista para 22,13 milhões de toneladas, o que significa um prejuízo financeiro de R$ 1,52 bilhão. "Não vamos deixar o produtor desamparado. Estamos buscando recursos federais para complementar nossas ações", concluiu Richa.
Prioridade - O secretário de Agricultura, Norberto Ortigara, explicou que as ações serão destinadas prioritariamente para regiões mais atingidas e agricultores que não tem direito a receber seguro ou crédito. "Já no começo da seca o governo estava atento e tomando as medidas necessárias para reduzir o impacto. Nossa prioridade é a construção de poços para captação de água, pois esse é um método mais durável e que dará suporte para as futuras estiagens", disse o secretário.
Água - Ortigara afirma que essa água poderá ser utilizada tanto para consumo humano quanto animal e classificou a seca como uma das maiores da história do Paraná. "São medidas para apoiar os pequenos produtores. O Paraná precisa se fortalecer para combater esses problemas", disse Norberto Ortigara, citando que a estiagem comprometeu 14% da produção de milho, 10% da soja e 19% da safra de feijão.
Emergência - O governador disse ainda que a assinatura do decreto de emergência para 137 municípios abrirá novas linhas de financiamentos, créditos e recursos para serem aplicados nas cidades. "Queremos agregar mais incentivos aos produtores. Com o estado de emergência será possível acessar recursos federais da defesa civil para transporte de água (carros pipa) e alimentação", explicou Beto Richa.
Outras medidas - Na semana passada, em reunião com prefeitos do Sudoeste, o governador Beto Richa disponibilizou ajuda aos agricultores. Para a compra de insumos agrícolas (sementes e fertilizantes) serão liberados R$ 6 milhões. O apoio financeiro chega a R$ 9,5 milhões, sendo R$ 8 milhões para subvenção ao prêmio do seguro da segunda safra de milho e café, e R$ 1,5 milhão para reforçar o programa Fundo de Aval. A prioridade do governo é atender os produtores da agricultura familiar.
Vistorias - Foi anunciado que o governo também vai agilizar as vistorias em plantações para que os produtores possam solicitar ressarcimento de perdas pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o pagamento do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf). A medida também assegurar o aproveitamento das lavouras para silagem e preparação da terra para novos cultivos, como as segundas safras de milho e feijão. (Agência Estadual de Notícias).
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Depois de projetar uma das melhores safras de uva de todos os tempo, a colheita gaúcha avança com a projeção de quebra de 20%. A nova previsão foi divulgada segunda-feira (16/01) pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), que indicou produção entre 560 e 600 milhões de quilos. Na safra passada, o RS teve a maior vindima da sua história (707,2 milhões de quilos). De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Instituto, Alceu Dalle Molle, a principal causa do recuo é a estiagem que afetou o Estado, que é responsável por 90% da elaboração nacional de vinhos e 55% da produção de uvas. O granizo que atingiu parreiras, principalmente da Serra, no final do ano passado também colaborou. Mas, conforme ele, em proporções bem menores do que a seca.
Qualidade - Mesmo com o prejuízo em volume, a safra de 2012 deve ser a terceira maior da história do RS, só perdendo para a de 2011 e a de 2008, que teve a colheita de 634 milhões de quilos de uva. "A perda é irreversível. Os grãos já estão formados agora, só irão amadurecer", salienta o diretor-executivo, Carlos Raimundo Paviani. Contudo, em ano de La Niña, a qualidade será destaque. "A menor quantidade será compensada, se o clima continuar favorável, por uma excelente qualidade da matéria-prima", diz. (Agrolink/Correio do Povo).
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A paisagem da Suíça é famosa por suas montanhas cobertas de neve a maior parte do ano. Desnecessário dizer que aqui não dá para plantar um só pé de café. No entanto, o país está se tornando um dos maiores exportadores de café do mundo, com mais de US$ 1,7 bilhão em vendas entre janeiro e novembro de 2011. Para efeito de comparação, o Brasil exportou US$ 8,7 bilhões no ano passado, principalmente de café verde.
Vendas ao Brasil - O ganho da Suíça com o produto é bem maior do que com as exportações de chocolate e queijo, dois de suas produções mais famosas mundialmente.Os suíços exportam café até para o Brasil, maior produtor e exportador do mundo, e precisamente o seu principal fornecedor do grão verde.
Distorção comercial - O que a Suíça está fazendo é o que países como a Alemanha praticam há muito tempo, e ilustra uma das situações mais distorcidas do comércio mundial: importa a matéria-prima do Brasil, Colômbia e Vietnã, principalmente, agrega valor e reexporta ganhando várias vezes mais.
Estratégia - Para isso, os europeus, de maneira geral, não taxam a importação do grão, mas elevam a tarifa para a entrada do produto torrado, a fim de barrar a importação. É a chamada "escalada tarifária", no jargão do comércio internacional. A Suíça vai importar cada vez mais o café, transformá-lo em suas indústrias e reexportar. Isso em razão do sucesso internacional do Nespresso, o café em cápsula da Nestlé, hoje um dos principais produtos da companhia.
Produto - Produzido unicamente na Suíça, em duas fábricas, o Nespresso faturou mais de US$ 3 bilhões em 2010, e as vendas aumentam 20% em média por ano, graças à variedade de sabor e a um marketing pesado. O maior grupo agroalimentar mundial não revela quanto importa de café. As estatísticas do governo suíço tampouco detalham o que é exportado como torrado ou em cápsulas do Nespresso.
Números - Franz Schmit, da Associação para Promoção do Café (Procafé), com 100 membros, dá uma indicação: a Suíça reexporta um terço do café que importa. A aduana suíça confirma que entre janeiro e novembro, o país importou o equivalente a US$ 806 milhões e reexportou um terço por mais do que o dobro: cerca de US$ 1,7 bilhão. A aduana suíça registra a cada mês aumento de exportação de café. Em novembro, a alta foi de 18% em relação ao mês anterior, enquanto as vendas de chocolate aumentaram 15% (60% da produção do país é exportada).
Brasil importa café suíço - Não está claro se foi apenas o café torrado suíço ou também as cápsulas da Nestlé que tomaram o rumo de volta ao Brasil. Certo mesmo é que os brasileiros importaram mais de US$ 27 milhões do produto "made in Switzerland". Ou seja, o país do café gasta mais na importação do produto melhorado na Suíça do que com as delícias de queijos Gruyere ou Emmental ou com os melhores chocolates do mundo. É verdade que a Suíça também não produz cacau e no entanto produz chocolate. Mas, nesse caso, pelo menos contribui com leite produzido no país.
Consumo - O gosto dos suíços pelo café é ilustrado de diversas maneiras. É o segundo maior consumidor na Europa, com 9 quilos per capita anualmente, mais do que os 6 quilos consumidos pelos italianos e só perdendo para os 12 quilos bebidos pelos finlandeses. Além disso, Genebra é o centro da comercialização de commodities. As estimativas são de que até 70% do comércio internacional de café é negociado pelas tradings sediadas na cidade suíça. Estima-se que no total o setor do café na Suíça movimente anualmente quase US$ 5 bilhões, incluindo também a fabricação de máquinas modernas para o "expresso" italiano. (Valor Econômico).
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Na próxima sexta-feira, 20 de janeiro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), retoma os leilões de prêmio de trigo para os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Serão ofertadas 360 mil toneladas (t) do grão, segundo informações anunciadas na sexta-feira (13/01), pelo secretário de Política Agrícola do Mapa, Caio Rocha.
PEP E Pepro - O governo fará leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro). No leilão de Pepro serão disponibilizadas 30 mil t, sendo 10 mil provenientes do Paraná, 10 mil toneladas do Rio Grande do Sul e outras 10 mil de São Paulo. O participante terá de comprovar a venda do produto para uma indústria moageira sediada na unidade da federação de plantio do trigo, ou a venda e o escoamento do grão para qualquer consumidor final sediado fora da unidade da federação de plantio. Já o leilão de PEP vai comercializar 110 mil toneladas do grão do Paraná, 195 mil t no Rio Grande do Sul, 20 mil t e 5 mil t, em Santa Catarina e São Paulo, respectivamente. O objetivo dos leilões é garantir o preço mínimo ao produtor, além de estimular a safra nacional e o escoamento da produção. Entre novembro e dezembro de 2011 foram realizados três leilões e comercializados 590 mil t de trigo. Este é o quarto leilão de trigo e o primeiro neste ano.
Saiba Mais
Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) - O governo concede uma subvenção econômica (prêmio) ao produtor e/ou sua cooperativa que se disponha a vender seu produto pela diferença entre o valor de referência estipulado pelo governo federal e o valor do prêmio arrematado em leilão.
Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) - O governo concede um valor à agroindústria ou cooperativa que adquire o produto pelo preço mínimo diretamente do produtor rural e o transporta para região com necessidade de abastecimento. (Ministério da Agricultura)
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As quebras de safras de milho no Sul do país, derivadas da estiagem provocada pelo La Niña, tendem a reduzir drasticamente a rentabilidade dos agricultores dos polos mais afetados neste ciclo 2011/12. Na região, a colheita começará a ganhar fôlego nas próximas semanas. Cálculos da consultoria Agrometrika divulgados pela Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), com sede no Rio, mostram que em Passo Fundo (RS) a rentabilidade poderá ser negativa em R$ 143,11 por hectare (7,1%). A conta considera produtividade de 70,5 sacas de 60 quilos por hectare, custo operacional de R$ 2.009, 95 por hectare e preço ponderado de R$ 26,48 por saca.
Margens - No fim de novembro, quando a produtividade esperada era de 107,6 kg/ha e o preço ponderado era maior (R$ 27,31/saca), a rentabilidade prevista pela Agrometrika para a região era positiva em R$ 928,61. Das praças pesquisadas, é o caso mais grave. Mas em outras áreas de Rio Grande do Sul e Paraná a redução das rentabilidades também é expressiva, embora os resultados revistos continuem positivos. Com a volta das chuvas no Sul no fim da semana passada, há tempo para recuperações de margens, como observa a própria Agrometrika. (Valor Econômico).
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A frente fria que cruzou o Rio Grande do Sul nos últimos dias trouxe alívio momentâneo para pelo menos parte das lavouras de soja, que, agora, entram em uma fase decisiva e têm maior necessidade de umidade. Até 60% da área plantada no Rio Grande do Sul recebeu alguma chuva, conclui a Somar Metereologia ao cruzar os mapas das precipitações e da distribuição da cultura. Os benefícios, entretanto, não foram uniformes, diz o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar.
- No máximo 40% desta área teve chuva com importância agronômica, ou seja, acima de 30 milímetros - diz.Norte - Na metade norte do Estado, onde se concentra a lavoura de soja, os volumes foram mais expressivos e melhor distribuídos em regiões como Planalto Médio e Campos de Cima da Serra. No Noroeste, no entanto, choveu menos e, em alguns municípios, não caiu um pingo sequer.
- Na nossa região, com 47 municípios, em cerca de 70% caiu pelo menos 20 milímetros - relata Antônio Altíssimo, gerente adjunto do escritório regional da Emater em Ijuí.
Previsão - Técnicos alertam que, mesmo onde choveu, seria preciso uma nova ocorrência em uma semana para estancar as perdas de produtividade. A expectativa do meteorologista Flavio Varone, do Centro Estadual de Meteorologia (CemetRS), é de que uma nova chuva significativa ocorra somente por volta do dia 25. - Deve atingir principalmente o Oeste e o Norte e chegar a áreas que continuam precisando muito de chuva - afirma.
Além das zonas com maior peso agrícola, Região Metropolitana, Serra e Litoral Norte tiveram precipitações com maior intensidade. Na Campanha, Fronteira Oeste e Zona Sul, porém, a chuva foi ínfima. (Zero Hora).
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De acordo com dados fornecidos pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef), o consumo per capita de ovo no Brasil fechou 2011 em 162,5 unidades, contra 148,8 unidades do ano anterior. Segundo Adriano Verbini, gerente de relações com o mercado da entidade, o crescimento de 9,2% no consumo dessa proteína se deve, principalmente, à elevação da produção e ao aquecimento do mercado tanto no segmento de aves de corte quanto de postura.
Mercado - Agregado a isso, explica Verbini, outro fator que culminou para esse resultado foi a desmistificação de que esse alimento é nocivo à saúde. ""O mercado está crescendo. Esperamos para este ano um aquecimento do setor acima do que foi registrado em 2011"", sublinha. No ano passado, de acordo com dados fornecidos pela entidade, a produção brasileira de ovos fechou em 31,5 bilhões de unidades, 9,4% superior ao comparado com o ano anterior.
Paraná - O Paraná ficou em terceiro lugar no ranking de volume de produção, com 6,92% do total nacional. O Estado ficou somente atrás de São Paulo (35,85%) e Minas Gerais (11,45%). Verbini destaca que o Paraná é um mercado importante para o setor de ovos, principalmente no que diz respeito à movimentação interna. Mas, em sua opinião, o Estado poderia melhorar ainda mais o seu potencial produtivo se elevasse os seus índices de exportação, pois é um mercado com melhor remuneração. Hoje, 99% dos ovos produzidos no Estado são comercializados no Brasil.
Exportação - ""Os mercados emergentes, como a China e os Emirados Árabes, têm um alto potencial de consumo desse tipo de proteína e o Paraná possui grandes chances de conquistar esses clientes"". Verbini completa que para que isso aconteça, não há necessidade de aumentar a produção. O que é preciso, reforça ele, é melhor avaliar a possibilidade de aumentar as exportações de ovos, sendo essa uma questão política e não econômica.Burocracia - Arnaldo Cortez, presidente da Associação Paranaense de Avicultura (Apavi), afirma que o mercado paranaense quer aumentar as suas exportações, mas a burocracia na obtenção de registro para poder exportar é muito grande. ""O nosso Estado possui apenas três granjas aptas a exportar"", aponta. Ele acrescenta que o volume de documentos para as granjas que queiram entrar nesse mercado é elevado e muitas delas não têm condições de atender todas as exigências.
Dificuldade - Cortez afirma que, atualmente, o mercado está desfavorável ao produtor, principalmente no que diz respeito à remuneração final. Segundo ele, com a elevação dos preços do milho, o custo de produção se elevou. Cortez afirma que uma caixa com 30 dúzias tem um custo de produção pago pelo avicultor de R$ 39. No atacado, afirma ele, essa mesma caixa está sendo vendida a R$ 38. ""Há períodos em que o produtor chega a perder R$ 5 por caixa"", completa. (Folha de Londrina).
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O Brasil, maior exportador de suco de laranja do mundo, vai continuar dependendo do fungicida proibido nos Estados Unidos, ainda que isso coloque em risco as exportações ao mercado norte-americano, disse um pesquisador e produtor na quinta-feira (12/01). O químico carbendazim é essencial para combater a doença da pinta preta causada por fungo que atinge a laranja brasileira, e é um entre os poucos produtos eficazes que são aplicados nas plantas em esquema de rodízio, disse Geraldo José da Silva, pesquisador de doenças fúngicas da Fundecitrus.
Mercado - Os futuros do suco de laranja em Nova York subiram 11 por cento, para máximas recordes na última semana, depois de a Administração de Drogas e Alimentos (FDA) dizer que testaria todos os embarques do produto aos Estados Unidos para o fungicida, e barraria importações com qualquer nível detectável. Os preços dos futuros têm caído deste então, mas a questão continua sem solução.
Negociações - Advogados da indústria do suco do Brasil, que exporta o equivalente a mais de 2 bilhões de dólares globalmente por ano, estão em negociações com autoridades dos EUA, em busca de uma solução. E as exportações brasileiras para os norte-americanos estão em compasso de espera. Uma proibição ao suco que contenha o químico -o qual a indústria brasileira diz estar presente em quase todo o suco brasileiro, mas apenas em níveis considerados não prejudiciais à saúde- poderia tirar do Brasil um importante mercado, mas não o principal -o maior comprador é a União Europeia.
Os testes ocorrem, no entanto, num momento que os brasileiros ampliaram as vendas aos EUA --no último semestre a participação dos norte-americanos nas vendas do Brasil subiu para 20 por cento.
Fungicidas - O químico é um dos três principais tipos de fungicida utilizado para combater a pinta preta, que existe no Brasil desde os anos de 1980, mas se espalhou a uma taxa alarmante nos últimos anos. A doença faz com que a fruta em desenvolvimento caia dos galhos."Como há poucas moléculas disponíveis, se pararmos de usar uma, vamos ter que usar outros tipos e isso vai reduzir sua eficácia ao aumentar a resistência do fungo", disse o pesquisador. A Fundecitrus, em São Paulo, é um centro de pesquisa fundado pela indústria, que busca curas e plantas resistentes à doença para combater os fungos, bactérias e pestes que afetam a laranja no Sudeste do Brasil, onde se concentra a maior produção.
Custo - Flávio Viegas, diretor da associação de produtores de laranja Associtrus, disse que as manchas pretas nas frutas vendidas no Brasil são comuns. Algumas laranjas infectadas podem suportar no ramo até que amadureçam e ainda podem ser processadas caso a doença não afete a fruta, acrescentou ele. Viegas disse que, além de ajudar no rodízio entre uma variedade de produtos químicos para evitar a resistência, o carbendazim é também o mais barato dos três principais tipos de químicos usados para combater a pinta preta. Ele disse que o carbendazim custa apenas um quarto do preço do tratamento mais caro e cerca de um terço do preço dos outros, ajudando a reduzir os custos financeiros do mix de produtos químicos rodados ao longo de quatro aplicações anuais. "Se você não controlar (a pinta preta), você pode perder sua colheita ", disse Viegas. (Agrolink/Reuters).
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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) enviou no último dia 2 às operadoras de planos odontológicos uma retificação no cálculo de alguns dos indicadores para o Índice de Desempenho em Saúde Suplementar (IDSS), divulgado inicialmente em setembro de 2011. Com a correção, a Uniodonto Curitiba obteve a maior nota atribuída pela ANS, dentro do índice de análise. Os dados são correspondentes a avaliações realizadas no ano de 2010 e integram o Programa de Qualificação das Operadoras.
Pontuação - Anualmente, a ANS realiza a pontuação das operadoras por meio de uma série de itens que envolvem o funcionamento interno das empresas. A escala do IDSS compreende as faixas de 0,00 a 0,19; de 0,20 a 0,39; de 0,40 a 0,59; de 0,60 a 0,79; e de 0,80 a 1,00. A nota final do IDSS é definida por meio da soma de índices que avaliam a Atenção à Saúde, Estrutura e Operação, Econômico-Financeiro, e Satisfação do Beneficiário.
Resultado - A coordenadora da ANS na Cooperativa, Simone Odeli, destaca que o grau de importância do resultado do IDSS é muito relevante em vários aspectos. "A nota de uma operadora é um ponto importante, no momento de uma negociação e operacionalmente é ótimo, pois demonstra que o trabalho é realizado com excelência por toda a equipe e, comercialmente, agrega novas vendas", diz. Conforme ressalta Simone, os resultados positivos alcançados pela Uniodonto Curitiba são provenientes do trabalho desempenhado por todos os setores, que resultam no contínuo crescimento da Operadora.
Crescimento - Nos últimos cinco anos a Uniodonto Curitiba cresceu 108,53%. Hoje a cooperativa detém 45% do mercado de planos odontológicos no Paraná. Mas para o presidente, Luiz Humberto de Souza Daniel, há muitos desafios a serem enfrentados. "Mas temos estratégias bem definidas e equipes de profissionais das diversas áreas engajados em busca de sucessos ainda maiores. O importante é que empresas atendidas e beneficiários sintam-se satisfeitos", considera. Hoje a Uniodonto Curitiba tem 4 mil empresas em sua carteira, das quais 722 ingressaram somente em 2011. São, ao todo, 365 mil beneficiários, dos quais 118 mil conveniados no ano passado. A Cooperativa conta hoje com aproximadamente 200 funcionários. (Assessoria Uniodonto Curitiba).
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O governador Beto Richa anunciou na quinta-feira (12/01), em Curitiba, um pacote de medidas emergenciais para minimizar as perdas e recuperar as plantações do Sudoeste - região do Estado que passa por período de estiagem desde novembro do ano passado. O governo vai disponibilizar R$ 15,5 milhões para ajuda direta aos agricultores. As culturas mais atingidas foram milho, soja e feijão. Para a compra de insumos agrícolas (sementes e fertilizantes) serão liberados R$ 6 milhões. O apoio financeiro chega a R$ 9,5 milhões, sendo R$ 8 milhões para subvenção ao prêmio do seguro da segunda safra de milho e café, e R$ 1,5 milhão para reforçar o programa Fundo de Aval. A prioridade do governo é atender os produtores da agricultura familiar.
Fundo de Aval - De acordo com o governador, o Estado fará o atendimento emergencial das principais demandas dos agricultores com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Econômico (FDE). "Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para minimizar os prejuízos dos agricultores do Sudoeste", afirmou Richa. Ele explicou que a liberação de recursos para o Fundo de Aval, por exemplo, pode alavancar a captação de R$ 15 milhões em financiamentos em instituições de fomento da agricultura familiar.
Vistorias - O governo também vai agilizar as vistorias em plantações para que os produtores possam solicitar ressarcimento de perdas pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o pagamento do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf). A medida também assegurar o aproveitamento das lavouras para silagem e preparação da terra para novos cultivos, como as segundas safras de milho e feijão. "Negociamos com o governo federal a possibilidade do financiamento para quem fez a safra com recursos próprios, de forma que o agricultor possa carregar a dívida com as safras seguintes, por até seis anos", destacou o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara. Também haverá apoio aos municípios para a contratação de máquinas para o aprofundamento de minas e pequenos açudes, além de suporte financeiro para o transporte de água tanto para consumo humano quanto animal. "São medidas para apoiar os pequenos produtores que perderam a safra e tem agora a chance de restabelecer o seu cultivo", disse Norberto Ortigara.
Estado de emergência - Por conta da situação crítica na região, os municípios de Santa Izabel do Oeste e Barracão já decretaram estado de emergência. A Defesa Civil do Paraná afirma que outros 35 municípios já notificaram o órgão para a possibilidade. Com isso, é possível adotar ações mais rapidamente. "Com os recursos e atendimento imediato aos produtores tentaremos recuperar parte dos prejuízos com a safra de verão. Aguardamos dados de cada município para que possamos ratificar a situação de emergência e adotar outras ações do governo", destacou Richa.
Prejuízos - Segundo estimativa da Secretaria da Agricultura, até agora houve uma redução de 2,55 milhões de toneladas de soja, milho e feijão que, a preços de hoje, significa um prejuízo financeiro de R$ 1,52 bilhão. A quebra da produção representa 11,5% da safra paranaense de grãos de verão, que era estimada em 22,13 milhões de toneladas.
Produtores aguardam chuva - Agricultores da região Sudoeste do Paraná ainda esperam pela chuva para recuperar parte das lavouras de soja que devem ser colhidas no início do mês de abril. As perdas nas lavouras de milho da região já ultrapassam os 40%. A colheita de milho deve começar no início da próxima semana. Produtor do município de Renascença, Dirceu Ruffato, plantou 100 hectares de soja e 70 de milho com a expectativa de colher média de 200 sacas de milho e 60 sacas de soja por hectare. "Se conseguir tirar 120 sacas de milho e 30 sacas de soja por hectare está excelente", diz.
Floração - Rufatto acredita que para recuperar uma parte da lavoura de soja, deveria chover cerca de 50 milímetros nos próximos dias. "Nesta época do ano, a lavoura não deveria ficar sem chuva, pois a soja está em fase de floração ou em formação de grãos. Se chover 50 milímetros, acredito que recupera uma parcela da lavoura". A boa produção da safra passada - 180 sacas de milho e 70 sacas de soja por hectare - incentivou o produtor a não fazer seguro da lavoura. "O clima estava perfeito, não havia motivos para fazer o seguro. Levanto cedo todos os dias com a esperança de ver chuva, mas está complicado", diz.
Sem seguro - O agricultor Reni Deliberali plantou 110 hectares de soja, 24 de milho e tinha expectativa de colher média de 53,71 sacas de soja e 165,2 de milho. "Se tirar da lavoura 82,64 sacas de milho por hectare e 12,39 sacas de soja, é muito. Nessa safra, a produção não vai dar para pagar os custos. Estamos aguardando alguém nos ajudar", comenta o agricultor, que também não fez seguro da lavoura. (Agência Estadual de Notícias).
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Os produtores de feijão, soja e milho prejudicados pelo clima seco no Sul do país e residentes em municípios que declararam situação de emergência poderão prorrogar o pagamento de empréstimos de crédito rural para custeio e investimento, inclusive de parcelas negociadas em anos anteriores. O Ministério da Agricultura vai propor ao Conselho Monetário Nacional (CMN) um voto para postergar para 31 de julho do ano que vem as parcelas com vencimento entre 1º de janeiro deste ano e 30 de junho de 2012. Também deve ser encaminhado ao CMN um voto para usar R$ 200 milhões do Prodecoop, programa do BNDES, para refinanciar dívidas das cooperativas. Caso uma cooperativa tenha mais de 100 produtores com perdas por intempéries climáticas comprovadas, poderá pegar mais crédito para pagar débitos.
Sem seguro - Para produtores sem seguro agrícola - "uma parcela muito pequena do total", segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence -, será permitida, após a elaboração de um laudo de perdas, uma prorrogação para pagamento de dívidas. Caso o produtor deixe de pagar uma parcela de empréstimo de operações de custeio e de investimentos já prorrogada e com vencimento em 2012, poderá transferir esta cobrança para um ano após o pagamento da última parcela.
Custeio - Além disso, serão renegociadas as operações de crédito de custeio da safra atual (2011/12) por até cinco anos, prazo que pode variar conforme o tamanho das perdas. Com a perspectiva de quebra da safra de milho no Sul e da falta do produto na região, o governo quer subsidiar o transporte de milho do Centro-Oeste para o Sul a partir de fevereiro. O Valor também apurou que o governo poderá criar, caso as iniciativas adotadas forem insuficientes, uma linha de crédito para fornecedores de insumos. O Ministério da Fazenda prefere esperar o efeito das medidas anunciadas.
Pacote - O pacote de ajuda aos agricultores prejudicados pela seca que não possuem seguro deve ter abrangência pequena. De acordo com estimativas preliminares do Ministério do Desenvolvimento Agrário, 85% das lavouras da agricultura familiar no Sul possuem seguro. Mesmo assim, o Ministério da Agricultura estima que o valor total da cobertura dos seguros nas contas do Tesouro variará de R$ 400 milhões a R$ 1 bilhão.
Rio Grande do Sul - No Rio Grande do Sul, a Emater-RS elevou seu cálculo para o prejuízo dos produtores gaúchos para R$ 2,2 bilhões, levando em conta frustração das expectativas iniciais para as lavouras de milho, soja e arroz e os respectivos preços atuais. No Paraná, onde as perdas estão estimadas em R$ 1,5 bilhão, o governo estadual anunciou uma ajuda direta de R$ 15,5 milhões aos produtores afetados. Em Santa Catarina, a estimativa do governo para as perdas agrícolas provocadas pela seca subiu para R$ 440 milhões. (Valor Econômico).
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As cooperativas do Sistema Sicredi no Paraná fecharam o ano de 2011 administrando mais de R$ 5 bilhões em ativos, uma alta de 29% em comparação ao ano de 2010. Em número de associados o crescimento foi de 25%, com 80 mil novas adesões ao Sistema, que chegou a 450 mil cooperados em todo o estado. Os indicadores foram informados pelo presidente da Central Sicredi PR/SP, Manfred Alfonso Dasenbrock, que esteve na quinta-feira (12/01) na sede do Sistema Ocepar, onde conversou com o presidente João Paulo Koslovski.
Projeções - Para 2012, de acordo com o dirigente do Sicredi, as projeções são positivas, apesar da quebra de safra causada pelo período de estiagem que afetou o Paraná. "Projetamos um crescimento de 25% nos ativos administrados - alcançando R$ 6,25 bilhões - e alta superior a 20% no número de cooperados, com cerca de 100 mil novos associados até o fim desse ano", estima Dasenbrock.
Capilaridade - Segundo o dirigente, o expressivo crescimento do Sicredi é resultado dos investimentos constantes em capacitação e também está diretamente ligado à capilaridade do Sistema, presente hoje em cerca de 300 municípios do Paraná. "São 350 unidades de atendimento, com a abertura anual de 20 novas estruturas, o que permite que tenhamos elevação constante no número de associados. Destaco também a profissionalização, que em 2011 teve impulso em especial por meio dos projetos do Sescoop/PR. Nossos colaboradores e dirigentes estão preparados e muito focados no melhor atendimento, buscando cumprir a missão, atingir a visão e preservar os valores da cooperativa", afirma.
Planejamento - "Os resultados de 2011 foram muito positivos, num ano em que as cooperativas do Sistema ousaram em seus planejamentos, e planejaram com muita propriedade, e chegaram ao fim do exercício celebrando o crescimento alcançado", comemora Dasenbrock. "Um ponto a ressaltar é o aumento dos depósitos a prazo, que foram significativos e demonstram a credibilidade conquistada pelo Sicredi", enfatiza.
Ano Internacional das Cooperativas - Para o presidente Dasenbrock, a decisão da ONU (Organização das Nações Unidas) de decretar o 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas foi uma bela lembrança e reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo cooperativismo. "O objetivo da ONU foi colocar as cooperativas em evidência e teremos um enfoque grande por parte das lideranças internacionais, mas o importante é, além de celebrar esse ano, que cada cooperado, dirigente, colaborador, cumpra seu papel e chegue ao fim de 2012 melhor do que estava no início do ano. O Ano Internacional reforça as ações de comunicação e mídia das cooperativas", conclui.
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O governo brasileiro prepara uma resposta "dura" à Argentina, caso o governo do país prejudique exportações brasileiras com a recém-divulgada resolução da Administração Federal de Ingressos Públicos, que obriga os importadores naquele país a apresentarem declaração formal antecipada com a programação de compras de bens de consumo no exterior.
Preocupação - A medida, segundo nota do Ministério do Desenvolvimento, foi recebida com "preocupação". Uma autoridade próxima à presidente Dilma Rousseff disse ao Valor que o governo não está disposto a tolerar, como no ano passado, barreiras injustificadas aos produtos brasileiros. Segundo o auxiliar de Dilma, o período eleitoral argentino, durante 2011, fez com que Dilma, para evitar "politização" do tema, determinasse flexibilidade no trato com o governo vizinho.
Licenças - A Argentina tem atrasado - às vezes por mais de 60 dias - a liberação de licenças de importação para bens de consumo como automóveis, partes e peças, máquinas agrícolas, calçados e alimentos. Com o novo mandato de Cristina Kirchner, havia expectativa (frustrada) em Brasília, de que a Argentina afrouxaria os controles. Os sinais emitidos de Buenos Aires foram, ao contrário, de endurecimento no controle da importação.
Disputa - No fim de 2011, a retenção de produtos como calçados levou o governo brasileiro a uma queda de braço com o governo argentino: segundo um empresário que acompanhou a disputa, a resposta brasileira, sem alarde, foi reter nos portos as remessas de carros argentinos, que só começaram a ser liberados quando os estoques barrados começaram a lotar os pátios. A tendência de Dilma, segundo uma autoridade, é responder com medidas semelhantes às barreiras argentinas, como fez no ano passado, quando pôs automóveis, partes e peças no regime de licença não automática.
Mercosul - Na reunião do Mercosul, em dezembro, em Montevidéu, Cristina fez duras críticas ao Brasil e às "vantagens" que o país tem desfrutado no comércio bilateral, no qual passa de US$ 8 bilhões o superávit em favor dos brasileiros. A Argentina tem sustentado o superávit comercial brasileiro, disse a presidente recém-reeleita. Dilma, conciliadora, mostrou interesse em criar melhores condições para equilibrar o comércio. Mas, diz uma autoridade brasileira, não haverá mais a "paciência" demonstrada durante a campanha eleitoral no país vizinho.
Conciliação - O Itamaraty deve adotar publicamente uma posição conciliadora. O governo aposta em reuniões previstas entre os dois países, provavelmente em fevereiro, como a oportunidade para eliminar atritos. Uma reunião deve discutir a "complementação das cadeias produtivas", um projeto antigo de associar empresas dos dois países em processos conjuntos de produção. Outra reunião tratará das questões bilaterais, como a retenção de produtos nas alfândegas. A resolução argentina desta semana, aumentando o controle discricionário das importações com a exigência de uma "Declaração Jurada Antecipada de Importação" antecipou as discussões, porém.
Conversas - Na quarta-feira, à tarde, houve troca de telefonemas entre a secretaria de Comércio Exterior do Brasil e a Secretaria de Comércio argentina, na qual o governo brasileiro disse esperar que as novas ações não afetem ainda mais a entrada de produtos no país vizinho. O resultado da conversa não foi suficiente, porém, para amenizar a "preocupação" no Ministério do Desenvolvimento, que editou nota prevendo "gestões sobre o tema, para evitar eventuais efeitos negativos para o fluxo comercial."
Calçados - A secretária de Comércio Exterior da Argentina, Beatriz Paglieri, que há dias recebeu produtores de calçados argentinos, a quem prometeu pressionar para reduzir a cota de venda de calçados brasileiros ao país, disse que a medida desta semana se destina apenas a dar "maior transparência" e previsibilidade ao comércio exterior. Ela é vista como subordinada ao secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, mentor dos artifícios usados pelo país vizinho para barrar importações. Moreno e Paglieri já disseram a empresários locais que querem obter um superávit comercial total de US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões em 2012. (Valor Econômico).
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A Ocepar - Organização das Cooperativas do Paraná - acompanha com preocupação as consequências da estiagem para os produtores paranaenses e aguarda medidas de apoio do Governo Federal. Somente no Paraná, a falta de chuvas deverá causar perdas superiores a 2,5 milhões de toneladas de grãos, um prejuízo estimado em R$ 2 bilhões. Na segunda-feira (09/01), a Ocepar encaminhou à ministra chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann e ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, um documento com sugestões do setor cooperativista para apoiar os produtores afetados. A ministra Gleisi comunicou ao presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, que a situação provocada pela estiagem na Região Sul estava sendo avaliada com preocupação pela presidente Dilma Roussef e que os pleitos das cooperativas do Paraná seriam avaliados pelo governo.
Angústia - "Por trás dos indicadores de quebras e prejuízos, estão milhares de famílias de produtores que vivem a angústia e a incerteza sobre a safra. Por essa razão, enviamos pedido de apoio ao Mapa e à Casa Civil", explica o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, que manteve contatos também com o secretário executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, o secretário de política agrícola Caio Rocha, e também com o secretário executivo da Casa Civil, Gilson Bittencourt, e o vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias, buscando colocar os pleitos do setor cooperativista na agenda de discussões do Governo Federal. A expectativa da Ocepar e das cooperativas é de que haja um anúncio, ainda esta semana, de medidas de apoio aos produtores atingidos pela seca.
Pleitos das cooperativas - Entre os pleitos do cooperativismo, está a agilização das vistorias e a indenização dos sinistros vinculados ao Proagro e ao Seguro Rural, para permitir aos produtores a regularização de suas pendências com a maior brevidade possível. O setor também reivindica a suplementação de recursos no Orçamento da União para a subvenção do seguro rural em montante suficiente para atender a demanda do campo, estimada em R$ 700 milhões. A falta de chuvas nos meses de novembro e dezembro de 2011 e no início de janeiro de 2012 nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, estão provocando perdas irreversíveis nas lavouras de soja, milho, feijão e na produção de leite. Além das questões de seguro e custeio de dívidas, há preocupação com as linhas de crédito e com a comercialização. "Elencamos em documento um conjunto de medidas que, se implementadas, trarão melhores condições de trabalho e mais tranquilidade aos produtores", explicou Koslovski.
Pedido atendido - O vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias, comunicou ao presidente da Ocepar que uma das medidas pedidas pela Ocepar, a prorrogação da parcela de financiamento de investimento com vencimento em 2012, deverá ser adotada pelo banco. Esse débito será deslocado para a data final dos contratos.
Pleitos do setor cooperativista
1 - Dívidas de custeio da safra 2011/12
1.1 - Produtores que financiaram com recursos de crédito rural
- Prorrogar de forma automática o vencimento dos custeios para todos os produtores que foram afetados pela seca na safra 2011/12.
1.2 - Produtores que financiaram com recursos de outras origens
- Criar linha especial de crédito nos moldes do FAT Giro rural para os produtores rurais e suas cooperativas, que permita o alongamento das dívidas oriundas da compra de insumos junto aos fornecedores, na safra 2011/12, com prazo de até 60 meses, carência de até 14 meses e taxa juros de 6,75% a.a.
2- Seguro e Proagro
- Agilizar a realização das vistorias e a indenização dos sinistros vinculados ao Proagro e ao Seguro Rural, para permitir aos produtores a regularização de suas pendências com a maior brevidade possível.
- Promover suplementação de recursos no orçamento da União de 2012 para subvenção do seguro rural em montante suficiente para atender a demanda de R$ 700,00 milhões.
3 - Recursos para comercialização do trigo
- Retomar imediatamente os leilões de Prêmio para Escoamento do Produto - PEP para a cultura do trigo.
4 - Normas para plantio da safra de cereais de inverno
- Antecipar o anúncio das políticas de apoio governamental ao plantio do milho safrinha, trigo e demais culturas de inverno.
5 - Capitalização das Cooperativas Agropecuárias - PROCAP-AGRO
- Promover adequações no Programa de Capitalização das Cooperativas Agropecuárias, especialmente na modalidade de financiamento de capital de giro, estabelecendo um novo limite de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por cooperativa/estado, com 6 (seis) anos de prazo de amortização e taxa de 6,75% ao ano.
6 - Parcela de Investimento
- Transferência para o final do contrato do pagamento da parcela vencível em 2012 dos financiamentos de investimentos dos agricultores que tiveram perdas de lavouras.