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As inscrições para o 20º Suepar - Simpósio das Unimeds do Paraná já estão abertas. O evento acontecerá de 28 a 30 de abril, no Hotel Mabu Thermas & Resort, em Foz do Iguaçu, e desta vez terá como tema "A construção de um novo modelo assistencial", sob a ótica da qualidade dos serviços, da qualificação dos profissionais e da sustentabilidade do negócio. Entre os palestrantes estarão ilustres convidados do exterior, Pedro Delgado, do Reino Unido; Jonatas de Lemos, da Holanda, e André Médice, dos EUA, que se somarão aos brasileiros Paulo Borem, Renato Couto, Eugênio Vilaça Mendes, entre outros igualmente expoentes, todos já com as respectivas presenças confirmadas. O anúncio é do diretor de Mercado, Faustino Garcia Alferez, e do diretor-superintendente da Unimed PR, Paulo Roberto Fernandes Faria, ambos coordenadores do evento, responsáveis pela grade técnica e pela parte logística, respectivamente. As inscrições ao Suepar podem ser feitas acessando o site www.suespar.com.br. (Imprensa Unimed Paraná)
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Com o objetivo de estreitar os laços entre os representantes do cooperativismo no Legislativo e dar visibilidade aos projetos de interesse do setor, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) lança, no dia 28 de fevereiro, em Brasília (DF), a sexta edição da Agenda Legislativa do Cooperativismo. A publicação traz as propostas prioritárias em tramitação no Congresso Nacional.
Frencoop - Para vê-las aprovadas, a OCB conta com o trabalho da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), composta hoje por 255 membros, entre deputados e senadores. Outros posicionamentos da instituição acerca de temas importantes, como a conferência Rio+20, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, terceirização e Ato Cooperativo, também estão contemplados. O lançamento ocorre no mesmo período em que o Congresso retoma os trabalhos da sua 54ª legislatura.
Marcos regulatórios - "Para que o cooperativismo brasileiro continue crescendo, é necessário que o nosso segmento tenha um ambiente favorável, que ofereça caminhos ao seu desenvolvimento. E, nesse contexto, a definição de marcos regulatórios será determinante em 2012", declarou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. O dirigente destaca como essencial a parceria firmada há 26 anos entre OCB e Frencoop: "Nosso trabalho em conjunto resultou em vitórias fundamentais para o setor. Por isso, contamos com o compromisso dos deputados e senadores da Frencoop para conquistarmos avanços na legislação".
Ano Internacional - O presidente da Frencoop, senador Waldemir Moka, ressalta o destaque que será dado ao movimento cooperativista em 2012, em razão da declaração pela Organização das Nações Unidas (ONU) do Ano Internacional das Cooperativas. "Este ano, teremos a chance de apresentar para a sociedade os benefícios do cooperativismo. Devemos atuar estrategicamente com o intuito de esclarecer e, ao mesmo tempo, reforçar as particularidades do setor, visando à aprovação de normas que atendam a essas características e contribuam para o seu crescimento", afirmou.
Evento - O evento de lançamento reunirá lideranças do movimento, parlamentares e representantes do governo federal, de outras instituições e das unidades estaduais da OCB. (Informe OCB)
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Centros, grupos e programas de pesquisa, bem como pesquisadores individuais terão a oportunidade de apresentar trabalhos no II Encontro Brasileiro de Pesquisadores do Cooperativismo. O evento será promovido em Brasília (DF), nos dias 2 e 3 de julho, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em parceria com o Observatório do Cooperativismo. A chamada para trabalhos (call for papers) está aberta e os artigos deverão ser enviados até 10 de abril para o e-mail do Observatório do Cooperativismo (FEA-RP/USP),
Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .Fomento - O encontro tem como objetivo fomentar o intercâmbio de pesquisadores e a produção técnica e científica sobre cooperativismo, em diversas áreas do conhecimento. Cada linha de pesquisa ou artigo deverá ter no máximo 20 páginas e o resultado será divulgado no dia 4 de maio. O comitê científico do evento terá a participação do professor Sigismundo Bialoskorski Neto, titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FEA-RP/USP), entre outros pesquisadores de renome.
Tema- A segunda edição do EBPC traz como tema "Ano Internacional das Cooperativas: cooperativas constroem um mundo melhor". De acordo com a coordenadora pelo Sescoop, Andréa Sayar, a novidade de realizar o encontro em dois dias tem por objetivo promover, além das apresentações dos trabalhos, palestras que provoquem debates à luz do ano comemorativo. "Estamos buscando pessoas que possam trazer reflexões sobre o papel das cooperativas no processo de desenvolvimento socioeconômico, que é a grande temática do ano internacional", disse.
Expectativa - A expectativa da coordenação do II EBPC é suplantar os bons resultados alcançados na primeira edição do evento, realizada em 2010. Segundo Andréa, o número de participantes no primeiro encontro superou as expectativas e, para este ano, a perspectiva é que haja mais inscritos. "O primeiro EBPC foi uma surpresa muito feliz. Este ano, esperamos superar este número, tanto em termos de público ouvinte quanto de trabalhos apresentados, e também aprimorar o nível das discussões na rede brasileira de pesquisadores do cooperativismo (RBPC)."
Temáticas - Os interessados podem escolher entre oito temáticas para participar. Para conhecer os temas e também os detalhes para envio dos trabalhos e critérios para apresentação dos artigos, acesse o Call for papers. (Informe OCB)
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O governo federal autorizou a realização de leilão de trigo para a fabricação de ração animal. A operação de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) está prevista para sexta-feira (17/02). É o primeiro leilão para destinar trigo à ração animal em 2012. Serão destinadas 410 mil toneladas (t) do produto para os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Preço mínimo - A medida busca garantir o preço mínimo ao produtor, escoar a produção e apoiar o abastecimento devido à estiagem, especialmente no Sul do país, que provocou quebra na produção de milho. Para o Rio Grande do Sul estão previstas 235 mil (t); Santa Catarina, 30 mil (t); Paraná, 130 mil (t) e São Paulo, 15 mil (t). Hoje, o preço mínimo do trigo pão tipo 1 é de R$ 477 a tonelada, enquanto que o do brando tipo 1 é de R$ 397.
Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) - Instrumento que permite ao governo garantir ao produtor ou à cooperativa o preço mínimo, sem que haja necessidade de adquirir o produto. Por meio de leilão, ocorre o pagamento da diferença entre o preço mínimo e o preço de mercado. Pode ser utilizado para complementar o abastecimento em regiões deficitárias a partir de estoques privados.
Preço Mínimo - Valor fixado pelo governo federal para produtos agrícolas. A finalidade da política é garantir que o agricultor receba um preço mínimo para cobrir os custos da safra. Quando o preço de mercado está abaixo do mínimo, o governo realiza leilões, como os de Prêmio de Escoamento de Produto e Aquisição do Governo Federal, para permitir que esses valores cheguem, pelo menos, ao patamar estipulado na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Atualmente, 34 produtos estão incluídos na política governamental, entre eles arroz, feijão, milho, trigo, algodão, uva, sisal, soja, borracha e leite. (Mapa)
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O Valor Bruto da Produção (VBP) totalizou R$ 214,6 bilhões em fevereiro e foi divulgado nesta terça-feira (14/02), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Esse valor é 2,7 % maior do que o obtido no ano passado em igual período, embora não estejam plenamente estimados os efeitos da seca no Sul do país, onde principalmente Paraná e Rio Grande do Sul foram os estados mais afetados, o que ainda pode impactar no montante.
Preços favoráveis - O coordenador geral de planejamento estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, atribui os dados aos preços favoráveis e à boa produção no ano. Os produtos que mais contribuem para esse resultado são: o algodão, com aumento real de 36,2% no valor; a cana-de-açúcar (21,6 %); o milho (20,2%), a banana (7,9%); o tomate (10,7%); e o café (6,6 %). Outros produtos também com variação positiva, mas em menores percentuais, no valor são cebola e feijão.
Redução - Vários produtos vêm registrando redução no valor da produção em 2012. As principais reduções do valor foram verificadas no arroz (-16,8%), na batata inglesa (-36,6%), no cacau (-8,9 %), no fumo (-19,9 %), na mandioca (-16,9%), na soja (-5,2%), no trigo (-20,3%) e na maçã (-6,6%).
Estimativas regionais - As estimativas regionais para o VBP mostram que as regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste apresentam estimativas de maior valor em relação a 2011. A exceção é a redução do valor na região Sul devido às quebras de safra de soja e milho no Rio Grande do Sul e no Paraná. Isso afetou acentuadamente a renda nesses estados, na avaliação do coordenador geral do Mapa, José Garcia Gasques.
RS e Centro-Oeste - No Rio Grande do Sul a redução no valor em 2012 está estimada em 21,2 %. No Centro-Oeste, o modesto aumento do valor da produção neste ano está relacionado principalmente ao pior desempenho do algodão em relação à produção e ao preço. Deve-se observar ainda que o resultado apresentado pelo Mato Grosso do Sul se deve à introdução neste ano dos valores da cana-de-açúcar no estado. (Mapa)
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A "Oil World" voltou a reduzir sua estimativa para as produções de soja no Brasil e no Paraguai nesta safra 2011/12 em ração da estiagem provocada pelo fenômeno La Niña no sul da América do Sul. Em contrapartida, a respeitada publicação alemã ajustou para cima sua previsão para a colheita na Argentina, por conta de chuvas recentes no país.
Queda - No caso do Brasil, a projeção da "Oil World" caiu para 69,5 milhões de toneladas, ante as 70 milhões estimadas em 31 de janeiro e as 75,3 milhões do ciclo anterior (2010/11). A colheita para o Paraguai, por sua vez, diminui para 4,6 milhões de toneladas, 23,3% menos que o projetado no fim de janeiro (6 milhões) e 80,4% abaixo do volume do ciclo anterior (8,3 milhões de toneladas).
Argentina - Para a Argentina, a publicação elevou sua estimativa para 47 milhões de toneladas, ante as 46,5 milhões estimadas em 31 de janeiro e as 49,2 milhões de 2010/11. Essa correção já era esperada e poderá haver outras, uma vez que as estimativas que circulam no próprio país são mais próximas de 50 milhões.
Soja norte-americana - Nesse contexto, a "Oil World" espera uma demanda maior por soja americana. Coincidentemente, um acidente envolvendo um navio no porto de Santos poderá confirmá-la no curtíssimo prazo. Ao colidir com dois dos quatro carregadores do Terminal de Grãos do Guarujá (TGG), responsável por metade dos embarques de soja por Santos, o graneleiro Milagro, de bandeira maltesa, provocou a paralisação das operações, que não têm data definida para voltarem ao normal. (Reuters /Valor Econômico)
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A reunião que aconteceria na tarde desta terça-feira (14/02), em Brasília, para discutir o Código Florestal foi cancelada pela ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. O encontro iria contar com a presença de outros ministros e de parlamentares, entre eles, o relator do projeto na Câmara (PL 1876/99), deputado Paulo Piau (PMDB-MG). "Ficamos de levar ao Palácio [do Planalto] todas as reivindicações que chegaram, perto de uma centena de sugestões. Nesse clima de negociação entre Executivo e Legislativo, queremos ver a posição do governo para avançar um consenso para o relatório final dentro do Parlamento", disse Piau. Ainda não há data definida para uma nova reunião sobre o tema com os representantes do governo federal.
Dificuldade para alterações - Como são muito diferentes os textos aprovados preliminarmente na Câmara, em maio, e no Senado, em dezembro, o papel do relator ficará mais restrito. Não serão admitidas, por exemplo, mudanças de mérito. O próprio Paulo Piau explica os limites regimentais de sua atuação. "Na verdade, nós só vamos aproveitar aquilo que pudermos mudar. Nós só podemos suprimir textos que o Senado acrescentou ao texto da Câmara; podemos substituir texto do Senado pelo texto original da Câmara; e podemos alterar a redação para uma melhor compreensão do texto. Mas, como o Senado mudou muito o texto, claro que nós podemos, se for conveniente e dentro da negociação, alterar bastante coisa".
Aperfeiçoamento - O relator dá a entender que pretende aperfeiçoar o texto do Senado no que for possível. Um dos problemas foi detectado pela consultoria da Câmara logo no artigo primeiro, que estabelece, entre os princípios do novo código, "a função estratégica da produção rural na recuperação e manutenção das florestas e demais formas de vegetação nativa".
Insegurança jurídica - A redação deve enfrentar resistência dos parlamentares ligados ao agronegócio. Paulo Piau teme pela segurança jurídica desse artigo. "Dentro da técnica legislativa de confecção de uma lei, o artigo primeiro traça os objetivos do corpo da lei. E aí, dizendo tecnicamente e sem paixão ideológica de produtor ou de ambientalista, o texto que veio do Senado é carregado de princípios e, evidentemente, isso lá na frente pode trazer uma insegurança jurídica. Há pessoas que dizem que não tem nada a ver uma coisa com a outra, mas, dentro da técnica legislativa, foi uma incorreção do Senado Federal", explicou o relator.
APPs - Paulo Piau disse que o mesmo acontece em relação ao artigo 62 do texto do Senado, que trata das áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e cria a figura das "bacias hidrográficas críticas", o que pode, na prática, ampliar as áreas de proteção.
Bacias críticas - As bacias críticas são outro item apontado com a possibilidade de provocar insegurança jurídica. "É claro que o tema vai passar por uma análise. Passa pelo Comitê de Bacias, pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente, mas a discussão e a última palavra vão caber aos deputados que vão votar o texto no Plenário". O novo Código Florestal é alvo de embates entre o agronegócio e os ambientalistas. O texto tenta estabelecer os limites entre a preservação da mata nativa e a produção econômica. (Com informações da Agência Câmara e do jornal Valor Econômico)
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O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro (PMDB), confirmou ao Valor nesta terça-feira que um nome indicado pelo PTB será o novo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O diretor financeiro da estatal, João Carlos Bona Garcia, era o nome preferido do ministro para assumir o cargo.
Em análise - Mendes Ribeiro, entretanto, foi instruído pela presidente Dilma Rousseff a aceitar o nome indicado pelo PTB. "A Casa Civil está analisando o nome, mas vamos fazer questão que seja um técnico, para levar em frente um plano de gestão que eu tenho e não vou abrir mão", diz o ministro. O novo presidente, segundo Mendes, será um ex-funcionário da Caixa Econômica Federal.
Demissão - Na sexta-feira passada (10/02), o então presidente da Conab, o advogado Evangevaldo Santos, foi obrigado a pedir demissão após forte pressão do ministro. O governo deve sacramentar a substituição até o fim da semana. O líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), havia apresentado, ainda na semana passada, dois nomes dos quadros da Caixa Econômica Federal ao Palácio do Planalto.
Brigas internas - Jovair Arantes disse ao Valor que brigas internas do PMDB iniciaram um "tiroteio político" contra seu apadrinhado, Evangevaldo Santos, que entregou uma carta de demissão à presidente Dilma alegando não suportar "factoides" contra si. Ainda de acordo com o líder petebista, houve uma coincidência entre o pedido de demissão de Evangevaldo e a crise gerada com a demissão do ex-presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci.
Abalo - O episódio abalou a relação de Arantes com o Palácio. A insistência do líder em atribuir a indicação de Denucci ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, causou forte desconforto ao governo. A substituição de Evangevaldo Santos, ligado ao PTB, ocorre em meio a disputas políticas dentro do órgão, subordinado ao Ministério da Agricultura. A Conab vive uma luta interna desde que o pemedebista Wagner Rossi deixou o ministério em meio a uma crise política decorrente de denúncias de corrupção, em agosto passado. (Valor Econômico)
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A partir desde mês a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) coloca em prática um plano com 49 providências para cumprir as recomendações feitas pela Controladoria-Geral da União (CGU), após auditoria especial realizada na Conab, no período de 2/8 a 30/9 do ano passado. O chefe da auditoria interna da Conab, Paulo Grazziotin, diz que é praxe dos órgãos públicos fazer um plano de ação após uma auditoria. "O conselho de administração da estatal vai acompanhar os resultados mensalmente e a CGU receberá um retorno de três em três meses", diz Grazziotin. Grande parte das providências será em relação às subvenções, diz Grazziotin. "Serão realizadas investigações para ver se erros em leilões e outras ferramentas de subvenções não foram efetuados por empresas privadas", diz. (Valor Econômico)
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira (14/02) que o governo vai dar as condições "financeiras" e "tributárias" para que haja uma "grande dinamização do investimento" no país até 2014, dando a entender que novas medidas de desoneração e incentivos podem estar em estudo pela área econômica.
Mobilização - Mantega disse, após reunião com a presidente Dilma Rousseff no Conselho Político, ter sido firmada uma "grande mobilização" do governo neste sentido. "Os projetos existem, o governo dará as condições financeiras, as condições tributárias e nós vamos dar uma grande dinamização ao investimento. Não só em 2012, evidentemente, mas também na continuidade 2013 e 2014", afirmou.
Temas - De acordo com Guido Mantega, durante a reunião foram abordadas questões relativas ao "barateamento do crédito, capital de giro para as empresas grandes e pequenas, redução do custo do crédito pra o consumidor". O ministro ressaltou que "o fortalecimento do mercado interno" também é importante para a "dinamização" do investimento. (Valor Econômico)
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Em ofício encaminhado nesta segunda-feira (13/02) ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, a Ocepar e a Faep formalizaram o pedido de mudança nos prêmios dos leilões realizados por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na modalidade Prêmio de Escoamento do Produto (PEP). O mesmo documento foi enviado aos secretários executivo e de Política Agrícola do Mapa, José Carlos Vaz, e Caio da Rocha, respectivamente. Nele, as entidades ressaltam a necessidade de retomada dos valores dos prêmios estipulados no primeiro leilão ocorrido este ano, no dia 20 de janeiro, para dar maior liquidez à comercialização já que, em relação ao último pregão, foi registrada uma queda significativa nos valores, o que se refletiu na baixa comercialização do cereal paranaense. Das 125 mil toneladas de trigo do Paraná ofertadas no último leilão, realizado dia 10 de fevereiro, apenas 50,5 mil foram arrematadas. Ao todo, o governo já promoveu seis leilões de PEP e Pepro (Prêmio de Equalização Pago ao Produtor) para escoar a safra atual do cereal, que resultaram na venda de 556 mil toneladas de trigo paranaense, ou seja, 22% da produção.
Valores - No primeiro leilão de 2012, o prêmio de abertura para o lote de PEP com maior volume ofertado foi de R$ 168,40 por tonelada. No leilão do dia 10 de fevereiro, ele foi reduzido para R$ 127,60 por tonelada, ou seja, 24,2% a menos. Em outro lote, o prêmio reduziu de R$ 53,10 para R$ 13,60 por tonelada, o que representa uma queda de 74%. "Vale ressaltar que, no atual momento, os preços dos fretes estão aumentando devido à colheita e escoamento da safra de verão. Além disso, desde o início dos leilões, os preços médios pagos ao produtor se mantiveram abaixo dos preços mínimos. Por exemplo, em novembro de 2011 o preço médio era de R$ 24,23 a saca e em janeiro e fevereiro deste ano o valor reduziu para R$23,35 a saca, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura", destacaram as duas entidades no ofício.
Quantidade - No documento, a Ocepar e a Faep também solicitam que a quantidade de trigo ofertada nos leilões seja proporcional à participação das unidades da federação na produção nacional. O Paraná colheu nesta safra 2,5 milhões de toneladas, o que correspondeu a 43,1 % das 5,8 milhões de toneladas produzidas em todo o País no último ciclo. Nesta safra, o Estado figurou como o segundo maior produtor brasileiro de cereal, logo após o Rio Grande do Sul.
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Um antídoto para o desânimo que contamina os produtores de trigo do Paraná vem sendo formulado pelas cooperativas. Dois novos moinhos vão entrar em operação. Um em Cascavel, em julho, e outro nos Campos Gerais (possivelmente em Ponta Grossa), em 2013. As duas plantas poderão processar, juntas, 240 mil toneladas de grão - 9,5% da produção estadual ou 4% da nacional.
Safra - Na safra passada, o Paraná limitou o cultivo a 1 milhão de hectares (área 10% menor que a de 2010), enquanto o Rio Grande do Sul, onde os produtores não têm opção de plantar a segunda safra de milho, seguiu caminho inverso, plantando 868 mil hectares (+9,4%), conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mesmo no Paraná, faltam compradores. A comercialização só voltou a andar no último mês com a intervenção dos leilões do governo.
Produtor - "Pela primeira vez, vou parar com o trigo [em 2012]", afirma Emerson Penachiotti, triticultor de Floresta (Centro-Oeste), que cultivava de 40 a 60 hectares. Além de ter enfrentado perdas de mais de 30%, ele ainda não conseguiu vender a produção do ano passado. Em sua avaliação, além de os preços entre R$ 23 e R$ 28 serem desanimadores, não vale a pena produzir porque o mercado regional é muito fraco.
Julho - A Coopavel confirma para julho a inauguração de um moinho de R$ 43 milhões que vai industrializar 120 mil toneladas de trigo por ano. A meta é facilitar o escoamento da produção e também estimular o plantio, que caiu de 60 mil para 35 mil hectares em quatro anos na área de abrangência da cooperativa. "Devemos ao menos voltar a produzir 130 mil toneladas [o dobro do volume atual], até para alimentar o moinho", afirma o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.
Campos Gerais - A Batavo articula com a Castrolanda e a Capal a construção de um moinho que receba a produção dos Campos Gerais. A indústria deverá processar 120 mil toneladas, ante uma colheita que chega a 130 mil na região. Os equipamentos começam a ser comprados em julho. O investimento deve ser de R$ 30 milhões, incluindo um armazém de 50 mil toneladas, que garantiria estoques na entressafra. Sem essa estrutura de armazenagem, a região continuaria tendo de vender a maior parte da safra na colheita e de importar grandes volumes no verão para viabilizar o negócio.
Liquidez - A ideia nos Campos Gerais também é resolver a falta de liquidez enfrentada todo ano, afirma Antonio Carlos Campos, gerente-geral da Batavo. Não há promessa de que o moinho vá pagar mais pelo trigo dos cooperados. "Não esperamos preço acima de mercado. Mas se o moinho der lucro, seremos indiretamente beneficiados", avalia o agricultor Richard Dijkstra, cooperado da Batavo.
Menos riscos - A Coamo - maior cooperativa de produção de grãos da América Latina, com sede em Campo Mourão (Centro-Oeste do estado) - avalia que o trigo merece espaço para que os agricultores não se exponham cada vez mais unicamente aos riscos do milho de inverno. O presidente da cooperativa, Aroldo Gallassini, acredita que o trigo, com demanda interna duas vezes maior que a produção, pode ser mais valorizado a medida em que o país for resolvendo seus gargalos logísticos.
Região tradicional - O desinteresse se expressa inclusive em regiões tradicionais no cultivo do trigo, como a área de atuação da cooperativa Agrária, que tem sede em Entre Rios, em Guarapuava (Centro do estado) e opera um moinho há meio século. A área de trigo chegou a 31 mil hectares em 2008 e, desde então, vem caindo ano a ano. A previsão é que sejam plantados 24 mil hectares em 2012, 23% a menos. "Se liberássemos a área de cevada (atualmente com teto em 29 mil hectares), a do trigo ficaria ainda menor", observa o agrônomo Leandro Bren. O moinho da Agrária vem processando de 128 mil a 148 mil toneladas de trigo ao ano. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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Os resultados obtidos em 2011 pela Uniodonto Curitiba foram apresentados na noite desta segunda-feira (13/02) durante Assembleia Geral Ordinária (AGO) ocorrida no auditório da Ocepar, na capital do Estado, com a presença de 97 cooperados. "A assembleia foi realizada com a participação bastante ativa dos presentes", salientou o analista econômico e financeiro, Devair Mem, que na oportunidade representou o Sistema Ocepar. Um dos destaques do ano passado foi o crescimento do número de usuários da cooperativa odontológica. Houve o ingresso de mais de 30 mil novos beneficiários, elevando para mais de 333 mil a quantidade total de pessoas atendidas pelos 935 cooperados da Uniodono Curitiba. A cooperativa também registrou aumento de 26,6% em ativos e de 33,11% no patrimônio líquido. Já as receitas registraram expansão de 30,58% em 2011. As sobras à disposição da AGO totalizaram R$ 1,4 milhão.
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As cooperativas de crédito brasileiras têm até o fim de abril para realizar as Assembleias Gerais Ordinárias (AGOs). A determinação legal é uma forma de acompanhar a prestação de contas e ver a evolução do setor. Para auxiliar nesse processo, o Banco Central do Brasil (BC) enviou, no último dia 6 de fevereiro, um ofício às instituições financeiras, que indica o Manual de Organização do Sistema Financeiro (Sisorf) como fonte de consulta sobre eleição e reforma estatutária no órgão.
Convergente - "O reforço de orientação que o BC está fazendo para as AGOs é convergente com os interesses do cooperativismo de crédito, uma vez que pretende otimizar e racionalizar os processos, dando maior dinâmica e reduzindo esforços de retrabalhos", reforça o gerente do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Silvio Giusti.
Contribuição - "Para nós, é uma forma de contribuir com o setor, que possui representatividade expressiva no sistema financeiro nacional", afirmou o chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro do BC. Segundo Rocha, o descumprimento dos procedimentos necessários acarreta a interrupção da análise e a necessidade de envio de carta de exigências para regularização de pendências. "Queremos evitar que isso aconteça, para não ser necessário postergar a conclusão do processo", ressaltou.
Outros itens - O documento trata, ainda, de outros itens importantes, como a necessidade de realizar a AGO no mínimo dez dias após a divulgação das demonstrações contábeis do exercício. E mais: os pontos aprovados pelos cooperados que independem de aprovação não precisam ser encaminhados ao BC. "Trata-se de um alerta bastante útil sobre pontos a serem observados, de forma a evitar que registros tenham de ser refeitos", disse Giusti.
Saiba mais - A Assembleia Geral é o órgão supremo da sociedade cooperativa, que retrata as decisões de interesse do quadro social. O ofício, expedido pelo Departamento de Organização do Sistema Financeiro (Deorf) do Banco Central e dirigido às cooperativas centrais e independentes, pode ser conferido na íntegra aqui. (Informe OCB)
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O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) apoia as cidades que investem na recuperação de Áreas de Proteção Permanente (APP), reserva legal e mata ciliar. Os municípios firmam parcerias com o órgão ambiental, agricultores e cooperativas para garantir a recuperação e conservação das áreas protegidas por lei e fundamentais para a manutenção dos ecossistemas locais.
Noroeste - Na semana passada, o presidente do instituto, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, visitou cidades do Noroeste que realizam esse trabalho. Como Paraíso do Norte, a primeira da região com 100% de suas APPs cobertas e devidamente reflorestadas. Para isso, a prefeitura firmou uma parceria com a Cooperativa Agrícola Regional de Produtores de Cana (Coopcana), que forneceu o apoio logístico e financeiro para a realização do projeto. O IAP contribui com o conhecimento técnico para a recomposição de matas nativas, além de realizar ações de fiscalização e fornecer mudas e sementes para o reflorestamento.
Objetivo comum - A diretora de meio ambiente da cooperativa, Bruna Vizzoto, conta que a parceria com o município começou em junho de 2011. "Sempre buscamos formas de amenizar os impactos ambientais que as nossas atividades causam para a região. Temos um objetivo comum com a prefeitura, que é plantar 1 milhão de mudas com o acompanhamento técnico de irrigação e poda. Isso garante que o plantio seja efetivo", diz.
Iniciativa - Para o presidente do IAP, iniciativas do gênero devem sempre ser reconhecidas e usadas como exemplo para os demais municípios. "Não só Paraíso do Norte se beneficia com essa atitude, mas também todos os outros vizinhos. As áreas reflorestadas, além de garantir mais empregos para a região, também contribuem para que desastres naturais, como o assoreamento de rios, não aconteçam", afirma.
Comafem - Mossato Pinto também participou da reunião do Consórcio Municipal da APA Federal (Comafen) para explicar a retabulação do repasse do ICMS Ecológico e tirar outras dúvidas de prefeitos e secretários de meio ambiente. Em 2011, foi repassado aos oito municípios que compõem o consórcio cerca de R$ 1,3 milhão do imposto.
Tabulação - Durante o encontro, o presidente explicou que a tabulação de repasse do ICMS Ecológico não foi revista por muito tempo - e, por isso, está desatualizada. "Com o passar dos anos, foram criadas outras áreas de proteção ao meio ambiente e algumas deixaram de prestar o serviço que prestavam para a conservação e educação ambiental. Por isso, consideramos que o repasse está sendo injusto para muitos municípios", afirmou.
Lixões - Também foi pauta da reunião o encerramento das atividades em lixões e construção de novos aterros sanitários. Os municípios deve se adequar, até 2014, para o encerramento dos lixões em todo País. O IAP recomenda a adesão a consórcios intermunicipais, para que aterros bem administrados se tornem viáveis.
Alternativa - "O consórcio é uma alternativa viável para a região, pois temos muitos municípios pequenos que não possuem grande receita, e sabemos que aterros custam caro. Além disso, quando as prefeituras se unem para utilizar apenas uma área para a destinação de resíduo, menos áreas são afetadas", explica o chefe regional do instituto em Paranavaí, Mauro Braga. (AEN)
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Novos frigoríficos brasileiros serão habilitados a exportar carne bovina, suína e de aves para a China. A ampliação do comércio bilateral foi anunciada pelos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, e Zhi Shuping, da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena, da China. O anúncio ocorreu durante a 2ª Reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), realizada em Brasília, nesta segunda-feira (13/02). O vice-presidente da República, Michel Temer, chefiou a delegação brasileira, e o vice-primeiro Ministro da China, Wang Qishan, a delegação chinesa.
Balanço - Ao término das atividades, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, fez um balanço dos resultados obtidos com a visita da comitiva chinesa ao Brasil. Entre eles, Mendes Ribeiro destacou, como um dos principais avanços, o comprometimento do governo chinês em acelerar e finalizar o processo de habilitação de novos frigoríficos para exportar carne suína, de aves e bovina para aquele país. Na ocasião, também se tratou da ampliação das áreas autorizadas a exportar tabaco e da autorização para exportação de milho.
Mecanismo eficaz - "Nos últimos dois anos estabeleceu-se, por meio da Cosban, um mecanismo eficaz de cooperação Brasil-China nas áreas sanitária e fitossanitária, com avanços e progressos para ambos os países", destacou o ministro Mendes Ribeiro. Segundo ele, os governos dos dois países querem reforçar cada vez mais a cooperação e estão todos prontos para resolver, por meio de consultas, os problemas relacionados à inspeção, que impeçam o comércio bilateral de alimentos e produtos agrícolas. O ministro informou, ainda, que a partir dos entendimentos alcançados durante a Cosban, os dois governos vão aprofundar a implementação do plano decenal Brasil-China, aprovado em 2010 O plano engloba ações a serem anunciadas durante visita do Primeiro-Ministro da China ao Brasil, prevista para o próximo mês de junho. Para dar sequência às negociações, Mendes Ribeiro Filho estuda a possibilidade de ir a Pequim no final de março.
Carne suína - O Mapa espera que 15 novos estabelecimentos de suínos sejam autorizados a exportar para a China ainda no primeiro semestre de 2012. O serviço de inspeção veterinário chinês está analisando a documentação e vai decidir se aprova esses estabelecimentos com base na análise dos relatórios de ações, que deve ser concluída até junho de 2012. Além disso, a autoridade sanitária chinesa deverá realizar visita in loco a dez desses estabelecimentos.
Carne bovina e de aves - O serviço veterinário chinês comprometeu-se, também, a acelerar a revisão de documentos para habilitação de mais nove estabelecimentos para exportar carne bovina ao país asiático. Além disso, governo do país asiático recebeu 47 questionários de estabelecimentos avícolas brasileiros, que estão em fase de análise. A autoridade sanitária chinesa vai organizar missões de inspeção a esses estabelecimentos de aves até o próximo mês de abril.
Tabaco - Requisitos fitossanitários para a exportação de folhas de tabaco para a China também foram discutidos. O governo chinês está finalizando o processo de habilitação dos estados da Bahia e Alagoas, o que deve ser feito após o serviço fitossanitário daquele país verificar alguns procedimentos legais que faltam para fechar a negociação. Finalizada essa etapa, a documentação para habilitação dos estados de Santa Catarina e Paraná também será analisada.
Milho - A abertura do mercado chinês para o milho brasileiro também foi discutida. O governo chinês vai enviar uma equipe de especialistas ao Brasil, em março próximo, para realizar visitas nas áreas de produção de milho. Dessa forma, os chineses pretendem agilizar e concluir a análise de risco do cereal brasileiro.
Saiba mais - Principal destino das exportações brasileiras do Agronegócio, a China foi responsável por mais de 17% do total exportado pelo Brasil em 2011, somando US$ 16,5 bilhões. O valor supera em 50% a receita de 2010, quando as vendas para aquele país totalizaram US$ 11 bilhões. Os principais produtos exportados em 2011 foram soja em grãos (US$ 10,9 bilhões), celulose (US$ 1,3 bilhão) e açúcar (US$ 1,21 bilhão). Esses produtos representaram, em conjunto, 81,6% do total das exportações do agronegócio para o país.
A Cosban - A Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) é o mecanismo permanente de alto nível entre os governos do Brasil e da China. A estrutura é composta por onze Subcomissões, responsáveis pela discussão de assuntos ligados à área política; econômico-comercial; econômico-financeiro; de inspeção e quarentena; de agricultura; de energia e mineração; de ciência, tecnologia e inovação; espacial; de indústria e tecnologia da informação; cultural, e educacional. (Mapa)
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Classificadas como "sem fundamento" e "mal embasadas tecnicamente" pelo governo brasileiro, as tarifas antidumping aplicadas pela África do Sul sobre as importações de carne de frango do Brasil poderão significar uma perda anual de US$ 70 milhões aos exportadores nacionais, conforme cálculos divulgados ontem pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef). A África do Sul é o 7º principal mercado para o produto brasileiro. Em 2011, as exportações para o país somaram 195 mil toneladas, ou 4,9% do volume total.
Tarifa - Na sexta-feira (10/02), a Comissão de Administração de Comércio Internacional da África do Sul (Itac, na sigla em inglês) anunciou a decisão de impor uma tarifa de 62,92% sobre as vendas brasileiras de frango inteiro e de 46,59% sobre os cortes desossados. As sobretaxas somam-se às tarifas normais de importação (5% para o frango inteiro e 27% para os cortes desossados). As medidas já estão em vigor e afetam contêineres já embarcados. A sanção vale até 10 agosto e é prorrogável por mais três meses.
Diferenciada - Como a catarinense Aurora colaborou com as investigações, o órgão sul-africano anunciou uma tarifa diferenciada (6,26%) para as exportações de cortes desossados da central de cooperativas. O Valor apurou, no entanto, que a menor alíquota para a Aurora decorre dos baixos volumes enviados ao país, já que empresas como Seara, da Marfrig, e BRF - Brasil Foods também responderam aos questionamentos sul-africanos e não tiveram quaisquer vantagens.
Defesa - "A defesa feita pela BRF foi completamente desconsiderada", afirmou o presidente da Ubabef, Francisco Turra. Segundo ele, a decisão do país africano é "completamente descabida", a começar pelo próprio relatório preliminar de investigações divulgado ontem. "Os dados dos preços estão incorretos e englobam carcaças, que tem preço menor", explicou o dirigente, que tem até 2 de março para contestar a Itac.
Explicações - O governo brasileiro já decidiu cobrar explicações do governo sul-africano no comitê antidumping da Organização Mundial do Comércio (OMC), que se reúne em abril. O passo seguinte, se não houver reversão da medida, pode ser uma queixa formal ao Órgão de Solução de Controvérsias da OMC. "Contamos com a reação do governo brasileiro", cobrou Turra, preocupado com o efeito multiplicador da medida e com a imagem do setor.
Outras medidas - "É um relatório [o da sul-africana Itac] de fato bastante ruim, e o governo brasileiro avalia que outras medidas podem ser adotadas para evitar prejuízo ao setor", disse a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, que acompanhou o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, a duas reuniões com o ministro sul-africano de Comércio, Rob Davies, nas quais o tema foi discutido.
Inconsistências - O chefe do departamento de Defesa Comercial, Felipe Hees, também tentou mostrar as "inconsistências" do processo antidumping contra o frango em reuniões com os sul-africanos - parceiros do Brasil, com a Índia, no grupo de países emergentes conhecido como Ibas. "Já desde o início a investigação sul-africana nos chamou atenção", disse Tatiana. "Motivou um documento extenso apontando vários aspectos na abertura da investigação que precisariam ser considerados pelos sul-africanos e não foram".
Cautela - Embora já se fale no governo na abertura de um caso contra a África do Sul na OMC, Tatiana Prazeres é cautelosa. "A opção não é nossa, é das empresas, e não está descartada", disse. "O recurso à comissão antidumping é uma declaração pública de que o Brasil pretende seguir adiante". Decidida a seguir esse caminho, a Ubabef informou que municiará o governo brasileiro com uma análise a ser elaborada por Ana Caetano, advogada da BRF, e Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior do MDIC.
Dados - De acordo com Ricardo Santin, diretor de mercados da Ubabef, o relatório preliminar da Itac, que utilizou dados de 2010, aplicou a medida antidumping sobre um volume que representa apenas 3% importações sul-africanas - 7 mil toneladas de frango inteiro e 18 mil toneladas de cortes desossados. "Como 3% poderiam causar grandes prejuízos aos produtores locais?", indagou. Além disso, diz, a própria produção de frango do país africano cresceu nos últimos anos. Os sul-africanos importaram apenas 16% do frango consumido em 2010, ante 20% quatro anos antes, revelou. O Brasil responde por cerca de 70% do volume que a África do Sul importa. "A importação é apenas complementar", argumentou Santin.
Investigação - Há cerca de três anos, a Associação Sul-africana de Aves (Sapa, na sigla em inglês) cobrava medidas contra os exportadores do Brasil, acusados de competição desleal. Os pleitos culminaram na abertura de uma investigação em junho de 2011. Segundo Francisco Turra, os produtores sul-africanos perderam competitividade diante da maior fiscalização das autoridades locais contra o excesso de água no frango, o que explicaria a campanha contra o produto importado. Medidas semelhantes, conta, foram tomadas contra os exportadores dos Estados Unidos e tem a Argentina e a União Europeia como próximos alvos. "Essa denúncia tem cunho político. Eles temem a concorrência do produto brasileiro", assegurou Turra.
Dificuldades - Uma fonte do Ministério da Agricultura - que não se posicionou oficialmente sobre o assunto - afirmou que a medida já era esperada, tendo em vista o processo aberto em junho. Mesmo com falhas, diz a fonte, o governo terá dificuldades em resolver o problema. (Valor Econômico)