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CLIMA: Fevereiro chega com pouca chuva e temperaturas altas no Paraná

CLIMA: Fevereiro chega com pouca chuva e temperaturas altas no Paraná

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O forte calor que marcou o início do mês de fevereiro deve continuar nos próximos dias. Segundo o meteorologista do INMET/Mapa, Luiz Renato Lazinski, a onda de calor que cobre o centro-sul do Brasil deve se prolongar pelos dez primeiros dias deste mês, elevando os termômetros durante o dia e trazendo noites muito quentes, com mínimas acima dos 23 a 25°C nas áreas mais a Oeste do Estado. "Teremos pouca chuva neste início de mês. Se ocorrerem precipitações, devem ser aquelas pancadas isoladas de final de tarde, com grande chance de virem acompanhadas de trovoadas, ventania e granizo, mas como falei devem ser muito isoladas. Atmosfera está muito instável, mas não tem umidade", disse.

 

Distribuição segue irregular - Lazinski lembrou que as precipitações ocorridas em janeiro apresentaram dois padrões diferentes no Paraná: as áreas mais a Leste foram beneficiadas com volumes maiores de precipitação, enquanto nas áreas mais a Oeste as chuvas ainda continuaram muito abaixo do normal para a época do ano. Segundo ele, o regime de chuvas seguir o mesmo padrão dos últimos meses, com uma distribuição muito irregular e volumes abaixo da média em todo o Estado. As áreas mais afetadas pela estiagem concentram-se no Sudoeste, Oeste e parte do Norte do Estado, onde a disponibilidade hídrica do solo continua, a exemplo de dezembro, muito baixa, comprometendo o desenvolvimento e a produtividade das lavouras nestas regiões. Já nas áreas mais central e leste, de Guarapuava, Campos Gerais em direção ao litoral, a situação é bem melhor, as chuvas nestas áreas, apesar de ainda estarem abaixo da média, foram melhor distribuídas e com volumes maiores comparados  com o restante do Estado e consequentemente, as lavouras tem apresentado um melhor desenvolvimento.

 

Calor e frio - As temperaturas continuam com o mesmo padrão dos últimos meses, apesar de estarem dentro da média para janeiro, observamos que os extremos continuam se acentuando, ondas de calor seguidas de quedas bruscas de temperatura. As observações de temperatura das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, continuam mostrando que o resfriamento daquelas águas persistiram ao longo de janeiro, principalmente no Oceano Pacífico Oeste e costa do Peru, com anomalias negativas variando entre -01° e -03°C, conforme podemos observar na figura 01. Este padrão indica a continuidade do fenômeno climático "La Nina", porém, já se observa uma pequena diminuição na sua intensidade. Os prognósticos dos modelos climáticos globais, continuam com a tendência de continuidade do "La Nina", pelo menos até maio deste ano, com uma diminuição gradual de sua intensidade ao longo dos próximos meses, esta tendência, pode ser observada na figura 02.

 

Influência continua - Mesmo diminuindo sua intensidade, o "La Nina" ainda continuará influenciando o  clima nos próximos meses. Para o Paraná e centro-sul do Brasil e da América do Sul, as precipitações devem continuar com este padrão de distribuição muito irregular e com volumes abaixo da média para a época do ano, porém, os próximos meses não devem apresentar períodos tão longos de estiagem, como os observados nos últimos meses. A tendência é que o intervalo entre uma chuva e outra, devei diminuir gradativamente. Como observado em janeiro, os volumes maiores de precipitação devem se concentrar mais ao leste do sul do Brasil, nas áreas mais a oeste as chuvas devem continuar muito irregulares e com volumes menores. Continuamos ressaltando, que a ocorrência de granizo neste ano é maior que em anos normais.

 

Massas de ar frio - As temperaturas não mudam muito do padrão observado nos últimos meses, apesar de apresentarem valores próximos à média, os extremos devem continuar se acentuando, ondas de calor intercaladas com a entrada de massas de ar frio, que devem causar quedas bruscas de temperatura. O início de fevereiro deve ser marcado por uma onda longa de calor, principalmente as temperaturas mínimas devem apresentar valores muito altos para a época do ano, ou seja, teremos noites muito quentes neste início de fevereiro.

 

 

        

Figura 01 - Anomalia da temp. da superfície do mar, semana de  22.01.2012 a  28.01.2012. (Fonte: CPC/NOAA).

 

 Figura 02 - Prognóstico da anomalia da temperatura da superfície do mar. (fonte: CPC/NOAA).

EXPORTAÇÃO: Stephanes alerta para risco de paralisação nas vendas para Argentina

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O ex-ministro da Agricultura, deputado federal Reinhold Stephanes (PSD/PR), alerta para o risco de interrupção no embarque de produtos agropecuários para a Argentina, principalmente a carne suína. A interrupção pode ocorrer devido à suspensão das licenças automáticas de importação e o aumento da burocracia adotados pelo governo argentino a partir desta quinta-feira (01/02).  Stephanes teme que as novas medidas impostas pelo governo possam aumentar o tempo de embarque dos produtos, já que as providências a serem adotadas pelos exportadores vão desde a apresentação de declaração juramentada junto à Receita Federal até o envio de e-mail à Secretaria de Comércio Exterior com pedido de liberação e planejamento de exportação para cada operação de compra.

 

Negociação - Para o ex-ministro, a suinocultura, principalmente do Paraná e de Santa Catarina, pode ser prejudicada pelas medidas, já que o setor tem uma dinâmica diferenciada, devido à natureza da atividade. "O alto custo da armazenagem, por exemplo, é um fator que pode inviabilizar a operação", pondera. Stephanes ressalta que cabe ao governo brasileiro negociar a situação com a Argentina para encontrar uma saída. No momento, o Ministério da Indústria e Comércio Exterior desconhece quais os setores serão alcançados pelas medidas e, na semana que vem, a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, deve ir a Buenos Aires tratar do assunto. Segundo o deputado, o Brasil importa produtos de peso na economia agentina, como leite, vinho e trigo, o que dá margem para que se adote uma posição de reciprocidade na relação comercial entre os dois países. 
 
Mercado - A Argentina é o terceiro principal destino das exportações brasileiras. No ano passado, o mercado argentino respondeu por 8,1% do volume das exportações de carne suína, ficando em quarto lugar no ranking de países. O volume médio mensal exportado para o mercado argentino ao longo do ano passado foi de 3.464 toneladas, com faturamento médio de US$ 10,7 milhões. No total, as exportações para Argentina no ano passado atingiram em volume 41.578 toneladas (aumento de 18,2%) e em valor US$ 129 milhões (mais 28%). (Imprensa parlamentar)

TRIGO: Produção está comprometida na Europa por conta do frio intenso

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O frio intenso e considerado "anormal" está castigando as lavouras de trigo no Leste Europeu. Na Ucrânia, as condições climáticas já estão causando a morte de 33% das plantações, que estão cobertas de neve. As informações são do Commodity Weather Group. Essa onda de frio, que já até provocou mais de 60 mortes na Europa, está impulsionando os preços do cereal, que já registraram aumento na União Europeia e também na Bolsa de Chicago. Na noite passada, as temperaturas chegaram a patamares negativos e esse padrão deverá se manter por mais pelo menos duas noites. Na Rússia, as perdas na produção de trigo já são estimadas em 15% da produção. Países como a França e a Polônia também devem registrar prejuízos por conta desse frio intenso. Na noite passada, em uma cidade siberiana, a temperatura chegou a -34°C. (Só Notícias)

SOJA: Bom humor nos mercados eleva preço da soja em Chicago

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As cotações da soja subiram na Bolsa de Chicago, ontem, sustentadas pela redução da safra na América do Sul e influenciadas pelo bom humor no mercado financeiro internacional. Ali, os preços dos ativos subiram após bons indicadores de produção industrial na China, Estados Unidos e Zona do Euro. O contrato março avançou 1,36%, para US$ 12,1525 por bushel.

Estimativas menores - A Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove) reduziu sua estimativa de produção de soja no País na safra 2011/12 para 71,9 milhões de toneladas, ante 74,6 milhões de toneladas previstas em dezembro. O motivo foi o clima seco que reduziu a produtividade das lavouras no Sul. Em outra frente, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que as exportações brasileiras da oleaginosa saltaram 385% em janeiro, para 1,01 milhão de toneladas, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Nova York - Na Bolsa de Nova York, os preços do açúcar atingiram mínimas de três semanas ao fecharem em 23,50 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 0,2% no contrato março. Os números divulgados pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) não afetaram o mercado. A entidade informou que as usinas da região Centro-Sul do Brasil processaram 492,70 milhões de toneladas de cana do início da safra 2011/12 (em abril passado) até 16 de janeiro, queda de 11,5% ante o mesmo período da safra anterior. Já o café arábica fechou com queda de 0,44%, a 214,10 centavos de dólar por libra-peso, menor valor desde 18 de dezembro. (O Estado de São Paulo)

FALECIMENTO: Presidente em exercício e ministros dão adeus a Micheletto

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COODETEC: Novo portfólio é uma das novidades para o Show Rural

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Inovação. Para a Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola - Coodetec esta é a palavra do momento. De mãos dadas com o agricultor, a Cooperativa investe em pesquisa e, seguindo orientações de quem produz, está inovando o portfólio. A Coodetec foi pioneira, arriscou, perdeu algumas batalhas e ganhou outras, tudo isso com espírito corajoso e com determinação. Este fato garantiu a inovação das sementes CD. As mudanças já estão presentes no campo. No Show Rural Coopavel, de 06 a 10 de fevereiro, o visitante que passar pelo espaço Coodetec conhecerá a nova linha de produtos CD e perceberá as transformações das linhas de pesquisa.

 

Novidades - "Neste ano, a nova geração de cultivares e híbridos, lançados pela Cooperativa, ganharam novo nome. Essa mudança traz, além da nova nomenclatura, mais tecnologia e atende as atuais demandas do agricultor", destacou o diretor executivo da Coodetec, Ivo Carraro. A sigla CD permanece e agora há uma combinação de quatro dígitos, sendo que, o primeiro número continua 1 para trigo, 2 para soja e 3 para milho. O restante dos números corresponde às particularidades de cada semente. Um exemplo: CD 2585RR (CD = Coodetec; 2 = soja; 5.8 = grupo de maturação; 5 = número aleatório).

 

Cultivares e híbridos - Durante o Show Rural Coopavel, a Coodetec apresentará as variedades de soja de melhor adaptação para a região Sul do Brasil e Paraguai. "Temos soja de plantio antecipado, com diversidade de ciclo, crescimento indeterminado, tolerância a nematoides e doenças", informou o gerente comercial Sul, Marcelo da Costa Rodrigues. Entre as tecnologias transgênicas disponíveis em 2012, o produtor conhecerá, de 06 a 10 de fevereiro, a cultivar CD 2585RR, de ciclo superprecoce, crescimento indeterminado e altamente resistente ao acamamento, indicada para as regiões altas e frias. Também serão apresentadas as cultivares CD 2630RR (precoce) e CD 2737RR (semiprecoce), ambas indeterminadas, permitem antecipação da semeadura, viabilizando o plantio de milho safrinha. Além disso, os sojicultores terão a oportunidade de conhecer a versão RR das cultivares CD 202 e CD 215. Estas duas variedades são conhecidas do produtor, porém, agora transformadas, garantirão maior facilidade no manejo de plantas daninhas.

 

Milho - De acordo com Rodrigues, para quem produz milho, serão apresentados híbridos superprecoces, de alto potencial produtivo, tolerância ao acamamento, com sanidade foliar e de grão. "Nas parcelas de milho da Coodetec, os visitantes terão acesso aos destaques de rendimento nos ensaios da safrinha 2011: CD 3501Hx e CD 3464Hx. O primeiro exige nível de tecnologia mais avançado na lavoura, enquanto que o segundo requer tecnologia média." Os dois híbridos possuem como principais características sanidade, tolerância ao acamamento e qualidade de grãos, tendo ainda proteção contra lagartas. Além dos lançamentos 2012, a Coodetec apresentará dois híbridos pré-comerciais, ambos transgênicos. "É a nova fase do portfólio Coodetec. Estamos aqui para reforçar a pesquisa nacional e garantir ao produtor as melhores opções para a sua lavoura, com padrão global. Nossa pesquisa trabalha constantemente na busca pela melhor, mais produtiva e consequentemente, mais rentável semente para o campo", declarou Carraro.

 

 

Sobre a Coodetec - A Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola - Coodetec é uma empresa que pertence a 185 mil agricultores filiados a 33 cooperativas no Brasil, que juntas somam um faturamento anual de R$ 25 bilhões. Os produtores, além de contar com um fluxo contínuo de produtos e tecnologias de ponta, têm a oportunidade de apontar suas demandas para definição das linhas de pesquisa. O aumento do potencial produtivo das cultivares de trigo e soja, e dos híbridos de milho da Coodetec, safra após safra, se deve aos trabalhos de pesquisa e melhoramento genético, desenvolvidos para cada região produtora do Brasil e Paraguai, de forma específica. A sede da Coodetec fica na cidade de Cascavel, no Oeste paranaense, onde funciona uma rede complexa de ensaios e um departamento de pesquisa estruturado, com modernos laboratórios de melhoramento genético, biotecnologia, fitopatologia, qualidade de sementes e solos. Outros Centros de Pesquisa da Coodetec estão localizados em Palotina/PR, Goioerê/PR, Rio Verde/GO e Primavera do Leste/MT. (Imprensa Coodetec)

COCAMAR: Meta é faturar R$ 2,230 bilhões este ano

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COAMO I: Novo escritório é inaugurado na unidade de Bragantina

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FRIMESA: Novos sabores de doce de leite

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O ano começou com novidades na Frimesa. Disposta a ampliar sua participação no varejo, a Frimesa lançou na segunda quinzena de janeiro três novos sabores de Doce de Leite: Café, Maracujá e Morango, em embalagem de 400g, caixa com 12 unidades. Somados aos seis sabores existentes - tradicional, light, coco, chocolate, ameixa e brigadeiro, a Frimesa tem a linha mais completa de doce de leite do mercado.  Os doces de leite Frimesa possuem um grande diferencial: pois em sua composição não há adição de amido, proporcionando ao consumidor um alimento com melhor sabor e manuseio. (Imprensa Frimesa)

MEIO AMBIENTE I: Cartilha orienta financiamento para o Plano ABC

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O Guia de Financiamento da Agricultura de Baixo Carbono foi lançado nesta terça-feira (31/01), pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA). A publicação foi produzida por meio do Projeto Agricultura de Baixo Carbono - Capacitação e será utilizada nas capacitações sobre o Plano ABC nos estados brasileiros. A cartilha possui informações sobre as práticas agrícolas sustentáveis e as regras de financiamento do Programa. O material foi produzido com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e realizado pela Embaixada Britânica.

Ajuda - Para o diretor do Departamento de Sistema de Produção e Sustentabilidade do Mapa, Carlos Magno Brandão, a publicação será um instrumento importante para o governo superar os desafios do Plano ABC. "A cartilha vai nos ajudar a vencer uma etapa importante que nós temos pela frente que é a capacitação de técnicos e produtores. O guia tem todos os subsídios para que os projetos sejam devidamente elaborados", afirma Brandão. O Presidente da Comissão de Meio Ambiente da CNA, Assuero Doca Veronez, que representou a senadora Kátia Abreu no evento, afirmou que a CNA está engajada na questão da sustentabilidade. "Tivemos, no ano passado, a menor taxa de desmatamento dos últimos 23 anos. Estamos quase atingindo a meta de reduzir em 80% as emissões de gases, desafio que foi proposto até 2020". Para Veronez, o momento transforma um aparente problema ambiental em uma oportunidade. "Ao se adaptar, o produtor poderá ter, ainda, um acréscimo de renda", completa. (Imprensa Mapa)

MEIO AMBIENTE II: Mercado de carbono pode gerar renda para os produtores rurais

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O presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Assuero Doca Veronez, afirmou nesta terça-feira (31/01), em Brasília, que o fortalecimento do mercado de carbono poderá aumentar a renda dos produtores rurais, condição fundamental para a manutenção da atividade agropecuária. Na abertura do seminário de Capacitação do Guia de Financiamento da Agricultura de Baixo Carbono, debate que é parte de um projeto desenvolvido pela CNA em parceria com a Embaixada Britânica, Veronez defendeu, ainda, o pagamento por serviços ambientais, assunto que, segundo ele, pouco avançou nas discussões do novo Código Florestal que será votado novamente na Câmara dos Deputados este ano.

Linhas oficiais - O principal objetivo do seminário, que será realizado também em Minas Gerais, Bahia e no Rio Grande do Sul, é difundir as linhas oficiais do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do Governo federal. Pesquisas prévias realizadas conjuntamente pela CNA e pela Embaixada Britânica mostram que, apesar das condições diferenciadas do programa em termos de taxa de juros e de prazos de pagamento e carência, poucos produtores buscam as linhas de crédito devido à falta de informações sobre essas linhas. "A CNA quer preparar os produtores para que eles adotem práticas mais sustentáveis, com menos emissão de Gases de Efeito Estufa (GEEs), fazendo dessas práticas uma oportunidade", afirmou.

Código Florestal - Para o presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, a adoção de práticas que permitam o aumento da produtividade com menor emissão de GEEs será possível com o novo Código Florestal, garantindo a regularização ambiental. Mesmo antes da votação final desse projeto, os produtores rurais têm contribuindo para a redução das emissões. Veronez lembrou que o desmatamento, apontado por especialistas como o grande responsável pela emissão de gases, atingiu a menor taxa anual em 23 anos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Essa queda contribui para que a meta assumida pelo Brasil na Conferência das Partes (COP) 15, de Copenhagen, na Dinamarca, de redução do desmatamento em 80%, até 2020, seja cumprida muito antes do previsto. "Esse esforço não tem sido reconhecido, mas temos que caminhar para nos adaptarmos aos novos tempos", afirmou.

Um banco, um aliado - No seminário, o diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, Clenio Severio Teribele, destacou o envolvimento da instituição com ações de sustentabilidade, afirmando que o Programa ABC será uma oportunidade para que o setor agropecuário mostrar seu compromisso com a preservação ambiental. Segundo ele, o banco liberou até agora, para o Programa ABC, R$ 250 milhões para 880 projetos. O representante do Ministério do Meio Ambiente, Luiz Antônio de Carvalho, iniciativas como o Programa ABC podem fazer com que o produtor rural faça um planejamento da sua atividade para os próximos anos, além de ajudar o Brasil a ser um importante seqüestrador de carbono em nível mundial nos próximos anos.

Setor agropecuário - Já a conselheira da Embaixada Britânica, Stephanie Al Qaq, enfatizou o papel do setor agropecuário brasileiro para superar o desafio da redução de emissão dos GEEs, não apenas para cumprir metas internacionais, mas também para garantir segurança alimentar. "O produtor rural brasileiro terá papel preponderante para assegurar o crescimento sustentável", frisou. Ela informou que hoje há um fundo internacional do clima para financiar ações que tenham por objetivo a sustentabilidade. Neste fundo, destacou, há disponíveis 2,9 bilhões de libras esterlinas. Ela disse também que, para o Brasil, já foram liberadas 10 milhões de libras para projetos que visam à redução de emissão de GEEs, entre outras finalidades. Falou, ainda, das metas de redução de emissão do Reino Unido, de 34% para 2020, e de 80% até 2050. (Imprensa CNA)

AFTOSA - Vigilância na fronteira será reforçada com mais um posto

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O trabalho de prevenção na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai contará com o apoio do Exército em mais um posto de controle - além dos seis que já estão em operação - em um ponto considerado de maior vulnerabilidade. A decisão foi tomada na última segunda-feira (30/01), durante uma reunião realizada entre autoridades federais e estaduais, em Campo Grande (MS). O encontro contou com a presença do secretário substituto de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Ênio Marques, do Diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA), Guilherme Marques, e do governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli. Também participaram representantes da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) e da Superintendência Federal de Agricultura de MS.

Avaliação - Na audiência, os participantes avaliaram as ações de vigilância que vêm sendo promovidas na divisa com o país vizinho. Eles também discutiram as estratégias adotadas na região até o momento. As medidas em andamento serão mantidas por tempo indeterminado. Os governos federal e estadual estão engajados nas operações de repressão da prática de descaminho de animais e produtos de origem animal. Todo produtor rural da faixa da fronteira que não comprovar a origem do seu rebanho - por meio de identificações individuais e saldo existente perante o Iagro - terá a propriedade interditada e os bovinos, parcial ou totalmente, destinados ao abate sanitário nos frigoríficos. Além disso, responderão a processos devido as ações tipificadas como crime no código penal, passiveis de responsabilização penal e administrativa, sob aspecto sanitário (potencial difusão de enfermidades) e tributário (sonegação fiscal).

 

Fiscalização - Desde a notificação do segundo foco de febre aftosa no Paraguai, no dia 3 de janeiro, fiscais federais agropecuários e médicos veterinários dos serviços veterinários estaduais de todo o Brasil estão atuando na faixa de fronteira internacional no trabalho de prevenção em 14 postos fixos, nove barreiras volantes e, principalmente, na vigilância em propriedades consideradas de maior risco. As ações também contam com a colaboração da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da Polícia Federal e do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) do Estado de Mato Grosso do Sul. (Imprensa Mapa)

FALECIMENTO I: Ocepar lamenta morte de Micheletto

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FALECIMENTO II: Comissão da Agricultura emite comunicado oficial

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O comunicado oficial da morte do deputado Moacir Micheletto foi feito pelo presidente da Comissão da Agricultura do Congresso Nacional, o deputado Lira Maia.

Confira a seguir:

É com muita tristeza que comunicamos o falecimento do DEPUTADO FEDERAL MOACIR MICHELETTO - PMDB/PR.

Deputado Federal no sexto mandato, membro da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, parlamentar assíduo e combativo, defensor do setor agropecuário brasileiro, digno representante do Estado do Paraná, e grande lutador pelas causas brasileiras.

Em nome deste Órgão Técnico da Câmara dos Deputados, quero externar os nossos mais profundos sentimentos de pesar, neste momento em que perdemos um grande companheiro, pai de família exemplar e amigo de todas as horas.

MOACIR MICHELETTO dedicou a sua vida às causas do campo brasileiro: engenheiro agrônomo, extensionista rural, dirigente sindical, cooperativista, agricultor. Foi presidente da Frente parlamentar da Agropecuária e da Frente Parlamentar do Cooperativismo. Ficou conhecido nacionalmente pelo seu trabalho firme e democrático à frente da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que tratou do Código Florestal.

Perdemos um batalhador, o Estado do Paraná sentirá a falta de um guerreiro, o Brasil não contará mais com a força, a fé e a perseverança de MOACIR MICHELETTO.

Ganhamos um exemplo de vida, lembraremos do amigo fiel, teremos na história o registro dos feitos e das lutas do homem, do parlamentar e do companheiro MOACIR MICHELETTO.

 

Deputado LIRA MAIA - Presidente da Comissão da Agricultura do Congresso Nacional.

MISSÃO TÉCNICA: Produtores canadenses visitam Sistema Ocepar

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Um grupo de 27 agricultores do Canadá esteve na manhã desta terça-feira (31/01), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. Além do Sistema Ocepar, os agricultores visitaram o Porto de Paranaguá, a Castrolanda e a Fundação ABC, ambas em Castro.  Depois eles seguiram viagem para o Mato Grosso, com o objetivo de conhecer grandes propriedades agrícolas. Durante a visita ao Sistema Ocepar, o analista técnico e econômico, Gilson Martins, apresentou dados econômicos do Brasil e do Paraná, falou das características da doutrina cooperativista e dos princípios e valores que norteiam sua ação, mostrou o perfil das cooperativas do Paraná e falou sobre a participação delas na economia do estado. Também explicou o papel da Ocepar na defesa dos interesses do setor, e também do Sescoop no processo de formação, capacitação, monitoramento e autogestão das cooperativas. Em seguida, o coordenador de comunicação do Sistema Ocepar, Samuel Milléo Filho apresentou os filmes que integram a campanha de valorização do cooperativismo paranaense e que estão sendo veiculadas na mídia do estado.

Impressionados - "Conseguimos ver a importância e a grandeza das cooperativas do Paraná. Isto impressionou muito. O que temos a dizer que é os paranaenses continuem apostando nesse modelo econômico que tanto tem gerado riquezas para o estado", disse o coordenador do grupo, Mike Ondrejicka.  O consultor empresarial, Nadiel Pacheco Kowalski, que conduziu o grupo pelo Brasil, também destacou a importância desse tipo de visita técnica. "Uma viagem técnica é uma experiência de vida, porque permite comparar realidades e adquirir conhecimentos", afirmou.

Paraná - O modelo cooperativista é praticado há mais de cem anos no Paraná, sendo que as cooperativas vem ampliando sua força e presença nos municípios em que estão inseridas. Divididas em ramos (agropecuário, crédito, educação, saúde, transporte, entre outros), as cooperativas paranaenses geram mais de 1 milhão e 500 mil postos de trabalho e possuem, juntas, 680 mil cooperados. Hoje mais de 2,5 milhões de paranaenses dependem das ações do cooperativismo. O setor responde por cerca de R$ 1,25 bilhão em impostos recolhidos aos governos municipal, estadual e nacional, sendo que em muitos munícipios a cooperativa é a principal empregadora e mola propulsora do desenvolvimento local, realizando ainda um efetivo trabalho na viabilização dos negócios de seus cooperados.

COMERCIALIZAÇÃO: Governo disponibiliza R$ 178 milhões para a compra de trigo

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aplicará R$ 178 milhões para a compra de até 380 mil toneladas de trigo, em fevereiro. O recurso foi aprovado pelo governo com o objetivo de contemplar a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM) para esse produto, por meio de Aquisição do Governo Federal (AGF). A decisão contempla Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, estados em que os preços estão abaixo do mínimo. Serão destinados R$ 105 milhões para a compra de 220 mil toneladas de trigo no Rio Grande do Sul, R$ 60 milhões para a aquisição de 126 mil toneladas no Paraná, e R$ 13 milhões para a compra de 25 mil toneladas em São Paulo. O ministério informa que esses números poderão ser ajustados de acordo com a demanda do mercado. Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério, Caio Rocha, por meio desse mecanismo, as distorções de preços pagos ao produtor são corrigidas para garantir o sustento da renda, além de remuneração mínima da colheita. "É a continuação do apoio do governo aos produtores de trigo desses estados", salientou Rocha. (Imprensa Mapa)

COODETEC: Cooperativa apresenta CD 202, agora com o gene RR, em Maracaju

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O agricultor de Amambaí/MS, Adilson Peixoto Costa, ficou muito feliz ao saber que a Coodetec terá, já na próxima safra, a versão RR da cultivar CD 202. "Essa foi a soja que mais colhi na minha lavoura e que permaneceu na lembrança, depois que veio a soja transgênica." A CD 202 com o gene Roundup Ready® foi um dos lançamentos da Coodetec apresentados durante o Showtec 2012, de 25 a 27 de janeiro, em Maracaju/MS. "Assim que eu voltar para minha cidade, já vou reservar sementes", disse o agricultor. O produtor de Caarapó/MS, Adriano de Pelegrin, fará o mesmo. "Eu também tive ótimos resultados no passado com essa cultivar e, agora, com a facilidade no manejo de plantas daninhas, vou voltar a plantar e ampliar os resultados." Pelegrini ainda destacou que a Coodetec deveria ter lançado antes essa cultivar. "A 202 faz muita falta no resultado final de muitos produtores."

 

A mais plantada - O imbatível potencial produtivo, a precocidade, o plantio antecipado, visando o cultivo do milho safrinha, e, principalmente, a estabilidade sem igual fizeram da CD 202 a cultivar mais plantada no Brasil e Paraguai.  Conforme o gerente comercial Sul, Marcelo da Costa Rodrigues, a versão RR vem com as mesmas características, inclusive resistência ao nematóide de galha Meloidogyne incognita. "A indicação é para solos de média e alta fertilidade." Além das demais cultivares adaptadas para o MS, a Coodetec apresentou a CD 2630RR, lançamento para a safra 2012. Essa foi a que mais chamou a atenção do produtor Gerson Maron, de Dourados/MS. "A CD 2630RR tem um visual muito bonito, é precoce, indeterminada e, além disso, permite a antecipação de semeadura. Com certeza estará na minha lavoura, na próxima safra."

 

Milho - Para quem produz milho, a Cooperativa demonstrou o potencial produtivo de seus híbridos, tanto para grão, quanto para silagem. Entre os destaques, o híbrido CD 384Hx. Os produtores que passaram pelo estande da Coodetec ainda tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas diretamente com a equipe técnica da Cooperativa.

 

Showtec - O Showtec é a maior feira de pesquisas do Estado. No espaço, de dezoito hectares, foram apresentadas novidades e alternativas para o setor produtivo. Entre maquinários e implementos agrícolas, os avanços tecnológicos mais procurados foram as variedades de soja e milho. Cerca de 8 mil pessoas visitaram a feira nos três dias.

 

Intacta RR2 Pro - A Coodetec também esteve presente, juntamente com a Monsanto, na demonstração da tecnologia Intacta RR2 Pro, que além da tolerância ao glifosato, confere resistência às principais lagartas da soja. A Intacta está aprovada no Brasil, pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Falta apenas a aprovação nos países compradores de soja, como a China e a União Européia, para iniciar a comercialização. Quando isso ocorrer, a Coodetec também lançará cultivares Intacta RR2 Pro.

O produtor de Rio Brilhante/MS, Evandro Barbosa, um dos 500 brasileiros eleito para conhecer a tecnologia, fez uma palestra no estande da Intacta. O plantio ocorreu há quatro meses e ele já percebeu algumas diferenças. "A lavoura está limpa, a quantidade de resíduos no solo é zero, o uso de maquinário também é menor. Consequentemente, teremos um custo operacional menor, além de um aumento da produtividade", afirma o produtor. (Imprensa Coodetec)

PRIMATO I: Cooperativa reúne cooperados para apresentação de resultados

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PESQUISA: Agronegócio acredita que 2012 será melhor que 2011

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A 1ª Sondagem de Expectativas para o Agronegócio, divulgada nessa segunda-feira (30/01) pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), aponta otimismo do setor para o ano de 2012: 67% dos entrevistados acham que o ano será melhor do que 2011. A pesquisa foi feita há cerca de dez dias com uma amostra de 100 pessoas ligadas à cadeia do agronegócio, sendo 55% produtores, 25% consultores e 20% fornecedores de insumos e distribuidores. O diretor técnico da SNA, Fernando Pimentel, disse que a manutenção dos preços e as condições de clima favoráveis para a safra de verão justificam o otimismo. "Salvo o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, o sul de Mato Grosso do Sul e o oeste do Paraná, basicamente o Brasil, de uma maneira geral, está produzindo muito bem. Vai ser uma safra muito boa, embora com redução de soja e milho", declarou. Ele ponderou, contudo, que os preços agrícolas estão se mantendo, permitindo que a renda no campo também se mantenha.

Otimismo - Pimentel lembrou que o governo federal já sinalizou a possibilidade de estender alguns benefícios, como renegociação e alongamento de dívidas. "Se você olhar no cômputo geral a safra brasileira, ela sinaliza um ambiente de otimismo, independentemente desses problemas de clima localizados". Eles podem trazer preocupação para safra de inverno de trigo, de aveia e milho segunda safra. "Mas, de maneira geral, os sinais são bem positivos". A infraestrutura e a logística de transporte e a comercialização são os principais obstáculos para o desenvolvimento do setor nacional, de acordo com 97% dos consultados. "Somos muito eficientes da porteira para dentro, mas nossa infraestrutura não acompanhou o ritmo de crescimento da produção", avaliou o presidente da SNA, Antonio Alvarenga. Para ele, isso prejudica a competitividade do produto brasileiro no exterior e contribui para diminuir a renda dos produtores.


Cenário internacional - Um total de 71% dos representantes da cadeia do agronegócio brasileiro demonstrou preocupação também com o cenário internacional, em especial a Europa e China, para onde são destinados, respectivamente, 25% e 17% das exportações do setor nacional. Fernando Pimentel ressaltou que em função da crise mundial, poderá ocorrer problemas na oferta de recursos para a agricultura no Brasil, "principalmente nas linhas de financiamento à exportação". Mas não será nada de grande envergadura porque as commodities agrícolas são essenciais, "principalmente as que o Brasil produz".


Bens de capital - Ele analisou que a crise vai afetar o ambiente de crédito e de consumo de bens de capital, "mas eu não vejo ninguém deixando de comer na Europa ou na China". Pimentel destacou que mesmo na crise de 2008, o produtor brasileiro não sofreu reflexos negativos. Como a agricultura trata de bens essenciais, admitiu que poderá haver um pequeno recuo na curva de crescimento das exportações de alimentos brasileiros para a União Europeia ou China, mas assegurou que "não há como abrir mão dos insumos essenciais que o Brasil produz para a alimentação". Câmbio (80%), burocracia (82%) e juros (68%) também foram apontados na sondagem entre os obstáculos ao desenvolvimento do agronegócio, superando as tradicionais reclamações do setor, entre as quais falta de crédito e de apoio do governo. A pesquisa traz como novidade a crescente preocupação do setor com a falta de mão de obra qualificada, citada por 66% dos entrevistados. (Agência Brasil)

MERCADO I: Rentabilidade à prova de seca e câmbio

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Um novo patamar de preços para soja e milho se configura no Brasil às vésperas da colheita. A alta observada nas cotações internacionais das commodities tem sido rebatida pela valorização do real diante do dólar, impedindo que os efeitos da seca na América do Sul se expressem plenamente no mercado interno. Por outro lado, conforme produtores e especialistas ouvidos pela Expedição Safra Gazeta do Povo nas últimas semanas, os preços ainda suportam com folga os custos e podem garantir margem de até 100% sobre os valores investidos na produção. Quem ficará com prejuízo são os agricultores afetados pela seca. E nessa lista vermelha estão paranaenses como Aílson Santos Maga­­lhães, de Farol (Região Centro-Oeste), que contabilizam perdas de até 80% na receita. "Mesmo acionando o seguro não vou conseguir pagar as contas. Ainda bem que fiz um caixa da safra passada. Caso contrário, não teria como seguir na atividade", conta.


Margem positiva - Apesar de o clima ter deixado feridas em importantes regiões produtoras, a temporada será de margem positiva para o Paraná, afirmam analistas. "A cotação média do dólar neste ano (R$ 1,75) está superior à do ano passado (R$1,65). Além disso, os prêmios oferecidos por exportadores devem amenizar o baixo rendimento que o produtor teve no campo", avalia Aedson Pereira, da Informa Economics FNP. Conside­­rando rendimento médio de 50 sacas por hectare, custo de produção em R$ 1,1 mil por hectare e pre­­ço de venda a R$ 43 por saca, o analista calcula que a margem de ganho na região Oeste do Paraná - uma das mais prejudicadas pela seca - será de 45%, contra 60% atingidos em 2010/11. "Os preços não estão altos quanto na fase de plantio, mas ainda estão muito acima do ano passado", complementa Luis Fer­­nando Gutierrez, da Safras e Mer­­cado, de Porto Alegre. Dados da consultoria gaúcha mostram que na temporada passada, os agricultores brasileiros venderam a safra a um preço médio de R$ 43,70 por saca de soja. Neste ano, porém, boa parte da produção foi comprometida quando os valores superaram os R$ 50 por saca.


Melhor impossível - De modo geral, o quadro da safra 2011/12 merece comemoração. O produtor Edson Zimermann, de Balsas (MA), por exemplo, contabiliza custo operacional equivalente a 1,08 mil quilos de soja por hectare (18 sacas/ha) e tende a colher mais de 3 mil quilos (50 sacas/ha). Ele segurou o custo neste patamar ao comprometer 60% da produção na fase inicial da temporada, ao preço de R$ 45 por saca. Neste ano, a cotação caiu de R$ 43 para R$ 39,5 em sua região (8%). Para não perder dinheiro, ele pretende carregar os armazéns se os preços se mantiverem nos patamares atuais na colheita. Essa estratégia tem garantido margem extra na região. No mercado físico maranhense, neste momento de entressafra, a soja vale até R$ 42 por saca, 6% a mais do que na venda para entrega em março ou abril.


Colhendo bons resultados - Quem vendeu antecipado fez a escolha certa e "vai colher bons resultados", afirma o presidente do Ceagro Grupo LosGrobo, Paulo Fachin. Mas nem todos os brasileiros adotaram essa estratégia. No estado com mais tradição em venda antecipada, Flávio Leopoldo Breitenbach, de Nova Xavantina (MT), não lidou com vendas até agora. Ele comprometeu a produção de 150 hectares de um total de 900 ha de soja na compra de insumos. Em relação a outros 500 hectares, fez contrato de prestação de serviço em que seu trabalho será remunerado com 12 sacas/ha. Na colheita, vai somar a produção dessa área com a dos 350 hectares que representam fonte de renda líquida e partir para o mercado. Apesar da queda nas cotações, mostra-se otimista. "Vai subir. Baixar não vai." (Gazeta do Povo)