Notícias representação

 

 

TRIGO: Conab retoma leilões na Região Sul e em SP

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Na próxima sexta-feira, 20 de janeiro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), retoma os leilões de prêmio de trigo para os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Serão ofertadas 360 mil toneladas (t) do grão, segundo informações anunciadas na sexta-feira (13/01), pelo secretário de Política Agrícola do Mapa, Caio Rocha.

PEP E Pepro - O governo fará leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro). No leilão de Pepro serão disponibilizadas 30 mil t, sendo 10 mil provenientes do Paraná, 10 mil toneladas do Rio Grande do Sul e outras 10 mil de São Paulo. O participante terá de comprovar a venda do produto para uma indústria moageira sediada na unidade da federação de plantio do trigo, ou a venda e o escoamento do grão para qualquer consumidor final sediado fora da unidade da federação de plantio. Já o leilão de PEP vai comercializar 110 mil toneladas do grão do Paraná, 195 mil t no Rio Grande do Sul, 20 mil t e 5 mil t, em Santa Catarina e São Paulo, respectivamente. O objetivo dos leilões é garantir o preço mínimo ao produtor, além de estimular a safra nacional e o escoamento da produção. Entre novembro e dezembro de 2011 foram realizados três leilões e comercializados 590 mil t de trigo. Este é o quarto leilão de trigo e o primeiro neste ano.

Saiba Mais

Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) - O governo concede uma subvenção econômica (prêmio) ao produtor e/ou sua cooperativa que se disponha a vender seu produto pela diferença entre o valor de referência estipulado pelo governo federal e o valor do prêmio arrematado em leilão.

Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) - O governo concede um valor à agroindústria ou cooperativa que adquire o produto pelo preço mínimo diretamente do produtor rural e o transporta para região com necessidade de abastecimento. (Ministério da Agricultura)

ESTIAGEM: Diminui rentabilidade de produtores de milho do Sul

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

As quebras de safras de milho no Sul do país, derivadas da estiagem provocada pelo La Niña, tendem a reduzir drasticamente a rentabilidade dos agricultores dos polos mais afetados neste ciclo 2011/12. Na região, a colheita começará a ganhar fôlego nas próximas semanas. Cálculos da consultoria Agrometrika divulgados pela Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), com sede no Rio, mostram que em Passo Fundo (RS) a rentabilidade poderá ser negativa em R$ 143,11 por hectare (7,1%). A conta considera produtividade de 70,5 sacas de 60 quilos por hectare, custo operacional de R$ 2.009, 95 por hectare e preço ponderado de R$ 26,48 por saca.

Margens - No fim de novembro, quando a produtividade esperada era de 107,6 kg/ha e o preço ponderado era maior (R$ 27,31/saca), a rentabilidade prevista pela Agrometrika para a região era positiva em R$ 928,61. Das praças pesquisadas, é o caso mais grave. Mas em outras áreas de Rio Grande do Sul e Paraná a redução das rentabilidades também é expressiva, embora os resultados revistos continuem positivos. Com a volta das chuvas no Sul no fim da semana passada, há tempo para recuperações de margens, como observa a própria Agrometrika. (Valor Econômico).

ESTIAGEM II: Chuva alcança 60% da área plantada de soja no RS

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A frente fria que cruzou o Rio Grande do Sul nos últimos dias trouxe alívio momentâneo para pelo menos parte das lavouras de soja, que, agora, entram em uma fase decisiva e têm maior necessidade de umidade. Até 60% da área plantada no Rio Grande do Sul recebeu alguma chuva, conclui a Somar Metereologia ao cruzar os mapas das precipitações e da distribuição da cultura. Os benefícios, entretanto, não foram uniformes, diz o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar.

- No máximo 40% desta área teve chuva com importância agronômica, ou seja, acima de 30 milímetros - diz.

Norte - Na metade norte do Estado, onde se concentra a lavoura de soja, os volumes foram mais expressivos e melhor distribuídos em regiões como Planalto Médio e Campos de Cima da Serra. No Noroeste, no entanto, choveu menos e, em alguns municípios, não caiu um pingo sequer.
- Na nossa região, com 47 municípios, em cerca de 70% caiu pelo menos 20 milímetros - relata Antônio Altíssimo, gerente adjunto do escritório regional da Emater em Ijuí.

Previsão -
Técnicos alertam que, mesmo onde choveu, seria preciso uma nova ocorrência em uma semana para estancar as perdas de produtividade. A expectativa do meteorologista Flavio Varone, do Centro Estadual de Meteorologia (CemetRS), é de que uma nova chuva significativa ocorra somente por volta do dia 25. - Deve atingir principalmente o Oeste e o Norte e chegar a áreas que continuam precisando muito de chuva - afirma.
Além das zonas com maior peso agrícola, Região Metropolitana, Serra e Litoral Norte tiveram precipitações com maior intensidade. Na Campanha, Fronteira Oeste e Zona Sul, porém, a chuva foi ínfima. (Zero Hora).

AVICULTURA: Consumo per capita de ovos aumenta 9,2% no Brasil

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

De acordo com dados fornecidos pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef), o consumo per capita de ovo no Brasil fechou 2011 em 162,5 unidades, contra 148,8 unidades do ano anterior. Segundo Adriano Verbini, gerente de relações com o mercado da entidade, o crescimento de 9,2% no consumo dessa proteína se deve, principalmente, à elevação da produção e ao aquecimento do mercado tanto no segmento de aves de corte quanto de postura.

Mercado - Agregado a isso, explica Verbini, outro fator que culminou para esse resultado foi a desmistificação de que esse alimento é nocivo à saúde. ""O mercado está crescendo. Esperamos para este ano um aquecimento do setor acima do que foi registrado em 2011"", sublinha. No ano passado, de acordo com dados fornecidos pela entidade, a produção brasileira de ovos fechou em 31,5 bilhões de unidades, 9,4% superior ao comparado com o ano anterior.

Paraná - O Paraná ficou em terceiro lugar no ranking de volume de produção, com 6,92% do total nacional. O Estado ficou somente atrás de São Paulo (35,85%) e Minas Gerais (11,45%). Verbini destaca que o Paraná é um mercado importante para o setor de ovos, principalmente no que diz respeito à movimentação interna. Mas, em sua opinião, o Estado poderia melhorar ainda mais o seu potencial produtivo se elevasse os seus índices de exportação, pois é um mercado com melhor remuneração. Hoje, 99% dos ovos produzidos no Estado são comercializados no Brasil.

Exportação - ""Os mercados emergentes, como a China e os Emirados Árabes, têm um alto potencial de consumo desse tipo de proteína e o Paraná possui grandes chances de conquistar esses clientes"". Verbini completa que para que isso aconteça, não há necessidade de aumentar a produção. O que é preciso, reforça ele, é melhor avaliar a possibilidade de aumentar as exportações de ovos, sendo essa uma questão política e não econômica.

Burocracia - Arnaldo Cortez, presidente da Associação Paranaense de Avicultura (Apavi), afirma que o mercado paranaense quer aumentar as suas exportações, mas a burocracia na obtenção de registro para poder exportar é muito grande. ""O nosso Estado possui apenas três granjas aptas a exportar"", aponta. Ele acrescenta que o volume de documentos para as granjas que queiram entrar nesse mercado é elevado e muitas delas não têm condições de atender todas as exigências.

Dificuldade - Cortez afirma que, atualmente, o mercado está desfavorável ao produtor, principalmente no que diz respeito à remuneração final. Segundo ele, com a elevação dos preços do milho, o custo de produção se elevou. Cortez afirma que uma caixa com 30 dúzias tem um custo de produção pago pelo avicultor de R$ 39. No atacado, afirma ele, essa mesma caixa está sendo vendida a R$ 38. ""Há períodos em que o produtor chega a perder R$ 5 por caixa"", completa. (Folha de Londrina).

LARANJA: Produção do Brasil depende de fungicida banido nos EUA

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O Brasil, maior exportador de suco de laranja do mundo, vai continuar dependendo do fungicida proibido nos Estados Unidos, ainda que isso coloque em risco as exportações ao mercado norte-americano, disse um pesquisador e produtor na quinta-feira (12/01). O químico carbendazim é essencial para combater a doença da pinta preta causada por fungo que atinge a laranja brasileira, e é um entre os poucos produtos eficazes que são aplicados nas plantas em esquema de rodízio, disse Geraldo José da Silva, pesquisador de doenças fúngicas da Fundecitrus.

Mercado - Os futuros do suco de laranja em Nova York subiram 11 por cento, para máximas recordes na última semana, depois de a Administração de Drogas e Alimentos (FDA) dizer que testaria todos os embarques do produto aos Estados Unidos para o fungicida, e barraria importações com qualquer nível detectável. Os preços dos futuros têm caído deste então, mas a questão continua sem solução.

Negociações - Advogados da indústria do suco do Brasil, que exporta o equivalente a mais de 2 bilhões de dólares globalmente por ano, estão em negociações com autoridades dos EUA, em busca de uma solução. E as exportações brasileiras para os norte-americanos estão em compasso de espera. Uma proibição ao suco que contenha o químico -o qual a indústria brasileira diz estar presente em quase todo o suco brasileiro, mas apenas em níveis considerados não prejudiciais à saúde- poderia tirar do Brasil um importante mercado, mas não o principal -o maior comprador é a União Europeia.
Os testes ocorrem, no entanto, num momento que os brasileiros ampliaram as vendas aos EUA --no último semestre a participação dos norte-americanos nas vendas do Brasil subiu para 20 por cento.

Fungicidas - O químico é um dos três principais tipos de fungicida utilizado para combater a pinta preta, que existe no Brasil desde os anos de 1980, mas se espalhou a uma taxa alarmante nos últimos anos. A doença faz com que a fruta em desenvolvimento caia dos galhos."Como há poucas moléculas disponíveis, se pararmos de usar uma, vamos ter que usar outros tipos e isso vai reduzir sua eficácia ao aumentar a resistência do fungo", disse o pesquisador. A Fundecitrus, em São Paulo, é um centro de pesquisa fundado pela indústria, que busca curas e plantas resistentes à doença para combater os fungos, bactérias e pestes que afetam a laranja no Sudeste do Brasil, onde se concentra a maior produção.

Custo - Flávio Viegas, diretor da associação de produtores de laranja Associtrus, disse que as manchas pretas nas frutas vendidas no Brasil são comuns. Algumas laranjas infectadas podem suportar no ramo até que amadureçam e ainda podem ser processadas caso a doença não afete a fruta, acrescentou ele. Viegas disse que, além de ajudar no rodízio entre uma variedade de produtos químicos para evitar a resistência, o carbendazim é também o mais barato dos três principais tipos de químicos usados para combater a pinta preta. Ele disse que o carbendazim custa apenas um quarto do preço do tratamento mais caro e cerca de um terço do preço dos outros, ajudando a reduzir os custos financeiros do mix de produtos químicos rodados ao longo de quatro aplicações anuais. "Se você não controlar (a pinta preta), você pode perder sua colheita ", disse Viegas. (Agrolink/Reuters).

RAMO SAÚDE: Uniodonto Curitiba atinge índice máximo em Programa da ANS

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) enviou no último dia 2 às operadoras de planos odontológicos uma retificação no cálculo de alguns dos indicadores para o Índice de Desempenho em Saúde Suplementar (IDSS), divulgado inicialmente em setembro de 2011. Com a correção, a Uniodonto Curitiba obteve a maior nota atribuída pela ANS, dentro do índice de análise.  Os dados são correspondentes a avaliações realizadas no ano de 2010 e integram o Programa de Qualificação das Operadoras. 

Pontuação - Anualmente, a ANS realiza a pontuação das operadoras por meio de uma série de itens que envolvem o funcionamento interno das empresas. A escala do IDSS compreende as faixas de 0,00 a 0,19; de 0,20 a 0,39; de 0,40 a 0,59; de 0,60 a 0,79; e de 0,80 a 1,00. A nota final do IDSS é definida por meio da soma de índices que avaliam a Atenção à Saúde, Estrutura e Operação, Econômico-Financeiro, e Satisfação do Beneficiário. 

Resultado - A coordenadora da ANS na Cooperativa, Simone Odeli, destaca que o grau de importância do resultado do IDSS é muito relevante em vários aspectos. "A nota de uma operadora é um ponto importante, no momento de uma negociação e operacionalmente é ótimo, pois demonstra que o trabalho é realizado com excelência por toda a equipe e, comercialmente, agrega novas vendas", diz. Conforme ressalta Simone, os resultados positivos alcançados pela Uniodonto Curitiba são provenientes do trabalho desempenhado por todos os setores, que resultam no contínuo crescimento da Operadora.

Crescimento - Nos últimos cinco anos a Uniodonto Curitiba cresceu 108,53%. Hoje a cooperativa detém 45% do mercado de planos odontológicos no Paraná. Mas para o presidente, Luiz Humberto de Souza Daniel,  há muitos desafios a serem enfrentados. "Mas temos estratégias bem definidas e equipes de profissionais das diversas áreas engajados em busca de sucessos ainda maiores. O importante é que empresas atendidas e beneficiários sintam-se satisfeitos", considera. Hoje a Uniodonto Curitiba tem 4 mil empresas em sua carteira, das quais 722 ingressaram somente em 2011. São, ao todo, 365 mil beneficiários, dos quais 118 mil conveniados no ano passado. A Cooperativa conta hoje com aproximadamente 200 funcionários. (Assessoria Uniodonto Curitiba).

ESTIAGEM: Governo anuncia medidas de apoio a agricultores

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

ESTIAGEM III: Ação emergencial para o Sudoeste

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O governador Beto Richa anunciou na quinta-feira (12/01), em Curitiba, um pacote de medidas emergenciais para minimizar as perdas e recuperar as plantações do Sudoeste - região do Estado que passa por período de estiagem desde novembro do ano passado. O governo vai disponibilizar R$ 15,5 milhões para ajuda direta aos agricultores. As culturas mais atingidas foram milho, soja e feijão. Para a compra de insumos agrícolas (sementes e fertilizantes) serão liberados R$ 6 milhões. O apoio financeiro chega a R$ 9,5 milhões, sendo R$ 8 milhões para subvenção ao prêmio do seguro da segunda safra de milho e café, e R$ 1,5 milhão para reforçar o programa Fundo de Aval. A prioridade do governo é atender os produtores da agricultura familiar.

Fundo de Aval - De acordo com o governador, o Estado fará o atendimento emergencial das principais demandas dos agricultores com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Econômico (FDE). "Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para minimizar os prejuízos dos agricultores do Sudoeste", afirmou Richa. Ele explicou que a liberação de recursos para o Fundo de Aval, por exemplo, pode alavancar a captação de R$ 15 milhões em financiamentos em instituições de fomento da agricultura familiar.

Vistorias - O governo também vai agilizar as vistorias em plantações para que os produtores possam solicitar ressarcimento de perdas pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o pagamento do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf). A medida também assegurar o aproveitamento das lavouras para silagem e preparação da terra para novos cultivos, como as segundas safras de milho e feijão. "Negociamos com o governo federal a possibilidade do financiamento para quem fez a safra com recursos próprios, de forma que o agricultor possa carregar a dívida com as safras seguintes, por até seis anos", destacou o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara. Também haverá apoio aos municípios para a contratação de máquinas para o aprofundamento de minas e pequenos açudes, além de suporte financeiro para o transporte de água tanto para consumo humano quanto animal. "São medidas para apoiar os pequenos produtores que perderam a safra e tem agora a chance de restabelecer o seu cultivo", disse Norberto Ortigara.

Estado de emergência - Por conta da situação crítica na região, os municípios de Santa Izabel do Oeste e Barracão já decretaram estado de emergência. A Defesa Civil do Paraná afirma que outros 35 municípios já notificaram o órgão para a possibilidade. Com isso, é possível adotar ações mais rapidamente. "Com os recursos e atendimento imediato aos produtores tentaremos recuperar parte dos prejuízos com a safra de verão. Aguardamos dados de cada município para que possamos ratificar a situação de emergência e adotar outras ações do governo", destacou Richa.

Prejuízos - Segundo estimativa da Secretaria da Agricultura, até agora houve uma redução de 2,55 milhões de toneladas de soja, milho e feijão que, a preços de hoje, significa um prejuízo financeiro de R$ 1,52 bilhão. A quebra da produção representa 11,5% da safra paranaense de grãos de verão, que era estimada em 22,13 milhões de toneladas.

Produtores aguardam chuva - Agricultores da região Sudoeste do Paraná ainda esperam pela chuva para recuperar parte das lavouras de soja que devem ser colhidas no início do mês de abril. As perdas nas lavouras de milho da região já ultrapassam os 40%. A colheita de milho deve começar no início da próxima semana. Produtor do município de Renascença, Dirceu Ruffato, plantou 100 hectares de soja e 70 de milho com a expectativa de colher média de 200 sacas de milho e 60 sacas de soja por hectare. "Se conseguir tirar 120 sacas de milho e 30 sacas de soja por hectare está excelente", diz.

Floração - Rufatto acredita que para recuperar uma parte da lavoura de soja, deveria chover cerca de 50 milímetros nos próximos dias. "Nesta época do ano, a lavoura não deveria ficar sem chuva, pois a soja está em fase de floração ou em formação de grãos. Se chover 50 milímetros, acredito que recupera uma parcela da lavoura". A boa produção da safra passada - 180 sacas de milho e 70 sacas de soja por hectare - incentivou o produtor a não fazer seguro da lavoura. "O clima estava perfeito, não havia motivos para fazer o seguro. Levanto cedo todos os dias com a esperança de ver chuva, mas está complicado", diz.

Sem seguro - O agricultor Reni Deliberali plantou 110 hectares de soja, 24 de milho e tinha expectativa de colher média de 53,71 sacas de soja e 165,2 de milho. "Se tirar da lavoura 82,64 sacas de milho por hectare e 12,39 sacas de soja, é muito. Nessa safra, a produção não vai dar para pagar os custos. Estamos aguardando alguém nos ajudar", comenta o agricultor, que também não fez seguro da lavoura. (Agência Estadual de Notícias).

ESTIAGEM IV: Agricultor afetado pela seca poderá rolar dívida

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Os produtores de feijão, soja e milho prejudicados pelo clima seco no Sul do país e residentes em municípios que declararam situação de emergência poderão prorrogar o pagamento de empréstimos de crédito rural para custeio e investimento, inclusive de parcelas negociadas em anos anteriores. O Ministério da Agricultura vai propor ao Conselho Monetário Nacional (CMN) um voto para postergar para 31 de julho do ano que vem as parcelas com vencimento entre 1º de janeiro deste ano e 30 de junho de 2012. Também deve ser encaminhado ao CMN um voto para usar R$ 200 milhões do Prodecoop, programa do BNDES, para refinanciar dívidas das cooperativas. Caso uma cooperativa tenha mais de 100 produtores com perdas por intempéries climáticas comprovadas, poderá pegar mais crédito para pagar débitos.

Sem seguro - Para produtores sem seguro agrícola - "uma parcela muito pequena do total", segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence -, será permitida, após a elaboração de um laudo de perdas, uma prorrogação para pagamento de dívidas. Caso o produtor deixe de pagar uma parcela de empréstimo de operações de custeio e de investimentos já prorrogada e com vencimento em 2012, poderá transferir esta cobrança para um ano após o pagamento da última parcela.

Custeio - Além disso, serão renegociadas as operações de crédito de custeio da safra atual (2011/12) por até cinco anos, prazo que pode variar conforme o tamanho das perdas. Com a perspectiva de quebra da safra de milho no Sul e da falta do produto na região, o governo quer subsidiar o transporte de milho do Centro-Oeste para o Sul a partir de fevereiro. O Valor também apurou que o governo poderá criar, caso as iniciativas adotadas forem insuficientes, uma linha de crédito para fornecedores de insumos. O Ministério da Fazenda prefere esperar o efeito das medidas anunciadas.

Pacote - O pacote de ajuda aos agricultores prejudicados pela seca que não possuem seguro deve ter abrangência pequena. De acordo com estimativas preliminares do Ministério do Desenvolvimento Agrário, 85% das lavouras da agricultura familiar no Sul possuem seguro. Mesmo assim, o Ministério da Agricultura estima que o valor total da cobertura dos seguros nas contas do Tesouro variará de R$ 400 milhões a R$ 1 bilhão.

Rio Grande do Sul - No Rio Grande do Sul, a Emater-RS elevou seu cálculo para o prejuízo dos produtores gaúchos para R$ 2,2 bilhões, levando em conta frustração das expectativas iniciais para as lavouras de milho, soja e arroz e os respectivos preços atuais. No Paraná, onde as perdas estão estimadas em R$ 1,5 bilhão, o governo estadual anunciou uma ajuda direta de R$ 15,5 milhões aos produtores afetados. Em Santa Catarina, a estimativa do governo para as perdas agrícolas provocadas pela seca subiu para R$ 440 milhões. (Valor Econômico).

COOPERATIVAS DO PR: Sicredi supera os R$ 5 bilhões em ativos

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

As cooperativas do Sistema Sicredi no Paraná fecharam o ano de 2011 administrando mais de R$ 5 bilhões em ativos, uma alta de 29% em comparação ao ano de 2010. Em número de associados o crescimento foi de 25%, com 80 mil novas adesões ao Sistema, que chegou a 450 mil cooperados em todo o estado. Os indicadores foram informados pelo presidente da Central Sicredi PR/SP, Manfred Alfonso Dasenbrock, que esteve na quinta-feira (12/01) na sede do Sistema Ocepar, onde conversou com o presidente João Paulo Koslovski.

Projeções - Para 2012, de acordo com o dirigente do Sicredi, as projeções são positivas, apesar da quebra de safra causada pelo período de estiagem que afetou o Paraná. "Projetamos um crescimento de 25% nos ativos administrados - alcançando R$ 6,25 bilhões - e alta superior a 20% no número de cooperados, com cerca de 100 mil novos associados até o fim desse ano", estima Dasenbrock.

Capilaridade - Segundo o dirigente, o expressivo crescimento do Sicredi é resultado dos investimentos constantes em capacitação e também está diretamente ligado à capilaridade do Sistema, presente hoje em cerca de 300 municípios do Paraná. "São 350 unidades de atendimento, com a abertura anual de 20 novas estruturas, o que permite que tenhamos elevação constante no número de associados. Destaco também a profissionalização, que em 2011 teve impulso em especial por meio dos projetos do Sescoop/PR. Nossos colaboradores e dirigentes estão preparados e muito focados no melhor atendimento, buscando cumprir a missão, atingir a visão e preservar os valores da cooperativa", afirma.   

Planejamento - "Os resultados de 2011 foram muito positivos, num ano em que as cooperativas do Sistema ousaram em seus planejamentos, e planejaram com muita propriedade, e chegaram ao fim do exercício celebrando o crescimento alcançado", comemora Dasenbrock. "Um ponto a ressaltar é o aumento dos depósitos a prazo, que foram significativos e demonstram a credibilidade conquistada pelo Sicredi", enfatiza.

Ano Internacional das Cooperativas - Para o presidente Dasenbrock, a decisão da ONU (Organização das Nações Unidas) de decretar o 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas foi uma bela lembrança e reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo cooperativismo. "O objetivo da ONU foi colocar as cooperativas em evidência e teremos um enfoque grande por parte das lideranças internacionais, mas o importante é, além de celebrar esse ano, que cada cooperado, dirigente, colaborador, cumpra seu papel e chegue ao fim de 2012 melhor do que estava no início do ano. O Ano Internacional reforça as ações de comunicação e mídia das cooperativas", conclui.

ARGENTINA: Brasil prepara reação às novas barreiras comerciais

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O governo brasileiro prepara uma resposta "dura" à Argentina, caso o governo do país prejudique exportações brasileiras com a recém-divulgada resolução da Administração Federal de Ingressos Públicos, que obriga os importadores naquele país a apresentarem declaração formal antecipada com a programação de compras de bens de consumo no exterior.

Preocupação - A medida, segundo nota do Ministério do Desenvolvimento, foi recebida com "preocupação". Uma autoridade próxima à presidente Dilma Rousseff disse ao Valor que o governo não está disposto a tolerar, como no ano passado, barreiras injustificadas aos produtos brasileiros. Segundo o auxiliar de Dilma, o período eleitoral argentino, durante 2011, fez com que Dilma, para evitar "politização" do tema, determinasse flexibilidade no trato com o governo vizinho.

Licenças - A Argentina tem atrasado - às vezes por mais de 60 dias - a liberação de licenças de importação para bens de consumo como automóveis, partes e peças, máquinas agrícolas, calçados e alimentos. Com o novo mandato de Cristina Kirchner, havia expectativa (frustrada) em Brasília, de que a Argentina afrouxaria os controles. Os sinais emitidos de Buenos Aires foram, ao contrário, de endurecimento no controle da importação.

Disputa - No fim de 2011, a retenção de produtos como calçados levou o governo brasileiro a uma queda de braço com o governo argentino: segundo um empresário que acompanhou a disputa, a resposta brasileira, sem alarde, foi reter nos portos as remessas de carros argentinos, que só começaram a ser liberados quando os estoques barrados começaram a lotar os pátios. A tendência de Dilma, segundo uma autoridade, é responder com medidas semelhantes às barreiras argentinas, como fez no ano passado, quando pôs automóveis, partes e peças no regime de licença não automática.

Mercosul - Na reunião do Mercosul, em dezembro, em Montevidéu, Cristina fez duras críticas ao Brasil e às "vantagens" que o país tem desfrutado no comércio bilateral, no qual passa de US$ 8 bilhões o superávit em favor dos brasileiros. A Argentina tem sustentado o superávit comercial brasileiro, disse a presidente recém-reeleita. Dilma, conciliadora, mostrou interesse em criar melhores condições para equilibrar o comércio. Mas, diz uma autoridade brasileira, não haverá mais a "paciência" demonstrada durante a campanha eleitoral no país vizinho.

Conciliação - O Itamaraty deve adotar publicamente uma posição conciliadora. O governo aposta em reuniões previstas entre os dois países, provavelmente em fevereiro, como a oportunidade para eliminar atritos. Uma reunião deve discutir a "complementação das cadeias produtivas", um projeto antigo de associar empresas dos dois países em processos conjuntos de produção. Outra reunião tratará das questões bilaterais, como a retenção de produtos nas alfândegas. A resolução argentina desta semana, aumentando o controle discricionário das importações com a exigência de uma "Declaração Jurada Antecipada de Importação" antecipou as discussões, porém.

Conversas - Na quarta-feira, à tarde, houve troca de telefonemas entre a secretaria de Comércio Exterior do Brasil e a Secretaria de Comércio argentina, na qual o governo brasileiro disse esperar que as novas ações não afetem ainda mais a entrada de produtos no país vizinho. O resultado da conversa não foi suficiente, porém, para amenizar a "preocupação" no Ministério do Desenvolvimento, que editou nota prevendo "gestões sobre o tema, para evitar eventuais efeitos negativos para o fluxo comercial."

Calçados - A secretária de Comércio Exterior da Argentina, Beatriz Paglieri, que há dias recebeu produtores de calçados argentinos, a quem prometeu pressionar para reduzir a cota de venda de calçados brasileiros ao país, disse que a medida desta semana se destina apenas a dar "maior transparência" e previsibilidade ao comércio exterior. Ela é vista como subordinada ao secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, mentor dos artifícios usados pelo país vizinho para barrar importações. Moreno e Paglieri já disseram a empresários locais que querem obter um superávit comercial total de US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões em 2012. (Valor Econômico).

ESTIAGEM: Ocepar aguarda medidas de apoio a agricultores

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A Ocepar - Organização das Cooperativas do Paraná - acompanha com preocupação as consequências da estiagem para os produtores paranaenses e aguarda medidas de apoio do Governo Federal. Somente no Paraná, a falta de chuvas deverá causar perdas superiores a 2,5 milhões de toneladas de grãos, um prejuízo estimado em R$ 2 bilhões. Na segunda-feira (09/01), a Ocepar encaminhou à ministra chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann e ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, um documento com sugestões do setor cooperativista para apoiar os produtores afetados. A ministra Gleisi comunicou ao presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, que a situação provocada pela estiagem na Região Sul estava sendo avaliada com preocupação pela presidente Dilma Roussef e que os pleitos das cooperativas do Paraná seriam avaliados pelo governo.

Angústia - "Por trás dos indicadores de quebras e prejuízos, estão milhares de famílias de produtores que vivem a angústia e a incerteza sobre a safra. Por essa razão, enviamos pedido de apoio ao Mapa e à Casa Civil", explica o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, que manteve contatos também com o secretário executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, o secretário de política agrícola Caio Rocha, e também com o secretário executivo da Casa Civil, Gilson Bittencourt, e o vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias, buscando colocar os pleitos do setor cooperativista na agenda de discussões do Governo Federal. A expectativa da Ocepar e das cooperativas é de que haja um anúncio, ainda esta semana, de medidas de apoio aos produtores atingidos pela seca.

Pleitos das cooperativas - Entre os pleitos do cooperativismo, está a agilização das vistorias e a indenização dos sinistros vinculados ao Proagro e ao Seguro Rural, para permitir aos produtores a regularização de suas pendências com a maior brevidade possível. O setor também reivindica a suplementação de recursos no Orçamento da União para a subvenção do seguro rural em montante suficiente para atender a demanda do campo, estimada em R$ 700 milhões. A falta de chuvas nos meses de novembro e dezembro de 2011 e no início de janeiro de 2012 nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, estão provocando perdas irreversíveis nas lavouras de soja, milho, feijão e na produção de leite. Além das questões de seguro e custeio de dívidas, há preocupação com as linhas de crédito e com a comercialização. "Elencamos em documento um conjunto de medidas que, se implementadas, trarão melhores condições de trabalho e mais tranquilidade aos produtores", explicou Koslovski.

Pedido atendido - O vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias, comunicou ao presidente da Ocepar que uma das medidas pedidas pela Ocepar, a prorrogação da parcela de financiamento de investimento com vencimento em 2012, deverá ser adotada pelo banco. Esse débito será deslocado para a data final dos contratos.

Pleitos do setor cooperativista

1 - Dívidas de custeio da safra 2011/12

1.1 - Produtores que financiaram com recursos de crédito rural

- Prorrogar de forma automática o vencimento dos custeios para todos os produtores que foram afetados pela seca na safra 2011/12.

1.2 - Produtores que financiaram com recursos de outras origens

- Criar linha especial de crédito nos moldes do FAT Giro rural para os produtores rurais e suas cooperativas, que permita o alongamento das dívidas oriundas da compra de insumos junto aos fornecedores, na safra 2011/12, com prazo de até 60 meses, carência de até 14 meses e taxa juros de 6,75% a.a.

2- Seguro e Proagro

- Agilizar a realização das vistorias e a indenização dos sinistros vinculados ao Proagro e ao Seguro Rural, para permitir aos produtores a regularização de suas pendências com a maior brevidade possível.

- Promover suplementação de recursos no orçamento da União de 2012 para subvenção do seguro rural em montante suficiente para atender a demanda de R$ 700,00 milhões.

3 - Recursos para comercialização do trigo

-  Retomar imediatamente os leilões de Prêmio para Escoamento do Produto - PEP para a cultura do trigo.

4 - Normas para plantio da safra de cereais de inverno

- Antecipar o anúncio das políticas de apoio governamental ao plantio do milho safrinha, trigo e demais culturas de inverno.

5 - Capitalização das Cooperativas Agropecuárias - PROCAP-AGRO

- Promover adequações no Programa de Capitalização das Cooperativas Agropecuárias, especialmente na modalidade de financiamento de capital de giro, estabelecendo um novo limite de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por cooperativa/estado, com 6 (seis) anos de prazo de amortização e taxa de 6,75% ao ano.

6 - Parcela de Investimento

- Transferência para o final do contrato do pagamento da parcela vencível em 2012 dos financiamentos de investimentos dos agricultores que tiveram perdas de lavouras.

ESTIAGEM II: Governo pode cobrir empréstimos de produtores sem seguro

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Em auxílio aos produtores prejudicados pelo clima seco no Sul do país, o governo pretende cobrir os débitos dos produtores afetados junto aos bancos, cooperativas e fornecedores de insumos desta safra. Os produtores de feijão, soja e milho que não possuem seguro rural e moram nas cidades que declararam situação de emergência, poderão prorrogar o pagamento de empréstimos para custeio, investimento e custeio prorrogado, incluindo as parcelas negociadas em anos anteriores. O segundo ponto do pacote preparado pelo governo será a injeção de R$ 200 milhões no Prodecoop, do BNDES. Caso uma cooperativa possua mais de 100 produtores que comprovaram perdas por intempéries climáticas, a cooperativa poderá pegar mais crédito para pagar suas dívidas. A terceira medida deve ser a criação de linha de crédito para os fornecedores de insumos. Existe um "racha" dentro do governo em relação à essa iniciativa. O Ministério da Fazenda prefere esperar a ação das outras medidas para definir se lança ou não uma solução para os débitos assumidos pelos agricultores com fornecedores de sementes e adubos. Fontes de outros ministérios envolvidos na negociação acham melhor "usar todas as cartas na manga".

Transporte - Com a perspectiva de quebra da safra de milho e da falta do produto no Sul, o governo quer fazer o transporte subsidiado de milho do Centro-Oeste para o Sul. O governo quer evitar o desabastecimento da commodity, muita usada como ração, principalmente para o rebanho leiteiro da região. Os transportes devem começar no mês que vem.

Pacote - O pacote de ajuda aos agricultores prejudicados pela seca que não possuem seguro deve ter uma abrangência pequena. De acordo com estimativas preliminares do Ministério da Agricultura, 80% das lavouras da agricultura familiar na região Sul possuem seguro. Mesmo assim, o Ministério da Agricultura estima que o valor total da cobertura dos seguros nas contas do Tesouro vai variar de R$ 400 milhões a R$ 1 bilhão. (Valor Econômico).

ESTIAGEM III: Agricultores à espera de resposta do governo

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O governo federal deve anunciar nesta sexta-feira (13/01) medidas de apoio aos produtores afetados pela seca que prejudica as lavouras do Sul do país desde novembro. Os ministros Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Mendes Ribeiro (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) viajam ao Rio Grande do Sul - o estado mais prejudicado pelos efeitos do La Niña - para divulgar um pacote discutido nos últimos dias. A estratégia é amenizar os efeitos na renda do agronegócio com recursos para comercialização e seguro anticatástrofes.

Paraná - No Paraná, a expectativa é que reivindicações da Or­­ganização das Cooperativas (Ocepar) e da Federação da Agricultura (Faep) sejam atendidas. Os principais prejudicados seriam os produtores de milho, soja, feijão e leite. Entre as pedidos está a agilização das vistorias e a indenização dos sinistros vinculados ao Proagro (seguro para pequenos produtores) e ao seguro rural da agricultura comercial. O setor reclama que o orçamento para o seguro rural de 2012 não corresponde à metade dos recursos necessários. A expectativa era que R$ 700 milhões fossem destinados a subvenções, que barateiam os contratos pagos pelos produtores às seguradoras. (Gazeta do Povo).

ESTIAGEM V: Commodities sobem 10% com impacto da seca

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

As cotações da soja e do milho subiram cerca de 10% nos últimos dez dias tanto na Bolsa de Chicago - referência para o mercado de commodities agrícolas - quanto nas cotações domésticas. Segundo os analistas, a alta reflete a redução na produção sul-americana de grãos provocada pela seca. No caso dos grãos afetados pelo clima mas pouco exportados - que sofrem interferência menor do mercado externo -, os reajustes são bem maiores. O preço do feijão carioca ao produtor saltou 42,4% no Paraná, chegando a R$ 145 a saca de 60 quilos. O consumidor deverá sentir reflexo proporcional no supermercado.

Soja e milho - O bushel da soja (27,2 kg) chegou a US$ 12,4, o de milho (25,4 kg) a US$ 6,6 nos contratos com fechamento neste verão em Chicago. No Paraná, a cotação da soja passou de R$ 40,2 para R$ 43,5 e a de milho de R$ 20,3 para R$ 23 por saca (60 kg), com reajustes de 8% e 13% em menos de duas semanas.

América do Sul - As elevações são "exclusivamente reflexo da quebra na América do Sul", afirma o analista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Eugênio Stefanelo. Ele sustenta que as perdas superam a cada dia os 4,5 milhões de toneladas de grãos da estimativa divulgada anteontem pela Conab. O número tem base em dezembro. No Paraná, maior produtor nacional de grãos, o impacto do La Niña foi estimado em 1,72 milhão de toneladas pela companhia, mas chega perto de 3 milhões (t), avalia.

Argentina - Na Argentina, conforme projeções de consultorias privadas e dados do governo, a quebra pode ser três vezes maior que a brasileira, passando de 15 milhões de toneladas. A safra de milho tende a cair da casa de 30 milhões para a de 20 milhões de toneladas e a de soja, de 50 milhões para 45 milhões (t).

Estados Unidos - Glauco Monte, consultor da FCStone, destaca que, nos últimos meses, os Estados Unidos, país que é o maior exportador mundial de grãos, divulgaram que vinham recompondo estoques. Porém, com a quebra climática, a América do Sul vai participar menos do mercado internacional. Se isso ocorrer, uma parcela maior que a prevista da produção dos Estados Unidos deve ser exportada, para preencher a demanda, inviabilizando acúmulo de grãos e elevando as cotações em Chicago.

Estimativas - Tanto as estimativas de safra quanto as precificações das quebras não chegaram ainda a um patamar definitivo, pondera Gil Carlos Barabach, analista da Safras & Mercado. "No calor da notícia da seca, geralmente há exageros no mercado. É preciso esperar um pouco mais para se ter uma análise mais precisa das perdas e do impacto nas cotações." Ele considera que as previsões que indicam quebra de 20% na soja e de 40% no milho no Sul do Brasil e na produção total da Argentina podem estar exageradas. (Gazeta do Povo).

ESTIAGEM VI: USDA reduz estimativas para produção de soja e milho na Argentina

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A estiagem que castigou importantes regiões produtoras de grãos da Argentina nas últimas semanas levou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a reduzir suas estimativas para produção e exportação de soja e milho do país nesta safra 2011/12, que está em fase de colheita no Hemisfério Sul. Também em virtude da seca, o órgão americano, que tem status de ministério, ajustou para baixo sua projeção para a colheita de soja no Brasil. Mas, nesse caso, a mudança foi bem menos expressiva do que as que foram perpetradas no quadro de oferta do vizinho.

Mundo - Na visão global do USDA sobre o comportamento da oferta e da demanda dos principais grãos nos EUA e no mundo, o principal problema está nas plantações argentinas de milho. O órgão reduziu sua previsão para a produção do grão no país para 26 milhões de toneladas, ante as 29 milhões estimadas em dezembro e as 22,5 milhões da temporada passada (2010/11). Em linha com os cálculos de produtores e agroindústrias da Argentina, a redução da produção considerada pelo USDA se refletiu na projeção do órgão para as exportações do cereal do país em 2011/12, que caiu de 20 milhões para 18,5 milhões de toneladas. Em 2010/11, foram 15 milhões, de acordo com o órgão.

Brasil - Apesar de também estar sofrendo os reflexos negativos da estiagem provocada pelo La Niña em suas lavouras da região Sul, o Brasil foi deixado de lado nas revisões do USDA. O departamento manteve sua estimativa para a produção do país em 2011/12 em 61 milhões de toneladas - a Conab prevê 59,2 milhões e tende a diminuir a previsão no levantamento que divulgará no mês que vem - e preservou as exportações em 8,5 milhões. A significativa diminuição da produção e das exportações argentinas não teve consequências relevantes no tabuleiro global de oferta e demanda de milho desenhado pelo USDA. A estimativa do órgão para os estoques finais mundiais do cereal inclusive cresceu 0,7% em relação ao número de dezembro, para 128,14 milhões de toneladas, mesmo patamar de 2010/11.

Milho - Se mesmo com os danos causados pelo La Niña a produção e as exportações argentinas de milho ainda deverão ser significativamente maiores que no ciclo passado, o mesmo já não acontece na soja, cujos avanços sobre 2010/11 foram colocados definitivamente em xeque. O USDA baixou sua projeção para a colheita da oleaginosa no país sul-americano para 50,5 milhões de toneladas, ante as 52 milhões previstas em dezembro e as 49 milhões da temporada passada. No caso das exportações, a estimativa encolheu em 1 milhão de toneladas, para 9,8 milhões. Em 2010/11, foram 9,21 milhões.

Conab - O órgão americano baixou a projeção para a produção brasileira em 2011/12 em 1 milhão de toneladas em relação a dezembro, para 74 milhões, agora 1,5 milhão a menos que no ciclo anterior. Paradoxalmente, a estimativa para as exportações brasileiras foi elevada em 500 mil toneladas e passou a 39 milhões. Com os problemas provocados pela seca, a Conab estima a colheita de soja no país em 71,8 milhões de toneladas; as exportações, em 32,4 milhões.

Estoques - O fato é que, no tabuleiro do USDA, o Brasil será o maior exportador de soja em grão do planeta em 2011/12, à frente dos EUA (34,7 milhões de toneladas) e da Argentina. Em relação a dezembro, o USDA ampliou a projeção para a produção de soja nos EUA, mas o volume de exportações foi reduzido. Com isso, a previsão para os estoques finais do país cresceu em 19,6%, para 7,49 milhões em 2011/12, o que tende a pressionar as cotações internacionais. Em 2010/11, os estoques finais americanos foram de 5,85 milhões de toneladas. Já os estoques finais mundiais foram corrigidos para baixo em 900 mil toneladas, e, segundo o USDA, agora serão mais de 5 milhões de toneladas menores que em 2010/11. (Valor Econômico).

SETOR SUCROALCOOLEIRO: Produção de açúcar cai 6,8% no Centro-Sul

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil na safra 2011/12 foi de 31,174 milhões de toneladas até 1º de janeiro, 6,86% menor do que o realizado em igual período da safra anterior, segundo balanço divulgado pela União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica). Segundo o diretor técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues, os números até 1º de janeiro são praticamente os finais da temporada, pois até março ocorrerão apenas ajustes marginais. O Centro-Sul representa 90% da produção brasileira de cana-de-açúcar.

Moagem - A moagem de cana na região até 1º de janeiro atingiu 492,2 milhões de toneladas, queda de 11,37% em relação a igual período da safra passada. O executivo afirmou que apenas sete unidades estão em operação em janeiro de 2012: uma usina no Estado do Paraná, quatro em Mato Grosso do Sul e duas em Minas Gerais. A produção adicional dessas usinas deve ser residual comparada ao volume total do Centro-Sul. (Valor Econômico).

SOJA: Produção deve cair 2% em 2012, prevê Agroconsult

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A Agroconsult reduziu nesta quinta-feira (12/01) sua estimativa para a produção brasileiras de soja na safra 2011/12. De acordo com a consultoria, a colheita deve somar 73,5 milhões de toneladas, volume 2% inferior ao obtido na temporada passada e à projeção de dezembro da consultoria. Na semana que vem, a empresa dá início a uma expedição técnica que vai percorrer 60 mil quilômetros em 13 Estados com o objetivo de avaliar as condições das lavouras.

Rally da Safra - Segundo o sócio-diretor da Agroconsult, André Pessôa, o Rally da Safra deverá encontrar um cenário bastante diversificado entre as regiões produtoras, com condições climáticas favoráveis e boas produtividades no Centro Oeste, Norte e Nordeste e um cenário oposto no Sul, onde a seca castiga as lavouras.

Paraná - A expectativa é de que a produção de soja seja 14% menor no Paraná e até 15% inferior no Rio Grande do Sul. Em contrapartida, o Mato Grosso, maior Estado produtor, deve registrar um aumento de até 9% na comparação com a safra passada. Em relação ao milho, a projeção da Agroconsult é de uma safra de 36,5 milhões de toneladas, o que significa um aumento de 2% em relação à safra passada. Contudo, o número é 9% inferior à projeção inicial da consultoria.

Rio Grande do Sul - Só no Rio Grande do Sul, onde os efeitos da estiagem são mais severos, a expectativa é de uma queda de 33% na produção do grão ante a colheita de 2011. Em compensação, o Paraná ainda pode registrar um crescimento de 6% na mesma comparação. (Valor Econômico).

FERTILIZANTES: País deve investir, até 2016, US$ 13 bi no setor de adubos

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O Brasil irá investir US$ 13 bilhões na extração de nitrogênio, fósforo e potássio, os chamados macronutrientes primários, e na produção de fertilizantes com formulações NPK ao longo dos próximos cinco anos. A estimativa é do diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), David Roquetti Filho, com base em informações de mineradoras e indústrias químicas. Nos últimos cinco anos, o País importou, em média, 70% dos insumos de fertilização que consumiu. Em 2011, distribuiu 26,5 milhões de toneladas até novembro - o volume pode chegar a 28 milhões de toneladas com a inclusão do mês de dezembro na conta, feita pela RC Consultores.

Mineração - "A mineração tem grande participação na produção de fertilizantes, principalmente em fósforo e potássio, já que o nitrogênio vem do gás", observou Roquetti. De acordo com ele, a Vale e a Petrobrás respondem pela maior parte dos investimentos previstos até 2016.

Brasil - O Brasil é o quarto maior consumidor de adubos no mundo, utilizando 6% da oferta global. No topo do ranking, China, Índia e Estados Unidos, nesta ordem, consomem 62% do total. O investimento internacional em fertilizantes deve totalizar US$ 87 bilhões nos próximos cinco anos. "Os fertilizantes mais usados no campo são aqueles formulados através da mistura dos três macronutrientes primários - nitrogênio, fósforo e potássio -, ou seja, as denominadas formulações NPK", explicou Roquetti. No ano passado, o Brasil importou montantes equivalentes a 78% do nitrogênio, a 49% do fósforo e a 91% do potássio que consumiu. Com a realização dos investimentos e o subsequente crescimento da produção nacional, os percentuais devem cair, em meia década, para 32%, 12% e 87%, respectivamente.

Importações - Porém, na contramão dos investimentos, produtores optam por trazer fertilizantes de outros países, porque os preços praticados no mercado interno não são competitivos. Ao importar os insumos, agricultores brasileiros pretendem, além de pagar menos, provocar uma redução de preço nos adubos produzidos no País. "A ideia é aumentar aos poucos o consumo externo. O nível de importações é um regulador de preços para o mercado interno, no qual ainda não dá para comprar tudo", disse o diretor-executivo da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina (Fecoagro), Ivan Ramos.

Fecoagro - A Fecoagro reúne 11 cooperativas (80% do contingente estadual) e consome 300 mil toneladas de adubo por ano (cerca de metade do total consumido pela agropecuária catarinense). A federação gasta US$ 60 milhões para importar 120 mil toneladas de macronutrientes primários, que são processados na cidade de São Francisco do Sul. "O uso de tecnologia no campo vem aumentando ano a ano. O uso de fertilizantes cresce na medida em que aumenta a produtividade", afirmou Ramos. Há três anos, as cooperativas catarinenses consumiam 220 mil toneladas; neste ano, devem consumir de 320 a 330 mil. A ureia nitrogenada representa 60% do volume, enquanto o restante são fórmulas com base de NPK.

Preços estáveis - No ano de 2008, quando as finanças globais começaram a derreter, houve um aumento expressivo no valor dos fertilizantes no mundo. De lá pra cá, no entanto, o preço já recuou aproximadamente 50%, de acordo com o diretor-executivo da Fecoagro. "Em 2011, houve um aumento de preços não muito significativo. O ano começou com preços baixos, houve uma reação de alta no meio e depois continuou abaixo dos valores de 2008 e 2009", analisou Ramos. (Agrolink/DCI - Diário do Comércio e Indústria).

COOPERATIVAS DO PR: Copacol cresce 25% em 2011

  • Artigos em destaque na home: Nenhum