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A Cooptur (Cooperativa Paranaense de Turismo) terá cinco novos roteiros turísticos em 2012. Os novos produtos ampliam o portfólio da cooperativa, que agora oferece 14 diferentes alternativas de rotas, com ênfase no cooperativismo, nas belezas naturais e na riqueza histórica e cultural do Paraná. Para apresentar os novos roteiros, o presidente da Cooptur, Dick de Geus, e o diretor executivo, Márcio Canto de Miranda, estiveram na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, durante a tarde de terça-feira (17/01). Os dois foram recebidos pelo presidente João Paulo Koslovski e pelo superintendente José Roberto Ricken.
Abrangência - De acordo com Dick de Geus, os novos roteiros foram avaliados e testados por profissionais da cooperativa e abrangem diferentes segmentos de atuação. "A Cooptur vem a cada ano se consolidando e ampliando sua estrutura, por isso começamos 2012 lançando novidades que acreditamos obterão sucesso de aceitação", afirmou o dirigente. "A essência da Cooptur é mostrar principalmente o Paraná. Os grupos que vêm de outras regiões e países ficam entusiasmados com o que encontram no nosso estado. A riqueza histórica, étnica, a força do cooperativismo, as técnicas avançadas da agropecuária, as belezas naturais, tudo isso é o que buscamos oferecer em nossos roteiros turísticos", afirma Geus.
Rio Iguaçu - Os novos roteiros da Cooptur são a Rota da Erva Mate, Caminhos do Paraná, Roteiros de Lazer, Roteiros Internacionais e o Roteiros Personalizados. "Com os lançamentos, começamos a abrir um mercado em novos segmentos, como lazer e turismo histórico. O produto Caminhos do Paraná, por exemplo, tem ênfase no Rio Iguaçu e na história de lutas e conflitos deflagrados em sua bacia, como o Cerco da Lapa e a Guerra do Contestado. Esse roteiro inclui a navegação em trecho de 80 km do rio", explica o diretor da Cooptur. De acordo com Miranda, a cooperativa atua principalmente nos setores de imersão cooperativista e com roteiros para treinamento de executivos. "Desde a fundação da Cooptur, nos especializamos em mostrar as belezas do Paraná e os avanços do cooperativismo. Muitos turistas visitam Foz do Iguaçu, Curitiba e o Litoral, mas além desses lugares, há toda uma riqueza cultural e étnica, com paisagens naturais belíssimas, no interior do Estado. São regiões que precisam também ser descobertas pelo turismo e esse é o nosso objetivo", conclui.
Pioneirismo - A Cooperativa Paranaense de Turismo iniciou suas atividades em 2005 e foi a primeira no Brasil constituída por cooperados atuantes em diversos setores da cadeia do turismo e em várias regiões do estado. Os 80 cooperados estão distribuídos em inúmeras cidades do Paraná, ampliando o alcance da cooperativa para a prestação de serviços de turismo e abertura de novas rotas. A Cooptur também foi pioneira no País em oferecer pacotes turísticos com foco no cooperativismo. Os roteiros de imersão cooperativista continuam muito procurados, e turistas do Brasil e do exterior excursionam por regiões desenvolvidas com apoio fundamental de cooperativas. Em 2011, a Cooptur transferiu sua sede para Carambeí, instalando-se junto ao Parque Histórico do município, na região dos Campos Gerais. "Agora há uma identidade e uma dinâmica nova, estamos dentro de um Parque, um lugar turístico, e numa cidade muito ligada ao cooperativismo", explica Miranda. Mais informações sobre a cooperativa e roteiros que oferece: http://www.cooptur.coop.br/.
Novos produtos turísticos
Rota da Erva Mate - Envolve as cidades da Lapa, União da Vitória e Prudentópolis. O roteiro tem como foco principal a cadeia produtiva da erva mate. Visita e palestras nas cooperativas Camp, Bom Jesus e Sicredi. Propriedades rurais que trabalham com erva mate, processamento e aproveitamento do produto. As temáticas da etnia ucraniana, tropeirismo e colonização do médio Rio Iguaçu se fazem presentes nesta rota.
Caminhos do Paraná - Envolve as cidades da Lapa e União da Vitória. Lugares onde o povo paranaense foi obrigado a pegar em armas para defender suas crenças e o seu país. O visitante terá a oportunidade de conhecer dois episódios onde o Paraná se viu envolvido em conflitos: o Cerco da Lapa e a Guerra do Contestado. Tropeirismo, colonização e fronteiras do estado, cultura ucraniana e a era das navegações no médio Rio Iguaçu se fazem presente neste roteiro que mescla história e cultura do nosso estado. Visita e palestras nas cooperativas Bom Jesus e Sicredi, propriedades rurais e atrativos naturais, incluindo uma navegação em trecho do Rio Iguaçu.
Roteiros Personalizados - O turista pode montar seu roteiro da forma que quiser. É só escolher as cidades, atividades, visitas em propriedades, palestras, pontos de pernoite e temática do roteiro, que a Cooptur prepara otimizando o tempo e realizando apenas o que for do interesse dos visitantes.
Roteiros de Lazer - Voltados para o público em geral e grupos a partir de 2 pessoas, oferecem um Paraná diferente onde estão presentes muita natureza, história e cultura.
Roteiros Internacionais - A Cooptur possui roteiros integrados com o cooperativismo argentino, onde o turista irá visitar cooperativas, eventos e propriedades rurais que trabalham com o agronegócio, sempre buscando a integração entre cooperativistas brasileiros e argentinos. Também existem os roteiros voltados ao lazer pelo Norte da Argentina, Patagônia, Mendoza e Santiago (Chile), Buenos Aires e Uruguai, que também podem ser preparados conforme os interesses dos turistas. (Ocepar).
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O Projeto Social da Associação de Vôlei do Paraná (AVP), que incentiva a prática do esporte entre jovens atletas do estado, conta há alguns meses com uma parceria de patrocínio da Uniodonto Curitiba. A cooperativa historicamente participa de projetos sociais - até recentemente patrocinava o time de vôlei do Colégio Erasto Gaertner - e acredita no potencial da equipe da AVP. Mais de 60 crianças e adolescentes participam do projeto.
Parceria - O presidente da Uniodonto Curitiba, Luiz Humberto de Souza Daniel, diz que o projeto de parceria é muito importante para os atletas participantes. "É uma forma de tirá-los da rua, onde poderiam se envolver com problemas, e ajudá-los a ter um futuro melhor por meio do esporte", diz. Eduardo Galina, presidente da AVP Social, reconhece a importância da parceria com a Cooperativa. "O grande objetivo é manter os garotos jogando. E contamos com a parceria da Uniodonto Curitiba para procurar obter resultados ainda melhores", diz.
Resultados - Dentro das quadras a AVP/Uniodonto mostra sua força e alcança resultados expressivos. No mês de julho a equipe se tornou vice-campeã do VII Torneio Internacional de Voleibol, disputado no Círculo Militar, em Curitiba. O ponteiro Vinícius Heli Wille ganhou o prêmio de melhor atleta em sua posição. "Foi graças ao grupo que ajudou bastante. Pena que não ganhamos a final, mas valeu a participação", disse o jovem. Os atletas da AVP Uniodonto representam a equipe de Curitiba que disputa os Jogos da Juventude do Paraná. (Assessoria de Imprensa Uniodonto Curitiba).
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O Valor Bruto da Produção (VBP) teve um incremento de 11,9% no ano passado sobre igual período de 2010, o melhor desempenho desde 1997, quando o VBP começou a ser acompanhado. Com o resultado, o valor da produção referente às principais lavouras totalizou R$ 205,9 bilhões. O Centro-Oeste liderou o crescimento do valor da produção, com aumento de 30,7 % no período, pressionado pelos resultados do Mato Grosso. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (19/01), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Preços - O coordenador geral de planejamento estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, atribui os dados aos preços favoráveis e à boa produção no ano. Os produtos que mais contribuíram para esse resultado foram o algodão, café, laranja, cana-de-açúcar, milho, soja e uva. Abaixo do desempenho do Centro-Oeste, está a região Nordeste, com 17,3%; o Sul, 8,3%; e o Sudeste, com 7,6%, A região Norte encerrou 2011 com crescimento negativo do valor da produção (8,9%).
La Niña - As projeções para este ano são de uma safra de 160,0 milhões de toneladas, embora não estejam incluídos os efeitos das secas no Sul do país, decorrentes do fenômeno La Niña. O valor da produção das principais lavouras previsto para 2012 é de R$ 216,2 bilhões, 5 % superior ao de 2011. Os dois valores são dos mais elevados historicamente. Como esse resultado refere-se a um acompanhamento mensal dos preços e quantidades, seus valores vão sendo revisados mensalmente a partir de informações mais atualizadas.
Entenda melhor - Elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica desde 1997, o Valor Bruto da Produção é calculado com base na produção e nos preços praticados no mercado das 20 maiores lavouras do Brasil. Para realizar o estudo, são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O VBP é correspondente à renda dentro da propriedade e considera as plantações de soja, cana-de-açúcar, uva, amendoim, milho, café, arroz, algodão, banana, batata-inglesa, cebola, feijão, fumo, mandioca, pimenta-do-reino, trigo, tomate, cacau, laranja e mamona. Mensalmente, o Ministério da Agricultura divulga a estimativa do valor da produção agrícola para o ano corrente. Esse valor pode ser corrigido, conforme as alterações de preço e a previsão de safra anunciados ao longo do ano. (Mapa).
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"Durante a fase de implantação da primeira safra, nos meses de setembro até o início de novembro do ano passado, as precipitações foram normais e apenas ocorreram variações bruscas de temperatura, que tendem a afetar a produtividade das culturas de feijão e da soja. No entanto, do final de novembro do ano passado até o final da segunda semana de janeiro deste ano de 2012 as precipitações foram abaixo do normal e mal distribuídas em parte da região sudoeste, em toda a faixa oeste do Estado e em parte das regiões norte e noroeste, provocando significativas quebras nas safras de milho, soja e feijão.
Precipitações - As precipitações ocorridas entre os dias 13 a 17 de janeiro eliminaram o déficit hídrico do solo em praticamente todas as regiões do Estado e estão favorecendo o plantio da segunda safra de feijão e, em breve, a do milho. Além das lavouras citadas, a falta de água comprometeu as pastagens e a produção de leite e retardou o estabelecimento da segunda safra de feijão.
Feijão 1ª e 2ª safra - A área plantada da primeira safra, segundo a Conab, soma 250,6 mil hectares, 27% menor do que a verificada na safra anterior. A previsão de produção deve reduzir em 23%, de 430,6 (segundo o Deral/Seab) para 330 mil toneladas. A redução de área se deve aos baixos preços verificados na comercialização da safra anterior e aos preços do milho considerados remuneradores pelos produtores. A colheita já se verificou em 52% da área. As demais lavouras se encontram nas fases de floração (5%), frutificação (36%) e 59% em maturação, segundo o Deral/Seab. O frio e a seca foram os fatores que comprometeram a produção em aproximadamente 100 mil toneladas.
Preços e plantio - Os preços recebidos pelos produtores do preto aumentaram 44%, para R$ 93,00 a 94,00 a saca, e do cores 89%, para R$ 160,00 a saca. Com a realização dos leilões dos estoques do governo, nesta semana, o preço do cores recuou para R$ 156,30 a saca. O plantio da segunda safra está atrasado e foi efetuado em 10% da área inicialmente prevista em 172,6 mil hectares, segundo a CONAB. Esta área é equivalente àquela cultivada no ano anterior.
Milho 1ª safra - Os preços considerados elevados foram os responsáveis pelo aumento de 21% na área cultivada, estimada em 938,3 mil hectares, segundo a Conab. A cultura atravessa as fases de desenvolvimento vegetativo (5%), floração (30%), frutificação (50%) e em 15% a de maturação, segundo o Deral/Seab.
Estimativa - A estimativa inicial de produção de 7,40 milhões de toneladas, segundo o Deral/Seab, deverá reduzir em 20%, para 5,9 milhões de toneladas, representando uma quebra 1,5 milhão de toneladas, devido basicamente a seca. Nas áreas de maior concentração da cultura, sul e sudoeste do Estado, as precipitações estão praticamente normais. No entanto, em toda faixa do sudoeste e oeste do Estado, que margeia o rio Paraná, e também nas regiões noroeste e norte, que no conjunto concentram 40% da cultura, existiram locais com 60 dias sem precipitação, trazendo significativas quebras nos níveis de produtividade. As perdas variam de 20% a mais de 50%, dependendo da região.
Vendas - Os produtores venderam 10% da produção antecipadamente, aproveitando as elevadas cotações internacionais e internas, que apresentaram tendência de baixa durante os meses de novembro e dezembro e aumento no final de dezembro do ano passado e neste início de janeiro de 2012, devido basicamente ao mercado climático na América do Sul e as variações na taxa de câmbio. Atualmente oscilam entre R$ 22,50 a 23,10 a saca. Estas cotações estão em nível superior aos preços do produto posto Paranaguá, para exportação.
Soja - O menor custo por hectare comparativamente ao milho e a maior liquidez na comercialização não foram suficientes para compensar a expectativa de elevadas cotações do milho, resultando em redução de 4% na área cultivada da leguminosa, para 4,40 milhões de hectares, segundo a Conab. A colheita ocorreu em 2% das lavouras. Nas demais áreas, a cultura se encontra nos seguintes estágios: desenvolvimento vegetativo (12%), floração (38%), frutificação (38%), maturação (11%), segundo o Deral/Seab.
Produção - A estimativa inicial de produção de 14,13 milhões de toneladas, segundo o Deral/Seab, deverá apresentar redução entre 16% a 20% ou aproximadamente 2,5 milhão de toneladas, para 11,6 milhões de toneladas, devido ao frio e a seca. As quebras variam de 15% a 30% nas áreas onde se verificou o stress hídrico, que concentram 65% das lavouras do Estado. Foram maiores nas lavouras que plantaram as cultivares precoces e superprecoces.
Cotações - Os produtores venderam antecipadamente 20% a 25% da safra inicial, aproveitando as elevadas cotações internacionais e internas. No mês de dezembro do ano passado preços aos produtores aumentaram para R$ 40,5 a 41,0 a saca e neste início de janeiro de 2012 para R$ 41,7 a 43,50 a saca, depois de experimentarem redução no período anterior. A reação se deve ao aumento da taxa de câmbio e a expectativa de quebra de safra na América do Sul devido a seca. No Paraná, o maior déficit hídrico se verificou nas lavouras situadas em toda a faixa oeste, às margens do rio Paraná, onde locais ficaram com 60 dias sem chuva.
A queda de receita dos produtores de soja, milho e feijão, considerando as quebras citadas anteriormente, soma aproximadamente R$ 2,25 bilhões. Ressalto que o primeiro levantamento do Deral/Seab, publicado na primeira semana deste mês, evidenciou quebra de 1,0 milhão de toneladas de milho, 1,4 milhão de soja e 83 mil toneladas na primeira safra do feijão, com redução de R$ 1,5 bilhão na receita dos produtores."
(Eugenio Libreloto Stefanelo, técnico da Superintendência Regional da Conab no Paraná).
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O início da colheita de grãos confirma perdas de até 70% provocadas pela seca no Oeste e no Sudoeste do Paraná, regiões que dão início aos trabalhos de retirada da produção de verão das lavouras. Numa temporada marcada pela irregularidade climática, os agricultores discriminados pelas chuvas deverão pagar sozinhos a conta pela antecipação do cultivo e pela falta de seguro de renda e de produção.
Expedição - Em viagem desde o início da semana pelo interior do estado, a Expedição Safra Gazeta do Povo apurou que, sob um ambiente de apostas, uma safra de potencial recorde se transformou em crise. A soja precoce - que espera menos pela chuva por ficar pronta em 120 dias, duas semanas antes do prazo tradicional - tomou conta dos campos. E, como agravante, metade dos produtores não tem nenhum tipo de seguro.
Oeste - Responsáveis por 20% da soja e 10% do milho que o estado colhe no verão, os produtores do Oeste estão fazendo contas com medo do resultado. Eles temem que suas perdas ampliem a quebra estadual, inicialmente estimada em 2,5 milhões de toneladas pelos técnicos do governo paranaense. Neste momento, nem produtores nem especialistas chegam a uma conclusão sobre o estrago.
Lavouras - Entre as lavouras mais adiantadas - com rendimento definido - a Expedição Safra encontrou plantações de soja com rendimento abaixo de 1 mil quilos por hectare, menos de um terço do esperado. "Quando comecei a colher me assustei. Calculei que a produtividade chegaria a 846 quilos por hectare, mas estão saindo só 648 quilos. Parece piada", afirma Ivo Dal Maso, de Toledo.
Risco - Os agricultores assumiram o risco de cultivar soja de ciclo precoce diante do consenso que existe no setor de que essa tecnologia é a melhor opção em termos de produtividade e manejo. A própria produção de semente segue essa tendência. "Perto de 80% da área de soja do Oeste foi plantada com variedades precoces", estima o presidente do Sindicato Rural de Toledo, Nelson Paludo.
Sudoeste - O Sudoeste - a região que registrou mais dias de sol - só não foi mais afetado que o Oeste porque boa parte das lavouras de soja recebeu chuva a tempo. Parcela significativa do milho teve o plantio antecipado e escapou de danos mais severos, relatam os produtores. Mesmo assim, "lavouras de alta tecnologia com potencial para 12,5 mil quilos [do cereal] por hectare devem render 7,5 mil quilos", calcula Eucir Brocco, diretor da cooperativa Coopertradição, de Pato Branco, que abrange 290 mil hectares.
Cobertura parcial - Apesar de o Paraná ser o estado que mais contrata seguro rural, somente 50% das lavouras têm algum tipo de cobertura. O problema é que esses contratos não garantem renda aos produtores, relatam os especialistas. Predominam contratos atrelados aos valores dos financiamentos e baseados em índices de produtividade defasados, afirma o economista Pedro Loyola, da Federação da Agricultura do Paraná (Faep).
Proagro - Apesar de a colheita ainda não ter chegado a 5%, mais de 8 mil produtores já acionaram o Proagro - sistema que predomina entre os agricultores familiares - e cerca de 2 mil chamaram as operadoras do Seguro Rural - que atende a agricultura comercial. Os números se aproximam dos registrados na temporada 2008/09, quando as perdas passaram de 5 milhões de toneladas de grãos.
Variações - As pancadas de chuva que estão caindo sobre o Paraná nesta semana reacendem os ânimos. O clima estancou as perdas nas lavouras que estão em floração (perto de um terço da soja e do milho). Para muitas áreas, no entanto, que já estão com a frutificação definida ou em maturação, não há mais tempo. As precipitações que os agricultores chamam de "chuvas de manga", parecidas com mangas de camisa, devem acentuar a diferença de rendimento entre lavouras vizinhas.
Centro-Oeste - No Centro-Oeste, enquanto Aílson Santos Magalhães, de Farol, espera colher no máximo 750 quilos de soja por hectare, Antonio Cláudio de Oliveira, de Campo Mourão, ainda acredita que pode alcançar rendimento próximo ao do ano passado, de 3,5 mil quilos por hectare. Eles plantam grãos a uma distância de apenas 30 quilômetros. O produtor de Farol relata ter ficado 50 dias sem chuva. Já Oliveira conta ter recebido ao menos três rodadas de precipitações entre novembro e janeiro. "Com mais uma boa chuva, estou com a safra garantida", afirma. No caso do milho, as plantas demonstram que podem render mais de 8 mil quilos por hectare.
Noroeste - No Noroeste, os produtores contam que os investimentos em adubo e sementes de alta performance evitaram o pior. "Não tinha condição de pôr os pés na terra de tão quente que estava, mas a planta estava lá, inteira e em pé", disse Claison Silva, que cultiva 61 hectares em Iguaraçú, município vizinho a Maringá. Mesmo assim, ele descarta a previsão de rendimento igual ao do ano passado, de 3,5 mil quilos de soja por hectare. (Gazeta do Povo).
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na quarta-feira (18/01), por unanimidade, cortar a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual para 10,5% ao ano. Com isso, manteve o ritmo de queda do juro básico da economia iniciado em agosto, quando a taxa havia sido reduzida em 0,5 ponto porcentual.
Ambiente global - O Copom adotou a decisão citando os efeitos de um "ambiente global mais restritivo" e uma inflação com tendência de queda, segundo o texto. "Um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012", de menos de 5%, afirmou o BC.
IPCA - A decisão era esperada pelo governo e pelo mercado diante do esfriamento da atividade econômica mundial, que reduziu as pressões inflacionárias no Brasil, permitindo ao BC deixar de lado seu plano de taxas elevadas para conter o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com levantamento do AE Projeções, serviço da Agência Estado, de 80 instituições financeiras consultadas, 79 esperavam uma queda de 0,5 ponto porcentual, e uma apostava em corte de 0,25 ponto porcentual. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 06 e 07 de março. (Gazeta do Povo).
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As exportações das cooperativas brasileiras renderam US$ 6,1 bilhões em 2011, valor que representou um novo recorde histórico para o segmento, com crescimento de 39,8% sobre as vendas externas de 2010 (US$ 4,4 bilhões). Estão na lista dos principais produtos comercializados açúcar refinado, café em grãos, soja em grãos, açúcar em bruto, pedaços e miudezas comestíveis de frango, etanol, farelo de soja e trigo. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Desempenho - O desempenho do ano passado superou as expectativas. Ao fim do primeiro semestre a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) estimava vendas totais de até US$ 5 bilhões para o ano. As importações desse segmento somaram US$ 355 milhões, maior valor desde 2008, quando foram comprados no mercado internacional o equivalente a US$ 558 milhões. O aumento sobre 2010 foi de quase 30%.
Superávit - Com isso, o superávit da balança comercial das cooperativas foi de US$ 5,8 bilhões, alta de 40% em relação ao ano anterior. Um total de 133 cooperativas fizeram operações de comércio exterior, para 188 países. Em 2010, 150 sociedades venderam para 138 nações.
Países compradores - Na relação dos principais compradores dos produtos das cooperativas, os Estados Unidos ficaram em primeiro lugar, com US$ 739,2 milhões, representando 12% do total exportado no ano. A China ocupou a segunda colocação, quase empatada com os EUA, com US$ 736,1 milhões, 11,9% do total exportado. Em terceiro lugar ficaram os Emirados Árabes Unidos, com US$ 526,3 milhões; e em quarto lugar veio a Alemanha, com US$ 441,5 milhões. Até o primeiro semestre de 2011, a China liderava as compras, seguida de Alemanha, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos.
Produtos diversificados - A diversificação de produtos exportados para um número cada vez maior de países é, de acordo com o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, muito bem vinda. "Na exportação as cooperativas têm espalhado suas vendas. Como as sociedades são novas nesse mercado, elas tentam evitar o erro de concentração e diversificam seus mercados", disse Freitas. A tendência de crescimento, de acordo com Freitas, deverá continuar. " Os preços são bons, a demanda está em alta e os produtos são saudáveis", disse. (Valor Econômico).
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Os governos de Santa Catarina e do Paraná discutirão nesta quarta-feira (18/01), em Curitiba, as medidas para evitar a entrada do vírus da febre aftosa nos dois estados, após a confirmação, no início do mês, de um foco da doença no Paraguai, o segundo detectado no país desde setembro do ano passado.
Certificação - Santa Catarina é o único estado brasileiro com a certificação da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa sem vacinação. O status sanitário foi conquistado em 2007. O governo paranaense trabalha, há pelo menos dois anos, para ter o mesmo reconhecimento. O foco de aftosa no Paraguai, indiretamente, acaba atrapalhando os esforços do Brasil para derrubar barreiras de outros países à importação de carne e também no reconhecimento de país livre da febre aftosa com vacinação. O governo federal estabeleceu 2013 como meta para alcançar esse grau sanitário da OIE. O último foco de febre aftosa no Brasil foi registrado no fim de 2005, em Mato Grosso do Sul e que se estendeu para o Paraná.
Reunião - De acordo com Secretaria de Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, vão participar da reunião com representantes do governo paranaense o secretário-adjunto, Airton Spies, e o presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Enori Barbieri. (Gazeta do Povo).
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A falta de chuvas no início deste ano obrigou a Região Sul a aumentar em 40% a "importação" de energia do Sudeste na comparação com janeiro de 2011. Embora a seca não ofereça riscos imediatos à geração hidrelétrica, o Operador Nacional do Sistema (ONS), que administra o Sistema Interligado Nacional (SIN), pretende economizar água dos reservatórios do Sul para mantê-los em níveis seguros ao longo do ano. Isso deve garantir que os reservatórios, que hoje estão com 58% da capacidade máxima ocupada, aumentem o nível para 60% até abril, no fim da estação de chuvas.
Nível - Embora o nível atual esteja quase 15 pontos porcentuais abaixo do volume verificado no mesmo período do ano passado, os reservatórios da Região Sul estão com capacidade bem acima do nível considerado crítico - chamado de curva de aversão ao risco, estimado em 30% -, a partir do qual a segurança do abastecimento fica ameaçada. Normalmente, antes de as represas atingirem tal patamar o ONS passa a acionar as usinas de geração térmica para compensar um déficit na geração hidrelétrica.
Iguaçu - No Paraná, a Bacia do Iguaçu, que representa 55% do estoque de armazenamento da Região Sul, está com 62,7% da capacidade, nível quase 20% abaixo do verificado em janeiro do ano passado. "Mesmo considerando a situação de estiagem atípica no Sul, não há nenhum risco em relação ao suprimento de energia", garantiu o ONS, por meio da assessoria de imprensa. Segundo o órgão, o aumento do fornecimento de energia do Sudeste para o Sul é resultado natural do sistema integrado, em que a geração excedente de uma região pode compensar a escassez de outra. Ainda de acordo com o órgão, essa transferência atual de 4 mil MW médios está longe do limite operacional, que é de 6 mil MW médios. "O regime hídrico e o nível dos reservatórios no Sudeste garantem tranquilidade ao sistema", afirma o ONS.
Normalidade - A Companhia Paranaense de Energia (Copel), que é responsável por seis das oito hidrelétricas da bacia do Rio Iguaçu, avalia que, do ponto de vista energético, a situação dos reservatórios é "absolutamente normal". De acordo com a empresa, apesar da falta de chuvas, a vazão média no Rio Iguaçu, aferida na altura da usina de Foz do Areia, está em 78% da média histórica para esse período do ano. Para efeito de comparação, em situações consideradas preocupantes, essa vazão caiu para 10% da média.
Copel - De acordo com a Copel, o reservatório da usina de Foz do Areia, a maior da companhia, está com 65% da capacidade, enquanto o lago de Segredo ocupa 86% do volume máximo. Salto Caxias tem 73% de acumulação e a usina Capivari-Cachoeira (Parigot de Souza), 73%. "Isso confere total tranquilidade em relação à operação do sistema elétrico. É da rotina da operação transferir a mão do sentido de energia de acordo com o perfil do mercado naquele momento. O ONS trabalha como essa visão de conjunto para garantir que não sobre água onde está chovendo bastante e não falte água onde está chovendo pouco", disse o órgão.
Previsão do tempo - Para fazer o planejamento das operações das usinas, o ONS trabalha com previsões das vazões dos rios nas duas semanas seguintes. Para a Bacia do Rio Iguaçu, está prevista uma vazão de 82% da média histórica para o período, um cenário hidrológico superior ao verificado no mês anterior, que ficou abaixo da média, com 56%. (Gazeta do Povo).
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Se na região Sul a estiagem provocada pelo fenômeno La Niña ainda prejudica o desenvolvimento das lavouras de grãos e gera perdas bilionárias, em Mato Grosso a preocupação dos agricultores são as chuvas. A colheita de soja está no início no Estado e até agora não houve danos irreparáveis, mas se as precipitações continuarem os trabalhos serão afetados e a proliferação de pragas e doenças nas plantações tende a ganhar força.
Avaliação - Segundo avaliação do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), ligado à federação dos produtores locais (Famato), para que o previsto recorde da produção da oleaginosa nesta safra 2011/12 se concretize "será necessário aproveitar todos os períodos de clima seco para realizar as operações e toda chuva para incremento produtivo". O Imea calcula a área plantada de soja em Mato Grosso nesta temporada em quase 7 milhões de hectares, 8,9% acima de 2010/11. A produtividade está estimada em 3,174 quilos por hectare, 1,1% menor, e a colheita, se tudo der certo, deverá alcançar 22,2 milhões de toneladas, 7,8% mais que no ciclo anterior. Até novembro passado, 53,6% da colheita que está sendo iniciada já havia sido comercializada.
Vendas - De algumas semanas para cá, contudo, as vendas perderam força, sobretudo em razão da expectativa de aumento de preços em virtude da seca nos polos do Sul do Brasil e da Argentina. Nos últimos dias choveu nessas regiões, mas, mesmo na Argentina, ainda não o suficiente para reverter os prejuízos calculados. Na semana passada, a saca de 60 quilos foi negociada, em média, por R$ 39,40 na região de Sapezal (MT), com retração de 0,45% em relação à média da semana anterior.
Milho - Como as chuvas atrapalham a colheita de soja, o plantio da safrinha de milho nas mesmas áreas onde a oleaginosa foi plantada na chamada temporada de verão também não está muito animado em Mato Grosso, conforme o Imea. Mas, para alcançar as 9,8 milhões de toneladas de milho previstas para a segunda safra do cereal no Estado - a área plantada é estimada em 2,2 milhões de hectares -, é preciso que o volume de precipitações se mantenha. No mercado disponível da região de Primavera do Leste, a saca foi cotada a R$ 17, baixa de 3,4% em relação ao início da semana passada. (Valor Econômico).
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O secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, acompanhou na terça-feira (17/01) o início da duplicação da BR-277 entre Medianeira e Matelândia, no Oeste do Estado. As empresas contratadas pela concessionária Ecocataratas já começaram a instalação da sinalização de trânsito ao longo dos 14,4 quilômetros a serem duplicados. A concessionária investirá R$ 49,3 milhões no projeto. "A obra integra o programa de modernização do Anel de Integração, desenvolvido pelo Governo do Estado para aumentar a competitividade do Paraná e dar mais segurança aos usuários das rodovias", afirmou o secretário. Ele também lembrou que o Contorno de Mandaguari, na região Norte, já está em execução e que a nova pista da BR-277 em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, deve ter a construção iniciada em breve.
Cuidados no trecho - O tráfego não sofrerá bloqueio com o início das obras na BR- 277, porém é importante que os motoristas respeitem os limites de velocidade, estejam atentos à sinalização e dirijam com a atenção redobrada. "Neste primeiro momento, o trânsito na via não será interrompido. As mudanças acontecerão apenas no momento em que começarem a construção dos viadutos", disse o gerente de Engenharia da Ecocataratas, Jean Carlo Mezzomo. Além dos 14,4 quilômetros de duplicação, serão construídos três novos viadutos no perímetro urbano de Medianeira, um viaduto no Km 667 e uma nova ponte sobre o Rio Ocoy.
Diálogo - A duplicação do trecho só foi possível graças ao diálogo entre o Governo do Estado, Ecocataratas e concessionárias. "Para agilizar a duplicação no trecho mais crítico da BR-277, foi feito um termo de ajuste com a Ecocataratas enquanto as partes discutem a renegociação de todo o contrato de concessão, com inclusão de outras obras e a duplicação completa até Cascavel", afirmou o diretor de Operações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Paulo Melani. "Para renegociarmos todo o contrato de concessão, precisaríamos de mais tempo e a obra não podia mais esperar. Acordamos este primeiro trecho para o início rápido e estamos discutindo todo o restante", completou Melani. Além da duplicação até Cascavel, estão sendo propostas terceiras faixas e viadutos em Foz do Iguaçu e Guarapuava e a duplicação de 50 quilômetros entre Candói e Guarapuava. (Agência Estadual de Notícias).
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A progressiva abertura do mercado de frango na China para o Brasil ganhou forte impulso no ano passado com o bloqueio do país asiático às vendas do produto com origem nos EUA, acusados de subsídios e preços desleais pouco após o governo americano adotar medidas de defesa comercial contra os chineses. O valor das vendas de frango brasileiro cresceram quase 93% em 2011, para quase US$ 423 milhões, e o governo espera forte aumento também neste ano, quando o número de frigoríficos autorizados a vender para aquele país pode aumentar de 24 para 65.
Missão técnica - A missão de técnicos chineses que deverá credenciar mais 41 frigoríficos virá ao Brasil em março. Algumas empresas exportadoras estão otimistas. É o caso da BRF- Brasil Foods, que espera aumentar em 60% suas vendas com o credenciamento de novos frigoríficos da companhia. Mas o setor encontrou um obstáculo em dezembro, quando, a pretexto de evitar a entrada fraudulenta de frango americano, a China passou a exigir, de quem desejar acelerar a liberação de contêineres, depósito antecipado equivalente à sobretaxa aplicada aos produtores dos EUA, em até 105%.
OMC - Em setembro, os americanos iniciaram consultas que podem resultar em queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as barreiras chinesas. "Levamos um susto no ano passado. Parecia que os chineses estavam fechando o mercado, mas nos garantiram que estão totalmente abertos ao Brasil", disse ao Valor o presidente da Ubabef, a associação do setor, Francisco Turra. "É uma questão técnica, e a Ubabef é a favor de medidas contra fraudes", disse o gerente comercial da associação, Adriano Zerbini. Segundo ele, porém, há preocupação no setor, no curto prazo, e há também negociações com os chineses para facilitar eletronicamente a conferência de certificados de importação na alfândega. "No médio e longo prazo, sem dúvida existe otimismo com o mercado chinês", afirmou ele.
Estratégia - A devolução dos depósitos, conforme os dirigentes do setor, chega a demorar seis meses, o que prejudica principalmente a competitividade de exportadores de menor porte. Não se atribuem as medidas a uma possível retaliação chinesa pelas ações comerciais do Brasil contra produtos do país; mas Turra disse ter advertido o governo brasileiro a ter cautela ao lidar com as exportações chinesas, para evitar retaliações. "O governo que faça um belo exame, trabalhe criteriosamente e não se deixe levar pelas emoções", disse Turra. "Porque por um produto que importamos sem muita expressão podemos sofrer represálias em produtos que tenham grande geração de emprego aqui dentro". Os chineses já são o sexto maior mercado para o frango brasileiro, com a característica de comprar principalmente pés e asas de frango, apreciados na culinária chinesa e produtos de menor valor e menor demanda nos outros mercados.
Governo - "A China é um mercado muito interessante para carnes em geral e o último ano foi muito positivo", afirmou a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, que confirma as gestões do governo e do setor privado para evitar retenção de exportações de frango à China, no fim do ano passado. O ministério, a associação dos produtores e a Agência de Promoção de Exportações (Apex) têm feito estudo de mercado, que deve ser concluído no próximo mês, para apoiar a entrada de firmas brasileiras. "Queremos identificar o gosto dos consumidores com um foco em produtos processados, para agregar valor à pauta exportadora para a China", comenta a secretária.
Oportunidade - "Vamos buscar relação com compradores na China, canais de distribuição chineses", afirmou Tatiana Prazeres, que pretende estender a todas as empresa o que as maiores do segmento já vem fazendo com sócios chineses. "A ideia é que possamos não apenas aproveitar a janela de oportunidade [com a barreira ao frango dos EUA], mas também pavimentar o caminho para que possamos seguir vendendo", disse ela. (Valor Econômico).
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A receita cambial com exportação de carne bovina apresentou aumento de 11,65% em 2011, passando de US$ 4,814 bilhões em 2010 para US$ 5,375 bilhões, impulsionada pelo crescimento de 25,17% nos preços médios do produto no período. As informações são da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), divulgadas terça-feira (18/01). O preço da tonelada subiu quase US$ 1 mil, passando de US$ 3.913 para US$ 4.898 de 2010 para 2011.
Volume - Em volume, entretanto, houve queda de 10,80%. Os embarques totalizaram 1,097 milhão de toneladas em 2011, em comparação com 1,230 milhão de toneladas em 2010. A Abiec informa que os resultados ficaram em linha com o esperado inicialmente (receita cambial de US$ 5,3 bilhões e queda de 10% em volume).Mercado - Segundo Hyberville Neto, veterinário e consultor da Scot Consultoria, o mercado brasileiro de carne bovina está em declínio. De acordo com ele, 2011 foi um ano positivo para o setor em termos de faturamento, mas que nada se compara ao pico vivido pelo mercado até 2007, onde o País tinha volume suficiente para atender os mercados interno e externo a um preço competitivo. Hoje, o Brasil vem perdendo espaço principalmente para os Estados Unidos. Neto advertiu que a combinação de preços altos com baixa oferta prejudica cada vez mais a competitividade do Brasil. ""A carne brasileira é uma das mais caras do mundo"", observou.
Cortes - Por tipos de carne, o segmento in natura liderou os embarques com receita de US$ 4,167 bilhões, representando alta de 7,98%. No entanto, em volume, houve queda de 13,76%, com embarque de 819 mil toneladas. Esse volume representou 75% do total exportado em 2011. O segmento de carne industrializada, em volume, ficou com participação de 10%, enquanto miúdos representou 9% e tripas, 6%.Países compradores - Em termos de receita cambial, carne in natura representou 78%, industrializada 12%, tripas e miúdos 5% cada. Por região, em volume, Oriente Médio e norte da África lideraram com 32%; Rússia, Casaquistão e Bielo-Rússia, juntos, ficaram com 22%; Ásia, 19%; América Latina e Caribe, 11%; União Europeia, 10%; e África, 3%. Em faturamento, Oriente Médio e norte da África participaram com 31%, seguidos de Rússia, Casaquistão e Bielo-Rússia, que juntos representaram 20%; União Europeia, 16%; Ásia, 15%; e América Latina e Caribe, 12%. Os principais destinos, em volume, foram: Rússia (22%), Hong Kong (17%), Irã (12%), União Europeia e Egito (10% cada). Já em termos de faturamento, os principais destinos foram: Rússia (20%), União Europeia (16%), Hong Kong e Irã (13% cada) e Egito (8%). (Folha de Londrina/Com Agência Estado).
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O Paraná tem 34% de seus 399 municípios em situação de emergência por causa da falta de chuva, avaliou ontem o governo do estado. Depois de um encontro com prefeitos da Região Oeste, o governador Beto Richa (PSDB) decretou estado de emergência para 137 municípios, incluindo os 20 que já contavam com notificações e decretos municipais. Os problemas atingem em cheio a agricultura e se concentram nas regiões Oeste, Sudoeste, Sul, Centro-Oeste, Noroeste, Norte e Norte Pioneiro. Apesar de ainda não haver avaliações precisas, a Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab) estima que o estado já perdeu 2,55 milhões de toneladas de grãos (11,5% da safra de verão projetada em 22,13 milhões de toneladas), ou R$ 1,52 bilhão. Se computados os efeitos em setores que dependem do agronegócio, a cifra passaria de R$ 2 bilhões.
População - De acordo com o boletim da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, 1,35 milhão pessoas foram afetadas pela estiagem, ou 13% da população. No Rio Grande do Sul, estado ainda mais prejudicado pela falta de chuva, 282 municípios (56%) decretaram emergência e o quadro atinge 1,6 milhão de pessoas (15% da população).
Verbas - Para apoiar a região da seca no Paraná, o governo deve destinar R$ 47 milhões, entre verbas estaduais e federais, que contemplam tanto a ajuda ao produtor agrícola como a realização de obras de infraestrutura para melhorar o sistema de fornecimento de água. O decreto coletivo de situação de emergência promete agilizar o atendimento aos 137 municípios, que não teriam condições de resolver a situação apenas com recursos próprios. Segundo os produtores, as chuvas, que voltaram a cair no último fim de semana, apenas estancaram as perdas (leia abaixo).
Danos - Para receber ajuda, no entanto, as prefeituras terão de comprovar danos. "Mesmo com a decretação coletiva, cada município deve apresentar sua própria documentação e um laudo individual sobre os problemas causados pela estiagem", explica o subtenente Luiz Cláudio Trierweiler, que integra a Defesa Civil. Caso não apresente esses documentos, a cidade não deve ter acesso às verbas emergenciais.
Sudoeste - Entre as verbas a serem liberadas, R$ 15,5 milhões são destinados aos agricultores da Região Sudoeste do estado. Parte do dinheiro deve ser usada para a compra de sementes e fertilizantes - facilitando a próxima safra - e o restante no Fundo de Aval - programa que substitui avalistas em empréstimos à agricultura familiar. O governo estadual anunciou ainda, para 2012, R$ 21,5 milhões destinados à instalação de 300 sistemas comunitários de fornecimento de água, que também devem beneficiar comunidades rurais. Para esse projeto, a Sanepar vai investir R$ 10 milhões e o Programa Estadual de Águas e Saneamento Rural (Proesas) entra com R$ 11,5 milhões.
Poços artesianos - Devem ser implantados ainda 140 abastecedouros comunitários, com a perfuração de poços artesianos, instalação de bombas e reservatórios elevados e a construção de cisternas. A iniciativa deve atender comunidades rurais com problemas históricos de escassez de água e vai atender produtores de frangos, suínos, leite e hortaliças. Para essas obras, serão investidos R$ 10 milhões, com recursos do Ministério de Integração Nacional. Os municípios atingidos pela seca enfrentam problemas desde novembro de 2011. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o problema se agravou em dezembro. Em Barracão e Santa Izabel do Oeste, no Sudoeste, duas das primeiras cidades a decretarem situação de emergência, o volume de chuva em dezembro foi de 30,2 milímetros. Em Cascavel, ficou em 33,8 milímetros. Isso representa cerca de 20% do esperado (150 milímetros no mês). (Gazeta do Povo).
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A chuva dos últimos dias renovou os ânimos dos agricultores do Oeste do Paraná para o plantio da segunda safra de milho, mas chegou tarde demais para salvar a produção de milho e soja de verão. A maior parte das lavouras da oleaginosa na região foi semeada com variedades precoces e, por causa disso, não apresenta mais condições de recuperação.
Quebras - "Está sendo a pior safra de todos os tempos. Em 1978/79, quando tivemos a maior perda até hoje, colhemos 1,2 mil quilos [de soja] por hectare. Neste ano, calculamos média de 645 quilos por hectare", afirma Ivo Dal Maso, de Toledo. O agricultor conta que, na safra passada, o rendimento chegou a 3,5 mil quilos por hectare, cinco vezes mais do que agora.
Sudoeste - No Sudoeste paranaense, as plantações de grãos também foram castigadas pela seca. "Em 45 dias, desde dezembro, o quadro da produção no Sudoeste mudou. Estava tudo muito melhor do que no ano passado e todos os outros anos. Mas aí veio a seca. Nossa sorte é que a área precoce não é muito expressiva", diz Eucir Brocco, diretor da Coopertradição, de Pato Branco. Como o plantio nessa região ocorre mais tarde do que no Oeste, os agricultores acreditam que os resultados das lavouras tardias ainda podem compensar as perdas nas áreas precoces.
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O governador Beto Richa decretou na segunda-feira (16/01) situação de emergência em 137 municípios paranaenses e anunciou novas medidas para apoiar os agricultores atingidos pela seca, que desde novembro do ano passado compromete a produção agrícola e o abastecimento de água nas regiões Sudoeste, Noroeste, Centro-Sul e Oeste. As culturas mais atingidas foram milho, soja e feijão. Com o objetivo de reduzir as perdas e recuperar as plantações, o governo estadual irá aplicar R$ 21,5 milhões em 2012 na instalação de 300 sistemas comunitários de fornecimento de água em várias regiões paranaenses. São R$ 10 milhões da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e R$ 11,5 milhões do Programa Estadual de Águas e Saneamento Rural (Proesas).
Cisternas - Outra medida para o abastecimento de água é a implantação de 140 abastecedouros comunitários, com a perfuração de poços artesianos, instalação de bombas e de reservatórios elevados para 10 mil litros. As cisternas serão construídas em comunidades rurais com problemas históricos de escassez de água. A iniciativa vai atender especialmente produtores de frango, suíno, leite e hortaliças. Serão investidos R$ 10 milhões com recursos do Ministério de Integração Nacional.
Socorro - "Esse pacote de ações mostra o compromisso do governo em oferecer um socorro imediato à população atingida. Procuramos ser ágeis, pois a cada dia os prejuízos são maiores", disse o governador. Richa lembrou que na semana passada já havia autorizado a liberação de R$ 15,5 milhões para apoiar produtores do Sudoeste que também sofrem com a estiagem.
Estimativa - Segundo o último levantamento do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, a estimativa é que a estiagem comprometeu 11,5% a safra de verão do Paraná, que estava prevista para 22,13 milhões de toneladas, o que significa um prejuízo financeiro de R$ 1,52 bilhão. "Não vamos deixar o produtor desamparado. Estamos buscando recursos federais para complementar nossas ações", concluiu Richa.
Prioridade - O secretário de Agricultura, Norberto Ortigara, explicou que as ações serão destinadas prioritariamente para regiões mais atingidas e agricultores que não tem direito a receber seguro ou crédito. "Já no começo da seca o governo estava atento e tomando as medidas necessárias para reduzir o impacto. Nossa prioridade é a construção de poços para captação de água, pois esse é um método mais durável e que dará suporte para as futuras estiagens", disse o secretário.
Água - Ortigara afirma que essa água poderá ser utilizada tanto para consumo humano quanto animal e classificou a seca como uma das maiores da história do Paraná. "São medidas para apoiar os pequenos produtores. O Paraná precisa se fortalecer para combater esses problemas", disse Norberto Ortigara, citando que a estiagem comprometeu 14% da produção de milho, 10% da soja e 19% da safra de feijão.
Emergência - O governador disse ainda que a assinatura do decreto de emergência para 137 municípios abrirá novas linhas de financiamentos, créditos e recursos para serem aplicados nas cidades. "Queremos agregar mais incentivos aos produtores. Com o estado de emergência será possível acessar recursos federais da defesa civil para transporte de água (carros pipa) e alimentação", explicou Beto Richa.
Outras medidas - Na semana passada, em reunião com prefeitos do Sudoeste, o governador Beto Richa disponibilizou ajuda aos agricultores. Para a compra de insumos agrícolas (sementes e fertilizantes) serão liberados R$ 6 milhões. O apoio financeiro chega a R$ 9,5 milhões, sendo R$ 8 milhões para subvenção ao prêmio do seguro da segunda safra de milho e café, e R$ 1,5 milhão para reforçar o programa Fundo de Aval. A prioridade do governo é atender os produtores da agricultura familiar.
Vistorias - Foi anunciado que o governo também vai agilizar as vistorias em plantações para que os produtores possam solicitar ressarcimento de perdas pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o pagamento do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf). A medida também assegurar o aproveitamento das lavouras para silagem e preparação da terra para novos cultivos, como as segundas safras de milho e feijão. (Agência Estadual de Notícias).
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Depois de projetar uma das melhores safras de uva de todos os tempo, a colheita gaúcha avança com a projeção de quebra de 20%. A nova previsão foi divulgada segunda-feira (16/01) pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), que indicou produção entre 560 e 600 milhões de quilos. Na safra passada, o RS teve a maior vindima da sua história (707,2 milhões de quilos). De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Instituto, Alceu Dalle Molle, a principal causa do recuo é a estiagem que afetou o Estado, que é responsável por 90% da elaboração nacional de vinhos e 55% da produção de uvas. O granizo que atingiu parreiras, principalmente da Serra, no final do ano passado também colaborou. Mas, conforme ele, em proporções bem menores do que a seca.
Qualidade - Mesmo com o prejuízo em volume, a safra de 2012 deve ser a terceira maior da história do RS, só perdendo para a de 2011 e a de 2008, que teve a colheita de 634 milhões de quilos de uva. "A perda é irreversível. Os grãos já estão formados agora, só irão amadurecer", salienta o diretor-executivo, Carlos Raimundo Paviani. Contudo, em ano de La Niña, a qualidade será destaque. "A menor quantidade será compensada, se o clima continuar favorável, por uma excelente qualidade da matéria-prima", diz. (Agrolink/Correio do Povo).
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A paisagem da Suíça é famosa por suas montanhas cobertas de neve a maior parte do ano. Desnecessário dizer que aqui não dá para plantar um só pé de café. No entanto, o país está se tornando um dos maiores exportadores de café do mundo, com mais de US$ 1,7 bilhão em vendas entre janeiro e novembro de 2011. Para efeito de comparação, o Brasil exportou US$ 8,7 bilhões no ano passado, principalmente de café verde.
Vendas ao Brasil - O ganho da Suíça com o produto é bem maior do que com as exportações de chocolate e queijo, dois de suas produções mais famosas mundialmente.Os suíços exportam café até para o Brasil, maior produtor e exportador do mundo, e precisamente o seu principal fornecedor do grão verde.
Distorção comercial - O que a Suíça está fazendo é o que países como a Alemanha praticam há muito tempo, e ilustra uma das situações mais distorcidas do comércio mundial: importa a matéria-prima do Brasil, Colômbia e Vietnã, principalmente, agrega valor e reexporta ganhando várias vezes mais.
Estratégia - Para isso, os europeus, de maneira geral, não taxam a importação do grão, mas elevam a tarifa para a entrada do produto torrado, a fim de barrar a importação. É a chamada "escalada tarifária", no jargão do comércio internacional. A Suíça vai importar cada vez mais o café, transformá-lo em suas indústrias e reexportar. Isso em razão do sucesso internacional do Nespresso, o café em cápsula da Nestlé, hoje um dos principais produtos da companhia.
Produto - Produzido unicamente na Suíça, em duas fábricas, o Nespresso faturou mais de US$ 3 bilhões em 2010, e as vendas aumentam 20% em média por ano, graças à variedade de sabor e a um marketing pesado. O maior grupo agroalimentar mundial não revela quanto importa de café. As estatísticas do governo suíço tampouco detalham o que é exportado como torrado ou em cápsulas do Nespresso.
Números - Franz Schmit, da Associação para Promoção do Café (Procafé), com 100 membros, dá uma indicação: a Suíça reexporta um terço do café que importa. A aduana suíça confirma que entre janeiro e novembro, o país importou o equivalente a US$ 806 milhões e reexportou um terço por mais do que o dobro: cerca de US$ 1,7 bilhão. A aduana suíça registra a cada mês aumento de exportação de café. Em novembro, a alta foi de 18% em relação ao mês anterior, enquanto as vendas de chocolate aumentaram 15% (60% da produção do país é exportada).
Brasil importa café suíço - Não está claro se foi apenas o café torrado suíço ou também as cápsulas da Nestlé que tomaram o rumo de volta ao Brasil. Certo mesmo é que os brasileiros importaram mais de US$ 27 milhões do produto "made in Switzerland". Ou seja, o país do café gasta mais na importação do produto melhorado na Suíça do que com as delícias de queijos Gruyere ou Emmental ou com os melhores chocolates do mundo. É verdade que a Suíça também não produz cacau e no entanto produz chocolate. Mas, nesse caso, pelo menos contribui com leite produzido no país.
Consumo - O gosto dos suíços pelo café é ilustrado de diversas maneiras. É o segundo maior consumidor na Europa, com 9 quilos per capita anualmente, mais do que os 6 quilos consumidos pelos italianos e só perdendo para os 12 quilos bebidos pelos finlandeses. Além disso, Genebra é o centro da comercialização de commodities. As estimativas são de que até 70% do comércio internacional de café é negociado pelas tradings sediadas na cidade suíça. Estima-se que no total o setor do café na Suíça movimente anualmente quase US$ 5 bilhões, incluindo também a fabricação de máquinas modernas para o "expresso" italiano. (Valor Econômico).