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BRDE: Assembleia Legislativa homenageia banco pelos 50 anos

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EXPEDIÇÃO SAFRA I: Subsídios têm blindagem na Europa

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Eles produzem grãos e carnes com garantia de renda e estão blindados contra os ataques aos subsídios pagos na União Europeia (UE). Essa força política dos agropecuaristas europeus não se deve apenas à importância econômica e social do setor na geração de renda, na produção de alimentos e no desenvolvimento das regiões agrícolas. Uma rede de 38 mil cooperativas, que reúne 8 milhões dos 13 milhões de produtores dos 27 países do bloco, dá sustentação às bandeiras do agronegócio diante da Comissão Europeia. Num momento de ajustes na Política Agrícola Comum, essa malha de empresas reforça seu lobby protecionista, conferiu a Expedição Safra Gazeta do Povo, em viagem de 2,8 mil quilômetros pelo continente.

Base - A base da representação das cooperativas fica em Bruxelas, na Bélgica, a apenas um quilômetro da Comissão Europeia. Criadas na década de 50, a Copa (que representa os produtores) e a Cogeca (das cooperativas) completam meio século de trabalho conjunto em 2011 com uma estrutura enxuta - 50 pessoas -, porém, mais atuante do que nunca, afirma Paulo Gouveia, um dos diretores do sistema. "Temos mais de 100 reuniões por ano com a Comissão Europeia. São de duas a quatro discussões anuais sobre cada setor", revela. Três de cada dez agentes da Copa Cogeca são tradutores, especialistas na missão de conciliar interesses de diferentes países em seis idiomas.

 

Setor - Sem estatísticas que separem o que é produzido no âmbito das cooperativas e o que parte de produtores independentes, a Copa Cogeca representa todo o setor. Não só os produtores, que exploram áreas de 10 hectares em média em Portugal até fazendas de 18 mil hectares na Hungria, mas também cooperativas de peso, como a holandesa FrieslandCampina, que fatura o equivalente a R$ 21 bilhões ao ano e tenta ampliar sua renda na industrialização de lácteos. O valor é quatro vezes maior que o faturamento da maior cooperativa de produção rural do Brasil, a Coamo, com sede em Campo Mourão (PR).

 

Interesses - Os interesses dos produtores europeus estão em primeiro lugar quando o assunto é a abertura do mercado para países como o Brasil, relata o executivo Eduardo Ferreira, da Missão do Brasil na UE. Torna-se praticamente impossível para um país rebater, com sua representação diplomática, o poder de articulação política do setor junto ao comando do bloco, conta o adido agrícola brasileiro em Bruxelas Odilson Luiz Ribeiro e Silva. Esses relatos explicam a posição irredutível dos governos europeus em relação às barreiras sanitárias e ambientais no controle da entrada de produtos como a carne bovina brasileira, mesmo num momento de retomada das discussões sobre a relação comercial entre a UE e o Mercosul.

 

Reviravolta - Até a década de 90, a palavra cooperativa tinha conotação negativa na UE, segundo a própria Copa Cogeca. Os produtores temiam perder suas fazendas ao se tornarem cooperados. "A Polônia foi única exceção onde eles não enfrentaram perda de posse da terra", afirma Gouveia. Os governos freavam a criação de novas cooperativas para evitar que o drama das dissoluções se repetisse. "Hoje a Copa Cogeca conta com boa reputação e um dos lobbies mais influentes na Comissão Europeia", assume o executivo.

 

Números - Atualmente, o número de cooperativas na UE fala por si. É maior inclusive na comparação com o do Brasil. A diferença é de 38 mil para 6,7 mil, maior do que na comparação da área agrícola. Os países que integram o bloco cultivam 59 milhões de hectares na safra 2010/11, enquanto o Brasil planta 49 milhões, conforme as estatísticas oficiais. As cooperativas brasileiras representam 9 milhões de cooperados, 1 milhão a mais que as europeias, mas somente no Paraná representam mais da metade da produção rural. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

EXPEDIÇÃO SAFRA II: Na França, setor ganha reforço com a agroindustrialização

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A concentração das unidades produtivas nas mãos de investidores - que buscam escala e lucratividade - torna o agronegócio mais agressivo no celeiro agrícola da Europa, a França. E as cooperativas reforçam essa tendência ao apostarem na agroindustrialização como forma de ganhar mais expressão econômica. Há mais capital em jogo e, assim, maior pressão sobre as questões político-econômicas.

Produção - A produção cresceu 10% na última década e o desafio no campo, agora que as "últimas" áreas passaram a ser aproveitadas, é continuar evoluindo em produtividade, relata Vincent Magdelaine, diretor da Coop de France. Investimentos em pesquisas tentam driblar problemas como o estresse hídrico, atenuando os efeitos do clima, cada vez mais oscilante.

 

Produtores - As cooperativas envolvem de 10 a mais de 1 mil produtores e coletam 75% dos cereais. A meta geral é potencializar essa participação e poder de barganha, relata o executivo. A própria capacidade de armazenagem - que beira 50 milhões de toneladas - passa por ampliação, relata.

 

Novos negócios - Enquanto a Coop de France lida com as questões coletivas, as próprias cooperativas se encarregam de ampliar a estrutura agroindustrial e explorar novos negócios. A Agrial, por exemplo, quer superar em 2011 os números recordes do ano passado. Com faturamento de 2,26 bilhões de euros, o grupo teve seu melhor lucro líquido - 34,4 milhões de euros - em 2010. E 28% dos negócios vêm de um ramo que os brasileiros exploram pouco, a produção e fornecimento de legumes prontos para o consumo, em embalagens padronizadas. Nessa ala, trabalham 53% dos empregados. Enquanto expande esse negócio, o grupo explora ainda os mercados de máquinas agrícolas, sementes, insumos e bebidas.

 

Faturamento - O faturamento atingiu um patamar que permite à Agrial, pelo segundo ano consecutivo, cobrir os investimentos, que totalizam 57 milhões de euros em 2011, conforme do diretor financeiro do grupo, Philippe Galou. Nos últimos dois anos, cerca de 50 milhões de euros dos lucros foram destinados ao pagamento de financiamentos ligados aos planos de expansão. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

EXPEDIÇÃO SAFRA III: Agronegócio vira \"moeda de troca\" entre UE e Mercosul

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Na competição com os produtores europeus, os agropecuaristas brasileiros têm duas desvantagens de peso: os subsídios agrícolas e às barreiras sanitárias e tarifárias. Mesmo com custos menores, não conseguem espaço para boa parte de seus produtos na União Europeia (UE). Porém, do ponto de vista dos representantes da UE, os entraves só devem ser reduzidos à medida em que também houver mais espaço para os produtos europeus, industrializados ou não, no mercado brasileiro. O agronegócio tende a ser a moeda de troca entre UE e Mercosul nas negociações que tinham sido paralisadas em 2004 e foram retomadas no último ano. Nova rodada de discussões está programada para julho.

Prejuízo - O quadro não significa que haverá prejuízo para algum dos lados, defende o conselheiro da UE Lionel Masnildrey. Em sua avaliação, tanto o bloco europeu quanto o Mercosul possuem vantagens em muitos aspectos. O desafio é negociar melhores condições de acesso aos produtos mais competitivos, pontua.

 

Produtos brasileiros - Os conselheiros da UE reconhecem a competitividade de produtos brasileiros como a soja e o frango e afirmam que os embarques podem inclusive ser ampliados, sempre dependendo das negociações. Num cenário de aumento do consumo global, países como o Brasil são desafiados a mostrar dinamismo e aumentar a produção com qualidade, observa Tomas Garcia Azcarate.

 

Propostas concretas - As discussões devem avançar a partir do momento em que propostas concretas forem colocadas à mesa. Por enquanto, tendem a se prolongar devido à própria complexidade dos temas, conforme Patrícia Medeiros, especialista em Comércio Exterior da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O setor do leite é citado pelos especialistas como exemplo do jogo de interesses que envolve cada negociação. A UE tende a eliminar as cotas que limitam a produção por fazenda em 2014/15.

 

Preço - Essa medida deve fazer com que as regiões mais competitivas se mantenham no negócio, baixando o preço para o consumidor europeu. Por outro lado, caso falte alimento, o bloco poderá buscar suprimento em mercados externos. No Mercosul, no entanto, Brasil, Argentina e Uruguai ainda não conseguiram estabelecer um plano de exportação em comum. Essa discussão, retomada no ano passado, esbarra nas diferenças entre os sistemas produtivos e entre as leis nacionais. Enquanto isso, a pecuária brasileira enfrenta "invasão" de leite em pó argentino, mais barato que o brasileiro devido à valorização do real. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

EXPEDIÇÃO SAFRA IV: Em entrevista, assessor da Ocepar analisa cooperativismo na Europa

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Na edição desta terça-feira (14/06), o jornal Gazeta do Povo, publicou, no caderno Caminhos do Campo, uma entrevista com o assessor técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Gilson Martins, que viajou recentemente com a Expedição Safra pela Alemanha, Holanda, Bélgica e França.

Como o sistema das cooperativas da União Europeia se posiciona em relação ao Brasil?

Um dos pontos mais importantes da Copa Cogeca - que representa produtores e cooperativas da Europa - é sua força política. O lobismo que os executivos exercem na UE é muito forte. E o sistema produtivo europeu e seus representantes se contrapõem ao agronegócio brasileiro. Eles defendem seus interesses e fazem o possível para barrar o crescimento das exportações do Brasil, podem atrapalhar bastante os planos de expansão.

 

Em relação à Política Agrícola Comum, a tendência é de redução nos subsídios?

O porcentual do orçamento geral da UE destinado à sustentação da PAC pode cair, mas não deve haver redução em valores absolutos. Além disso, é preciso considerar a possibilidade de novos países entrarem no bloco. Quando isso ocorre, a PAC precisa contemplar regiões maiores e tende a ficar mais cara. E a competição por recursos é muito grande.

 

Com essa política, as cooperativas estão se fortalecendo?

Existe uma tendência de fusões, como acontece também no Brasil. As cooperativas em dificuldades se associam a outras. Em muitos casos, as fusões permitem o crescimento de todos os participantes do negócio. Por outro lado, vêm sendo impostas restrições que reduzem o número de cooperativas. Elas precisam ter uma estrutura mínima para funcionar em países como a França. Nem por isso as cooperativas estão perdendo espaço ou importância. Como no Brasil, se fortalecem acompanhando a evolução do setor produtivo e negociando juntas.

 

Existe uma tendência à concentração da produção nas mãos de menos agropecuaristas, que compram cotas ou arrendam áreas na Europa?

Existe, sim, uma preocupação com a viabilidade do cooperado. Cada vez menos pessoas querem assumir as propriedades, pela imposição de escala e até pelo grau de especialização necessário. Nessa tendência de concentração, a qualidade do cooperado é aperfeiçoada. Quem fica tem uma vocação, assume a propriedade de sua família e, muitas vezes, negócios de terceiros.

 

A política de cotas e subsídios reduz, com o tempo, a competitividade desses produtores?

O produtor europeu tem sim que ser competitivo. Com as cotas, é preciso reduzir custos dentro de um escala limitada. E a exigência de padrão é alta dentro do mercado europeu.

 

Como esse contexto interfere nas negociações com o Mercosul?

As negociações da UE com o Mercosul são a bola da vez, mas isso não significa que os debates vão deslanchar. O setor agrícola, um dos únicos com interesses em ambos os lados, têm muito a negociar. É difícil prever algum acordo com resultados práticos. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

MEIO AMBIENTE: Deputados defendem compensação a produtor que preserva

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A aprovação de mudanças no Código Florestal reacendeu, no Congresso, o debate sobre o pagamento por serviços ambientais aos produtores que preservam a natureza. Na Câmara, diferentes deputados argumentam que, em vez de se falar apenas em punição aos agricultores que desmatam áreas de preservação permanente (APPs), deveria se oferecer uma compensação aos que, por outro lado, mantêm vegetação nativa em suas propriedades.

Projetos - Atualmente, tramitam na Casa pelo menos 13 projetos de lei com algum tipo de compensação ao produtor que preserva. Grande parte dos textos vai, inclusive, ao encontro da chamada Bolsa Verde, auxílio (R$ 300, a cada trimestre) recém-lançado pelo governo para os beneficiários rurais do Bolsa Família que preservarem o meio ambiente.

 

Outras - Outras propostas são mais abrangentes, como o Projeto de Lei 1274/11, do deputado Onofre Santo Agostini (DEM-SC), que cria o Programa Nacional de Compensação por Serviços Ambientais e um fundo específico para financiá-lo. Entre os recursos destinados ao fundo estão dotações orçamentárias, doações, convênios, empréstimos, metade da arrecadação da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental, além de parte dos recursos distribuídos como compensação pela exploração de petróleo. O PL atribui ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) a competência para definir os valores a serem pagos aos prestadores de serviços ambientais.

 

Valorização - Agostini ressalta a importância de valorizar os produtores rurais que agem corretamente. "Em geral, queremos punir aqueles que não cumprem as leis e devastam a natureza. Mas nunca pensamos em compensar os que realmente preservam o ambiente", comenta o autor. O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) tem a mesma opinião: "Se alguém promoveu um benefício à natureza, como manter uma reserva legal ou uma mata ciliar, ele deve receber por isso. É o princípio do preservador-recebedor."

 

Pequenos produtores - Paulo Teixeira defende que os pequenos produtores sejam priorizados.A abrangência de um programa de pagamento por serviços ambientais, no entanto, é controversa. No PT, a orientação é que os pequenos produtores sejam priorizados na divisão de recursos para compensar quem preserva. Quem explica é o líder da bancada, deputado Paulo Teixeira (SP): "Interessa à sociedade que todos possam ter as condições de produzir e que o meio ambiente seja preservado. Nossa opinião é que o pequeno agricultor, o agricultor familiar tenha prioridade no pagamento por serviços ambientais. Os grandes já têm uma produção de grande escala, que lhes dá toda a condição da preservação, e sem gastar muito".

 

Aprovação - A maioria das propostas que tratam do pagamento por serviços ambientais (PL 792/07 e apensados) já foi aprovada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, aguardando parecer das comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Já o PL 1274/11 ainda será analisado pelos mesmos quatro colegiados. Se aprovados, os textos, que tramitam em caráter conclusivo, poderão seguir diretamente para o Senado. (Agência Câmara de Notícias)

SISTEMA OCEPAR: Diretores discutem infraestrutura com secretário Richa

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PROAGRO: A pedido da Ocepar, processos voltam a ser julgados em Curitiba

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Atendendo à solicitação do Sistema Ocepar, o Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (Mapa) retomou a realização das reuniões de julgamento dos processos do Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária) pela 5ª Turma de Julgamento Regional da Comissão Especial de Recursos - CER, em Curitiba. "A propósito, informo que determinei que referidas reuniões sejam retomadas, estando já prevista a realização de reuniões de julgamentos na sede da 5ª TJR, nessa capital,  no período de 13 a 17 do corrente, a fim de atender à demanda de pedidos de revisão de decisões de agentes do Proagro interpostos pelos interessados", afirmou o secretário de Política Agrícola, José Carlos Vaz, em resposta ao ofício encaminhado pela Ocepar.

Pedido - A entidade enviou o pedido ao Mapa no final do mês de maio, preocupada com o atraso que poderia causar a transferência para Brasília do julgamento dos processos pendentes no Estado. A mudança ocorreu a partir de março. A decisão foi tomada pelo Ministério com alegação de limitações financeiras impostas pelo Governo Federal para o custeio das viagens, hospedagens e de outros serviços. Em 2010, a 5ª Turma analisou 1.915 processos de recursos de mutuários e destes 1.376 tiveram atendimento parcial ou total de seus pleitos de indenização e 539 foram negados. No momento, a CER já conta com 272 processos analisados e pautados para a reunião que está ocorrendo nesta semana, além de cerca de 500 processos em análise por técnicos do Ministério da Agricultura.

 

Função - A CER tem como função o julgamento administrativo de recursos de produtores rurais (mutuários) interpostos quando se julgam prejudicados pela decisão dos agentes financeiros que operam com o Proagro quanto à cobertura, seja por indenizações impugnadas ou obtidas apenas parcialmente. Cabe à Comissão decidir sobre os recursos dos produtores com observância da legislação e das normas regulamentares aplicáveis ao programa. A 5ª Turma de julgamento emite decisões sobre os processos do Paraná e Santa Catarina.

RAMO CRÉDITO I: Sicoob Aliança pretende crescer em 2011

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RAMO CRÉDITO II: Programa do governo fortalece cooperativas

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O programa criado pelo governo para fortalecer as cooperativas de crédito dobrou o patrimônio líquido dessas sociedades, permitiu a injeção de R$ 5,2 bilhões de capital novo no ramo e elevou em 148% a carteira de crédito dos grupos cooperativos. Criado em 2006, o ProcapCred emprestou R$ 1,8 bilhão para cooperativas de crédito de todo o país. A linha empresta aos associados das cooperativas, o que tem reforçado um dos pilares do segmento, o vínculo permanente dos cooperados com seus grupos.

Patrimônio - "É fundamental essa linha porque alavanca o patrimônio das cooperativas, um dos principais gargalos para elevar as carteiras de crédito desse ramo", diz o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiros (OCB), Márcio Lopes de Freitas. "Daí, a necessidade de mantermos essa linha de forma permanente com recursos baratos e condições favoráveis de financiamento".

 

Carteira de empréstimos - O aumento do capital social pelos associados, por meio do ProcapCred, garantiu lastro para alavancagem da carteira de empréstimos, segundo a OCB. E melhorou o nível patrimonial desses grupos. No período entre 2006 e 2010, as cooperativas elevaram sua carteira de crédito de R$ 12,1 bilhões para R$ 30 bilhões, uma significativa expansão de 148%, segundo dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) compilados pela OCB.

 

Capital social - Nesses quatro anos, as sociedades também aumentaram o capital social de R$ 4,4 bilhões para R$ 9,6 bilhões (118%). O ProcapCred foi responsável por 15% dessa elevação. O patrimônio líquido das cooperativas deu um salto de R$ 6,2 bilhões para 13,2 bilhões (111%). O cooperativismo de crédito é composto por 1,3 mil grupos e mais de 5 milhões de associados em 40% dos municípios brasileiros.

 

Economia rural - O bom resultado indica um caminho ao governo para auxiliar no fortalecimento da economia rural por meio do cooperativismo. "Devemos chegar a R$ 800 milhões em empréstimos neste ano-safra", avalia o gerente de Cooperativismo de Crédito da OCB, Sílvio Giusti. Em 2006, foram financiados R$ 300 milhões, mesmo volume de recursos emprestados em 2007. Em 2008, houve uma paralisação da linha e em 2009, foram liberados outros R$ 400 milhões.

 

Operações - De 2006 a 2011, em 47 meses de efetiva operação, a média mensal de liberação somou R$ 17 milhões. Nesse período, as operações superaram 150 mil, com média de R$ 5,15 mil por contrato. O sucesso do programa ocorreu mesmo com um descompasso nas taxas de juros da linha apontado pela OCB. O ProcapCred tem encargos de TJLP (hoje em 6%) mais 4% ao ano - 1% para o BNDES. "Para viabilizar as operações, muitas cooperativas abrem mão dos seus 3%, mas ainda assim fica caro. É preciso reduzir isso, sair da TJLP, ir para 4% como é no Pronaf. Hoje, essa linha é três vezes mais cara, o que onera os cooperados", diz Sílvio Giusti.

 

Redução de juros - A OCB abriu negociações com o Ministério da Fazenda para reduzir os juros para o próximo ano-safra. E também solicita a ampliação do programa a cooperativas de funcionários públicos, profissionais liberais e empregados. Hoje, apenas produtores rurais e pescadores têm acesso ao ProcapCred.

 

Fontes de recursos - Além disso, afirma Giusti, o governo precisa permitir o acesso das cooperativas a fontes mais baratas de recursos, como o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e os fundos constitucionais (FCO, FNO, FNE). A medida beneficiaria os dois bancos cooperativos (Bansicoob e Bansicredi), confederações como a Unicred e 38 cooperativas centrais, dez das quais são independentes e não têm nenhum amparo no atual sistema. "Esses 13 atores beneficiaram 1 mil das 1,3 mil cooperativas de crédito", afirma Sílvio Giusti. (Valor Econômico)

FÓRUM DE MERCADO: Evento reúne 80 participantes na sede da Agrária

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SEGURO RURAL: Governo libera R$ 162,2 milhões para pagamento de pendências

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O governo federal publicou na sexta-feira (10/06) no Diário Oficial da União nota divulgando a liberação de R$ 162,2 milhões do restante a pagar da subvenção ao prêmio de seguro rural devido sobre operações contratadas em 2010. Do total de R$ 192,3 milhões em subvenções do referido ano, apenas R$ 36 milhões foram pagos. O valor atende aos setores de frutas, soja e milho, entre outras culturas. (Valor Econômico)

RAMO MINERAL: Câmara divulga estudo sobre legislação do setor

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O Sistema OCB acompanhou o lançamento do estudo "Setor Mineral Brasileiro: rumo a um novo marco legal" pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados. Proposto pelo deputado Jaime Martins (MG), integrante da Frencoop, o documento faz uma avaliação e propõe uma atualização do modelo institucional que rege o setor, a fim de torná-lo mais competitivo e sustentável. A publicação, elaborada a partir da constatação da necessidade de modernização e aperfeiçoamento da legislação do setor - que é de 1967-, apresenta uma análise do marco regulatório, em seus aspectos jurídico-constitucionais, econômicos e fiscais, e incorpora o resultado de reuniões, seminário e debates sobre o tema realizados no ano passado. Para acessar o estudo clique aqui.      

(Informe OCB)

AGRONEGÓCIO: Balança comercial do setor tem saldo positivo

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A balança comercial do agronegócio brasileiro registrou superávit de US$ 6,9 bilhões em maio. As carnes, o complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol) e o complexo soja (grão, farelo e óleo) foram responsáveis por 67 % da receita das exportações. O valor embarcado foi de US$ 8,4 bilhões (17,5% a mais que em maio de 2010).  As importações também cresceram em relação ao mesmo período do ano passado, e o montante foi de US$ 1,5 bilhão.

Valorização - "Ainda que haja uma forte apreciação do real, os produtores foram compensados pela valorização, em dólar, dos preços dos produtos do agronegócio, que permitiu bons ganhos nesta safra", explica o diretor do departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Marcelo Junqueira.

 

Complexo soja - As exportações do complexo soja totalizaram US$ 3,37 bilhões. Esse valor representa aumento de 27% se comparado com o de maio do ano passado. A soja em grão registrou aumento de 22,2% na receita em relação ao valor registrado no mesmo período de 2010 (subiu de US$ 2 bilhões para US$ 2,6 bilhões). A quantidade exportada do grão teve queda de 6,9%, mas os preços foram 31,3% superiores, o que contribuiu para elevar o valor total exportado.

 

Carnes - Já o valor exportado de carnes aumentou 14%, subindo de US$ 1,2 bilhão em maio de 2010 para US$ 1,37 bilhão em maio de 2011. A quantidade desse produto reduziu-se 3,2%, passando de 513,5 mil toneladas para 497,1 mil toneladas. Já a receita da carne de frango foi 35% superior em relação a maio de 2010 (subiu de US$ 503 milhões para US$ 679 milhões).

 

Sucroalcooleiro - Quanto ao montante das exportações do complexo sucroalcooleiro, houve redução de 9,7% em relação a maio de 2010 (passou de US$ 1 bilhão para US$ 932 milhões). A receita do açúcar embarcado caiu 7,6 % e a do álcool, 50,4%, se comparado com mesmo período do ano passado.

 

Países - Os países que se destacaram na variação do valor exportado em maio deste ano, em relação a maio de 2010, foram Tailândia (276%), Espanha (99%), Arábia Saudita (67%), Argélia (45 %), Japão (44 %) e Alemanha 41%. 

 

Importação - O Brasil importou, em valores, 53,8% a mais, na comparação com maio de 2010. Os produtos florestais, cereais e farinhas foram itens que se destacaram nas importações. A aquisição de produtos florestais, como o papel e a borracha natural, aparecem na primeira posição em valor, com US$ 302 milhões (28,5% superior às receitas registradas em maio de 2011). (Mapa)

 

Acesse mais informações sobre a Balança Comercial do Agronegócio

CENÁRIOS I: Uma década de altas para as commodities

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As commodities agrícolas terão pela frente uma década de preços elevados e grande volatilidade no mercado internacional, e o Brasil será um dos países mais beneficiados nesse cenário. É o que prevê um amplo estudo conjunto da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) que será apresentado na sexta-feira (17/06) em Paris, ao qual o Valor teve acesso.

Lançamento - O lançamento do relatório "Perspectivas Agrícolas 2011-2020" precede a reunião de ministros de Agricultura do G-20, que será realizada nos dias 22 e 23 e trará para a mesa de negociações um pacote de medidas que tentará, no médio a longo prazos, estimular o aumento da produção global e reduzir a volatilidade nos mercados de commodities agrícolas, que nos últimos anos elevaram índices inflacionários e chegaram a provocar protestos nas ruas de diversos países.

 

Patamares elevados - As duas entidades avaliam que essa impressionante volatilidade, que já entrou em seu quinto ano consecutivo, vai perdurar, e que os preços de muitas commodities básicas para a produção de alimentos deverão se manter em patamares mais elevados tanto em termos nominal como real se comparados aos da década anterior (2001-2010). A expectativa é que os custos de alimentos até declinem em relação aos níveis do início de 2011, dependendo do produto. Mas, em média e em termos reais, deverão subir até 50% no caso das carnes e 20% no dos cereais nos próximos anos. O Brasil, principal país exportador de carnes, com 20% e 25% do mercado mundial, e com boas perspectivas para o milho, por exemplo, tende a abocanhar boa parte do ganho. As projeções se baseiam em um horizonte de desaceleração do crescimento populacional, dólar fraco, preços de energia em alta e - apesar das commodities - inflação moderada.

 

Custos de produção - Os custos da produção agrícola estão em ascensão e o crescimento da produtividade sofreu uma perigosa desaceleração. Pressões sobre os recursos naturais, principalmente água e terras, aumentaram. Como as terras mais férteis já estão sendo utilizadas e mesmo declinando em algumas regiões, a produção tende a se expandir em terras marginais com menor fertilidade e maiores riscos de problemas meteorológicos.

 

Curto prazo - É verdade que, no curto prazo, a produção agrícola deverá crescer, como uma resposta natural dos produtores aos atuais preços elevados. Mas a expansão agrícola global será de modestos 1,7% ao ano, em média, ante a taxa de 2,6% da década passada. A maioria das colheitas tende a se expandir menos, especialmente no caso de oleaginosas (grupo que inclui a soja) e grãos forrageiros (milho entre eles). A pecuária manterá o ritmo dos últimos anos. Apesar de menor expansão, a produção per capital pode crescer 0,7% ao ano.

 

Preços internacionais - A desaceleração global da melhoria do rendimento de importantes culturas, entretanto, continuará a pressionar os preços internacionais, em um tabuleiro em que os maiores crescimentos da oferta virão de fornecedores que detêm boas tecnologias.

 

Fatias dos mercados - As projeções confirmam a continuidade da gradual mudança na divisão das fatias dos mercados agrícolas, que migram de países desenvolvidos para nações em desenvolvimento. À América Latina, motor do recente avanço agrícola global, deverá se unir o Leste Europeu. As duas regiões serão supridoras cada vez mais importantes nesta década. Suas áreas plantadas e produtividade deverão aumentar, e também haverá expansão para a pecuária.

 

Brasil e Argentina - OCDE e FAO estimam que, apesar do "fim do crescimento espetacular" do complexo soja (grão, farelo e óleo), Brasil e Argentina continuarão com sólidos crescimentos em oleaginosas, cereais e gado de corte, graças a custos de produção relativamente menores. A América do Norte, liderada pelos EUA, é a única região de alta renda que expandirá significativamente a agricultura. A Europa Ocidental perderá mais competitividade e produção, pressionada por preocupações ambientais, custos e limitação de terras.

 

China e Índia - Já no lado da demanda, o crescimento populacional e o aumento da renda em grandes emergentes como China e India sustentarão compras firmes de commodities. Arroz, carne, lácteos, óleos vegetais e açúcar deverão ter os maiores aumentos de consumo.

 

Bicombustíveis - O uso de matérias-primas agrícolas para biocombustíveis manterá um "crescimento robusto". Até 2020, nada menos do que 30% da produção de cana, 15% de óleos vegetais e 13% de grãos deverão virar etanol e biodiesel, num contexto em que as elevadas cotações do petróleo terminarão por viabilizar a produção de biocombustiveis mesmo sem os já combatidos subsídios estatais.

 

Produtividade - O relatório reforça que a produtividade continua a ser um influente fator na formação dos preços de colheitas. A variação no rendimento de grandes lavouras de países exportadores são uma fonte primária da volatilidade, segundo OCDE e FAO. A severa seca na Rússia e na Ucrânia no ano passado e o excesso de umidade nos EUA ilustram a rapidez com que o equilíbrio do mercado pode mudar. Além disso, o estudo aborda o maior peso dos mercados de energia na transmissão de volatilidade à agricultura, por seu peso nos custos de produção e por causa da "competição" dos biocombustíveis.

 

Desafios - As entidades destacam os desafios para enfrentar a insegurança alimentar global e as oportunidades que se abrirão aos produtores com os preços internacionais mais elevados nos próximos dez anos. Notam que períodos prolongados de preços altos da cadeia alimentar deflagram sinais de alarme sobre "instabilidade econômica e insegurança alimentar em vários países em desenvolvimento", e não descarta uma nutrição de má qualidade entre consumidores pobres.

 

Sinal positivo - Em geral, porém, OCDE e FAO concluem que preços mais elevados "são um sinal positivo e bem vindo para um setor que tem experimentado declínio real nos custos das commodities por várias décadas e podem estimular investimentos no aumento da produtividade e da produção, necessários para atender à crescente demanda por alimentos".

 

Produtores - As duas entidades ressalvam que nem sempre os incentivos trazidos por cotação internacional melhores chegam ao bolso dos produtores, em virtude de custos de transações elevados ou políticas nacionais de intervenções nos mercados. No segmento pesqueiro, a projeção é que a produção global aumentará 2,8% ao ano até 2020, bem menos do que na década passada, por causa de redução ou estagnação na captura de pescados. Até 2015, a aquicultura poderá representar mais da metade do consumo global de peixes. Os preços médios dos pescados capturados podem subir 23% até 2020, ante alta de 50% na aquicultura. (Folhapress / Valor Econômico)

CENÁRIOS II: Horizonte favorece avanço do Brasil

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O Brasil aumentará as exportações de praticamente todas as suas principais commodities agropecuárias, apesar da tendência de o real valorizado limitar o aumento dos embarques a um nível inferior ao de anos recentes, afirmam OCDE e FAO no relatório conjunto "Perspectivas Agrícolas 2011-2020". O aumento das vendas brasileiras ocorrerá em um cenário no qual o comércio agrícola mundial deverá crescer apenas 2% ao ano, em média, metade da taxa da década passada. As entidades acreditam que haverá aumentos modestos de produção nos exportadores tradicionais, de um lado, e maior produção doméstica por importadores para atender suas demandas, de outro.

Expansão substancial - Em todo caso, haverá uma expansão substancial no comércio de alguns produtos agrícolas até 2020. A expectativa é que o volume de exportação cresça mais de 20% nos casos de açúcar, arroz, grãos forrageiros e oleaginosas, principalmente o óleo de palma produzido em grande escala por Indonésia e Malásia, em mais um exemplo de que mesmo que alguns países desenvolvidos continuem exportadores dominantes de vários produtos, as fatias de mercado estão gradualmente aumentando para os emergentes.

 

Tendência - Exportadores dos principais cereais, como Rússia, Ucrânia, Cazaquistão e outros da Europa do Leste e da Asia Central tendem a avançar rapidamente, embora a partir de uma base relativamente baixa. O crescimento do comércio de carnes de alto valor agregado pelos EUA também está previsto. Já as exportações da União Europeia vão estagnar por causa da baixa produção e do euro forte. No lado das importações, espera-se um rápido crescimento na Africa do Norte e no Oriente Médio, em razão da maior renda do petróleo. Na África subsahariana, a demanda adicional não será atendida pela produção doméstica.

 

Cereais - Mas também surge um novo "ambiente" no comércio de cereais. Para o trigo, o comércio mundial é relativamente estável. Mas o grupo de exportadores tradicionais - como EUA, Canadá, Austrália, Argentina e União Europeia - está diminuindo e poderá representar menos de 60% até 2020. Já a fatia da Rússia e de outros fornecedores novos tende a aumentar para 30%.

 

Oleaginosas - A exportação de oleaginosas, por sua vez, continuará crescendo mais rapidamente do que a de outros produtos, com a América do Sul reforçando sua posição de líder mundial. No entanto, a Argentina, baseada na soja, poderá perder fatias de mercado em óleos vegetais justamente para Indonésia e Malásia, já que destina parte de sua produção para biodiesel.

 

Açúcar - As exportações de açúcar continuarão dominadas pelo Brasil, com sua fatia de mercado superior a 50% do comércio mundial e, na prática, o grande formador dos preços internacionais.

 

Carnes - No comércio de carnes, o Brasil é igualmente o exportador dominante. Mas os EUA deverão aumentar sua presença no mercado de carne bovina e se tornarem o maior exportador de carne suína. As exportações de produtos lácteos continuarão a crescer a partir da Oceania, mas outras fontes vão entrar no mercado.

 

Pescados - Os pescados, finalmente, continuarão a ser amplamente comercializados internacionalmente, com 38% da produção sendo exportada até 2020. Os países desenvolvidos serão os principais importadores, e os países em desenvolvimento, os maiores vendedores. (Valor Econômico)

SOJA I: China importa mais

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A China, maior comprador de soja do mundo, importou 4,56 milhões de toneladas de soja em maio, 17,5% a mais que os 3,88 milhões de toneladas de abril, segundo dados da Administração Geral da Alfândega da China, informados pela Reuters. As importações de maio também ficaram levemente acima das registradas no mesmo período de 2010, quando foram de 4,37 milhões de toneladas. (Valor Econômico)

CARNES: Competitividade é tema do 22º Congresso Brasileiro de Avicultura

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Os mais importantes nomes do setor avícola nacional participam da programação do 22º Congresso Brasileiro de Avicultura, evento oficial do setor avícola brasileiro, que será realizado entre 25 e 27 de outubro de 2011, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP). Com o objetivo de unir os elos da cadeia produtiva, a 22ª edição do mais importante encontro da avicultura em 2011 destacará "A Competitividade da Avicultura Brasileira" como tema principal dos debates. Para tanto, uma intensa programação de debates conjunturais será realizada nos três dias do evento, como perspectivas do comércio internacional, desafios logísticos, oportunidades para o Brasil, competitividade, entre outros. Outro destaque são as mesas-redondas técnicas, que tratarão de problemas locomotores aviários, manutenção da qualidade, estratégias nutricionais, desenvolvimento genético, entre várias questões atuais que envolvem o setor.

Nomes - Entre os nomes confirmados para o 22º Congresso Brasileiro de Avicultura estão o da senadora e presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Paulo Skaf, do presidente do USA PoultryandEggExportCouncil, Jim Sumner, de representantes do empresariado do setor, como o CEO da Brasil Foods, José Antônio do Prado Fay, e o presidente da Divisão de Aves, Suínos e Industrializados da Marfrig, Mayr Bonassi, além de especialistas técnicos de renome internacional, como Susan Watikins (Universidade do Arkansas), Edgar Oviedo (Universidade do Estado da Carolina do Norte), Ibiara Paz (Universidade Federal da Grande Dourados), Michael Kidd (Universidade do Arkansas), entre outros nomes de peso para o agronegócio

internacional.

 

Novas estratégias - De acordo com o Presidente Executivo da UBABEF, Francisco Turra, a política cambial e o aumento dos custos de produção em 2011 têm feito a avicultura nacional refletir sobre novas estratégias para incrementar sua capacidade competitiva em um cenário internacional cada vez mais hostil. "Como grande encontro do setor em 2011, o 22º Congresso Brasileiro de Avicultura será um marco fundamental para vislumbrarmos caminhos para a manutenção da liderança de nossa avicultura no setor de cárneos, e a expansão da atividade em segmentos produtivos com excelente potencial, como o de ovos e ovo-produto", ressalta Turra. (Com informações da assessoria de imprensa da UBABEF)

BIOCOMBUSTÍVEL: ANP divulga propostas sobre novo marco do etanol

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A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou na sexta-feira (10/06) suas primeiras propostas para alterações na forma como o mercado de etanol é regido no Brasil, com o objetivo de buscar maior segurança no abastecimento. A agência colocou em consulta pública duas minutas com propostas para alterações no mercado, dando ênfase no controle da comercialização de etanol anidro e gasolina pura, assim como níveis de estoques de etanol anidro tanto nas usinas como nas distribuidoras de combustíveis.

Movimentos - A abertura da consulta pública dá continuidade aos movimentos que o governo federal iniciou no setor de etanol após os problemas no início do ano com falta de produto e disparadas nos preços, principalmente do etanol anidro, tipo que é misturado à gasolina. As elevações nos valores do etanol anidro nos primeiros meses do ano influenciaram também os valores da gasolina, já que ela é vendida no Brasil com adição de 25 por cento de anidro, e elevaram pressões inflacionárias em um momento em que o governo já se debatia para segurar aumentos de preços.

 

Estoques - Em uma das minutas publicadas na sexta-feira (10/06), a ANP trata de volume mínimo de estoque de etanol anidro nas usinas. "O produtor de etanol anidro deverá possuir, em 1o de março de cada ano, estoque em volume compatível com, no mínimo, 8 por cento de sua produção de etanol anidro no período de abril, do ano anterior, a fevereiro do ano corrente... a fim de garantir o suprimento deste produto no período de entressafra da cana-de-açúcar", informou.

 

Acompanhamento - Os níveis de produção das usinas serão acompanhados pela ANP por sistemas já existentes ou por outro sistema eletrônico que venha a ser criado.  Da mesma forma, a ANP cobrou estoques de anidro em distribuidores. Segundo a agência reguladora, eles deverão possuir em 1o de março de cada ano estoque em volume compatível com, no mínimo, 15 dias de sua comercialização média de gasolina C (já com álcool), no período anterior de novembro a janeiro, a fim de garantir o suprimento do produto no período de entressafra da cana.

 

Compras - A ANP também propôs nas minutas um sistema de acompanhamento das compras de etanol pelos distribuidores e condicionou a venda de gasolina A - combustível ainda puro, sem etanol - para essas distribuidoras à comprovação de que possuem volumes suficientes de anidro para a mistura. "A não comprovação de aquisição de etanol anidro combustível... para atendimento ao percentual de mistura obrigatória vigente, compatível com a comercialização de gasolina C no mesmo período do ano anterior, acarretará a suspensão do fornecimento de gasolina A", disse a ANP.

 

Produção - As propostas não trouxeram, no entanto, menções mais explícitas a controles de produção, além das indiretamente ligadas aos estoques. Donos de usinas, corretores, distribuidores e outros participantes do mercado poderão encaminhar sugestões no prazo de 20 dias. (Reuters / Agrolink)

PARANÁ COMPETITIVO: Programa atrai investimentos de R$ 1,3 bilhão

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Em menos de seis meses de criação, o programa Paraná Competitivo já atraiu investimentos de R$ 1,3 bilhão ao Estado. A informação foi dada nesta sexta-feira (10/06) pelo governador Beto Richa durante visita a Pato Branco, no sudoeste paranaense. "Temos uma política fiscal moderna, segurança jurídica e estamos abertos ao diálogo com todos aqueles que quiserem investir no nosso Estado", disse Richa.

Negociações - De acordo com o governador, os valores anunciados fazem parte de negociações que estão sendo realizadas com diversas empresas para a implantação de novos empreendimentos ou ampliação de plantas industriais. "Estes primeiros números revelam o bom ambiente de negócios criado no Paraná", destacou Richa. Richa reforça que a nova política torna mais flexível a negociação com os investidores, mas ressalta que todo incentivo concedido sempre leva em conta os interesses do Estado. "Estamos analisando os casos individualmente, levando em conta as necessidades dos empresários e os interesses do Estado", afirmou o governador.

 

Empreendimentos - Entre os empreendimentos está a construção de uma usina de biodiesel na Lapa, região metropolitana de Curitiba. O investimento da Potencial Petróleo na planta paranaense será de R$ 88,5 milhões. Nesta segunda-feira o governador e o secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, vão ao município para lançar a pedra fundamental da obra. Outro exemplo de investimento apoiado pelo programa Paraná Competitivo é o da Sumitomo, indústria japonesa de pneus que confirmou a instalação de uma unidade no município de Fazenda Rio Grande. O projeto prevê a aplicação de R$ 560 milhões. Além destes, também se destaca a ampliação da planta da Arauco, em Jaguariaíva, que receberá um aporte financeiro de R$ 272 milhões. Já a chilena BO Packaging, anunciou a fabricação de embalagens recicláveis em Ponta Grossa. Para isso, vai investir R$ 112 milhões no município.

 

Protocolo - O secretário Ricardo Barros lembra que a Potencial foi o primeiro negócio formalmente enquadrado no programa Paraná Competitivo. O protocolo de intenções entre o Governo e a empresa foi assinado em fevereiro deste ano. "Hoje temos cerca de 65 grupos empresariais em negociação e estamos disputando empreendimentos em todos os setores", afirma. Barros informa que entre os empreendimentos em negociação pelo Governo do Paraná estão empresas dos setores de bebidas, construção civil, eletrônicos, automotivo e autopeças, máquinas pesadas, alimentação, agroindústria, metal-mecânica, papel, madeira entre outros. "O Paraná possui hoje o melhor ambiente de negócios no país", acrescenta Ricardo Barros.

 

Política fiscal - O Paraná Competitivo modernizou a política de incentivos fiscais do Paraná. A principal ação é o diferimento do ICMS incremental que varia entre 10% a 90 %. Antes esse valor era fixo e estabelecido por região. O índice a ser aplicado é definido nos comitês formados por técnicos e secretários de Estado. Também há um conselho consultivo formado por entidades representativas da indústria, comércio, agricultura, transporte e das cooperativas.

 

Dilatação - Outra modificação foi em relação ao prazo de dilação do ICMS. Antes fixado por decreto, o tempo de dilação era de quatro anos, mais quatro para o pagamento. Com a nova política esse período foi flexibilizado e agora varia de dois a oito anos, com até oito anos para recolhimento. "Não há renúncia fiscal por parte do Estado. As alterações possibilitam às empresas formar capital de giro que pode ser decisivo para o sucesso do negócio", explica Ricardo Barros. O IMCS que incide sobre energia elétrica e gás natural também acompanha a mesma lógica.

 

Usina de biodiesel - A previsão da Potencial Petróleo é de alcançar uma receita de R$ 350 milhões por ano com a produção de biodiesel B100, o que deve aumentar o PIB da Lapa em aproximadamente 30%. O biodiesel é um produto biodegradável, não é tóxico e é uma fonte de energia renovável. A usina será totalmente automatizada e poderá produzir também óleo comestível refinado. Para produzir 170 milhões de litros de biodiesel por ano serão necessárias aproximadamente 700 mil toneladas de soja, o equivalente a 5% da produção do Paraná.

 

Ação conjunta - Por meio de uma ação conjunta com o Ministério do Desenvolvimento Agrário a empresa vai incentivar agricultores familiares a fornecer matéria-prima (soja, sebo bovino, óleo de cozinha usado) à usina . O projeto "Selo Combustível Social" deve atingir mais de 7 mil famílias da Lapa e de cidades próximas, com o pagamento adicional por saca de soja adquirida desses produtores. (AEN)