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O programa criado pelo governo para fortalecer as cooperativas de crédito dobrou o patrimônio líquido dessas sociedades, permitiu a injeção de R$ 5,2 bilhões de capital novo no ramo e elevou em 148% a carteira de crédito dos grupos cooperativos. Criado em 2006, o ProcapCred emprestou R$ 1,8 bilhão para cooperativas de crédito de todo o país. A linha empresta aos associados das cooperativas, o que tem reforçado um dos pilares do segmento, o vínculo permanente dos cooperados com seus grupos.
Patrimônio - "É fundamental essa linha porque alavanca o patrimônio das cooperativas, um dos principais gargalos para elevar as carteiras de crédito desse ramo", diz o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiros (OCB), Márcio Lopes de Freitas. "Daí, a necessidade de mantermos essa linha de forma permanente com recursos baratos e condições favoráveis de financiamento".
Carteira de empréstimos - O aumento do capital social pelos associados, por meio do ProcapCred, garantiu lastro para alavancagem da carteira de empréstimos, segundo a OCB. E melhorou o nível patrimonial desses grupos. No período entre 2006 e 2010, as cooperativas elevaram sua carteira de crédito de R$ 12,1 bilhões para R$ 30 bilhões, uma significativa expansão de 148%, segundo dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) compilados pela OCB.
Capital social - Nesses quatro anos, as sociedades também aumentaram o capital social de R$ 4,4 bilhões para R$ 9,6 bilhões (118%). O ProcapCred foi responsável por 15% dessa elevação. O patrimônio líquido das cooperativas deu um salto de R$ 6,2 bilhões para 13,2 bilhões (111%). O cooperativismo de crédito é composto por 1,3 mil grupos e mais de 5 milhões de associados em 40% dos municípios brasileiros.
Economia rural - O bom resultado indica um caminho ao governo para auxiliar no fortalecimento da economia rural por meio do cooperativismo. "Devemos chegar a R$ 800 milhões em empréstimos neste ano-safra", avalia o gerente de Cooperativismo de Crédito da OCB, Sílvio Giusti. Em 2006, foram financiados R$ 300 milhões, mesmo volume de recursos emprestados em 2007. Em 2008, houve uma paralisação da linha e em 2009, foram liberados outros R$ 400 milhões.
Operações - De 2006 a 2011, em 47 meses de efetiva operação, a média mensal de liberação somou R$ 17 milhões. Nesse período, as operações superaram 150 mil, com média de R$ 5,15 mil por contrato. O sucesso do programa ocorreu mesmo com um descompasso nas taxas de juros da linha apontado pela OCB. O ProcapCred tem encargos de TJLP (hoje em 6%) mais 4% ao ano - 1% para o BNDES. "Para viabilizar as operações, muitas cooperativas abrem mão dos seus 3%, mas ainda assim fica caro. É preciso reduzir isso, sair da TJLP, ir para 4% como é no Pronaf. Hoje, essa linha é três vezes mais cara, o que onera os cooperados", diz Sílvio Giusti.
Redução de juros - A OCB abriu negociações com o Ministério da Fazenda para reduzir os juros para o próximo ano-safra. E também solicita a ampliação do programa a cooperativas de funcionários públicos, profissionais liberais e empregados. Hoje, apenas produtores rurais e pescadores têm acesso ao ProcapCred.
Fontes de recursos - Além disso, afirma Giusti, o governo precisa permitir o acesso das cooperativas a fontes mais baratas de recursos, como o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e os fundos constitucionais (FCO, FNO, FNE). A medida beneficiaria os dois bancos cooperativos (Bansicoob e Bansicredi), confederações como a Unicred e 38 cooperativas centrais, dez das quais são independentes e não têm nenhum amparo no atual sistema. "Esses 13 atores beneficiaram 1 mil das 1,3 mil cooperativas de crédito", afirma Sílvio Giusti. (Valor Econômico)
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O governo federal publicou na sexta-feira (10/06) no Diário Oficial da União nota divulgando a liberação de R$ 162,2 milhões do restante a pagar da subvenção ao prêmio de seguro rural devido sobre operações contratadas em 2010. Do total de R$ 192,3 milhões em subvenções do referido ano, apenas R$ 36 milhões foram pagos. O valor atende aos setores de frutas, soja e milho, entre outras culturas. (Valor Econômico)
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O Sistema OCB acompanhou o lançamento do estudo "Setor Mineral Brasileiro: rumo a um novo marco legal" pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados. Proposto pelo deputado Jaime Martins (MG), integrante da Frencoop, o documento faz uma avaliação e propõe uma atualização do modelo institucional que rege o setor, a fim de torná-lo mais competitivo e sustentável. A publicação, elaborada a partir da constatação da necessidade de modernização e aperfeiçoamento da legislação do setor - que é de 1967-, apresenta uma análise do marco regulatório, em seus aspectos jurídico-constitucionais, econômicos e fiscais, e incorpora o resultado de reuniões, seminário e debates sobre o tema realizados no ano passado. Para acessar o estudo clique aqui.
(Informe OCB)
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A balança comercial do agronegócio brasileiro registrou superávit de US$ 6,9 bilhões em maio. As carnes, o complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol) e o complexo soja (grão, farelo e óleo) foram responsáveis por 67 % da receita das exportações. O valor embarcado foi de US$ 8,4 bilhões (17,5% a mais que em maio de 2010). As importações também cresceram em relação ao mesmo período do ano passado, e o montante foi de US$ 1,5 bilhão.
Valorização - "Ainda que haja uma forte apreciação do real, os produtores foram compensados pela valorização, em dólar, dos preços dos produtos do agronegócio, que permitiu bons ganhos nesta safra", explica o diretor do departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Marcelo Junqueira.
Complexo soja - As exportações do complexo soja totalizaram US$ 3,37 bilhões. Esse valor representa aumento de 27% se comparado com o de maio do ano passado. A soja em grão registrou aumento de 22,2% na receita em relação ao valor registrado no mesmo período de 2010 (subiu de US$ 2 bilhões para US$ 2,6 bilhões). A quantidade exportada do grão teve queda de 6,9%, mas os preços foram 31,3% superiores, o que contribuiu para elevar o valor total exportado.
Carnes - Já o valor exportado de carnes aumentou 14%, subindo de US$ 1,2 bilhão em maio de 2010 para US$ 1,37 bilhão em maio de 2011. A quantidade desse produto reduziu-se 3,2%, passando de 513,5 mil toneladas para 497,1 mil toneladas. Já a receita da carne de frango foi 35% superior em relação a maio de 2010 (subiu de US$ 503 milhões para US$ 679 milhões).
Sucroalcooleiro - Quanto ao montante das exportações do complexo sucroalcooleiro, houve redução de 9,7% em relação a maio de 2010 (passou de US$ 1 bilhão para US$ 932 milhões). A receita do açúcar embarcado caiu 7,6 % e a do álcool, 50,4%, se comparado com mesmo período do ano passado.
Países - Os países que se destacaram na variação do valor exportado em maio deste ano, em relação a maio de 2010, foram Tailândia (276%), Espanha (99%), Arábia Saudita (67%), Argélia (45 %), Japão (44 %) e Alemanha 41%.
Importação - O Brasil importou, em valores, 53,8% a mais, na comparação com maio de 2010. Os produtos florestais, cereais e farinhas foram itens que se destacaram nas importações. A aquisição de produtos florestais, como o papel e a borracha natural, aparecem na primeira posição em valor, com US$ 302 milhões (28,5% superior às receitas registradas em maio de 2011). (Mapa)
Acesse mais informações sobre a Balança Comercial do Agronegócio
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As commodities agrícolas terão pela frente uma década de preços elevados e grande volatilidade no mercado internacional, e o Brasil será um dos países mais beneficiados nesse cenário. É o que prevê um amplo estudo conjunto da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) que será apresentado na sexta-feira (17/06) em Paris, ao qual o Valor teve acesso.
Lançamento - O lançamento do relatório "Perspectivas Agrícolas 2011-2020" precede a reunião de ministros de Agricultura do G-20, que será realizada nos dias 22 e 23 e trará para a mesa de negociações um pacote de medidas que tentará, no médio a longo prazos, estimular o aumento da produção global e reduzir a volatilidade nos mercados de commodities agrícolas, que nos últimos anos elevaram índices inflacionários e chegaram a provocar protestos nas ruas de diversos países.
Patamares elevados - As duas entidades avaliam que essa impressionante volatilidade, que já entrou em seu quinto ano consecutivo, vai perdurar, e que os preços de muitas commodities básicas para a produção de alimentos deverão se manter em patamares mais elevados tanto em termos nominal como real se comparados aos da década anterior (2001-2010). A expectativa é que os custos de alimentos até declinem em relação aos níveis do início de 2011, dependendo do produto. Mas, em média e em termos reais, deverão subir até 50% no caso das carnes e 20% no dos cereais nos próximos anos. O Brasil, principal país exportador de carnes, com 20% e 25% do mercado mundial, e com boas perspectivas para o milho, por exemplo, tende a abocanhar boa parte do ganho. As projeções se baseiam em um horizonte de desaceleração do crescimento populacional, dólar fraco, preços de energia em alta e - apesar das commodities - inflação moderada.
Custos de produção - Os custos da produção agrícola estão em ascensão e o crescimento da produtividade sofreu uma perigosa desaceleração. Pressões sobre os recursos naturais, principalmente água e terras, aumentaram. Como as terras mais férteis já estão sendo utilizadas e mesmo declinando em algumas regiões, a produção tende a se expandir em terras marginais com menor fertilidade e maiores riscos de problemas meteorológicos.
Curto prazo - É verdade que, no curto prazo, a produção agrícola deverá crescer, como uma resposta natural dos produtores aos atuais preços elevados. Mas a expansão agrícola global será de modestos 1,7% ao ano, em média, ante a taxa de 2,6% da década passada. A maioria das colheitas tende a se expandir menos, especialmente no caso de oleaginosas (grupo que inclui a soja) e grãos forrageiros (milho entre eles). A pecuária manterá o ritmo dos últimos anos. Apesar de menor expansão, a produção per capital pode crescer 0,7% ao ano.
Preços internacionais - A desaceleração global da melhoria do rendimento de importantes culturas, entretanto, continuará a pressionar os preços internacionais, em um tabuleiro em que os maiores crescimentos da oferta virão de fornecedores que detêm boas tecnologias.
Fatias dos mercados - As projeções confirmam a continuidade da gradual mudança na divisão das fatias dos mercados agrícolas, que migram de países desenvolvidos para nações em desenvolvimento. À América Latina, motor do recente avanço agrícola global, deverá se unir o Leste Europeu. As duas regiões serão supridoras cada vez mais importantes nesta década. Suas áreas plantadas e produtividade deverão aumentar, e também haverá expansão para a pecuária.
Brasil e Argentina - OCDE e FAO estimam que, apesar do "fim do crescimento espetacular" do complexo soja (grão, farelo e óleo), Brasil e Argentina continuarão com sólidos crescimentos em oleaginosas, cereais e gado de corte, graças a custos de produção relativamente menores. A América do Norte, liderada pelos EUA, é a única região de alta renda que expandirá significativamente a agricultura. A Europa Ocidental perderá mais competitividade e produção, pressionada por preocupações ambientais, custos e limitação de terras.
China e Índia - Já no lado da demanda, o crescimento populacional e o aumento da renda em grandes emergentes como China e India sustentarão compras firmes de commodities. Arroz, carne, lácteos, óleos vegetais e açúcar deverão ter os maiores aumentos de consumo.
Bicombustíveis - O uso de matérias-primas agrícolas para biocombustíveis manterá um "crescimento robusto". Até 2020, nada menos do que 30% da produção de cana, 15% de óleos vegetais e 13% de grãos deverão virar etanol e biodiesel, num contexto em que as elevadas cotações do petróleo terminarão por viabilizar a produção de biocombustiveis mesmo sem os já combatidos subsídios estatais.
Produtividade - O relatório reforça que a produtividade continua a ser um influente fator na formação dos preços de colheitas. A variação no rendimento de grandes lavouras de países exportadores são uma fonte primária da volatilidade, segundo OCDE e FAO. A severa seca na Rússia e na Ucrânia no ano passado e o excesso de umidade nos EUA ilustram a rapidez com que o equilíbrio do mercado pode mudar. Além disso, o estudo aborda o maior peso dos mercados de energia na transmissão de volatilidade à agricultura, por seu peso nos custos de produção e por causa da "competição" dos biocombustíveis.
Desafios - As entidades destacam os desafios para enfrentar a insegurança alimentar global e as oportunidades que se abrirão aos produtores com os preços internacionais mais elevados nos próximos dez anos. Notam que períodos prolongados de preços altos da cadeia alimentar deflagram sinais de alarme sobre "instabilidade econômica e insegurança alimentar em vários países em desenvolvimento", e não descarta uma nutrição de má qualidade entre consumidores pobres.
Sinal positivo - Em geral, porém, OCDE e FAO concluem que preços mais elevados "são um sinal positivo e bem vindo para um setor que tem experimentado declínio real nos custos das commodities por várias décadas e podem estimular investimentos no aumento da produtividade e da produção, necessários para atender à crescente demanda por alimentos".
Produtores - As duas entidades ressalvam que nem sempre os incentivos trazidos por cotação internacional melhores chegam ao bolso dos produtores, em virtude de custos de transações elevados ou políticas nacionais de intervenções nos mercados. No segmento pesqueiro, a projeção é que a produção global aumentará 2,8% ao ano até 2020, bem menos do que na década passada, por causa de redução ou estagnação na captura de pescados. Até 2015, a aquicultura poderá representar mais da metade do consumo global de peixes. Os preços médios dos pescados capturados podem subir 23% até 2020, ante alta de 50% na aquicultura. (Folhapress / Valor Econômico)
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O Brasil aumentará as exportações de praticamente todas as suas principais commodities agropecuárias, apesar da tendência de o real valorizado limitar o aumento dos embarques a um nível inferior ao de anos recentes, afirmam OCDE e FAO no relatório conjunto "Perspectivas Agrícolas 2011-2020". O aumento das vendas brasileiras ocorrerá em um cenário no qual o comércio agrícola mundial deverá crescer apenas 2% ao ano, em média, metade da taxa da década passada. As entidades acreditam que haverá aumentos modestos de produção nos exportadores tradicionais, de um lado, e maior produção doméstica por importadores para atender suas demandas, de outro.
Expansão substancial - Em todo caso, haverá uma expansão substancial no comércio de alguns produtos agrícolas até 2020. A expectativa é que o volume de exportação cresça mais de 20% nos casos de açúcar, arroz, grãos forrageiros e oleaginosas, principalmente o óleo de palma produzido em grande escala por Indonésia e Malásia, em mais um exemplo de que mesmo que alguns países desenvolvidos continuem exportadores dominantes de vários produtos, as fatias de mercado estão gradualmente aumentando para os emergentes.
Tendência - Exportadores dos principais cereais, como Rússia, Ucrânia, Cazaquistão e outros da Europa do Leste e da Asia Central tendem a avançar rapidamente, embora a partir de uma base relativamente baixa. O crescimento do comércio de carnes de alto valor agregado pelos EUA também está previsto. Já as exportações da União Europeia vão estagnar por causa da baixa produção e do euro forte. No lado das importações, espera-se um rápido crescimento na Africa do Norte e no Oriente Médio, em razão da maior renda do petróleo. Na África subsahariana, a demanda adicional não será atendida pela produção doméstica.
Cereais - Mas também surge um novo "ambiente" no comércio de cereais. Para o trigo, o comércio mundial é relativamente estável. Mas o grupo de exportadores tradicionais - como EUA, Canadá, Austrália, Argentina e União Europeia - está diminuindo e poderá representar menos de 60% até 2020. Já a fatia da Rússia e de outros fornecedores novos tende a aumentar para 30%.
Oleaginosas - A exportação de oleaginosas, por sua vez, continuará crescendo mais rapidamente do que a de outros produtos, com a América do Sul reforçando sua posição de líder mundial. No entanto, a Argentina, baseada na soja, poderá perder fatias de mercado em óleos vegetais justamente para Indonésia e Malásia, já que destina parte de sua produção para biodiesel.
Açúcar - As exportações de açúcar continuarão dominadas pelo Brasil, com sua fatia de mercado superior a 50% do comércio mundial e, na prática, o grande formador dos preços internacionais.
Carnes - No comércio de carnes, o Brasil é igualmente o exportador dominante. Mas os EUA deverão aumentar sua presença no mercado de carne bovina e se tornarem o maior exportador de carne suína. As exportações de produtos lácteos continuarão a crescer a partir da Oceania, mas outras fontes vão entrar no mercado.
Pescados - Os pescados, finalmente, continuarão a ser amplamente comercializados internacionalmente, com 38% da produção sendo exportada até 2020. Os países desenvolvidos serão os principais importadores, e os países em desenvolvimento, os maiores vendedores. (Valor Econômico)
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A China, maior comprador de soja do mundo, importou 4,56 milhões de toneladas de soja em maio, 17,5% a mais que os 3,88 milhões de toneladas de abril, segundo dados da Administração Geral da Alfândega da China, informados pela Reuters. As importações de maio também ficaram levemente acima das registradas no mesmo período de 2010, quando foram de 4,37 milhões de toneladas. (Valor Econômico)
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Os mais importantes nomes do setor avícola nacional participam da programação do 22º Congresso Brasileiro de Avicultura, evento oficial do setor avícola brasileiro, que será realizado entre 25 e 27 de outubro de 2011, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP). Com o objetivo de unir os elos da cadeia produtiva, a 22ª edição do mais importante encontro da avicultura em 2011 destacará "A Competitividade da Avicultura Brasileira" como tema principal dos debates. Para tanto, uma intensa programação de debates conjunturais será realizada nos três dias do evento, como perspectivas do comércio internacional, desafios logísticos, oportunidades para o Brasil, competitividade, entre outros. Outro destaque são as mesas-redondas técnicas, que tratarão de problemas locomotores aviários, manutenção da qualidade, estratégias nutricionais, desenvolvimento genético, entre várias questões atuais que envolvem o setor.
Nomes - Entre os nomes confirmados para o 22º Congresso Brasileiro de Avicultura estão o da senadora e presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Paulo Skaf, do presidente do USA PoultryandEggExportCouncil, Jim Sumner, de representantes do empresariado do setor, como o CEO da Brasil Foods, José Antônio do Prado Fay, e o presidente da Divisão de Aves, Suínos e Industrializados da Marfrig, Mayr Bonassi, além de especialistas técnicos de renome internacional, como Susan Watikins (Universidade do Arkansas), Edgar Oviedo (Universidade do Estado da Carolina do Norte), Ibiara Paz (Universidade Federal da Grande Dourados), Michael Kidd (Universidade do Arkansas), entre outros nomes de peso para o agronegócio
internacional.
Novas estratégias - De acordo com o Presidente Executivo da UBABEF, Francisco Turra, a política cambial e o aumento dos custos de produção em 2011 têm feito a avicultura nacional refletir sobre novas estratégias para incrementar sua capacidade competitiva em um cenário internacional cada vez mais hostil. "Como grande encontro do setor em 2011, o 22º Congresso Brasileiro de Avicultura será um marco fundamental para vislumbrarmos caminhos para a manutenção da liderança de nossa avicultura no setor de cárneos, e a expansão da atividade em segmentos produtivos com excelente potencial, como o de ovos e ovo-produto", ressalta Turra. (Com informações da assessoria de imprensa da UBABEF)
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A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou na sexta-feira (10/06) suas primeiras propostas para alterações na forma como o mercado de etanol é regido no Brasil, com o objetivo de buscar maior segurança no abastecimento. A agência colocou em consulta pública duas minutas com propostas para alterações no mercado, dando ênfase no controle da comercialização de etanol anidro e gasolina pura, assim como níveis de estoques de etanol anidro tanto nas usinas como nas distribuidoras de combustíveis.
Movimentos - A abertura da consulta pública dá continuidade aos movimentos que o governo federal iniciou no setor de etanol após os problemas no início do ano com falta de produto e disparadas nos preços, principalmente do etanol anidro, tipo que é misturado à gasolina. As elevações nos valores do etanol anidro nos primeiros meses do ano influenciaram também os valores da gasolina, já que ela é vendida no Brasil com adição de 25 por cento de anidro, e elevaram pressões inflacionárias em um momento em que o governo já se debatia para segurar aumentos de preços.
Estoques - Em uma das minutas publicadas na sexta-feira (10/06), a ANP trata de volume mínimo de estoque de etanol anidro nas usinas. "O produtor de etanol anidro deverá possuir, em 1o de março de cada ano, estoque em volume compatível com, no mínimo, 8 por cento de sua produção de etanol anidro no período de abril, do ano anterior, a fevereiro do ano corrente... a fim de garantir o suprimento deste produto no período de entressafra da cana-de-açúcar", informou.
Acompanhamento - Os níveis de produção das usinas serão acompanhados pela ANP por sistemas já existentes ou por outro sistema eletrônico que venha a ser criado. Da mesma forma, a ANP cobrou estoques de anidro em distribuidores. Segundo a agência reguladora, eles deverão possuir em 1o de março de cada ano estoque em volume compatível com, no mínimo, 15 dias de sua comercialização média de gasolina C (já com álcool), no período anterior de novembro a janeiro, a fim de garantir o suprimento do produto no período de entressafra da cana.
Compras - A ANP também propôs nas minutas um sistema de acompanhamento das compras de etanol pelos distribuidores e condicionou a venda de gasolina A - combustível ainda puro, sem etanol - para essas distribuidoras à comprovação de que possuem volumes suficientes de anidro para a mistura. "A não comprovação de aquisição de etanol anidro combustível... para atendimento ao percentual de mistura obrigatória vigente, compatível com a comercialização de gasolina C no mesmo período do ano anterior, acarretará a suspensão do fornecimento de gasolina A", disse a ANP.
Produção - As propostas não trouxeram, no entanto, menções mais explícitas a controles de produção, além das indiretamente ligadas aos estoques. Donos de usinas, corretores, distribuidores e outros participantes do mercado poderão encaminhar sugestões no prazo de 20 dias. (Reuters / Agrolink)
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Em menos de seis meses de criação, o programa Paraná Competitivo já atraiu investimentos de R$ 1,3 bilhão ao Estado. A informação foi dada nesta sexta-feira (10/06) pelo governador Beto Richa durante visita a Pato Branco, no sudoeste paranaense. "Temos uma política fiscal moderna, segurança jurídica e estamos abertos ao diálogo com todos aqueles que quiserem investir no nosso Estado", disse Richa.
Negociações - De acordo com o governador, os valores anunciados fazem parte de negociações que estão sendo realizadas com diversas empresas para a implantação de novos empreendimentos ou ampliação de plantas industriais. "Estes primeiros números revelam o bom ambiente de negócios criado no Paraná", destacou Richa. Richa reforça que a nova política torna mais flexível a negociação com os investidores, mas ressalta que todo incentivo concedido sempre leva em conta os interesses do Estado. "Estamos analisando os casos individualmente, levando em conta as necessidades dos empresários e os interesses do Estado", afirmou o governador.
Empreendimentos - Entre os empreendimentos está a construção de uma usina de biodiesel na Lapa, região metropolitana de Curitiba. O investimento da Potencial Petróleo na planta paranaense será de R$ 88,5 milhões. Nesta segunda-feira o governador e o secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, vão ao município para lançar a pedra fundamental da obra. Outro exemplo de investimento apoiado pelo programa Paraná Competitivo é o da Sumitomo, indústria japonesa de pneus que confirmou a instalação de uma unidade no município de Fazenda Rio Grande. O projeto prevê a aplicação de R$ 560 milhões. Além destes, também se destaca a ampliação da planta da Arauco, em Jaguariaíva, que receberá um aporte financeiro de R$ 272 milhões. Já a chilena BO Packaging, anunciou a fabricação de embalagens recicláveis em Ponta Grossa. Para isso, vai investir R$ 112 milhões no município.
Protocolo - O secretário Ricardo Barros lembra que a Potencial foi o primeiro negócio formalmente enquadrado no programa Paraná Competitivo. O protocolo de intenções entre o Governo e a empresa foi assinado em fevereiro deste ano. "Hoje temos cerca de 65 grupos empresariais em negociação e estamos disputando empreendimentos em todos os setores", afirma. Barros informa que entre os empreendimentos em negociação pelo Governo do Paraná estão empresas dos setores de bebidas, construção civil, eletrônicos, automotivo e autopeças, máquinas pesadas, alimentação, agroindústria, metal-mecânica, papel, madeira entre outros. "O Paraná possui hoje o melhor ambiente de negócios no país", acrescenta Ricardo Barros.
Política fiscal - O Paraná Competitivo modernizou a política de incentivos fiscais do Paraná. A principal ação é o diferimento do ICMS incremental que varia entre 10% a 90 %. Antes esse valor era fixo e estabelecido por região. O índice a ser aplicado é definido nos comitês formados por técnicos e secretários de Estado. Também há um conselho consultivo formado por entidades representativas da indústria, comércio, agricultura, transporte e das cooperativas.
Dilatação - Outra modificação foi em relação ao prazo de dilação do ICMS. Antes fixado por decreto, o tempo de dilação era de quatro anos, mais quatro para o pagamento. Com a nova política esse período foi flexibilizado e agora varia de dois a oito anos, com até oito anos para recolhimento. "Não há renúncia fiscal por parte do Estado. As alterações possibilitam às empresas formar capital de giro que pode ser decisivo para o sucesso do negócio", explica Ricardo Barros. O IMCS que incide sobre energia elétrica e gás natural também acompanha a mesma lógica.
Usina de biodiesel - A previsão da Potencial Petróleo é de alcançar uma receita de R$ 350 milhões por ano com a produção de biodiesel B100, o que deve aumentar o PIB da Lapa em aproximadamente 30%. O biodiesel é um produto biodegradável, não é tóxico e é uma fonte de energia renovável. A usina será totalmente automatizada e poderá produzir também óleo comestível refinado. Para produzir 170 milhões de litros de biodiesel por ano serão necessárias aproximadamente 700 mil toneladas de soja, o equivalente a 5% da produção do Paraná.
Ação conjunta - Por meio de uma ação conjunta com o Ministério do Desenvolvimento Agrário a empresa vai incentivar agricultores familiares a fornecer matéria-prima (soja, sebo bovino, óleo de cozinha usado) à usina . O projeto "Selo Combustível Social" deve atingir mais de 7 mil famílias da Lapa e de cidades próximas, com o pagamento adicional por saca de soja adquirida desses produtores. (AEN)
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Eram 22h02 de sexta-feira (10/06), quando se ouviu um barulho de salto no quarto andar do Palácio do Planalto. Com ar de cansada, mas ainda disposta, abriu a porta da sala de reuniões da Casa Civil a recém-nomeada ministra Gleisi Hoffmann. Conceder esta entrevista exclusiva foi o último compromisso de uma semana que entrou para a história política brasileira e, em especial, do Paraná. Desde a emancipação, em 1853, o estado teve 23 ministros, dos quais Gleisi é a mais próxima do núcleo central de poder. O marido dela, Paulo Bernardo, é o paranaense com mais tempo seguido no primeiro escalão. Os feitos, contudo, ficam em segundo plano quando se relembra o fato de que o governo ainda se recupera da primeira crise da gestão Dilma Rousseff.
Turbulência - A senadora foi escolhida justamente para acalmar a turbulência e dar um novo perfil à Casa Civil após o pedido de demissão de Antonio Palocci, que não suportou as suspeitas sobre o crescimento de seu patrimônio, que aumentou 20 vezes entre 2006 e 2010. "Ela (Dilma) quer que eu faça política de gestão, para dentro do governo", explicou Gleisi.
Compromissos - Em meio à tarefa, ela garante que ainda será possível cumprir os compromissos assumidos com os eleitores paranaenses durante a campanha para o Senado. "Vamos ver de que forma a gente pode melhorar a inserção do Paraná em programas e projetos", afirmou Gleisi, que evitou comparações com a presidente. "Eu não me considero com tanta competência e eficiência quanto ela. Eu tenho muito que aprender ainda."
Gazeta do Povo - Qual é a diferença da Gleisi Hoffmann e da Dilma Rousseff que desembarcaram em Brasília em novembro de 2002, na transição entre os governos FHC e Lula, para a ministra e a presidente de hoje? Como a senhora vê a evolução das duas trajetórias?
Gleisi Hoffmann - Foram trajetórias sempre voltadas para construir um país melhor. A presidenta Dilma, como ministra de Minas e Energia e como ministra-chefe da Casa Civil, sempre teve como objetivo fazer com que o governo funcionasse para que o Estado brasileiro fosse forte e protegesse quem mais precisa dele, que são as pessoas mais pobres. Isso tanto foi um sucesso que ela acabou coordenando programas importantes que marcaram o governo do presidente Lula. E virou a mãe do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Então eu acho que a trajetória dela teve sucesso porque é comprometida com o Brasil. A minha é uma trajetória também de militância e de comprometimento com as causas do nosso povo, de melhorar a vida, de acreditar que é possível fazer diferente, que o Estado é um instrumento para ser colocado a favor do povo. Do ponto de vista pessoal, acho que pouca coisa mudou. Quanto à participação, à capacidade de influência, com certeza mudamos em relação ao que éramos em 2002. Aliás, estamos muito mais próximas.
Foi essa convivência ao longo dos últimos oito anos que definiu sua escolha para o ministério?
Quando me chamou para conversar, ela me disse que tinha acompanhado sempre a minha caminhada. Primeiro no governo de transição. Depois, como diretora financeira de Itaipu, porque ela foi ministra de Minas e Energia. É claro que nos distanciamos um pouco. Ela veio a ser ministra da Casa Civil e eu fui ser candidata ao Senado, depois a prefeita. Mas na campanha de 2010 voltamos a nos encontrar. Ela sempre observou o meu jeito de trabalhar e disse que foi isso que levou ela a se definir pelo meu nome.
Como foi o processo de seleção feito pela presidente? Foi algo surpreendente?
Muito. Eu absolutamente não esperava. Nós tínhamos uma situação aqui com o ministro Antônio Palocci e ele estava em vias de sair. Havia muitas especulações, mas eu jamais esperava que recaísse no meu nome. Então eu fui surpreendida na véspera [segunda-feira] com uma ligação sobre essa possibilidade. No dia seguinte, ela me chamou e disse: "olha, eu conversei com algumas pessoas, mas é uma decisão minha. Eu gostaria muito que você aceitasse o meu convite e viesse trabalhar comigo como ministra-chefe da Casa Civil".
Foi muito comentado que o ministro Paulo Bernardo seria o escolhido. Como foi esse processo?
Tinha muitos comentários. Até porque ele foi ministro do Planejamento e era uma pessoa muito próxima a ela. Mas ela desejava mesmo um perfil muito mais voltado para o interno do que para o externo. Ou seja, para organizar a gestão, acompanhar os programas, os projetos, cobrar dos ministérios. Ela sempre diz que nós temos um compromisso com o povo. Nós temos que entregar resultados. Temos que cobrar de todos os ministros os compromissos assumidos durante a campanha. Esse não é o perfil do Paulo, ele é um gestor, um ser muito mais político, que sempre ajudou o presidente Lula a fazer isso.
Gestão tem sido a palavra mais usada pela senhora para definir sua missão na Casa Civil. Como isso muda o perfil do governo?
Muda o perfil da Casa Civil. Essa é a encomenda que ela me fez. Quando ela conversou comigo, me disse "olha, não quero você nas articulações da política". Não que eu vou deixar de fazer política. Política pública, essencialmente, tem um caráter de decisão que envolve a política, você envolve atores e conjuntura. Acho que ela quis se referir à política com Congresso, com o cotidiano. Ela quer que eu faça política de gestão, para dentro do governo.
Se precisar fazer articulação política, a senhora também vai fazer?
Isso é muito da articulação da presidenta. Aqui eu sou uma soldada dela.
O governo passa a ser mais feminino?
Isso era um compromisso da presidente Dilma. Ela queria fazer um governo com grande participação feminina, de chegar a até 30% do ministério com mulheres.
A definição de que a senhora será a Dilma da Dilma é correta? Isso lhe agrada?
Não é correta e eu não tenho essa pretensão. A presidenta Dilma tinha um perfil diferente do meu. Eu não me considero com tanta competência e eficiência quanto ela. Eu tenho muito que aprender ainda.
O cargo de ministra da Casa Civil tem muitos bônus, mas ônus também. Como é que a senhora pretende lidar com o fato de ser a principal vidraça do governo?
Procurando fazer da melhor forma o meu trabalho. Errar o menos possível. Não dá para dizer que a gente não erra, isso é natural do ser humano. Vou me dedicar muito para errar o menos possível. Porque eu sei que o erro não compromete a mim, compromete à presidenta.
A senhora foi recordista de votos no Paraná. Preocupa o fato de virar a vidraça preferida da oposição e da imprensa? É possível honrar seus compromissos de campanha sendo ministra da Casa Civil?
No meu discurso de despedida dos senadores, eu disse que estava mudando de instância, mas não de caminho. Os mesmos compromissos que eu tinha com o Paraná no Senado terei aqui. Procurarei enaltecer muito o meu estado, colocando, junto com outros estados, como uma pauta para o desenvolvimento do país. Até porque não vai ocorrer desenvolvimento efetivo do país se nós não fizermos os desenvolvimentos regionais. Tem algumas questões que já estávamos discutindo no âmbito do PAC que eu já estava discutindo com a ministra Miriam Belchior (Planejamento) e que eu quero retomar e depois falar com a presidenta. Tem a questão da ferrovia, de portos, dos aeroportos. Isso tudo faz parte de uma pauta da infraestrutura. Também há os programas sociais. Vamos ver de que forma a gente pode melhorar a inserção do Paraná em programas e projetos. Com certeza eu vou conversar com o governador do estado, com nossos prefeitos, para ver a melhor forma.
Desde a emancipação do Paraná, o estado já teve 22 ministros. Mas nunca chegou a um núcleo tão próximo do poder. Qual é a importância disso?
Eu espero que o meu trabalho seja importante para o Paraná. Se o cargo em si não tiver um resultado de trabalho, não vai ser importante. Minha preocupação é essa. Vejo o cargo como uma oportunidade de servir o Brasil, não como um exercício de poder. Vou me dedicar muito para isso.
Paulo Bernardo é o paranaense que mais tempo permanece no ministério. A senhora é a nova gerente do governo. Como lidar com essa situação dentro de casa?
(Risos) Normal. Dentro de casa somos marido e mulher. Aqui, ele é ministro das Comunicações e eu, ministra da Casa Civil. Com certeza ele vai ter muitas cobranças aqui da Casa Civil como qualquer outro ministro. Minha função é ser guardiã dos projetos do governo, aqueles com o que a presidenta assumiu um compromisso com a nação brasileira.
Há muitas semelhanças entre sua chegada à Casa Civil e a da presidente Dilma, em 2005. Todos sabemos aonde ela chegou. O raio cai duas vezes no mesmo lugar?
Não. A única coisa que eu tenho clareza aqui é a oportunidade de servir ao meu país. A quem muito é dado, muito será cobrado. Sei da minha responsabilidade. Entro aqui de uma maneira muito humilde. Primeiro, quero aprender muito com a presidenta Dilma. Ela é uma mulher formidável, de uma capacidade imensa. Vi ela coordenando, fazendo a gestão de política. Ela não é uma presidenta que sai do dia a dia do governo. Se ela tem que fazer as decisões políticas, faz. Se ela tem que viajar, vai. Mas ela sabe de tudo que acontece no governo. Não tem nenhuma semelhança de trajetória, nenhuma. (Gazeta do Povo)
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O Sistema Ocepar avaliou positivamente a decisão da presidente da República, Dilma Rousseff, de prorrogar por mais 180 dias o prazo para a averbação da Reserva Legal, que expiraria no próximo dia 11 de junho. A medida foi anunciada nesta quinta-feira (09/06) e o novo decreto presidencial foi publicado nesta sexta-feira (10/06). "Havia uma expectativa muito grande em relação ao que iria acontecer a partir do dia 12. Os produtores estavam inseguros sobre qual procedimento adotar com o fim do prazo estabelecido pelo decreto anterior. Por isso, a dilatação da data traz muita tranquilidade para o produtor rural", afirma o engenheiro agrônomo e assessor da área de meio ambiente da Ocepar, Silvio Krinski.
Sinais - Ele acredita que a iniciativa aponta para boas perspectivas quanto à definição do novo Código Florestal Brasileiro. "A prorrogação desse prazo sinaliza duas coisas: a primeira, de que existe uma intenção de negociação por parte do governo em relação ao novo Código Florestal. O outro ponto seria que os senadores estão mostrando interesse na matéria. Eles querem analisar o projeto com tempo, sem pressão. Nós acreditamos que isso deverá provocar muita discussão em torno de todos os pontos positivos e negativos e nós esperamos que haja a consolidação de um texto melhor", completou Krinski. O texto do novo Código Florestal foi aprovado pela Câmara no dia 24 de maio e agora tramita no Senado como Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 30/2011. Segundo informações da Assessoria Parlamentar da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Congresso Nacional tem até o dia 11 de dezembro de 2011 para aprová-lo e enviá-lo à sanção presidencial.
Clique aqui e confira na íntegra o Decreto nº 7.497, de 9 de junho de 2011
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A presidente Dilma Rousseff assinou nesta quinta-feira (07/06), no final da tarde, prorrogação do prazo para a averbação de reserva legal prevista no decreto 6.514. Com a medida, foi ampliada em mais 180 dias a suspensão às punições aos produtores que estão irregulares com relação às suas reservas legais. O novo decreto será publicado hoje no Diário Oficial da União.
Artigo 152 - A nota enviada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República esclarece que o novo decreto altera somente o artigo 152 do decreto 6.514, de 22 de julho de 2008, que trata exclusivamente do prazo para averbação. Segundo o comunicado, a definição da nova data atende a uma solicitação dos líderes partidários no Senado Federal, que buscavam mais prazo para analisar a proposta e negociar os itens em discussão no texto do novo Código Florestal.
Limite anterior - O decreto 7.029, de 2009, suspendia até este sábado (11/06), as punições a agricultores irregulares quanto à manutenção de áreas de Reserva Legal. Essa é a terceira vez que o Palácio do Planalto prorroga o decreto tendo em vista o processo de votação do novo Código.
Indícios - Antes do comunicado oficial sobre o adiamento, o presidente do Sindicato Rural Patronal de Londrina, Narciso Pissinati, já informava que havia o indício de que o decreto seria prorrogado. ''Adiar é uma forma de esfriar os ânimos por parte do governo. O prazo é necessário para que possamos discutir melhor a questão'', comenta. Segundo ele, a expectativa é de que as negociações ocorram mais facilmente com a nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. ''Ela já esteve em reuniões sobre o assunto e se mostrou mais aberta ao diálogo. Ela é do Paraná e conhece nossa realidade'', argumenta.
Necessidade - Durante a semana, a senadora Kátia Abreu havia defendido o adiamento do prazo de vigência do decreto 7.029. Em nota, ela considerou a prorrogação uma ''necessidade intransponível''. O assessor da diretoria da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Carlos Augusto Albuquerque, também previa que até o final da semana houvesse adiamento do prazo. Segundo ele, a outra opção seria que os órgãos de fiscalização suspendessem as autuações até a votação do novo Código. ''É uma questão de bom senso'', avalia.
Multas - No entanto, o consultor jurídico da Organização das Cooperativas Brasileiras (ACB), Leonardo Papp, esclarece que essa segunda opção seria muito improvável, tendo em vista que as autoridades teriam a obrigação de fazer cumprir a lei. Papp explica que, caso o prazo não fosse adiado, a partir deste sábado as multas por irregularidades em áreas de Reserva Legal - atualmente suspensas -voltariam ao procedimento de cobrança.
Autuação - Além disso, os produtores que ainda não foram multados correriam o risco de serem autuados. O artigo 55 do decreto 6.514 prevê multa diária de R$ 50 a R$ 500 por hectare ou fração de área de reserva legal. Os agricultores irregulares ainda poderiam ter suas áreas de produção embargadas. Como consequências indiretas do decreto, Papp revela que os produtores ainda encontrariam dificuldades para obter financiamentos bancários e poderiam, eventualmente, ser processados criminalmente pelo Ministério Público. (Folha de Londrina)
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aprovou os novos requisitos técnicos obrigatórios ou recomendados para certificação de unidades armazenadoras em ambiente natural. Também foi aprovado o regulamento de avaliação da conformidade das unidades armazenadoras. A Instrução Normativa nº 29, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (09/06), consolida todas as normas e procedimentos a serem adotados na implantação do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras (SNCUA).
Atualização - Os itens foram atualizados em conformidade com a IN nº 41, de 14 de dezembro de 2010, que prorrogou os prazos para as empresas adequarem as suas estruturas às regras do sistema nacional. Além disso, previa a revisão dos requisitos técnicos a serem cumpridos no processo de certificação. O escalonamento determinado pelo Ministério da Agricultura na IN nº 41, que compreende o período de 2012 a 2017 e estabelece percentuais de implantação em seis etapas (sendo 15% das unidades nas cinco primeiras e 25% na sexta etapa), segue mantido.
Qualificação - O coordenador de Serviços de Infraestrutura, Logística e Aviação Agrícola do Ministério da Agricultura, Carlos Alberto Nunes Batista, explica que as modificações ocorreram em poucos pontos e buscaram valorizar aspectos relacionados à qualificação do setor. O objetivo é aumentar a visibilidade dos produtos submetidos ao processo de armazenagem, com agregação de valor e competitividade frente aos mercados internos e externos. "Flexibilizamos alguns requisitos, com o propósito de atender a um maior número de situações, e desobstruímos alguns gargalos para diminuir o custo das empresas na obtenção da certificação", afirma.
Saiba mais - O Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras é coordenado pelo Ministério da Agricultura, com regras e procedimentos de gestão para qualificação de armazéns para a guarda e conservação de produtos agropecuários dentro de padrões internacionalmente reconhecidos. A certificação busca o fortalecimento da relação do setor armazenador com o setor produtivo e a sociedade, a redução das perdas que ocorrem durante o processo de armazenamento e o aumento da credibilidade do setor frente aos mercados externos. O Organismo de Certificação de Produto (OCP) é acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), responsável pelo controle e acompanhamento da concessão da licença e uso da identificação da certificação.
Cooperativas - A revisão das normas de certificação dos armazéns foi realizada pelo Comitê Técnico Consultivo, composto por um representante titular e um suplente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Associação Brasileira de Pós Colheita (Abrapós), Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), armazéns privados, Mapa e Conab. As cooperativas paranaenses Coamo, C.Vale e Cotriguaçu também participaram das reuniões do grupo.
Pleito Ocepar/OCB - A revisão da IN nº 41 foi um dos pleitos da Ocepar e da OCB, tendo em vista a dificuldade do cumprimento dos prazos e requisitos estabelecidos na normativa. A reivindicação foi encaminhada ao ministro da Agricultura Wagner Rossi no dia 30 de novembro de 2010. Na ocasião, participaram de reunião com o ministro o secretário executivo da OCB, Renato Nóbile; o superintendente adjunto da Ocepar, Nelson Costa; Paulo Cesar do Nascimento, da Gerência de Mercado da OCB; o deputado federal Moacir Micheletto; o presidente da Cotriguaçu, Valter Pitol; o presidente da Copagril, Ricardo Chapla, e os gerentes operacionais da Coamo e da C.Vale, Luiz Bronzatti e Alcemir Chiodelli, respectivamente.
Dificuldades - Na oportunidade, Nelson Costa relatou ao ministro as dificuldades que as cooperativas estão enfrentando para se adequarem às normas estabelecidas pela IN 03, tendo em vista que algumas das exigências não se aplicam ao setor de armazenagem, a exemplo do sistema de hidrantes para combate de incêndio, dentre outras. Destacou também os custos elevados e o prazo exíguo para o cumprimento das obrigatoriedades previstas na normativa. (Com informações do Mapa)
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Conhecer a realidade do setor habitacional nas regiões do país, suas dificuldades, políticas públicas e diversidade socioeconômica são os objetivos da Reunião do Conselho Consultivo do Ramo Habitacional, no próximo dia 17, na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF). O presidente da instituição, Márcio Lopes de Freitas, fará a abertura do evento. Entre os assuntos em discussão, estão políticas habitacionais e públicas, ações governamentais e parlamentares da OCB e a elaboração do Plano de Ação 2011/2012. O evento é dirigido a representantes do cooperativismo nacional e estadual, cooperativas, técnicos e governo. Mais informações estão disponíveis na Gerência de Apoio ao Desenvolvimento em Mercados (Gemerc) pelo telefone (61) 3217-2123 ou pelo e-mail
Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. (Informe OCB)
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O governo decidiu alterar o conceito de agricultura familiar para ampliar os benefícios oficiais ao segmento. O Ministério da Fazenda permitirá o enquadramento de famílias "com um ou dois membros" cujas atividades "não-agrícolas" sejam exercidas fora do estabelecimento rural. Hoje, a lei prevê que a mão de obra empregada na propriedade seja "predominantemente" da própria família.
Pluriatividade - A medida para permitir a chamada "pluriatividade" foi anunciada ontem, em audiência no Senado, pelo secretário-adjunto de Política Econômica da Fazenda, Gilson Bittencourt. A alteração fará parte da reforma do Manual de Crédito Rural (MCR), antecipada pelo Valor em meados de maio. O MCR está em vigor há quase meio século. A última revisão das normas ocorreu em 1980.
Módulos fiscais - O conceito de agricultura familiar inclui atualmente o limite de quatro módulos fiscais (20 a 400 hectares, segundo o município), maior parte da renda originada da propriedade, além de condução pessoal do negócio. "A simplificação das normas vai ajudar muito o pequeno produtor", disse Bittencourt aos senadores da Comissão de Agricultura.
Limitações - O governo também resolveu alterar as regras do MCR para eliminar as "diversas limitações" que impedem hoje um agricultor familiar enquadrado em determinado grupo de acessar recursos destinados a outro conjunto de produtores. "O manual será uma única resolução e a partir daí será a principal, mas não a única, legislação para o crédito rural", afirmou o secretário-adjunto. "Hoje, é um depósito de todas normas, com resoluções, leis, circulares, um apanhado de 85% normas do crédito rural que são alteradas pelo CMN".
Endividamento - As alterações no MCR também limitarão o endividamento de produtores familiares em operações de custeio e investimento. Haverá limites específicos para risco assumido pelas instituições financeiras e o chamado "risco da União".
Exigibilidades - Hoje, a União tem operado mais com subsídios aos juros das operações e deixado de assumir riscos financeiros. Os bancos têm emprestados R$ 44 bilhões das chamadas exigibilidades, percentual dos depósitos à vista que são obrigados a emprestar ao setor rural. Hoje, as exigibilidades estão em 29%. Até o ano-safra 2014/15, voltará a 25%. "As operações hoje são a maioria de risco bancário, o que torna mais difícil novas renegociações de dívidas", disse Gilson Bittencourt. "Em qualquer intervenção do governo nesse processo, há necessidade de pagamento adicional".
Tratamento especial - O novo Plano de Safra 2011/12 prevê R$ 107 bilhões para a agricultura empresarial e outros R$ 16 bilhões aos produtores familiares. Nas novas regras, o governo incluirá tratamento especial a dois grupos de agricultores familiares: os assentados da reforma agrária e os agricultores de baixa renda. Haverá a unificação das linhas e dos prazos máximos de reembolso das diversas linhas de investimento.
Renovação anual - O Pronaf Investimento será somado ao programa Mais Alimentos. O governo também estenderá aos familiares a renovação anual simplificada das operações de crédito para "agilizar e reduzir" os custos. "Na medida em que, a cada ano, o produtor vá pagando, o limite vá se abrindo e ele não precise trazer toda a documentação ao banco", afirmou Bittencourt. (Valor Econômico)
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Ajustes realizados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em suas estimativas para oferta e demanda de milho no país e no mundo nesta safra 2011/12 alavancaram as cotações do grão no mercado internacional e ajudaram a fortalecer as críticas sobre a concessão de subsídios à produção de biocombustíveis tendo em vista os elevados preços globais dos alimentos.
Redução - Em relatório divulgado na quinta-feira (07/06), o USDA reduziu drasticamente suas projeções para os estoques de milho no fim da temporada atual tanto nos EUA quanto no planeta. No país, a redução em relação à previsão de maio foi de 22,8%, para 17,65 milhões de toneladas, já abaixo de 2010/11 (18,53 milhões). Ao mesmo tempo, fez cortes nas estimativas para a demanda do país pela commodity, mas o etanol continuará a absorver cerca de 40% da oferta. Globalmente, elevou o cálculo para a demanda e os estoques finais caíram 13,4% sobre maio, para 111,89 milhões de toneladas.
Chicago - Na bolsa de Chicago, principal referência para o comércio internacional de grãos, a alta foi forte. Os contratos do milho com vencimento em setembro subiram 18 centavos de dólar por bushel (medida equivalente a 25,2 quilos) e fecharam a US$ 7,54. Nos últimos 12 meses, apontam cálculos do Valor Data, o ganho acumulado dos futuros de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) chegou a 117,3%.
Subsídios - O novo relatório do USDA e a disparada das cotações do milho vieram no mesmo dia em que dez organizações multilaterais, entre as quais Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio (OMC) e Organização das Nações Unidas (ONU), concluíram que o uso de subsídios para estimular a produção de biocombustíveis deve ser eliminado. Segundo o "Financial Times", a recomendação será enviada aos ministros de Agricultura do G-20, que se reúnem este mês para tratar, entre outros assuntos, da crescente volatilidade dos preços das commodities agrícolas.
Cana de açúcar - Além do milho destinado ao etanol americano, o fato de 20% da produção global de cana ter sido destinada à produção do combustível, sobretudo no Brasil, entre 2007 e 2009 também está no foco das preocupações das organizações, em virtude dos reflexos no mercado de açúcar, muito consumido em países mais pobres. No mesmo período, informou o "Financial Times", 9% da oferta mundial de oleaginosas como a soja virou biodiesel, o que também tem influência sobre os alimentos. No Brasil e na Argentina, segundo e terceiro maiores exportadores de soja do mundo, atrás dos EUA, o grão é o principal fonte de biodiesel.
Mundo - No tabuleiro redesenhado pelo USDA para a soja, nos EUA ou no mundo, houve poucas mudanças. Mas como entre elas houve uma elevação da estimativa para os estoques finais americanos, a reação dos preços foi no sentido inverso. Em Chicago, os papéis para entrega em agosto encerraram a sessão negociados a US$ 13,8725 por bushel (27,2 quilos), queda de 7 centavos de dólar - mas ainda com alta de 50,71% em 12 meses, segundo o Valor Data. No trigo, houve mais correções efetuadas pelo USDA, que resultaram em incrementos dos estoques finais mundiais. Em Chicago, setembro caiu 9,50 centavos de dólar por bushel (27,2 quilos), para US$ 7,8275. Em 12 meses, o salto chega a 76%. (Valor Econômico)