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COMÉRCIO EXTERIOR: Governo avalia alternativas para conter importações

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Instrumentos como valoração aduaneira, verificação de regras de origem e maior coordenação entre as secretarias de Comércio Exterior (Secex) e da Receita Federal serão usados para barrar importações consideradas desleais, e os empresários terão novo canal de denúncias para levar ao governo queixas contra a concorrência estrangeira. Esses são alguns dos instrumentos em estudo pelo governo para defender o setor produtivo, como anunciou o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.

Antidumping - O ministério constatou que o uso das barreiras antidumping não deve ter efeito significativo sobre o volume de importações, mesmo após as medidas em preparação para acelerar os processos. A intenção de encurtar os prazos, para menos de seis meses, esbarra nas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), que estabelece procedimentos-padrão rígidos, com pouca margem de manobra.

Digitalização - Com a digitalização dos processos do Departamento de Comércio Exterior (Decom), será possível facilitar o acesso aos documentos das partes envolvidas nas ações antidumping. Hoje, quando o processo é entregue para consulta a uma das partes, há prazos para devolução, o que atrasa as conclusões. Esse problema deve ser eliminado em breve.

Prazos - Os técnicos avaliam que, explorando as possibilidades da legislação e com o reforço do time de investigadores, será possível encurtar os prazos nos processos antidumping, que hoje levam cerca de um ano e meio. Porém, devido aos limites da OMC, a redução não será tão grande quanto se gostaria.

Normas - Está fora de questão descumprir as normas da OMC, respeitadas nos processos abertos até agora. Isso garantiu ao Brasil o título de um dos maiores responsáveis por processos antidumping sem que o país sofresse contestação de nenhuma dessas medidas de defesa comercial.

Institucionalização -Pimentel deve propor ao Ministério da Fazenda uma maior institucionalização do trabalho conjunto entre Secex e Receita Federal, para investigar mais a fundo a entrada de mercadorias suspeitas de fraude ou irregularidades. O aperto sobre os certificados de origem dos produtos importados começou ainda no ano passado, com a decisão de reduzir o número de entidades empresariais autorizadas a emitir esses documentos.

Medidas adicionais - Devem ser adotadas medidas adicionais sobre controle de regras de origem para reprimir a chamada circunvenção, pela qual produtos sujeitos a barreiras comerciais são exportados como se fossem originados de outro local, não submetido a impedimentos de importação. Pimentel já recebeu de sua assessoria uma lista dos produtos importados em maior volume, e pediu uma análise detalhada de cada um, para verificar a existência de similares nacionais e a possível existência de elementos para abrir medidas de defesa comercial contra os importados. Os encarregados da tarefa sabem que o objetivo é explorar as possibilidades da legislação.

Substituição - Não se pensa, entretanto, em retornar ao regime de substituição de importações com critérios usados no passado, quando, segundo lembra um integrante do ministério, automóveis Porsche tinham importação proibida porque o país tinha o Puma como "similar nacional", e o uísque Johnny Walker Red Label também era barrado nas alfândegas em favor do "similar" Drury's. (Valor Econômico)

SHOW RURAL: Diretoria da Ocepar se reúne no primeiro dia do evento

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RAMO SAÚDE: Maior evento das Unimeds do Sul do País acontece de 23 a 25 de junho

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O 6º Encontro das Unimeds do Polo Mercosul e o 19º Suespar (Simpósio das Unimeds do Paraná) serão realizados nos dias 23, 24 e 25 de junho, no Mabu Thermas & Resort, em Foz do Iguaçu. Em um mesmo local, dirigentes, técnicos, colaboradores e parceiros vão se encontrar para adquirir e trocar experiências, a fim de aprimorarem a gestão do seu negócio e estreitar relacionamentos.Todos os anos, renomados palestrantes e autoridades são convidados para discutir temas atuais e relevantes sobre gestão em saúde suplementar, política e economia. Entre os nomes que já passaram pelo evento estão Max Gueringher, Ricardo Amorim, Gabriel Chalita, Steven Dubner, Leila Navarro e Cristiana Lobo.

Meta - De acordo com a organização, a edição de 2010 superou todas as expectativas, com a presença de mais de 700 pessoas e satisfação de mais de 95% dos participantes. A programação contemplou mais de 45 palestras, eventos sociais, além da presença de mais de 20 expositores de diferentes segmentos de negócios. A ideia é repetir esse sucesso em 2011. "Nossa meta é que este evento marque a lembrança de todos, possibilitando maior capacitação para os diferentes públicos", disseram os organizadores. Mais informações no site da Unimed Paraná (www.unimed.com.br/parana).

COOPAGRIL: AGO foi sinônimo de recordes

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DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO: MDA e OCB discutem ações para o cooperativismo

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O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Afonso Florence, recebeu nesta quinta-feira (03/02) o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, em seu gabinete para tratar de assuntos referentes ao cooperativismo brasileiro. Na ocasião, Freitas falou do papel da OCB, destacando o setor agropecuário. "Somos parceiros deste ministério, pois temos objetivos em comum, principalmente o de promover a sustentabilidade dos pequenos produtores brasileiros". O presidente lembrou que os produtores de cooperativas, em sua grande maioria, são pequenos: "Cerca de 80% dos agricultores têm propriedades inferior a 100 hectares". Por sua vez o ministro do MDA aposta na parceria do ministério com a OCB. "O cooperativismo e a OCB são fundamentais para o avanço da organização produtiva, na geração de oportunidades, distribuição de renda e continuidade do desenvolvimento social", disse.

Projetos - A OCB, em conjunto com o MDA, vem contribuindo para a elaboração do plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas, visando à consolidação de uma agricultura de baixa emissão de carbono. Além disso, desde o ano passado, o MDA é signatário do protocolo de intenções para disseminação de ações de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) junto às cooperativas. Seu objetivo é promover ações estruturantes, visando apoiar a implementação de programas, projetos e ações no âmbito de mercado de carbono, voltados para a aplicação de metodologias e tecnologias de mitigação de gases de efeito estufa, uso de instrumentos que viabilizam o acesso à assistência financeira, realização de capacitações e estruturação e disseminação de dados e informações.

Ações - Entre outras ações trabalhadas em conjunto pelas duas instituições, esta à construção de um Projeto Integrado Setorial do Leite, que contará com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), para a sua implantação. Também estiveram presentes na reunião o superintendente da OCB, Renato Nobile, o secretário Laudemir Muller, o chefe de gabinete do MDA, Welliton Rezende Hassegawa, o secretário executivo adjunto do MDA, Jerônimo Rodrigues. (Informe OCB)

BALANÇO: Após crescer 13%, Aurora prepara aporte de R$ 200 milhões

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Depois de alcançar uma receita de R$ 3,1 bilhões em 2010, 13% mais que no ano anterior, e recuperar perdas devido à crise internacional em 2009, a Coopercentral Aurora se prepara para entrar em um novo ano de crescimento. De acordo com o vice-presidente da cooperativa, Neivor Canton, há previsão de investimentos de R$ 200 milhões em 2011. O comportamento do mercado vai definir os aportes. Mas, na ordem de prioridade, estão aquisições de três unidades hoje arrendadas pela Aurora - a Cooperativa Tritícola Erechim (Cotrel), no Rio Grande do Sul, a unidade de processamento de aves da Avepar, em Abelardo Luz, e unidade da massa falida da Chapecó.

Aportes - Em 2010, os aportes da Aurora somaram R$ 25 milhões. Segundo Canton, o foco da administração no ano passado foi otimizar processos nas unidades. A Aurora vinha de uma fase de investimentos intensivos, em 2008, quando a crise financeira global eclodiu. Apesar do plano para 2011 ser mais arrojado, o vice-presidente diz que a Aurora deve acompanhar a movimentação do mercado. A alta de grãos como soja e milho - matéria-primas que respondem por quase um terço dos custos da Aurora - assustou no começo deste ano.

Derivados do leite - A Aurora mantém, no entanto, a intenção de ampliar a participação dos produtos derivados do leite em seu faturamento. Em 2010, o setor representou R$ 237 milhões em vendas, menos de 10% do valor global. Segundo Neivor Canton, há potencial para que o segmento alcance participação de 20% das vendas da cooperativa. A unidade de lácteos de Pinhalzinho deve entrar em plena produção ainda em 2011, segundo ele, produzindo leite longa vida, queijos, leite em pó e outros. O processamento irá atingir 1 milhão e meio de litros de leite por dia. Em 2010, a Aurora processou 302,2 milhões de litros, aumento de 22,7% sobre o ano anterior.

Aves - Há expectativa de crescimento também na área de aves. No ano passado, as vendas do setor somaram R$ 579 milhões. Segundo Canton, o negócio pode representar 33% das vendas da Aurora este ano. Em 2010, foram abatidos 109,8 milhões de frangos nas cinco plantas instaladas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, alta de 5,44%.

Carne suína - As vendas de carne suína, que totalizaram R$ 1, 675 bilhão em 2010, devem permanecer como principal negócio da Aurora, porém com crescimento pouco elevado ou estável, avalia Canton. As sete plantas de processamento de suínos em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul abateram 3,331 milhões de cabeças ano passado, com aumento de 1,4% em relação a 2009. (Valor Econômico)

MEIO AMBIENTE: Código Florestal será votado em março

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A Câmara deverá votar o projeto do novo Código Florestal em março. O anúncio foi feito pelo presidente da Casa, Marco Maia, que antecipou, em entrevista coletiva realizada logo após a sua eleição, os temas que terão prioridade neste biênio (2011-2012). Segundo Maia, ainda este mês o texto do relator do projeto, deputado Aldo Rebelo(PCdoB-SP), será colocado em discussão no Plenário. A matéria já foi aprovada em comissão especial presidida pelo deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR).

Compromisso - De acordo com o presidente, a votação no próximo mês é um compromisso que ele assumiu com a bancada ruralista na Câmara. O Ministério do Meio Ambiente já foi avisado da votação. Para Marco Maia, a legislação ambiental em vigor traz "instabilidade" para os setores que lidam com o assunto e uma nova legislação deve ser aprovada para não prejudicar o agronegócio e, ao mesmo tempo, garantir a preservação ambiental.

Comissão especial - "Há realmente esse compromisso do presidente Marco Maia com a bancada ruralista de colocar em discussão agora em fevereiro e votação em março o projeto do novo Código Florestal", disse Micheletto. Ele explicou que a comissão especial promoveu cerca de 60 audiências públicas em visita a todos os biomas e 20 estados quando ouviu centenas de entidades representativas do agronegócio e do meio ambiente. "Este assunto foi amplamente discutido da maneira mais democrática e transparente possível", ressaltou.

Prioridades - O novo líder do PDT, deputado Giovanni Queiroz (PA), afirmou que o partido definirá as prioridades para esta legislatura em uma reunião marcada para a próxima quarta-feira (09/02). Ele adiantou, porém, que a legenda procurará defender temas "de interesse nacional" como as reformas tributária, política e eleitoral e a revisão no Código Florestal (Lei 4.771/65). No caso novo Código Florestal (PL 1876/99), o líder do PDT afirma que o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) foi bem elaborado e é muito importante. O deputado vai convidar Rebelo para debater o relatório na reunião da bancada na próxima quarta-feira. (Assessoria de Imprensa deputado Moacir Micheletto)

TRIGO: Negócios esquentam no Brasil

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O mercado brasileiro de trigo começa a reagir, após vários meses de lentidão. A dificuldade em negociar trigo argentino, devido à greve de produtores daquele país, e a boa qualidade do trigo nacional colhido nesta safra fizeram com que moinhos retomassem as negociações no mercado interno. Esse posicionamento leva em conta também as exportações brasileiras, que têm sido estimuladas pelas intervenções do governo (leilões de PEP) e pelos bons níveis de preços do trigo no mercado internacional. Dessa forma, os moinhos passam a enfrentar maior concorrência, o que tende a elevar os preços domésticos. Nesse contexto, compradores têm antecipado parte das aquisições.

Altas - Levantamentos do Cepea mostram que, neste início de ano (até 2 de fevereiro), os preços do trigo em grão tiveram altas mais expressivas no Rio Grande do Sul. Os valores aumentaram 4,36% no mercado de balcão (preço pago ao produtor) e 4,74% no de lotes (negociações entre empresas). No Paraná, os preços também subiram, mas de forma moderada: 1,14% no mercado de balcão e 3,74% no de lotes. Em São Paulo, no mercado de lotes, a alta foi de 3,3% no mesmo período.

Colheita - A colheita de trigo no Brasil terminou em dezembro, e a partir de março, produtores fazem planejamentos para a safra de inverno, na qual o trigo concorre com o milho. Na Argentina, dados da Bolsa de Cereales do último dia 27 apontam o término da colheita, com a produção estimada em 15 milhões de toneladas. Ainda segundo a Bolsa, os rendimentos médios foram históricos, com a produtividade chegando a 8.900 kg/ha em algumas regiões. A média nacional é de 3.450 kg/ha.

EUA - Quanto às bolsas norte-americanas, os valores atingiram novas máximas. Na quarta-feira (26/01), os preços foram os maiores desde março de 2008. No acumulado de 2011 (30 de dezembro a 2 de fevereiro), o primeiro vencimento (Março/11) na Bolsa de Chicago (CME/CBOT) teve elevação de 8,7%. Segundo analistas dos Estados Unidos, os preços foram impulsionados pelas preocupações com a oferta de trigo de boa qualidade, devido à baixa produção dos principais exportadores - Rússia, Austrália e Canadá. Além disso, agentes de mercado estão atentos aos protestos pelo mundo, especialmente no Egito, que é o principal importador mundial de trigo. (Assessoria de imprensa CEPEA)

IPC: Confiança no campo cresce e já vira euforia

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O bom desenvolvimento da safra de grãos de verão no Brasil e os elevados patamares de preços de commodities agrícolas - que têm no Brasil um importante exportador - continuam a animar os agricultores do país. Termômetro disso é o Índice de Confiança do Produtor Rural (ICP) da consultoria Uni.Businesse Estratégia, que em janeiro atingiu 121,1 pontos, 2,5 pontos percentuais a mais que em dezembro e 33,7 pontos acima de janeiro de 2010.

Reflexo - "O nível recorde do indicador é reflexo do atual momento em que os preços dos principais produtos agrícolas estão em patamares bastante elevados. O resultado reflete também a avaliação por parte dos produtores rurais de que as condições atuais do seu negócio estão melhores nesta safra do que na safra anterior", afirma a empresa em comunicado.

Soja - No caso dos produtores de soja, o carro-chefe do agronegócio nacional, a confiança é ainda maior que a geral. Em janeiro, o ICPSoja da Uni-Business chegou a 124,9 pontos, 8,2 pontos a mais que em dezembro e 50,6 pontos acima de janeiro de 2009. Nesse caso, além de os preços estarem próximos às máximas de meados de 2008 - apesar da queda de ontem nas bolsas -, o desempenho das lavouras vem até surpreendendo, sobretudo após meses de preocupação com eventuais reflexos adversos do fenômeno climático La Niña.

Mato Grosso - Em Mato Grosso, que lidera a produção do grão no Brasil e teve que atrasar o plantio em quase um mês por causa da estiagem provocada pelo evento, a recuperação foi praticamente completa. Segundo o último levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a área plantada no Estado somou 6,413 milhões de hectares em 2010/11, 3,2% a mais que no ciclo passado, e a colheita, que está atrasada mas prossegue, deverá render 19,2 milhões de toneladas, um novo recorde.

Produção - Conforme números também frescos da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a produção brasileira de soja alcançará 68,8 milhões de toneladas na temporada atual, também um novo recorde histórico. Em janeiro, a entidade estimava 67,2 milhões. Em 2009/10, foram 68,7 milhões de toneladas, segundo a Abiove. Algumas consultorias já preveem 70 milhões de toneladas. (Valor Econômico, com Reuters)

COMMODITIES: Índice de preços de alimentos da FAO atinge novo pico em janeiro

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O Índice de Preços de Alimentos da FAO, braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, voltou a bater recorde em janeiro, pelo segundo mês consecutivo. O indicador, composto a partir do comportamento dos preços de uma cesta formada por carnes, lácteos, cereais, óleo e gorduras e açúcar, subiu 3,5% em relação a dezembro e atingiu 231 pontos. Desde junho de 2010, quando adversidades climáticas começaram a ceifar a safra de grãos de Rússia e países vizinhos, o índice apresenta apenas variações positivas.

Tendência - "Os preços dos alimentos vão continuar muito altos, mais que em 2011, e até agosto não vejo correção significativa", disse Abdolreza Abbassian, economista da FAO, ao Valor. Ele lembra que, na situação atual, os principais ganhadores serão os Estados Unidos, maior exportador agrícola do mundo, o Brasil, que exporta quase tudo no setor, e também a União Europeia, por causa de seus embarques de grãos. A nova alta do índice também reforça a posição da França de buscar no G20 maneiras de regular o mercado agrícola e coibir a grande volatilidade atual. O Brasil vê com preocupação ideias de intervenção direta nos mercados.

Carnes - Dos índices específicos que compõem o "Food Price Index" consolidado da FAO, apenas o referente às carnes não apresentou elevação em janeiro na comparação com dezembro. Na Europa houve até queda, em virtude do escândalo provocado pela contaminação de rações com dioxina, uma substância cancerígena, na Alemanha. Todos os demais índices específicos subiram. No dos cereais, houve alta de 3%, mas o patamar do mês passado ainda é 11% inferior ao pico de abril de 2008, quando uma disparada global dos preços de alimentos deflagrou revoltas nas ruas em diversos países.

Reação - A escalada atual também já motiva reações em vários mercados. Na Tailândia, segundo maior país exportador de açúcar do planeta, atrás do Brasil, os clientes são aconselhados a só comprarem até três pacotes do produto cada vez nos supermercados, enquanto o governo tenta frear a alta de custos. Já a Indonésia está sendo obrigada a fazer grandes importações de arroz depois que a produção doméstica sofreu com pesadas chuvas. A inflação subiu para 7%, alimentada pela alta de 16% nos preços de commodities. No Brasil, que resiste a intervenções diretas nos mercados agrícolas globais, o índice de commodities agropecuárias do Banco Central atingiu o pico de 186,99 pontos em janeiro, 4,44% a mais que em dezembro, e acentuou ainda mais as já agudas preocupações inflacionárias.

Pressão - A FAO constatou que, globalmente, a pressão altista dos alimentos não diminuiu e que a fatura vai pesar para os países pobres que são importadores líquido de alimentos. Segundo o economista Abdolreza Abbassian, o único fator positivo até agora é que alguns países vêm obtendo boas colheitas e podem manter os preços domésticos de produtos de base mais baixos que os internacionais. Mas nem sempre isso é verdade. No Brasil, as cotações do milho no mercado interno subiram mais de 60% em relação ao mesmo período do ano passado, como informou recentemente o Valor. (Valor Econômico)

ORGÂNICOS: Mercado interno cresce 40%

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As vendas de produtos orgânicos no Brasil alcançaram R$ 350 milhões em 2010. O valor é 40% superior ao registrado em 2009, conforme os números divulgados pelo Projeto Organics Brasil, organização não-governamental (ONG) que reúne empresas exportadoras de produtos e insumos orgânicos. "Esse crescimento representa a difusão do setor. Cada vez mais pessoas buscam informações sobre produtos orgânicos e, consequentemente, consomem mais esse tipo de alimento", destaca o coordenador do Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias. "As novas regras para a cadeia produtiva de orgânicos, que passaram a ser obrigatórias a partir de 1º de janeiro deste ano, fomentam ainda mais o crescimento do setor", diz.

Exportações - O mercado externo de orgânicos também cresceu em 2010. As 72 empresas associadas ao Organics Brasil, que representam mais de 60% do setor, exportaram cerca de U$ 108 milhões no ano passado, segundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Esse valor é 30% superior às receitas geradas em 2009. Os produtos mais exportados são os do complexo soja (grão, farelo e óleo), açúcar, café, cacau e frutas (abacaxi, mamão e manga). Os principais países consumidores são Holanda, Suécia, Estados Unidos, França, Reino Unido, Bélgica e Canadá.

Feiras - Rogério Dias destaca também que o número de feiras de produtos orgânicos tem crescido bastante no país, o que também favorece e incentiva a comercialização. Segundo o coordenador, hoje, os produtos orgânicos mais procurados pelos brasileiros são as hortaliças, legumes, frutas e produtos processados como sucos, arroz, açúcar e café. "O consumidor busca esses produtos nas feiras agroecológicas, onde há uma relação de confiança com o agricultor, que garante a origem dos alimentos oferecidos", ressalta Dias.

Regulamentação do setor - De acordo com o Ministério da Agricultura, cerca de 5,5 mil produtores já estão de acordo com as novas regras de produção orgânica. Desde o dia primeiro de janeiro, o produto comercializado na rede varejista como orgânico deve conter o selo do Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica. Durante alguns meses, os consumidores ainda poderão encontrar produtos sem o selo em função da comercialização de parte dos estoques produzidos em 2010. Os agricultores que vendem em feiras livres não recebem o selo, mas também devem estar cadastrados no Ministério da Agricultura.

Adequação - Quem ainda não se cadastrou no sistema deve se adequar às novas regras e vincular-se a alguma entidade certificadora. Produtores que fazem venda direta devem se cadastrar no hosite do Ministério da Agricultura. Os interessados também podem procurar as superintendências federais do Ministério da Agricultura para as orientações sobre o processo de regularização.

Instrumentos - A legislação brasileira estabelece três instrumentos para garantir a qualidade dos alimentos: a certificação, os sistemas participativos de garantia e o controle social para a venda direta sem certificação. Os agricultores que buscarem a certificação e estiverem de acordo com as normas poderão usar o selo oficial nos seus produtos. O selo é fornecido por certificadoras cadastradas no Ministério da Agricultura que são responsáveis pela fiscalização dos produtos. (Mapa)

COMÉRCIO EXTERIOR: EUA querem discutir retomada de Doha e câmbio chinês com o BR

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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, vai discutir com o governo brasileiro formas de ressuscitar as negociações da Rodada Doha de liberalização comercial e também reafirmar interesses comuns dos dois países para lidar com a subvalorização da moeda chinesa, em visita que faz a Brasília e São Paulo na próxima segunda-feira.

Interesse - "Os dois países têm interesse em dar prosseguimento às discussões de Doha", disse ao Valor um funcionário do Tesouro, sem apontar nenhum caminho concreto. Segundo essa fonte, a Rodada Doha certamente fará parte da agenda econômica da visita do presidente americano, Barack Obama, ao Brasil em março. As negociações estão emperradas desde 2008, devido sobretudo à resistência de economias avançadas em cortar subsídios agrícolas.

Subvalorização - Os EUA afirmam ter interesses comuns com o Brasil em relação à subvalorização da moeda chinesa, porque os dois países mantêm regimes de câmbio flutuante. " "É importante que grandes economias emergentes também permitam que suas taxas de câmbio respondam às forças de mercado", afirmou o funcionário do Tesouro. No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a equipe econômica manteve posição ambígua em relação à manipulação da moeda chinesa, apontando a política monetária expansionista dos EUA como o principal motor da valorização do real, ao alimentar fortes fluxos de capitais estrangeiros ao país. A presidente Dilma Rousseff, porém, tem indicado que adotará uma postura mais dura em relação à China.

Déficit - No ano passado, o déficit comercial do Brasil com os EUA subiu de US$ 4,5 bilhões para US$ 8 bilhões, o que significa que boa parte do ajuste externo americano recente está recaindo sobre a economia brasileira. Na visão dos EUA, porém, o desequilíbrio comercial entre as duas economias ocorre porque os consumidores americanos estão mais retraídos e reduzindo dívidas, enquanto países emergentes, como a China, continuam baseando o crescimento na demanda externa.

Ajuste - Se países como a China não estimularem a demanda doméstica nem deixarem o câmbio se valorizar, economias com regime cambial mais flexível, como o Brasil, vão arcar com uma parcela maior do ajuste feito pelos consumidores americanos. "De novo, é uma história em que Brasil e EUA têm interesses comuns, não divergentes."

Fluxo capital estrangeiro  - Para o funcionário do Tesouro americano, o que realmente está por trás dos fortes fluxos de capitais estrangeiros ao Brasil não é a expansão monetária feita pelo Federal Reserve, mas sim o ritmo mais forte de recuperação econômica no Brasil do que nos EUA. "Temos que trabalhar juntos para administrar as diferentes velocidades de recuperação econômica", afirmou.

Commodities - Nas reuniões em Brasília, Geithner deverá também se mostrar um aliado do Brasil contra eventuais mudanças no mercado mundial de commodities. A França, país que coordena os trabalhos do G-20, defendeu uma regulação nos mercados futuros de commodities para evitar altas exageradas de preços, que têm levado as cotações aos maiores patamares em décadas. O Brasil, como grande exportador de alimentos e outras commodities, é contra mexer nas regras do jogo. "Certamente é preciso melhorar a transparência dos preços e assegurar que esse mercado seja o mais sólido possível", afirmou o funcionário do Tesouro. "Mas acho que temos muita coisa em comum com o Brasil, pois ambos os países têm demonstrado o interesse de ter os preços das commodities determinados pelo mercado."

(Valor Econômico)

MERCOSUL/UE: Setor produtivo discute ofertas do agronegócio na Ocepar

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C.VALE: Sobras serão apresentadas em assembleia

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COCAMAR: Cooperados aprovam doação de R$ 13 mil a hospitais do Câncer

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Por sugestão dos próprios associados presentes à Assembleia Geral, realizada na terça-feira (1º/02), a Cocamar vai fazer a doação de R$ 13 mil - que resultaram de sobras do exercício 2010 - dividido em partes iguais para dois hospitais do Câncer, situados em Maringá e Londrina. O dinheiro, a princípio, seria incorporado ao capital social dos cooperados, mas a Assembleia preferiu destiná-lo aos hospitais, para beneficiar um número maior de pessoas. No final do ano passado, a Cocamar fez a antecipação de sobras no total de R$ 11,223 milhões aos produtores. (Imprensa Cocamar)

RAMO SAÚDE: Unimed Londrina compartilha planejamento com colaboradores

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Para alinhar com os colaboradores os seus objetivos e ações estratégicas no período de 2011-2014, a Unimed Londrina realizou, no final de janeiro, um dia de apresentação e atividades especiais com toda sua equipe. Dividas em quatro turmas, cerca de 200 pessoas assistiram a uma palestra que, além de contextualizar o Planejamento Estratégico na cooperativa, explicou de forma didática e objetiva todos os elementos de seu mapa estratégico, estimulando os participantes a refletirem sobre  o tema por meio de um jogo entre equipes.

Compreensão - No total, 11 grupos e 108 colaboradores venceram a disputa e foram presenteados com um convite de cinema. Segundo os colaboradores, a brincadeira, além de integrar as áreas, ajudou na compreensão do  assunto. "Gostei muito da forma como foi realizada a apresentação. A estratégia do jogo foi muita assertiva, pois produziu em todos os participantes o interesse em responder as questões. Além do mais, possibilitou a visualização da ferramenta S.A (Strategic Adviser) para um grande público, mostrando que a Cooperativa está sempre na vanguarda em relação as ferramentas de TI. Outro ponto muito forte foi o elogio dos colaboradores que chegavam de cada apresentação. Além é claro, da premiação, que agradou muito! Creio que grande parte dos conceitos  e dos objetivos do Planejamento Estratégico foi assimilado pelos participantes! ", conta Ediclei Veloso Garcia, analista de Gerenciamento de Contas.

Dúvidas - Para reforçar a apresentação, a cooperativa continua trabalhando o tema semanalmente no Portal Corporativo, deixando a área de Planejamento e Desenvolvimento à disposição de todos para esclarecimento de dúvidas. A expectativa da diretoria com a iniciativa  é que o assunto seja incorporado na cultura da Unimed Londrina, orientando a postura profissional de cada um dos colaboradores  e norteando suas escolhas e ações dentro da empresa. (Imprensa Unimed Londrina)

SAFRA 2010/11: Previsão é de um ano bom para produtores de soja e milho

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A perspectiva para a safra de soja e milho 2010/2011é animadora, conforme análise feita pelo diretor-presidente da Cooperativa Agroindustrial (Coamo), José Aroldo Gallassini. Ele esteve em Toledo na manhã desta quarta-feira (02/02) em uma reunião de campo que contou com a presença dos cooperados do município. Somente na região Oeste do Paraná estão sendo realizados sete encontros como este, num total de 36 na área de abrangência da Cooperativa.

Recorde - Apesar da temida ‘safra do La Niña', os produtores dão início a colheita da soja, que apresenta um potencial para novo recorde de produção. "As expectativas são excelentes, com uma safra grande e com preços bons", destacou Gallassini. Ele explicou que alguns produtores já comercializaram um bom percentual da safra. "Este ano promete ser muito bom tanto para soja como para o milho". No primeiro semestre de 2010, os agricultores estavam desanimados com a produção de milho, no entanto, depois de julho, a situação melhorou e motivou a plantação de milho safrinha. "No fim do ano passado fornecemos aos cooperados 150 mil sacas de sementes. Já na semana passada estava em 205 mil sacas. Aumentou bem o plantio, mas a previsão para a safra de verão é de queda", afirmou Gallassini.

Trigo - O trigo continua sendo um grande problema. A dificuldade encontrada na comercialização dos grãos no ano passado desanima os produtores. No Brasil são consumidos mais de 10 milhões de toneladas de trigo e são produzidos pouco mais de cinco milhões e ainda assim não há compradores, o que é considerado uma vergonha por Gallassini. "O trigo produzido é bom, mas os agricultores precisam que os moinhos acreditem nisso para ter tranquilidade no plantio, o Governo precisa estimular a produção".

Coamo - Para a Cooperativa, 2010 foi marcado pelo recebimento da maior produção dos cooperados. A Coamo cresceu no ano passado, mas o faturamento, segundo o diretor-presidente, ficou aquém do esperado devido aos preços baixos no primeiro semestre. Ainda não foi fechado o balancete, mas acredita-se que o faturamento em 2010 passa dos R$ 4,7 bilhões. No dia 18 de fevereiro, será realizada a grande assembléia da Coamo, quando serão divulgados esses dados. "O resultado é muito bom, mas seria melhor se tivesse estabilidade nos preços", explicou Gallassini. (Jornal do Oeste)

PARANAGUÁ: Terminais privados vão investir mais R$ 33 milhões no Porto

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O anúncio de obras de melhorias, ampliação e a realização da dragagem nos berços de atracação do Porto de Paranaguá já estão motivando a iniciativa privada a voltar a investir em Paranaguá. A disposição do Governo do Estado em da prioridade à modernização dos portos paranaenses e as medidas urgentes para retomar as obras de melhorias e readequar a capacidade operacional do Porto têm dado mais credibilidade para que investimentos privados sejam realizados nos portos paranaenses.

Obras - Dois terminais já anunciaram obras de melhorias em suas instalações, com o objetivo de aumentar ainda mais a movimentação de mercadorias pelo Porto. A Cotriguaçu, terminal portuário privado que movimenta granéis sólidos, está investindo R$ 20 milhões para a construção de mais um armazém em Paranaguá, com capacidade de 60 mil toneladas. De acordo com o superintendente da Cotriguaçu Cândido Takashiba, as obras começam em março e o armazém deve estar pronto até outubro. "Nosso objetivo é aumentar nossa movimentação pelo porto em até um milhão de toneladas, após a construção deste armazém", disse. Hoje, a Cotriguaçu movimenta cerca de 2,3 milhões de toneladas de produtos pelo Porto de Paranaguá - entre soja, milho, farelo, trilho e produtos diversos.

Desvio rodoviário - Fora isso, a Cotriguaçu deve concluir nos próximos dias outra obra de melhoria em Paranaguá. De acordo com Takashiba, a empresa fez um novo desvio rodoviário para melhorar o fluxo de veículos nas ruas próximas ao terminal. "Antes, nossa estrutura permitia que 15 caminhões ficassem estacionados. Com as obras, temos espaço para 50 caminhões", explicou.

Fertilizantes- Outra empresa que já planeja novos investimentos em Paranaguá é a Fospar. O terminal, que movimenta fertilizantes, investirá R$ 13,6 milhões para a compra de um novo guindaste e para a manutenção e modernização de outros equipamentos utilizados na descarga de fertilizantes."A Fospar busca a modernização de seu terminal para oferecer serviços ainda melhores para os clientes com uma estrutura e equipamentos mais modernos e eficientes", disse Ronaldo Sapateiro, gerente do terminal portuário da Fospar.

Segundo semestre - A expectativa é que o investimento seja realizado no segundo semestre de 2011, quando deve chegar o novo guindaste. O novo equipamento tem capacidade de içamento de 33,8 toneladas a um raio de 32 metros de operação. O equipamento utilizado hoje tem capacidade de içamento de 22,6 toneladas a um raio de 28 metros de operação. "O Porto de Paranaguá é o principal porto de importação de fertilizantes do país e também é essencial para as operações da nossa empresa. Assim, o investimento nas operações do terminal da Fospar em Paranaguá está alinhado com os nossos objetivos estratégicos e com a busca por oferecer o melhor atendimento aos nossos clientes", afirmou Sapateiro. (AEN)

ABASTECIMENTO: Ceasa busca novas parcerias para melhorar trabalho em Umuarama

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A diretoria da Ceasa Paraná iniciará um novo estudo de revitalização dos trabalhos na unidade da empresa em Umuarama, na Região Noroeste do Estado. Um protocolo de cooperação técnica será encaminhado neste mês para a Prefeitura Municipal de Umuarama prevendo a parceria entre a Secretaria de Agricultura e do Abastecimento - Seab, a Emater e as demais empresas vinculadas e associações e cooperativa de produtores de Umuarama.

Potencial - "Temos um potencial de produção de hortigranjeiros muito grande na Região Noroeste do Estado. Nossa intenção com esse novo termo de cooperação e aproveitar o interesse do município da Região de Amerios - Associação dos Municípios de Entre Rios, nos auxiliando a incrementar ainda mais os trabalhos da unidade da Ceasa de Umuarama", disse Luiz Dâmaso Gusi, diretor presidente da Ceasa Paraná durante a reunião com Antônio Carlos Fávaro, secretário municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Turismo de Umuarama.

Integração - No encontro, que aconteceu em Curitiba, foram discutidas ainda alternativas de integração entre os vários órgãos do Estado e do município de Umuarama. O pedido foi encaminhado para Norberto Ortigara, secretário de Agricultura e do Abastecimento que disse que "as expansões e melhorias das atividades das Ceasas do Paraná fazem parte do plano de governo do Estado".

Ação coordenada- "A unidade é estratégica não só para a cidade, mas também para todos os 32 municípios que integram a Associação dos Municípios de Entre Rios - Amerios. Estamos organizando o setor em toda a região para que aproveitem melhor a estrutura física da Ceasa de Maringá. A comercialização da produção de hortigranjeiros da região ganham um importante aliado neste processo", diz Antônio Carlos Favaro. Ele estima que existem hoje cerca de 300 produtores de hortigranjeiros em Umuarama, e outros 2.700 nos demais municípios que integram a Amerios.

Fruticultura - Segundo Claúdio Marconi, diretor da secretaria municipal de abastecimento, a fruticultura é um dos pontos fortes da produção local. "O clima quente, e a qualidade do solo na região favorecem principalmente a produção de frutas, como citros, abacaxi, melancia, uva rústica, além de verduras", diz.

Unidades - Atualmente a Ceasa de Umuarama conta com dois atacadistas que abastecem Umuarama e as demais cidades da região. A unidade tem um espaço de 10 mil metros quadrados, e na área existe ainda um packing house - área de embalagens, onde a cooperativa de produtores de Umuarama faz o desdobramento e classificação de citros produzidos no município.

Visibilidade - Para Valério Borba, diretor técnico da Ceasa, "a participação integrada dos órgãos ligados tanto na agricultura municipal, como do Estado, darão maior visibilidade ao produtor da Região Noroeste". "Estamos estimulando o cultivo e também o beneficiamento da produção local. Ajudamos a escoar os hortigranjeiros da região, incentivamos o agricultor que passar a ter ganhos melhores e garantias de comercialização, como também na segurança alimentar da população, além de criação de mais empregos", completa. (AEN)

CÂMBIO: Quanto custa segurar o dólar

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Após gastar cerca de US$ 14,6 bilhões em intervenções no mercado cambial este ano, o Banco Central conseguiu garantir um ganho de 0,12% do dólar frente ao real. Parece pouco. Mas, não fosse sua atuação, a cotação, que encerrou ontem em R$ 1,6680, estaria hoje perto de R$ 1,55, segundo estimativa do chefe da área de pesquisas de mercados emergentes da Nomura Securities, Tony Volpon. A projeção, que leva em consideração a relação entre os chamados "termos de troca" do comércio internacional, poderia sugerir sucesso do esforço da autoridade monetária. Mas, para especialistas, o preço que a economia paga nessa queda-de-braço é alto e torna negativa sua relação custo/benefício. "É uma vitória ilusória, pois o esforço que o BC faz para segurar a cotação custa caro", afirma Volpon.

Perversas - Para o coordenador de estudos de mercados emergentes da Tandem Global Partners e ex-diretor de Assuntos Internacionais do BC, Paulo Vieira da Cunha, "o BC não tem poder de fogo ilimitado, o que significa que essas medidas podem se tornar perversas".

Reservas internacionais - As reservas internacionais cresceram US$ 7,286 bilhões em janeiro, graças às compras diárias de dólares no mercado à vista. Não estão contabilizados aí os três últimos pregões do mês nem o primeiro de fevereiro, período no qual outros US$ 2,89 bilhões teriam sido adquiridos, segundo estimativas de especialistas. Por meio do chamado swap cambial reverso, o BC comprou cerca de US$ 3,5 bilhões. E, no primeiro leilão a termo, outro US$ 1 bilhão. Isso mostra que as reservas cambiais do país já devem ter superado os US$ 300 bilhões - a compra de dólares impacta as reservas em D+2. Um colchão tão elevado dá segurança aos país em tempos de turbulência, mas tem um custo alto: cerca de US$ 30 bilhões ao ano, segundo cálculos do o economista Marcio Garcia.

Rentabilidade das reservas - Outra forma de avaliar o custo é a rentabilidade das reservas, que caiu à média de 1,12% ao ano (0,83% em 2009 e 1,41% em 2010) nos últimos dois anos, fortemente impactada pela queda do juro americano. Esse retorno é muito inferior aos 9,33% observados em 2008 e que o juro básico, de 11,25% ao ano. Mas o preço dessa estratégia tem outros aspectos, mais difíceis de serem mensurados: inflação, juros e encarecimento da rolagem da dívida mobiliária.

Vítima - Para Volpon, a guerra cambial tem como principal vítima a inflação. "Uma diferença de 10 centavos na cotação é relevante." Volpon faz alguns exercícios, a partir das projeções apresentados no Relatório Trimestral de Inflação. Pelo cenário de referência, elaborado pelo BC, o IPCA deve fechar o ano em 5%, levando-se em conta uma taxa Selic de 10,75% e o câmbio a R$ 1,70. No cenário de mercado, a inflação seria de 4,80%, com Selic de 12,25% e dólar em R$ 1,75. Cruzando os dados, Volpon diz que é possível afirmar que uma diferença de R$ 0,05 centavos corresponde a aproximadamente 1,5 ponto na Selic. Ainda no campo das estimativas, se a variável dólar fosse alterada para R$ 1,70 no cenário de mercado, o resultado para o IPCA cairia para 3,70%, se o impacto da mudança do câmbio fosse constante e igual a 1,50 ponto percentual. Essa é uma projeção pouco exata, pois há outros mecanismos, como a indexação, que não conseguem ser capturados por esse exercício. Mas prova, de toda forma, a influência da cotação do câmbio sobre as expectativas de inflação. (Valor Econômico)