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MEIO AMBIENTE: Agricultura quer participar das discussões sobre floresta plantada

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A exemplo de vários de seus antecessores, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, reivindica a participação do setor produtivo nas discussões e decisões do setor de florestas plantadas. "É um pedido justo e razoável de um setor que contribui muito para o agronegócio. Vou levar isso adiante com a presidente Dilma Rousseff", disse o ministro em entrevista ao jornal Valor Econômico. De acordo com a  reportagem, as normas e regras para o segmento estão hoje sob o comando do Ministério do Meio Ambiente. A disputa pelas florestas plantadas ganha relevância em razão do volume de investimentos, nacionais e estrangeiros, e das discussões ambientais, sobretudo as questões vinculadas à reforma do Código Florestal Brasileiro. As empresas do segmento projetam investir R$ 14 bilhões no plantio de florestas e aquisição de terras até 2014. Estima-se a necessidade de até 2 milhões de hectares.

Apoio - Em sua gestão (2003-2007), o ex-ministro Roberto Rodrigues tinha apoio do então chefe da Casa Civil, José Dirceu, para a transferência. Mas a queda de Dirceu com o escândalo do "mensalão" complicou a situação. O Ministério do Meio Ambiente resistia, o que deve ocorrer agora com a nova titular Izabella Teixeira. Apoiado pela associação das empresas florestais (Abraf), que inclui pesos-pesados como Votorantim, Gerdau, Veracel, Ripasa, Suzano, Duratex, Acesita, Stora Ensoe Klabin, Rossi avalia que a transferência de ministério reduziria as amarras burocráticas e daria mais visibilidade ao setor.

 

Metas da agricultura - O ministro declarou ainda que o planejamento para as florestas plantadas está ligado às metas assumidas pelo governo na convenção do clima em Cancún, no México. A agricultura tem como metas recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, ampliar em 4 milhões de hectares a chamada integração lavoura-pecuária-floresta e elevar em 3 milhões de hectares a área das florestas plantadas. "O programa ABC contempla as necessidades de apoio ao setor", defende Rossi, em referência ao programa "Agricultura de Baixo Carbono" anunciado em julho. As empresas do setor apoiam o deslocamento para o Ministério da Agricultura. Hoje, segundo a Abraf, são necessárias 32 licenças e registros diferentes do plantio ao corte das árvores. O setor diz que o Meio Ambiente tem excessivo enfoque na preservação da Amazônia. "Precisamos mais vibração e menos cobranças do governo", afirma o diretor-executivo da Abraf, Cesar Augusto dos Reis. (Com informações do Valor Econômico)

CERTIFICAÇÃO: Produção integrada gera renda e alimentos mais saudáveis

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A Produção Integrada alinha requisitos de sustentabilidade ambiental, segurança alimentar, viabilidade econômica e rastreabilidade de todas as etapas produtivas. O sistema prevê a inserção de tecnologias sustentáveis na agropecuária que propiciam a certificação dos produtos. Iniciado em 2001 pela cadeia produtiva de frutas, o processo foi ampliado para outros produtos alimentares e não alimentares de origem vegetal e animal, com a publicação, em agosto deste ano, da Instrução Normativa nº 27, que é o marco legal da Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil). A estimativa do Ministério da Agricultura é de que o número de agricultores e pecuaristas a aderirem voluntariamente ao processo cresça progressivamente, pois reduz significativamente o uso de defensivos.

Benefícios - De acordo com o coordenador de Produção Integrada da Cadeia Agrícola do Ministério da Agricultura, Adilson Kososki, a técnica diminui o emprego de inseticidas e fungicidas em diversas culturas. No cultivo do café, por exemplo, o uso de herbicidas cai até 66% e no da maçã, 100%. O sistema possibilita também reduzir a aplicação de fungicidas e inseticidas na plantação de arroz irrigado e no plantio da batata. A certificação da produção integrada também favorece ganho de 100% na produtividade de batata e café e, de 50% no cultivo de maçã. Kososki  diz que o sistema pode diminuir em até 25% os custos de produção e em 28% o uso de fertilizantes. O Ministério da Agricultura já publicou normas técnicas específicas para o plantio de 16 frutas com o sistema de produção integrada: abacaxi, banana, caju, caqui, citros, coco, figo, goiaba, maçã, mamão, manga, maracujá, melão, morango, pêssego e uva. Projetos para outras 22 culturas estão sendo desenvolvidos, como amendoim, arroz, batata, café e tomate. Outros produtos, incluindo leite, mel, trigo, soja, açúcar e álcool poderão ter a chancela da PI Brasil a partir da norma editada em 2010.

 

Maçã - A maçã foi o primeiro produto agrícola a contar com uma norma técnica específica para certificação e rastreabilidade, por exigências de importadores europeus. Países como Alemanha, Áustria, Espanha, França, Itália e Suíça vêm utilizando o sistema de produção integrada para transformação do método convencional. No Brasil, cabe ao Ministério da Agricultura fomentar a produção sustentável, difundir e transferir tecnologias, promover inovação tecnológica, boas práticas agropecuárias e o bem-estar animal, como elementos básicos para transformar as formas de cultivo atuais.

 

Conservação do solo - Com a adoção das boas práticas agropecuárias, a Produção Integrada proporciona a conservação do solo e da água, a racionalização do uso de agrotóxicos e insumos. Além disso, melhora a qualidade de vida e a segurança do trabalhador rural, garantindo a sanidade dos produtos originados das áreas onde a prática é aplicada. O sistema garante ao consumidor um alimento seguro e com qualidade diferenciada ao produtor. Além disso, a diminuição no consumo de água, energia, fertilizante e agrotóxico contribui para menor impacto ao meio ambiente. "Por ser acessível para qualquer cultura, e com adesão voluntária, esse sistema abre uma oportunidade para os agricultores que queiram cultivar produtos de qualidade ou que atendam mercados exigentes quanto à sustentabilidade do processo de produção", conclui Adilson Kososki. (Imprensa Mapa)

REVIRAVOLTA: Milho supreende na reta final

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Os embarques de milho, que estavam atrasados até setembro, superam a estimativa atual da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para 2010, de 8 milhões de toneladas. Esse volume foi considerado como um patamar mínimo para regulação do mercado interno, após dois anos de oferta excessiva e preços abaixo dos custos de produção. Após intensa intervenção do governo federal, com socorro direcionado principalmente aos produtores de Mato Grosso, o mercado volta a se regular.

Volume exportado - Conforme a Secretaria de Comércio Exterio (Secex), os embarques brasileiros atingiram 8,87 milhões de toneladas até novembro. Entre janeiro e agosto, tinham sido exportadas apenas 3,5 milhões de toneladas. A Conab chegou a reduzir sua previsão de 8,5 milhões para 8 milhões de toneladas, marca agora superada. Do total exportado, 60% estão saindo de Mato Grosso. O estado já exportou 5,3 milhões de toneladas neste ano. Os preços do produto, que caíram a R$ 6 por saca de 60 quilos, estão próximos de R$ 15 nas principais regiões produtoras do estado, conforme o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O Paraná, por sua vez, exportou 1,8 milhão de toneladas, ou 20% do total. (Gazeta do Povo)

TEMPO: Previsão de chuva em grande parte do país

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê para esta terça-feira (28/12), tempo nublado com chuva no oeste e norte do Paraná. Pode chover também no leste de Santa Catarina. Nas demais áreas, sol com poucas nuvens e névoa seca no Rio Grande do Sul. A temperatura na região Sul varia de 10°C a 37°C. Tempo nublado a encoberto com chuva e trovoadas no norte e leste de Minas Gerais. O céu fica parcialmente nublado e chuvoso no Rio de Janeiro, norte de São Paulo e no restante de Minas Gerais. Os termômetros Sudeste devem oscilar entre 13°C e 35°C. No Centro-Oeste, previsão de tempo encoberto a nublado com chuva e trovoadas no Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso. Na região, a temperatura varia de 17°C a 37°C. As mesmas condições estão previstas no sul e centro do Maranhão, sul do Piauí, centro, oeste e sul da Bahia. O céu fica nublado a parcialmente nublado com chuva no Ceará, oeste do Rio Grande do Norte, centro e oeste da Paraíba, oeste de Pernambuco e de Sergipe e no restante da Bahia e do Piauí. Na região Nordeste, a máxima pode chegar a 38°C e a mínima a 17°C. No Norte, o tempo também permanece fechado, exceto em Rondônia e Tocantins, onde a nebulosidade fica variável e pode haver pancadas de chuva e trovoadas isoladas. A temperatura fica entre 21°C e 36°C. (Imprensa Mapa, com informações do Inmet)

CASTROLANDA: Linha de leite será vendida no varejo

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A Castrolanda, cooperativa reconhecida nacionalmente pela qualidade e alto potencial de produção, amplia sua participação no mercado de varejo.  Agora é a vez do leite produzido pela cooperativa ser vendido nas gôndolas dos supermercados. Serão comercializados no varejo três  tipos: leite UHT Integral, UHT Desnatado e o UHT Semidesnatado. As embalagens serão lançadas na versão longa vida de 1 litro(com tampa de rosca), com preço ainda a ser sugerido. A equipe da Usina de Beneficiamento de Leite (UBL) trabalha a todo vapor. Ao todo são 170 colaboradores especializados no desenvolvimento do produto que promete agradar os consumidores que buscam saúde neste alimento básico do dia-a-dia da nutrição humana.

Tipos - O leite UHT (Ultra Righ Temperature) é classificado de acordo com o teor de gordura e pode ser denominado Leite UHT Integral, Semidesnatado ou Desnatado. De acordo com o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade o leite UHT é o leite homogeneizado que foi submetido, durante 2 a 4 segundos, a uma temperatura entre 130ºC e 150ºC, mediante um processo térmico de fluxo contínuo, imediatamente resfriado a uma temperatura inferior a 32ºC e envasado sob condições assépticas em embalagens estéreis e hermeticamente fechadas. "O processo UHT permite obter um produto comercialmente estéril, ou seja, um produto que não contém microrganismos capazes de se desenvolver nas condições normais de estocagem/comercialização. Este procedimento oferece dupla vantagem de uma longa conservação do leite de consumo sem a necessidade de refrigeração", explica Diego Couto de Lima, coordenador em controle de qualidade da UBL.

Diferenças - A multiplicidade das ofertas de leite no mercado parece contribuir para que o consumidor se confunda. Muitos não conseguem distinguir sobre as diferenças existentes entre os tipos de leite. O leite Integral deve conter no mínimo 3,00% de gordura. "O Leite UHT Integral Castrolanda será industrializado mantendo o teor de gordura original que é obtido lá na propriedade, tornando este produto um diferencial no mercado. Pois normalmente o leite UHT integral que encontramos é padronizado em 3,00% de gordura", explica Diego. O leite Semidesnatado deve conter de 0,6 a 2,9% de gordura. "O Semidesnatado Castrolanda terá um teor de gordura de 1,40%. É um leite mais "leve" e que mantém as características sensoriais do produto", garante. O leite Desnatado deve conter no máximo 0,5% de gordura. "O Leite UHT Desnatado Castrolanda apresentará um teor de 0,4% de gordura, este percentual fornece um melhor sabor ao leite desnatado".

Consumo - As opções de consumo são várias. Mas apesar do aumento de renda dos brasileiros, o consumo de leite no país avança em ritmo mais lento que o de outros produtos. De acordo com o Ministério da Saúde o brasileiro bebe em média 120 litros por ano, 40% a menos do que é recomendado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que crianças de até 10 anos tomem 400 ml de leite por dia, o que, ao fim de um ano, dá quase 150 litros. O consumo deve ser maior para os jovens entre 11 e 19 anos: 700 ml por dia. Para adultos e idosos a OMS recomenda ingerir 600 ml diariamente.

Benefícios - Para a saúde o leite fortalece os ossos e dentes, pois é rico em cálcio e previne a osteoporose. Como alimento tem vitaminas, proteínas, ferro e sacia a fome. "A vida já começa com leite" é o que afirma Marcelo Pereira de Carvalho, diretor da Milk Point. Numa pesquisa feita para a Milk Point, Carvalho analisa como a maioria dos consumidores entrevistados consomem o produto. "Normalmente o leite não é consumido puro", garante. A pesquisa aponta que a maior parte dos entrevistados (inclusive crianças) costuma beber o leite com café. A segunda opção mais citada foi a combinação de leite com achocolatado e a terceira é o leite com frutas. Outras combinações também foram citadas, porém com pouca relevância: iogurte, chá, Cremogema, cevada e Mucilon.

Mercado - No mercado de leite apesar das muitas marcas, muitas ofertas, segmentações e variedade de preços, as "marcas" fazem diferença.  "Marca não tem nada a ver com tipo. A marca é muito mais importante que o tipo", afirma o diretor da Milk Point. Para ele o consumidor deve adotar alguns critérios importantes no ato da compra. "A tradição, o que pode garantir a matéria-prima de qualidade e a notoriedade, marcas conhecidas que tem um nome a zelar", disse.

Distribuição - O coordenador de comercialização de leite da Castrolanda, Rogério Marcus Wolf, comenta que já estão sendo organizadas todas as questões e estratégias de distribuição do Leite UHT Castrolanda para o varejo. "Nossas atenções estão voltadas para o posicionamento do produto junto ao seu público alvo. Por isso, estamos analisando muito o perfil de lojas e seus consumidores, o acesso comercial dentro das lojas, enfim, toda a análise para iniciar o processo das vendas propriamente dita. Estamos analisando o processo de representações para alinharmos nosso cadastro em lojas varejistas que tem o perfil do consumidor que desejamos. A ideia é que até o final da primeira quinzena de dezembro nosso Leite UHT Castrolanda esteja liberado para a comercialização. A época não é a mais favorável comercialmente falando, pois é um período de retração de consumo de lácteos. Porém, estamos intencionados a iniciar nessa fase com uma produção menor para conseguirmos cadastrar o produto nas lojas, para que assim que o mercado retomar, nós já estaremos presente" disse.

Produção - O Brasil é um dos maiores produtores de leite do mundo. Ocupa a 6ª posição atrás da União Européia (1º), Estados Unidos (2º), Índia (3º), Rússia (4º) e China (5º). De acordo com dados da Secretaria Estadual de Abastecimento (Seab) o Estado do Paraná é o 4º produtor de leite do país, responsável por 10,3% da produção nacional. Castro tem fundamental importância no destaque nacional da produção. Recentemente recebeu o título de capital nacional do leite. Por ano são produzidos cerca de 150 milhões de litros. A média por animal é de 26 litros/vaca/dia. A ordenha é feita totalmente mecânica, o leite é resfriado em tanques e transportado das fazendas para a indústria a granel. (Imprensa Castrolanda)

COASUL: Cooperativa será parceira no Programa de Biodiesel para agricultura familiar

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A Cooperativa Coasul, de São João, é uma das parcerias do projeto de pesquisa que prevê a instalação de uma usina-piloto produtora de biodiesel destinado à agricultura familiar. O empreendimento deve se transformar em realidade no ano que vem, marcando o início do programa Paraná Biodiesel. Na última quinta-feira (23/12), na sede da Copel, em Curitiba, foi assinado o convênio que estabelece as atribuições de dez entidades parceiras no projeto, que será instalado em São Jorge d'Oeste, no sudoeste do Estado. Segundo o convênio, a usina-piloto deverá produzir 5 mil litros diários de biodiesel e proporcionar, em uma usina, contígua o aproveitamento dos resíduos da matéria-prima utilizada, que serão empregados na preparação de rações e outros produtos, adicionando valor ao processo.

Instalação - A Copel, que coordena o projeto, ficará com a responsabilidade de adquirir e instalar a usina de biodiesel, cabendo à Prefeitura de São Jorge d'Oeste instalar a unidade que fará o beneficiamento dos resíduos. Imagina-se que cerca de 2,5 mil famílias de pequenos agricultores no entorno da futura usina - ou perto de 10 mil pessoas - sejam favorecidas diretamente pelo empreendimento. "Este é um projeto inovador do Paraná e que tem do governador Orlando Pessuti todo o apoio, podendo ser repetido e multiplicado por todo o País em razão do seu grande significado social", disse o presidente da Copel, Raul Munhoz Neto. "O projeto valoriza e agrega renda ao pequeno produtor rural, ajudando a mantê-lo no campo".

 

Social - Segundo o presidente, a pequena escala do empreendimento é, na verdade, o seu grande diferencial social. "Não queremos dar ao projeto a dimensão de um grande empreendimento bioenergético. Não se trata de trocar a produção de alimentos por combustível, mas de associá-las, dando condição ao pequeno agricultor de ter acesso a um combustível natural, limpo e renovável para o seu trator ou caminhão e, adicionalmente, obter a ração e outros insumos para as demais atividades". Na região de São Jorge d'Oeste, onde quase 80% dos produtores rurais são agricultores familiares, muitas propriedades se dedicam à criação de aves e de suínos, além da produção de leite e derivados. Os agricultores familiares respondem por cerca de 80% da produção de alimentos no Brasil. A conciliação entre a produção de energia e a de alimentos também foi mencionada pelo secretário da Agricultura e do Abastecimento, Erikson Chandoha, que destacou a importância do trabalho de pesquisa realizado pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). "Estamos desafiando os pesquisa-dores para que desenvolvam maneiras de aproveitar integralmente mais produtos, além da soja e milho, nessa cadeia do biodiesel", propôs o secretário.

 

Convênio - Conforme o convênio, a Copel vai adquirir e instalar por meio de licitação pública a usina-piloto com capacidade de produzir 5 mil litros diários de óleo combustível vegetal (o bio-diesel), utilizando a soja como matéria-prima, mas não impedindo o uso de outras espécies de oleaginosas. Nesse estudo, também foi considerado o aproveitamento dos subprodutos obtidos no processo de produção do biocombustível na própria atividade, o que vai ser feito numa usina de beneficiamento que será instalada pela Prefeitura. Os pequenos produtores rurais estabelecidos na região, representados pelas cooperativas de agricultores familiares que também integram o convênio, fornecerão a matéria prima para a produção do biodiesel e terão acesso não só ao combustível, mas a todos os produtos obtidos no processo (farelo, torta, lecitina, solventes e outros).

 

Benefícios - A instalação de usinas de biodiesel capazes de atender às necessidades de pequenos produtores rurais praticantes da agricultura familiar é uma forma de permitir aos agricultores familiares acesso a um combustível natural e com baixo custo e, adicionalmente, agregar renda à sua atividade. Considerado como fonte de energia renovável e sustentável, o biodiesel é o combustível no qual "o binômio alimentos e energia encontra sua perfeita integração", como interpreta o diretor de engenharia da Copel, Edson Sardeto. Segundo Sardeto, para cada litro do combustível ecológico produzido, é possível produzir também 40 quilos de ração para aves, suínos e gado leiteiro ou de corte. "Assim, é correto afirmar que o biodiesel é apenas um resíduo na cadeia produtiva de alimentos, ou seja, um importante indutor do desenvolvimento agrícola, econômico e social", sublinha o diretor.

 

Parcerias - Integram o programa Paraná Biodiesel, além da Copel, a Secretaria da Agricultura e do Abasteci-mento (com suas vinculadas Iapar e Emater), a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (e sua vinculada Tecpar), a Prefeitura Municipal de São Jorge d'Oeste, a Coasul Cooperativa Agroindustrial, o Sistema de Cooperativas de Leite da Agricultura Familiar - Sisclaf, e o Sistema de Cooperativas de Comercialização da Agricultura Familiar Integrada - Siscoopafi. (AEN)

ECONOMIA I: Analistas já veem real não tão forte em 2011

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Já não são poucos os analistas que acreditam que o real vai se depreciar em termos nominais em 2011. A própria mediana das expectativas do mercado, segundo o último boletim "Focus" do Banco Central, aponta desvalorização da moeda brasileira, com o dólar indo a R$ 1,75, na comparação com o R$ 1,689 do dia 24 último. Daniel Tenengauzer, chefe de estratégia de renda fixa e câmbio para mercado emergentes do Bank of America Merrill Lynch, acredita que o dólar vai terminar o ano que vem perto de R$ 1,80, uma valorização de cerca de 6,6%. Isso já contando com um aumento de 1,50 ponto percentual nas taxas de juros básicos Selic. Uma das principais razões, na sua visão, é o aumento para 6% no Imposto sobre Operações Financeiras sobre o câmbio na entrada para investimentos de renda fixa e depósitos de garantia na BM&F. "O custo de colocar dinheiro no país ficou alto demais e parece que os ingressos de novos recursos para este fim estão congelados até segunda ordem." (Valor Econômico)

ECONOMIA II: Dezembro deve ter saída de dólares para renda fixa

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Na visão de Tenengauzer, o mundo continuará com liquidez disponível e os países emergentes vão receber esses recursos de sobra no mercado. Ele vê alta de 1,5% a 2% nas moedas dos países emergentes, com destaque para a Ásia, com valorizações de 3% a 3,5%. "Os investidores vão procurar mercados mais amigáveis do que o brasileiro no que diz respeito a regras de conversibilidade e impostos na entrada", diz. Tenengauzer prevê queda nos investimentos de portfólio ao Brasil no ano que vem. Estima um aumento no déficit em conta corrente para 3,1% do Produto Interno Bruto no final de 2011 e para 3,7% do PIB no final de 2012, na comparação com os 2,4% dos 12 meses terminados em novembro. Esse déficit será plenamente financiável com o ingresso de investimento externo direto e para ações. Mas a participação da renda fixa deve cair, inclusive por causa de um agravamento da crise de dívida pública na Europa e de seu impacto nos bancos, investidores e crescimento econômico em toda a região do euro.

Euro - O Bank of America Merrill Lynch não tem como cenário mais provável a moratória de algum país europeu, mas trabalha com uma perda de valor importante do euro perante o dólar. Atualmente, o valor de euro tem variado de US$ 1,30 até US$ 1,31. Tenengauzer trabalha com a moeda europeia valendo US$ 1,20 no final do ano que vem, uma desvalorização de quase 8%. "Se o real se desvalorizar pouco frente ao dólar, os produtos brasileiros serão menos competitivos na Europa, o que ajuda a conter o crescimento econômico brasileiro via contenção das exportações."

 

Renda Fixa - O simples temor de novos aumentos de impostos e mudanças de regras tem mantido o investidor de renda fixa afastado e pode atrapalhar uma valorização do real em 2011. Para Darwin Dib, economista do Itaú, "a percepção da eficácia do IOF como instrumento de contenção de liquidez no mercado cambial pode estimular novas medidas do governo em uma possível conjuntura de apreciação do real". Dib lembra que em novembro houve "expressiva redução do investimento estrangeiro no mercado de renda fixa local" - o fluxo líquido foi zero. Até então, o fluxo mensal médio de entrada era de US$ 1,5 bilhão e, nos três meses precedentes, US$ 1,9 bilhão. Ele nota que o BC espera que 2010 termine com US$ 13,6 bilhões de fluxo líquido de entrada para o mercado de renda fixa. Mas o acumulado no ano até novembro é de US$ 14,8 bilhões. Conclui-se, portanto, que a estimativa oficial para dezembro é de saída de US$ 1,2 bilhão. "É verdade que este recuo do investidor estrangeiro no mercado local de capitais em novembro e, possivelmente, em dezembro também reflete a exaustão do rali gerado pela propensão a risco estimulada pelas expectativas em torno do relaxamento quantitativo do Fed (banco central americano)."

 

Crise europeia - Há também o agravamento da crise na Europa em novembro e dezembro e as tradicionais necessidades de caixa de final de ano dos investidores externos. As próprias incertezas sobre a atuação do novo time do Banco Central e da equipe econômica e sobre a sua capacidade de controlar a inflação pesam. "Porém, a forte retração do fluxo especificamente destinado ao mercado local de renda fixa deixa pouca margem para a dúvida de que as medidas administrativas, aliadas à retórica oficial, estão de fato secando o fluxo de investimento estrangeiro para o nosso mercado local de renda fixa", diz Dib. Especialista lembra que o Brasil vai desacelerar seu crescimento em 2010, de 7,5% ao ano neste ano para algo em torno de 4,5% ao ano em 2011. Enquanto isso, os EUA terão um crescimento em aceleração, embora lento. Isso pode atrair fluxo de recursos para os mercados americanos. (Valor Econômico)

CONSUMO: Água, luz e saneamento

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Mesa farta, eletrodomésticos de última geração, carro na garagem. Tudo isso já faz parte do dia a dia da maior parte das quase 61 milhões de famílias brasileiras, graças à maior oferta de emprego, ao aumento da renda e à oferta maciça de crédito. Mas a cobrança sobre a presidente eleita, Dilma Rousseff, será enorme. Com a mudança no perfil dos lares, que estão ficando cada vez menores, a pressão por habitação e serviços básicos como energia elétrica, coleta de esgoto e lixo, água encanada e planejamento urbano ganhará dimensões nunca vistas. A busca por conforto será incessante. Além de empurrar o setor público contra a parede, pois, com carteira assinada, os futuros trabalhadores exigirão melhor retorno dos impostos que pagarão, a indústria terá que desenvolver produtos que atendam a um público mais exigente, consciente da preservação do meio ambiente e com gastos cada vez mais diversificados. Famílias menores, por exemplo, gastam menos com alimentação dentro de casa. Priorizam o lazer, viagens, cultura, educação privada e tecnologia.

Mais poder de compra - Pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 1996 e 2008, as casas com mais de cinco pessoas recuaram de 32% para 21% do total e as com até duas foram de 22% para 31%. Consequentemente, as despesas encolheram e o poder de compra cresceu. Esse, por sinal, é parte do bônus demográfico, população entre 15 e 64 anos, que será maioria nos próximos 20 anos. Passado esse bônus, o Brasil será um país mais velho, com outros tipos de demanda - por isso, a necessidade de usar o auge da população produtiva para acumular as riquezas que serão consumidas pelas próximas gerações. Esse público mais velho já dá sinais de seu poder. Até 2020, eles serão 18 milhões de consumidores de planos de saúde, medicamentos, consultas, exames laboratoriais, viagens e tudo o que resultar em bem-estar.

 

Crescimento - "O consumo no Brasil só aqueceu os motores nos últimos anos, com o aumento do poder aquisitivo, graças ao controle da inflação. Nos próximos 20 anos, a máquina estará funcionando a pleno vapor", diz Paulo Carramenha, diretor da Consultoria GfK. "Se, hoje, qualquer aumento da massa de consumidores faz a diferença, imagine daqui a duas décadas?", indaga. Portanto, para não destruir a máquina do consumo ou mesmo enferrujá-la, Dilma Rousseff terá que ir muito além do assistencialismo e de políticas populistas. (Correio Braziliense)

AGRONEGÓCIOS: Brasil retoma exportações de carne para os Estados Unidos

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As exportações de carne bovina termoprocessada para os Estados Unidos serão retomadas nesta segunda-feira (27/12). A decisão  de autorizar as vendas para o mercado norte-americano foi do Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar (FSIS, sigla em inglês) dos Estados Unidos, que constatou  a eficiência dos planos de controle do governo e das empresas para garantir a qualidade da carne. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, considerou a reabertura das exportações de carne ao mercado norte-americano uma vitória da agropecuária brasileira. "Trata-se de um reconhecimento da qualidade dos nossos produtos, que certamente terá impacto na conquista de novos mercados." O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Nelmon Costa, disse que os norte-americanos verificaram a preocupação do Brasil em escolher os fornecedores e o cuidado dos produtores rurais em respeitar o prazo de carência da aplicação da ivermectina (vermífugo) até o abate dos animais.

Exame - O governo brasileiro decidiu, também, adotar a mesma metodologia aplicada pelos norte-americanos para avaliar o nível de ivermectina, a partir do exame no músculo do animal. "Já fizemos esse procedimento nas últimas análises de resíduo do medicamento em 460 amostras. Em nenhuma delas foi violado o nível de ivermectina permitido pelos Estados Unidos, de 10 partes por bilhão", enfatiza Costa. A princípio, serão liberados 12 frigoríficos localizados em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.  A última missão do governo norte-americano  esteve no  Brasil  no período de 31 de agosto a 22 de setembro de 2010. Na ocasião, os técnicos visitaram frigoríficos exportadores de carne bovina termoprocessada localizados em Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo.

 

Exportações - As exportações de carne bovina termoprocessada estavam embargadas desde maio deste ano, devido à presença do vermífugo acima dos níveis considerados toleráveis pelos Estados Unidos. Em 2009, as vendas do produto para o mercado norte-americano renderam US$ 223,1 milhões, o que corresponde a 43,2 mil toneladas. (Imprensa Mapa)

COPAGRIL: Léo Oliveira na Seleção Brasileira

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Mais um atleta da Copagril/Faville/Dalponte/MCR Futsal fará parte da Seleção Brasileira de Futsal. Além de Gadeia que foi convocado pela segunda vez para integrar o selecionado brasileiro, Léo Oliveira, eleito o melhor goleiro da Liga Futsal 2010, estará presente no desafio das Estrelas que acontecerá nos dias 26 (Santos -SP) e 28 de dezembro (São Bernardo do Campo - SP). Léo substituirá o experiente guarda-meta Franklin, da atual campeã catarinense Krona/Joinville/DalPonte, que foi cortado devido a um problema no tornozelo.

Alegria - Diante da surpresa, Léo, não escondeu a alegria de poder participar dos dois confrontos entre a seleção das estrelas que atuam no exterior contra as que jogam no Brasil. "É uma emoção muito grande, eu estou muito feliz, até porque eu não esperava essa notícia, já que a convocação estava definida. Foi um presente de natal pra mim e toda minha família. Estou muito feliz, emocionado", revelou. Como companheiro de posição no selecionado dos atletas locais, o jogador da Copagril/Faville/Dalponte/MCR Futsal terá o catarinense Djony, que costuma chegar bem ao ataque e sempre deixar sua marca. Ainda segundo Léo, a convocação de última hora só veio fechar com chave de ouro o ano de 2010, o melhor de sua carreira.

 

Um ano especial - "Este ano foi o mais especial de toda minha carreira, até porque a Copagril não era um time de tanta expressão e conseguiu chegar a final da Liga Futsal, o campeonato mais importante do calendário. Para o ano que vem os objetivos são muitos, principalmente garantir de vez uma vaga na seleção brasileira e chegar as finais de outras competições", disse o recém-convocado. Por fim, o goleiro afirmou que o torcedor que for acompanhar os Desafios das Estrelas não irá se decepcionar. "Vou fazer o máximo para aproveitar essa oportunidade. Pretendo atuar com a mesma raça e vontade que tenho demonstrado na minha equipe". (Imprensa Copagril)

SAFRA II: 100 mil hectares indefinidos

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A redução de 10% no plantio de trigo no Paraná em 2011, dada como certa pelo setor produtivo, pode liberar mais de 100 mil hectares para o milho, considerando que em 2010 a área cultivada foi de 1,16 milhão de hectares, 11% abaixo da registrada em 2009. Os dados são do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os triticultores reclamam que não há política de preços que garanta renda mínima e que, a partir de 2011, só a produção de primeira qualidade poderá ser vendida para o governo. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ainda analisa medidas de apoio ao trigo.

Comercialização - O setor produtivo propõe medidas de apoio à comercialização e classificação, além de salvaguardas contra importações do grão. Nova reunião foi realizada no início desta semana com representantes do Mapa, em Brasília, mas ainda não há garantia de apoio. A próxima reunião está marcada para 10 de fevereiro.  O governo federal reluta em reverter redução no preço mínimo do trigo e em ampliar a cobertura do seguro rural para perdas climáticas. Os técnicos do Mapa não querem também prorrogar a portaria ministerial que amplia as exigências de qualidade na classificação do trigo. A portaria está prevista para vigorar a partir da safra de 2011, mas o setor alega que não há sementes disponíveis no mercado para produzir um grão de acordo com os novos critérios.

 

Consumo - A produção nacional de 5,8 milhões de toneladas é insuficiente para atender o consumo. A demanda interna vem sendo suprida com importação de mais de 5 milhões de toneladas de trigo ao ano. Esse volume pode chegar a 6 milhões de toneladas em 2011, informam os moinhos. O Paraná registra produção de 3,37 milhões de toneladas em 2010. Uma redução de 10% na produção do estado obrigaria o país a ampliar as importações em 5,7%, considerando o total de 5,8 milhões compradas no exterior pela indústria nacional neste ano. O desânimo na produção toma conta do setor num ano em que problemas enfrentados em outras regiões produtoras indicam que os preços internacionais tendem a subir. As cotações esperadas para 2011 são melhores que as praticadas nos últimos dois anos, conforme os especialistas no mercado do trigo. (Gazeta do Povo)

MILHO: Preços forçam revisão no preço do cereal

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Os preços do milho estão subindo e prometem rebater a tendência de recuo no plantio da segunda safra do ciclo 2010/11 no Paraná, que começa em janeiro, informam os técnicos do setor. O valor pago ao triticultor no estado se aproxima de R$ 20 por saca (31% acima do preço de dezembro de 2009), apesar de as chuvas estarem derrubando, dia após dia, as estimativas de quebra neste verão. Já contando com uma produção regional maior que a prevista para o verão de La Niña- com risco de seca -, as cotações se sustentam pela tendência de quebra na Argentina e no Rio Grande do Sul, onde realmente vem ocorrendo falta de chuva. Pesam também fatores como a redução do plantio na primeira safra registrada em todo o Sul do país e o aumento das exportações de milho nos últimos três meses.

Leilões - Os preços em Mato Grosso, próximos de R$ 15 a saca nas principais regiões produtoras, indicam que as estratégias do setor para reduzir a oferta excessiva - que abateu as cotações nos últimos dois anos - estão funcionando. Os leilões promovidos pelo governo para incentivar o escoamento ajudaram a alavancar as exportações, que acabam de atingir 8,9 milhões de toneladas - 5,3 saindo de Mato Grosso (60%) e 1,8 milhão do Paraná (21%) -, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O setor espera exportar 10 milhões de toneladas até o fechamento dos números deste ano. Mas, com um volume acima de 8,5 milhões já superaria a meta estabelecida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Nesse ritmo, os estoques finais do país serão de 9 milhões de toneladas de milho - 14% abaixo dos registrados um ano atrás.


Plantio - Os estados do Sul reduziram o plantio de verão em 9,8% (270 mil hectares), conforme a Expedição Safra Gazeta do Povo. O Paraná foi responsável por recuo de 170 mil hectares e cultiva atualmente 767 mil hectares - menor área registrada pelas estatísticas oficiais acumuladas a partir de 1976/77. Com recuo de 18,4% no cultivo, o estado deve produzir 5,29 milhões de toneladas, considerando queda de 4,2% na produtividade. A seca que vem sendo registrada na Argentina e no Rio Grande do Sul deve sustentar os preços e fazer com que o plantio da segunda safra seja maior que o do ano passado no Paraná, avalia o agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral) Otmar Hübner. O órgão é ligado à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab).


Rio Grande do Sul - Com possibilidade de quebra numa parcela estimada entre 10% e 30% das lavouras, o Rio Grande do Sul paga até R$ 27 por saca de milho ao produtor, informa a Emater gaúcha. A média atual (R$ 23 por saca) está 20% acima da praticada no ano passado. A Emater trabalha com estimativa de quebra de 17% para o milho. A Expedição Safra prevê recuo de 9,2% no estado. O fato de os produtores estarem planejando redução de aproximadamente 10% no plantio de trigo no Paraná também deve aumentar as apostas na segunda safra de milho, acrescenta Hübner. O primeiro levantamento oficial do Deral será elaborado a partir de janeiro.


Plantio de inverno - A tendência de aumento no plantio do milho de inverno vem sendo cogitada também pelos técnicos da cooperativa Coamo e da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Ano passado, o estado plantou 1,3 milhão de hectares de milho na segunda safra - área 10% menor que a do período anterior. A produtividade, no entanto, foi bem maior, elevando a produção em 50%, para 6,76 milhões de toneladas. (Gazeta do Povo)

MEIO AMBIENTE I: Políticas florestais para a conservação devem focar incentivo a preservação

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Na mesma época em que se realizava a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 16), quando os olhos do mundo se voltam para problemas como o desmatamento no Brasil, uma pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP mostrou que a nossa política para preservação da cobertura de matas nativas está longe do ideal. Especialmente se comparada à política aplicada por outros países, como os europeus, onde o foco no incentivo à preservação - e não na punição aos que não a respeitam- tem gerado sucesso na redução do desmatamento do continente.

Exemplo - Intitulado Comparação de políticas florestais do Brasil com as de alguns países da Europa e das Américas, o estudo do professor Carlos José Caetano Bacha tem a premissa de que é importante tentar absorver o exemplo desses países para melhorar a eficiência em solo brasileiro, onde se concentra a maior área de florestas do globo. Quando se fala de políticas florestais, a grande diferença apontada por Bacha entre o Brasil e a Europa - onde foi constatada ampliação da cobertura florestal nos últimos 15 anos - é que aqui se adota o que ele chama de "política de comando e controle" em relação ao desmatamento, e lá é aplicada uma política de incentivo econômico à preservação florestal. O que quer dizer que enquanto o Brasil tenta deter o desmatamento através de uma legislação, com punições aos que a violarem, muitos países europeus incentivam financeiramente os donos das terras para a preservação. Isso é feito da seguinte maneira: estima-se, por exemplo, quanto o proprietário ganharia se utilizasse a área de preservação para agricultura ou pecuária, e então esse valor é pago a ele, que por sua vez se compromete a preservar a cobertura florestal do terreno. Além disso, o governo cobre parte dos custos com reflorestamento.

Brasil - Já no Brasil, a lei obriga o produtor a não desmatar, porém não fornece estímulos para que isso ocorra. Todos os custos para preservação e reflorestamento são do proprietário. Inclusive, caso ele tenha comprado a terra já desmatada, ele é obrigado por lei a arcar com o reflorestamento da reserva legal, mesmo sem ter tido culpa no processo. "Na Europa se recebe para conservar, enquanto que no Brasil se paga", afirma Bacha. Nos últimos anos, no entanto, algo parecido ao que é feito na Europa tem ocorrido no Brasil, para a preservação de nascentes de água, mas em uma proporção menor. O proprietário de uma terra que tenha uma nascente recebe um incentivo financeiro de governos municipais ou ONGs para não poluir ou afetar essa fonte. Só que mesmo com uma forma de aplicação semelhante à europeia, o número de beneficiados pelo sistema é muito pequeno. "São milhares nos países da Europa, enquanto que no Brasil são apenas dezenas", completa Bacha, sendo que aqui há uma quantidade muito maior de terras do que nos países europeus.

América do Sul - Com a comparação entre as políticas florestais brasileira e europeia já em estágio de conclusão, a pesquisa entra agora em uma segunda fase. A ideia agora é averiguar as políticas de outros países da América do Sul, como Argentina, Uruguai e Chile. Mais especificamente no que diz respeito ao reflores-tamento, no qual esses países têm obtido bons resultados. Neles, têm-se conseguido avanços nessa área através de vantagens tributárias dadas na produção de celulose e madeira. Já no Brasil, predomina a concessão de crédito rural ao plantio de florestas, mas aquém da dimensão necessária. O foco então é analisar os instrumentos utilizados nesses países, com características econômicas semelhantes à nossa, e ver se essa política tem feito a diferença nesse sentido. De acordo com Bacha, ainda é cedo para afirmar se as práticas adotadas por esses países são uma opção para o Brasil, que tem proporções muito maiores. Não se pode dizer que uma política seja melhor que a outra, exatamente pelas diferenças entre os países. Mas pode-se considerar as políticas que tiveram algum tipo de sucesso e tentar adaptá-las à nossa realidade. O estudo de Bacha é apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). (Portal Ecodebate - Adaptado por APRE)

MEIO AMBIENTE II: FNDF abre seleção para o fornecimento de capacitação e assistência técnica

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Organizações, cooperativas e empresas com experiência em capacitação e assistência técnica florestal (ATEF) podem apresentar, a partir de hoje propostas para se tornarem fornecedores desse tipo de serviço para comunidades selecionadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF). O Serviço Florestal Brasileiro - responsável pela gestão do FNDF - lançou quatro avisos de licitação para selecionar seis empresas ou organizações, que executarão diversas ações envolvendo capacitação e ATEF em 21 comunidades em 6 estados do Norte e Nordeste. A escolha da melhor proposta ocorrerá no dia 29 de dezembro, por meio de pregão eletrônico. As comunidades beneficiadas foram definidas, após chamadas de projetos relacionados a quatro temas: manejo florestal para assentados na caatinga; manejo florestal comunitário e familiar em RESEX da região norte; produção de sementes e de mudas para restauração florestal da Mata Atlântica no Nordeste.

Critérios - Serão selecionadas as empresas que propuserem o menor preço para realização das atividades previstas nos editais. No entanto, antes da assinatura dos contratos os vendedores devem provar ter capacidade técnica para executar as ações. As empresas ou organizações devem ter experiências prévias em atividades de capacitação e assistência técnica florestal e já devem ter trabalhado com público com perfil semelhante às comunidades beneficiadas. Para participar do pregão, os interessados precisam estar credenciados no Portal de Compras do Governo Federal (http://www.comprasnet.gov.br). O credenciamento pode ser feito diretamente pela internet. Para assinar o contrato, os vencedores do pregão devem estar cadastrados no Sistema de Cadastro de Fornecedores (Sicaf). As instruções para se cadastrar no Sicaf estão no portal compras.net. Para mais informações sobre a licitação, os interessados podem entrar em contato com o Serviço Florestal Brasileiro, por telefone (61-2028-7147 61-2028-7147) ou por e-mail (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.)

Prioridades do FNDF em 2011 - No próximo ano, o FNDF deve apoiar projetos com três focos principais: 1) capacitação de extensionistas para atividades de manejo florestal na Amazônia e Caatinga e para a recuperação florestal na Mata Atlântica; 2) promoção das boas práticas de uso dos recursos florestais no Cerrado; e 3) apoio à disponibilização de recursos humanos para o desenvolvimento florestal na Amazônia e Caatinga. Estas prioridades constam no Plano Anual de Aplicação Regionalizada (PAAR-2011), que foi apresentado para o Conselho Consultivo do FNDF no dia 15 dezembro. O PAAR será publicado até o fim de 2010, após manifestação final dos integrantes do Conselho, formado por representantes dos governos federal, estadual e municipal, sociedade civil, representações de trabalhadores e do empresariado. (ASCOM - Serviço Florestal Brasileiro - retirado de CIF)

FINANÇAS PÚBLICAS: Orçamento é aprovado com mínimo de R$ 540

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Faltando uma hora e 37 minutos para o fim do ano legislativo e com a presença de menos de 5% dos parlamentares que compõem as duas Casas, o Congresso aprovou ontem o primeiro Orçamento da gestão Dilma Rousseff. O governo só conseguiu concluir a negociação com parlamentares da base e da oposição - insatisfeitos com o baixo índice de pagamento de emendas parlamentares e com os amplos poderes que a peça orçamentária de 2011 concede ao Executivo para remanejar receitas - depois das 21h. Se o Orçamento não fosse votado ontem, o roteiro de despesas e de receitas do governo Dilma teria que esperar o recesso, que tem início hoje e termina em 31 de janeiro, para ser analisado. O relatório final da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) manteve o salário mínimo de R$ 540, mas previu dispositivo garantindo a Dilma recursos para elevar o valor se a futura presidente decidir. Os recursos sairiam de um "colchão" de R$ 6,6 bilhões que poderão ser usados no mínimo, no reajuste do Bolsa Família e no aumento de servidores.

Remanejamento - Os itens responsáveis pelo impasse na votação foram regras de remanejamento dos recursos previstos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as condições impostas pela oposição para que as Casas aprovassem o projeto que retira a Eletrobras do cálculo do superavit. Depois de muita conversa, o vice-líder do governo no Congresso, deputado Gilmar Machado (PT-MG), conseguiu convencer os colegas a votarem a retirada da Eletrobras e aprovarem orçamento que mantém teto de 30% no remanejamento de recursos das obras do PAC. A mudança, no entanto, ficou por conta do critério que obriga o governo a submeter à Comissão Mista de Orçamento remanejamentos que superarem 25% do limite. O governo terá liberdade para recompor valores do projeto que estiverem abaixo da proposta original do Orçamento, por meio de medida provisória.

Votação - Com o Congresso esvaziado e sem nomes da linha de frente de Dilma, coube a Gilmar Machado a missão de contornar as arestas e entregar o Orçamento aprovado nos moldes determinados pelo governo. Na sessão de ontem, apesar de manobra ter mantido o registro do quorum da última sessão do Congresso, que listava 67 senadores e 425 deputados, cerca de 30 deputados estavam presentes na votação. Para presidir a sessão, o terceiro-secretário da Câmara, deputado Odair Cunha (PT-MG), foi escalado. "Ficção é a presença dos parlamentares nesta noite para votar a lei mais importante. Não vou fazer nenhum ato de obstrução em respeito a Gilmar Machado. Neste momento, os medalhões do partido fogem e deixam o deputado aqui às feras. O que retardou a sessão de hoje são parlamentares com o pires na mão que pedem o pagamento das emendas", protestou o senador Heráclito Fortes (DEM-PI). Segundo o relatório, a estimativa de receita é de R$ 2,03 trilhões. Foram previstos R$ 74,2 bilhões para a Saúde, R$ 62,6 bilhões para a Educação e R$ 40,1 bilhões para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Despedida com farpas - Os senadores Mão Santa (PSC-PI) e Ideli Salvatti (PT-SC) abriram mão do espírito natalino ao se despedirem da Casa, ontem. Na última sessão da petista e do socialista cristão no Senado, Ideli e Mão Santa trocaram farpas e o piauiense chegou a pedir que a futura ministra da Pesca do governo Dilma Rousseff se retirasse do plenário. Mão Santa fazia seu 1.502º discurso quando a líder do governo no Congresso pediu um aparte para fazer um comunicado inadiável. O senador do Piauí, que gastou toda a tarde de ontem discorrendo sobre seu mandato e relação pessoal com outros parlamentares, não deu a palavra a Ideli e ainda pediu que ela se retirasse do plenário enquanto recebia homenagens. "Não, não. Pela ordem aqui, não", respondeu Mão Santa ao pedido de pronunciamento de Ideli. "Pela ordem é o presidente. A senhora não vai pedir agora, não, porque aqui já se usou a tribuna até por quatro horas. Por educação, sente-se." A senadora respondeu à reação do piauiense com um "está bem", mas Mão Santa não parou. "Aliás, é até melhor que se retire." Indignada com a atitude do senador, a futura ministra respondeu: "Isso mostra a sua educação". O apreço de Mão Santa pelo tempo de discurso no plenário faz parte do folclore do Senado. O senador que não conseguiu se reeleger é um dos campeões no ranking da oratória. Fez 1.502 intervenções no plenário durante a legislatura. Ideli, por sua vez, registra 732. A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), que também se despediu ontem do Senado para assumir o governo do Rio Grande do Norte, tomou a palavra por 180 vezes.

Folclore - Os longos discursos de Mão Santa chegaram a ser alvo de questionamento de outro parlamentar, que apresentou registro à Mesa Diretora, mas desistiu de interpelar os colegas. Servidores da Casa que têm a missão de acompanhar todas as sessões, prestando assessoria ou segurança, reclamavam que muitas vezes passavam do horário de trabalho e não recebiam horas extras durante os discursos de Mão Santa. As participações do senador, no entanto, com seu linguajar pitoresco e estratégia de usar temas familiares para falar com os eleitores, fazem sucesso com os telespectadores da TV Senado. (Correio Brasiliense)

COMMODITIES AGRÍCOLAS: Realização de lucros

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Os contratos de café tiveram forte recuo no dia de ontem na bolsa de Nova York após atingir no pregão de terça-feira a maior alta em mais de 13 anos na bolsa americana. Os papéis com vencimento em maio de 2011 encerraram o pregão a US$ 2,316 por libra-peso, desvalorização de 365 pontos. De acordo com a Dow Jones Newswires, a retração se deveu a um movimento de realização de lucros que testou o limite da commodity, que vem batendo altas sucessivas nos últimos dois meses por conta da expectativa de menor oferta do tipo arábica de qualidade. "Nós estamos apenas correndo dos compradores", disse ontem um trader à agência. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o arábica fechou em queda de 0,06% com a saca de 60 quilos valendo R$ 407,30.

Demanda arrefece - Depois de subir mais de 600 pontos nesta semana, o algodão voltou a cair com apostas de que a demanda vai arrefecer diante dos preços elevados. Os papéis com vencimento em maio do ano que vem encerraram o pregão na bolsa de Nova York valendo 139,69 centavos de dólar por libra-peso, queda de 500 pontos. As exportações da pluma dos Estados Unidos, maior exportador mundial, caíram 35% na semana encerrada em 9 de dezembro, na comparação com os sete dias anteriores, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos citados pela Bloomberg. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a pluma fechou com leve valorização de 0,03%, com a libra-peso valendo 291,47 centavos de real.

Apetite chinês Os futuros de milho voltaram a subir ontem - pela quarta sessão consecutiva - na bolsa de Chicago diante dos rumores de que os Estados Unidos vão exportar ainda mais grãos para a China, o maior consumidor mundial. Os contratos com vencimento em maio encerraram o dia a US$ 6,17 o bushel, valorização de 6,75 centavos de dólar. A China vai ampliar suas importações de grãos e algodão e aumentar as reservas governamentais de alimentos, inclusive carnes e açúcar, segundo anúncio do Ministério de Comércio chinês informado pela Bloomberg. No mercado de Mato Grosso, segundo maior produtor nacional de milho, os preços do grão fecharam estáveis com compradores ofertando R$ 14,50 pela saca em Sorriso, segundo o Imea/Famato.

Restrição de qualidade - Especulações de que o declínio na oferta de trigo de alta qualidade irá impulsionar a demanda pelo cereal americano fizeram as cotações do trigo subir ontem nas bolsas americanas. Os papéis com vencimento em maio do ano que vem fecharam em alta de 17,25 centavos de dólar a US$ 8,0975 o bushel em Chicago. Na bolsa de Kansas, o mesmo vencimento fechou com igual valorização a US$ 8,525 o bushel. Nesta safra é esperada que a moagem do cereal de qualidade em regiões importantes da Austrália seja metade do volume previsto por causa das fortes chuvas, segundo dados da Australia & New Zealand Banking Group Ltd, citados pela Bloomberg. No mercado do Paraná, a saca de 60 quilos do cereal encerrou o dia a R$ 24,08, queda de 0,70%, segundo o Deral/Seab. (Valor Econômico)

ECONOMIA: BC lança novo índice baseado nas commodities

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O Banco Central (BC) lançou na quarta-feira (22/12) o Índice de Commodities Brasil (IC-Br), uma medida dos preços internacionais que têm relevância para a dinâmica da inflação doméstica. Segundo o BC, o indicador se mostra necessário devido à importância crescente desses itens para a economia brasileira e, consequen-temente, seus potenciais impactos sobre a dinâmica dos preços ao consumidor e, também, repercussões nas expectativas dos agentes. O IC-Br é composto por uma cesta de indicadores de preços com pesos diferentes de acordo com a relevância para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O Banco Central deve divulgar esse índice periodicamente, além de fornecer a abertura dos dados para três setores: IC-Br Agropecuária, o IC-Br Metal e o IC-Br Energia.

Trajetória - Segundo o BC, a trajetória recente do indicador ratifica a visão de que houve contribuição significativa, nos últimos meses, da elevação dos preços das commodities para a aceleração do IPCA. "O período iniciado no segundo semestre de 2010, registra variação do IPCA mais acentuada do que a das medidas de exclusão, trajetória consistente com a elevação, no mercado internacional, das cotações das principais commodities agrícolas e metálicas." A criação do indicador permitiu ainda ao BC estimar a influência desse indicador na dinâmica dos preços. Na avaliação da autoridade monetária, o repasse de um choque no IC-Br para o IPCA se inicia logo no primeiro mês em que os preços médios da cesta se elevam. O pico acontece no mês seguinte e torna-se praticamente nulo a partir do quinto mês. (Valor Econômico)

ETANOL: Disputa deve ser levada à OMC com rapidez

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As recentes vitórias do Brasil em disputas comerciais com os Estados Unidos no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) devem dar um alento aos produtores brasileiros de etanol, que acabam de sofrer um duro revés com a aprovação pelo Congresso americano da prorrogação por um ano do subsídio e da tarifa de importação do produto. O etanol americano já possui poderosos estímulos. Um dos mais eficientes é a legislação para a produção e uso de energia renovável, a Renewable Fuel Standard (RFS), que prevê o consumo de quantidades crescentes de biocombustível até 2022. Atualmente, a gasolina americana tem 10% de etanol; e os produtores querem que o percentual chegue a 20%, mas isso depende da adaptação dos automóveis americanos. Lançada em 2006, a RFS tornou os Estados Unidos o maior produtor mundial de etanol, ultrapassando o Brasil.

Incentivo - Também para incentivar o uso de energias renováveis, o governo americano concede às refinarias um subsídio de US$ 0,45 por galão (3,8 litros) de etanol misturado à gasolina. Uma tarifa de US$ 0,54 sobre o galão do etanol importado evita que o subsídio vá para estrangeiros. Um dos maiores prejudicados é o Brasil, que produz etanol de cana-de-açúcar a custos mais baixos do que o americano, feito à base de milho. O Brasil é o maior exportador mundial de etanol. Os subsídios expirariam no fim do ano, se nada acontecesse. Isso era considerado bastante provável uma vez que custam por ano US$ 6 bilhões e os Estados Unidos estão sufocados por um déficit público crescente. Pesavam ainda contra o etanol americano as críticas ambientalistas, dadas as exigências de pesticidas e fertilizantes do milho; e seu impacto no preço dos alimentos.

Lobby - No entanto, a diplomacia e os produtores de etanol brasileiros confiaram demais no bom senso dos políticos americanos. Acabou prevalecendo o poder do lobby de uma indústria que é ativa apoiadora financeira de congressistas americanos, com contribuições calculadas em US$ 1 milhão nos últimos dois anos. Com o argumento de que o fim do subsídio e da tarifa de importação ameaçaria milhares de empregos, a indústria de etanol americana conseguiu manter por mais um ano suas regalias, em uma medida incluída de última hora em um pacote destinado a um assunto totalmente diferente, a prorrogação dos cortes de impostos feitos no governo anterior de George W. Bush, medida considerada importante pelo presidente Barack Obama para tentar reanimar a economia.

Negociação - Nos últimos anos, os diplomatas e produtores brasileiros de etanol tentaram negociar com os americanos uma mudança nas regras. O Brasil deixou de subsidiar a produção de etanol há cerca de dez anos e eliminou a tarifa de importação no início deste ano. Mas as tentativas de negociação e manifestações de boa vontade não foram bem-sucedidas. A saída agora é apelar para a OMC. A experiência recente do Brasil junto a esse organismo mostra que são boas as chances de uma vitória. No ano passado, o Brasil foi autorizado a retaliar os Estados Unidos por subsídios ao algodão. O processo começou em setembro de 2002; os subsídios foram considerados ilegais em 2005. Houve painéis de discussão, apelação e arbitragem até que, finalmente, em novembro de 2009, o Brasil foi formalmente autorizado a aplicar as contramedidas. Durante esse período, não houve revisão satisfatória dos incentivos condenados da lei agrícola dos Estados Unidos, que só cedeu após o sinal verde para as retaliações, ainda assim com relutância.

Laranja - Nesta semana, o Brasil ganhou outra causa contra os Estados Unidos na OMC, desta vez envolvendo o suco de laranja. A decisão dos árbitros ainda é preliminar e sujeita a recursos, mas considera ilegal o método usado pelos Estados Unidos para sobretaxar os exportadores brasileiros de suco de laranja sob acusação de dumping. O processo já dura 15 meses e deve chegar a um final apenas no segundo semestre de 2011. Chamado de "zeroing", ou zeragem, o método para apurar se os preços praticados por fornecedores estrangeiros estão abaixo do mercado já foi questionado no caso de outros produtos, como siderúrgicos, e resultaram em condenações aos Estados Unidos em disputas com o Japão e a União Europeia. Não vale a pena esperar mais um ano no caso do etanol, acreditando que o subsídio eventualmente expire, nem subestimar o poder do lobby americano. Até mesmo porque as discussões no âmbito da OMC costumam ser bastante demoradas. (Valor Econômico)

COPACOL: Cooperativa antecipa R$ 4,5 milhões em sobras

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