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O Governo do Estado pretende ampliar a participação do Paraná no mercado internacional e para isso está sendo discutida em conjunto com federações, câmaras de comércio e diversos consulados, a criação da Agência de Internacionalização do Paraná. "Queremos constituir um local onde possam colaborar os consulados, as câmaras de comércio, as federações, as instituições e o governo", afirmou o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, nesta terça-feira (18/01), em reunião na Fecomércio, em Curitiba. "Por meio da agência vamos mostrar que o Paraná é um bom lugar para fazer negócio. Um lugar onde o capital é amigo do Estado. Essa é a determinação do governo Beto Richa", afirmou Barros. O secretário afirma que com a internacionalização e o conseqüente aumento das exportações, importações, e das relações internacionais, haverá um grande reflexo na geração de empregos e no desenvolvimento do Paraná.
Envolvimento - Mais de 20 instituições, 16 cônsules e 18 representantes de câmaras de comércio estão envolvidos no projeto para orientar e definir o modelo de gerenciamento e quais os financiadores da nova entidade. Estão sendo analisadas sugestões e experiências que deram certo no Paraná, no Brasil e em outros países. "A expectativa é de que em mais três reuniões semanais tenhamos tudo definido", frisou Barros. O próximo encontro está marcado para 25 de janeiro.
Apoio - O chefe do escritório de representação do Itamaraty no Paraná (Erepar), ministro Sérgio Elias Couri, elogiou a proposta e reforçou o apoio do Ministério das Relações Exteriores ao projeto de internacionalização do Paraná. "O escritório apoia as cooperações descentralizadas, aquelas que são executadas diretamente entre os estados ou representações. São ações importantes de internacionalização ".
Modelo - Uma das inspirações para a agência paranaense pode ser a Empresa Internacional de Rhone-Alpes (ERAI) que atua com sucesso em 24 países com escritórios de representação e filiais. O representante do ERAI Daniel Dall`agnol apresentou o histórico e detalhes da empresa. Outro foco da agência será manter um levantamento anual de informações detalhadas e a programação das feiras de comércio internacional, das comitivas de empresários estrangeiros que visitam país e das missões empresariais brasileiras que seguem ao exterior. "Vamos identificar oportunidades. Existem muitas feiras internacionais todos os meses, precisamos definir com clareza em quais o Paraná deve participar, quais empresas possuem interesse e capacidade de fazer negócios", disse Barros.
Sebrae - A proposta da criação da Agência de Internacionalização retoma um programa de sucesso executado pelo Sebrae há cerca de 15 anos, quando o Paraná se destacava em feiras e eventos internacionais. O assessor da diretoria do Sebrae Ricardo Dellaméa disse que o bom resultado de programas multi-institucionais depende do trabalho conjunto das entidades. "Precisamos aumentar a sinergia entre as entidades, apontar rumos claros e objetivos para a internacionalização, principalmente das pequenas e médias empresas do Estado", reforçou Dellaméa.
Juntos - O presidente do sistema Fecomércio Sesc/Senat, Darci Piana, lembrou que há mais de 2,8 mil empresas paranaenses que fazem compras no exterior. "Estamos juntos nesse processo de fortalecimento e ampliação do comércio exterior paranaense", disse Piana. (AEN)
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A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) está desenvolvendo um grande projeto de modernização e ampliação dos portos que administra. O objetivo é ampliar a competitividade dos portos de Paranaguá e Antonina e prepará-los para a crescente demanda da atividade portuária mundial. De acordo com o superintendente Airton Vidal Maron, o projeto de expansão dos portos de Paranaguá e Antonina está em fase de estudos e projetos. "Com as obras, ganharemos 12 novos berços, o que representa um crescimento de 60% no tamanho do nosso cais acostável", explicou.
Capacidade de movimentação - Maron afirma que as obras de ampliação permitirão aumentar a capacidade de movimentação de cargas da Appa em até 60%, passando os atuais 38 milhões de toneladas/ano para 60 milhões de toneladas/ano. "Esta é uma obra para ser concluída em até quatro anos. Já estamos em fase de contratação e elaboração dos projetos básicos", disse. Ao todo, o projeto de ampliação dos portos está subdividido em nove grandes obras que, juntas, somam cerca de R$ 1 bilhão de investimentos. Boa parte das obras será paga com recursos próprios da Appa - com a receita gerada pelas tarifas portuárias arrecadadas pelos portos. Outra parte será custeada com recursos federais que ainda dependem de negociação.
Berços - Dentro do projeto de ampliação está a reestruturação do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá. Hoje, existem três berços destinados ao carregamento de granéis com uma capacidade horária de embarque de nove mil toneladas. Com a ampliação, será construído um sistema de piers para a atracação de quatro navios - maiores dos que os que atualmente embarcam no Porto - formando um "T" perpendicular ao atual cais. Com isso, o corredor de exportação passará a ter uma capacidade de embarque de 16 mil toneladas/hora e o Porto ganhará três berços para a movimentação de outras cargas, já que os seis shiploaders existentes serão removidos.
Parte oeste - Na parte oeste do cais comercial será construído mais um sistema de piers para granéis, sendo este em forma de "F" perpendicular ao atual cais, com capacidade para atracação de quatro navios. Com a obra, os atuais três berços do lado oeste - que hoje são dedicados preferencialmente ao carregamento de granéis sólidos - serão destinados à movimentação de cargas diversas, melhorando as taxas de ocupação dos berços.
Armazéns - Para agilizar ainda mais a movimentação de granéis, uma outra obra prevê a substituição de quatro armazéns de carga geral que existem hoje no cais de Porto de Paranaguá e juntos somam capacidade estática de 54 mil toneladas. Há mais de quarenta anos, estes armazéns foram adaptados para a movimentação de granéis. No entanto, com os anos eles ficaram obsoletos e apresentam baixo rendimento operacional (cerca de 800 toneladas por hora). A obra de modernização prevê a construção, na mesma área, de dois armazéns graneleiros com capacidade estática de 195 mil toneladas e rendimento operacional de duas mil toneladas por hora.
Infamáveis - O cais de inflamáveis também será ampliado com um píer de 300 metros de comprimento que abrigará dois berços de atracação e será ligado ao atual cais por uma ponte de acesso de 250 metros. Com isso, a Appa modernizará sua estrutura de movimentação de inflamáveis que é a mesma há quase 40 anos.
Contêineres - O projeto de expansão também contempla a construção de um berço complementar - na parte leste do cais - para a movimentação de contêineres. Esta complementação será de 120 metros e contará com uma retroárea de 60 mil metros quadrados.
Veículos e passageiros - A face leste do cais do Porto de Paranaguá ganhará mais um berço - após a novo berço para navios de contêineres. Serão construídos 300 metros de cais para atracação compartilhada de navios de veículos e passageiros. Levando em conta que a demanda de navios de passageiros restringe-se aos meses de verão, o novo berço - nos demais períodos do ano - será ocupado com navios de veículos, evitando a ociosidade do espaço. Fora isso, a obra contempla uma retroárea de 30 mil metros quadrados para a construção de um receptivo para turistas.
Acessos - O projeto de ampliação prevê ainda a revitalização dos acessos ao Porto de Paranaguá com a implantação de duas vias marginais à BR 277, com o objetivo de organizar o fluxo de tráfego portuário e urbano. O pátio de triagem de caminhões também será ampliado, podendo abrigar mais mil caminhões.
Rochas - Está prevista também a realização de derrocagens submarinas para a retirada de formações rochosas localizadas na transição do canal de acesso e a bacia de evolução do Porto de Paranaguá. Esta formação limita a profundidade do canal em aproximadamente 12 metros. Com a derrocagem, será possível ampliar a profundidade para 16 metros naquele trecho. (AEN)
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O Paraná registrou em 2010 um saldo de 154.014 novos empregos formais. Este é o melhor resultado paranaense na geração de empregos e bate o recorde de 2004, quando foram criados 122.648 empregos com carteira assinada. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta terça-feira (18/01) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Com o resultado de dezembro, o total de pessoas empregadas com carteira assinada no Paraná é de 2.490.465.
Dezembro - No mês de dezembro, o Paraná - como os demais Estados e o País - perdeu vagas (20.339). Ainda assim, a análise feita pelo Ministério considera o número bastante favorável, tendo em vista que tradicionalmente, os dados de dezembro evidenciam um ritmo menor de contrações. No Brasil foram demitidas 407.510 pessoas no mês de dezembro.
Positivo - Segundo o secretário de Estado do Trabalho e Emprego, Luiz Claudio Romanelli, o resultado paranaense é positivo. "A queda registrada em dezembro é normal se analisarmos o histórico do mês e o resultado dos outros Estados. Em 2010, dezembro foi o único mês em que tivemos saldo negativo. O Paraná mantém-se em um excelente ritmo de contratações ao longo de 2010. Até novembro, tínhamos saldo positivo de mais de 174 mil contratados", explica.
Meta - Ainda de acordo com o secretário, a meta do Governo do Paraná para 2011 é garantir emprego com carteira assinada para 190 mil pessoas, através das Agências do Trabalhador. "Este número previsto é 10% maior que o registrado no ano passado, quando 174 mil paranaenses foram contratados. O mercado de trabalho no Paraná está aquecido. Podemos sentir isso com o aumento do número de pessoas que procuram emprego na Agência do Trabalhador e pelo crescente número de vagas. Para incrementar ainda mais a geração de empregos, haverá uma ampliação dos serviços disponibilizados aos trabalhadores", diz.
Brasil - Em todo o País, foram contratados 2.524.678 trabalhadores em 2010. O Paraná aparece entre os cinco Estados líderes de geração de emprego, juntamente com São Paulo (726.450), Minas Gerais (296.230), Rio de Janeiro (217.805) e Rio Grande do Sul (178.975). (AEN)
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O Brasil já apresenta uma taxa de expansão de investimentos diretos do exterior superior à da China e, pela primeira vez, está entre o dez maiores destinos de investimentos no mundo, superando tradicionais economias como Japão e Itália e quase se igualando à Alemanha. Os dados, divulgados ontem pela Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), confirmam uma transformação profunda na economia mundial. Pela primeira vez na história, os países emergentes receberam mais investimentos que os ricos, que ainda vivem as incertezas da recuperação econômica, da alta taxa de desemprego e das turbulências no mercado financeiro.
Caminho - Em expansão, a economia brasileira seguiu o mesmo caminho de outros emergentes. Estrangeiros aumentaram suas compras de empresas brasileiras em mais de 9.000% entre 2009 e 2010, deixando no país um volume superior ao que gastaram na China e duas vezes mais que as aquisições mundiais na França. Esses dados foram amplamente inflacionados pela transação da Telefonica no mercado nacional.
Estagnação - No geral, os investimentos no mundo estagnaram em 2010, com apenas 0,7% a mais que em 2009, o ano da crise. No ano passado, os investimentos mundiais somaram US$ 1,12 trilhão, ante US$ 1 11 trilhão em 2009. Mas essa estagnação ocorreu principalmente por causa dos países ricos, que apresentaram queda de 7% no fluxo de investimentos em 2010.
Queda - A Europa apresentou queda de 22% nos investimentos recebidos no ano passado, e o Japão, de 83%. Países como a Irlanda sofreram queda de 66% no fluxo de investimentos, ante 20% na Dinamarca, 55% em Luxemburgo e 38% na Grécia. Já os Estados Unidos receberam 43% mais em 2010 que em 2009. Mas isso significou apenas uma recuperação modesta em relação a dois anos de quedas profundas. A economia americana, apesar de receber investimentos terminou 2010 com um volume equivalente apenas à metade do que recebia há três anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Agência Estado)
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Começaram, nesta segunda-feira (17/01), as reuniões Pré-Assembleia da Cocamar em sua região. A primeira delas foi realizada no município de Rolândia e contou com a participação de mais de cem pessoas. Estiveram presentes todos os diretores e superintendentes da cooperativa, além de membros dos conselhos Administrativo e Fiscal. Em pauta, a prestação de contas do exercício 2010, apresentação das perspectivas e planos para 2011 e discussão de assuntos gerais. O presidente Luiz Lourenço destacou a importância desses eventos como forma de fortalecer o relacionamento com os cooperados. "É o momento em que fazemos um ‘raio-X' da cooperativa para seus cooperados, em que eles podem tirar suas dúvidas com a diretoria", destacou.
Agenda - Ainda nesta segunda-feira as Pré-Assembleias aconteceram em Cambé, às 14h, e em Arapongas, às 17h30. Na terça-feira, dia 18, a programação passará pelas seguintes Unidades: Londrina (juntamente com Ibiporã, Warta e Serrinha), às 9h30, Alvorada do Sul, Bela Vista do Paraíso e Primeiro de Maio, às 14h, e Jaguapitã, 17h30. As Pré-Assembleia antecedem a 52ª Assembleia Geral Ordinária que será realizada no dia 1º de fevereiro na Associação da Cocamar em Maringá. (Imprensa Cocamar)
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O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/AL) encomendou um Censo Cooperativista para Alagoas, pesquisa usada para traçar o perfil sócio-econômico dos cooperados no Estado. O trabalho começou a ser realizado em setembro de 2010, mas ainda há um longo caminho a percorrer.Segundo Davi Bandeira, coordenador do censo, cerca de 30% da pesquisa foram concluídos até agora: "Ainda há muito por fazer, mas trinta por cento dos questionários já foram respondidos."
Questionários - A pesquisa é realizada através de questionários entregues aos cooperados, nos quais constam perguntas sobre sua renda, escolaridade, idade, família, enfim, tudo que for relevante para a construção do perfil dos cooperados. Nas cooperativas com maior número de pessoas, a pesquisa é feita por amostragem, ou seja, o perfil da maioria será usado como regra.
Descritivo - Através dela, o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Alagoas (OCB/AL) poderá conhecer melhor as necessidades e problemas de cada setor cooperativista do Estado. "O censo é puramente descritivo. Cabe aos órgãos competentes observar os resultados e trabalhar com os que mais precisarem de ajuda", afirma o coordenador da pesquisa. (OCB-Sescoop/AL)
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Três anos depois de aprovada, a regulamentação da produção de alimentos orgânicos segue a passos lentos no Brasil. Apenas 5 mil produtores - de um total de 90 mil, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - se cadastraram até dezembro, apesar de o prazo ter sido prorrogado por um ano. Além disso, os órgãos públicos não se estruturaram para fiscalizar o trabalho dos produtores e das certificadoras. O controle recai sobre o consumidor, que começa a contar com instrumentos para diferenciar os produtos realmente cultivados sem agrotóxicos.
Selo - O selo que garante a conformidade do alimento orgânico diante da legislação federal se tornou a principal referência em feiras de orgânicos, a partir de onde o consumo vem se expandindo. Ele aparece ao lado das marcas das certificadoras registradas junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e ao Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
Burocracia - O atraso na regulamentação efetiva é atribuído pelo setor à burocracia e a equívocos na interpretação da lei. "Além de o assunto ser muito complexo, muitas vezes o produtor não tem tempo de se dedicar à papelada", afirma Lucilda Schemes, produtora de kiwi e proprietária de uma loja de orgânicos em Curitiba. Diante da falta de orientação e das dificuldades enfrentadas pelos produtores, a agricultora Sandra Machado, de Campo Magro - município que fornece alimentos orgânicos para a capital -, se dispôs a cadastrar colegas de atividade. "Levei duas noites para conseguir preencher o primeiro formulário do Ministério da Agricultura corretamente", conta.
Opac - Ela faz parte de um Organismo Participativo de Avaliação de Conformidade (Opac), que congrega dezenas de produtores da região. Em sua avaliação, a falta de planejamento tem sido o principal entrave para a regularização. "O Ministério quer saber o que vamos cultivar, quando e quantas safras, por exemplo. Mas, devido ao clima, fica difícil prever ou cumprir um cronograma à risca", argumenta.
Cadastramento - Há casos de produtores que contrataram certificadoras mas não se cadastraram junto ao Mapa. O governo informa que a contratação não dispensa o preenchimento do formulário padrão. O cadastramento continua e a fiscalização pode começar a qualquer momento. A legislação prevê multa de até R$ 1 milhão em caso de irregularidades.
Desestímulo - "Se o governo for muito rigoroso, poderá desestimular o agricultor. A melhor saída é trabalhar na extensão rural, com orientação, e deixar claro que quem quer obter o selo nacional precisa se cadastrar", diz Iniberto Hamerschmidt, coordenador estadual de agricultura orgânica da Emater.
Paraná - O Paraná é o estado com maior número de produtores de orgânicos familiares do Brasil. Em cerca de 5 mil propriedades de 2,6 hectares em média, colhe-se mais de 150 mil toneladas de alimentos ao ano. Segundo Hamerschmidt , 144 do total de 399 municípios paranaenses produzem orgânicos. "Com a nova lei, precisaríamos de pelo menos 20 fiscais atuando no estado", afirma.
Serviço - Os produtores que vendem orgânicos direto ao consumidor podem regularizar sua situação através do site www.prefiraorganicos.com.br. Os demais devem procurar escritórios do Ministério da Agricultura. Para mais informações, ligue para (61) 3218 2413 ou escreva para orgâ
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A indefinição de plantio nos Estados Unidos e a histórica preferência do produtor norte-americano pelo milho podem render frutos ao Brasil. Segundo os analistas norte-americanos Ron e Sue Mortensen, que são referência para o mercado internacional de commodities agrícolas, diante de uma frustração de safra que parece já estar confirmada na Argentina, os brasileiros serão os principais fornecedores de soja para o mundo durante a entressafra do Hemisfério Norte.
Fornecimento adequado - "Ainda assim, será difícil ter um fornecimento adequado no ano que vem, principalmente no caso da soja. Pesquisas de intenção de plantio têm mostrado que o agricultor norte-americano deve dar preferência ao milho em 2011/12. Então, das duas uma: ou precisaremos racionar o consumo nos próximos dois anos ou a América do Sul terá que plantar mais soja na próxima safra", afirmam em análise publicada no site Agriculture.com.
Mercado interno - No mercado brasileiro, soja e milho estão em alta e prometem sustentar bons preços ao produtor durante a colheita. No Paraná, a soja alcança R$ 46 por saca, valor 5,43% superior à média de dezembro e 24,46% acima do valor praticado ao longo de janeiro do ano passado. No milho, a cotação de R$ 20 a saca representa aumento de 5,66% em um mês e de 41,32% em um ano.
Soja - Esses valores mostram que, apesar de uma reação maior na cotação do milho, o mercado interno continua incentivando a produção de soja. Os produtores que optam pelo cereal quando o preço atinge 50% da cotação da oleaginosa tendem a esperar avanço maior. Esse índice atualmente é de 44 pontos porcentuais. Para ser tão vantajoso quanto a soja, o milho - que teve área reduzida nos últimos dois anos - precisaria subir mais R$ 3 por saca, ou 15%. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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Depois de um fim de semana ensolarado, o clima volta a ficar instável no Paraná, para o bem das lavouras de verão e expansão da ferrugem asiática. O número de registros da doença disparou na última semana, exigindo reforço nas aplicações de fungicida. As pancadas de chuva previstas para todas as regiões produtoras podem dificultar essa tarefa preventiva até sexta-feira.
Casos confirmados - O Paraná contava nesta segunda-feira (17/01) com 71 casos de ferrugem em lavouras de soja confirmados. Isso representa 45% do total de 129 ocorrências registradas em âmbito nacional. Em sete dias, a doença avançou 30% no estado e 45% no país, conforme os dados do Sistema de Alerta coordenado pela Embrapa Soja, de Londrina (PR).
Focos - As regiões Centro-Oeste e Oeste do Paraná são as que mais registram focos de ferrugem, mas a doença já foi identificada em todas as regiões produtoras do estado. O quadro é considerado preocupante o suficiente para justificar reforço nas pulverizações, mas bem menos grave que o do ano passado. Nesta época de 2010, o Paraná já havia registrado 190 casos de ferrugem e o país, 1.125. Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul eram os estados mais atingidos. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o banimento do agrotóxico metamidofós no Brasil. O produto, usado nas lavouras de algodão, amendoim, batata, feijão, soja, tomate e trigo pode provocar prejuízos para o feto, além de ser tóxico para o sistema neurológico e imunológico. A substância também é prejudicial ao sistema reprodutor e endócrino.
Lista - Este é o quarto agrotóxico cuja comercialização é proibida pela Anvisa desde 2008, quando a agência preparou uma lista de reavaliação com 14 produtos suspeitos de provocar danos a saúde. Além do metamidofós, foram proibidos cihexatina, tricloform e endossulfam. "Nossa expectativa é avaliar todos os produtos da lista este ano. Até porque, certamente novos produtos deverão ser incluídos para reavaliação", afirmou o Luiz Claudio Meirelles, gerente geral de toxicologia da Anvisa.
Programada - A retirada do metamidofós do mercado brasileiro será feita de maneira programada. Pela decisão, publicada hoje no Diário Oficial da União, o produto poderá ser comercializado somente até o fim do ano. O agrotóxico poderá ser usado nas lavouras até junho de 2012. Meirelles afirmou que a retirada programada é feita de forma a não provocar impacto negativo na agricultura. "É preciso também que haja tempo para produtores se adaptarem, para eles terem acesso a produtos menos tóxicos."
Outros países - O metamidofós já foi banido nos países da União Europeia, China, Paquistão, Indonésia, Japão, Costa do Marfim e Samoa. De acordo com Meirelles, o produto encontra-se em processo de retirada nos Estados Unidos.
Reavaliação - O agrotóxico já havia passado por reavaliação da Anvisa no ano de 2002. Na época, o uso do produto foi restrito, além de a forma de aplicação ter sido alterada. Em 2002, também foi realizada a primeira reavaliação de agrotóxicos no Brasil pela Anvisa, com banimento de quatro agrotóxicos. A avaliação dos produtos da lista de 2008, por sua vez, demorou para ganhar ritmo. Por pressões políticas, divergências no governo e ações na Justiça, somente ano passado as análises começaram a ser feitas com maior rapidez.
Fiscalização - Para evitar que fabricantes tentem acabar com seus estoques, a comercialização do metamidofós até dezembro não poderá ultrapassar a média histórica de vendas. "Vamos fiscalizar o cumprimento desta determinação", disse Meirelles. Com a decisão da Anvisa, também não serão autorizados registros de novos produtos que levem metamidofós nem a importação do produto. Terminado o prazo em que a comercialização é permitida, fabricantes ficarão responsáveis pela retirada do produto do mercado. (Agência Estado)
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Três em cada quatro hectares cultivados com soja na safra 2010/11 - que está em curso - utilizaram sementes geneticamente modificadas no Brasil. No caso do milho, mais da metade da área foi plantada com as variedades transgênicas disponíveis, enquanto no algodão, quase um terço do plantio está sendo feito com sementes modificadas na safra 2010/11. Considerando as três culturas juntas, a área alcança 25,8 milhões de hectares, a maior taxa de adoção de transgênicos da história da agricultura nacional, segundo levantamento da Céleres.
Caminho sem volta - "Esse é um caminho que não tem mais volta, e a tendência é que a adoção dessa tecnologia aumente cada vez mais", diz Leonardo Menezes, pesquisador da Céleres. Ele lembra que, no caso do algodão, a adoção só não foi maior na safra atual porque a disponibilidade de sementes era pequena para atender à demanda.
Milho - Entre as três culturas, a adoção da tecnologia ocorreu mais rapidamente no milho. O uso de híbridos geneticamente modificados alcançou 52,7% da área plantada já no terceiro ano após a liberação oficial da primeira variedade transgênica, cultivada na safra 2008/09. Para comparar, a soja só alcançou o percentual de 56% sete anos após ter sido liberada oficialmente pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), na safra 2000/01.
Soja - No caso da soja, a expectativa da Céleres é que 18,1 milhões de hectares sejam cultivados com variedades transgênicas no ciclo 2010/11, ou seja, 76,2% do total. Os Estados do Maranhão e Piauí são os que menos adotaram as sementes geneticamente modificadas - 60,7% da área cada um. Segundo Menezes, o motivo para isso é que ainda faltam cultivares transgênicas melhor adaptadas à região. "Vale lembrar que Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, não é o que mais utiliza transgênicos. Algumas variedades convencionais ainda apresentam uma produtividade superior que as geneticamente modificadas", afirma Menezes. Em Mato Grosso, 66,8% da área é plantada com soja transgênica. (Valor Econômico)
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Os agricultores argentinos interromperam as vendas de trigo, milho e soja nesta segunda-feira ao iniciar protesto contra os limites às exportações, reacendendo disputa que ajudou a puxar os preços globais para preços recordes três anos atrás. O protesto de sete dias dos produtores pode aumentar o receio sobre oferta justamente quando o clima seco ligado ao La Niña piora o cenário para a produção de milho e soja do país.O desentendimento entre os fazendeiros argentinos e o governo sobre os limites à exportação para conter a inflação de dois dígitos e garantir a oferta diária de produtos básicos a preços aceitáveis já dura anos.
Preços baixos - Eles argumentam que o sistema de cotas de milho e trigo faz com que moinhos e exportadores paguem baixos preços aos fazendeiros, e querem o governo de centro-esquerda da presidente Cristina Fernandez acabe com os limites. "Estas medidas distorcidas, intervencionistas, têm sido repetidas por diversas colheitas em anos recentes", disse Hugo Biolcati, líder da Sociedade Rural Argentina, quando os quatro grupos de produtores anunciaram a greve na semana passada.
Má notícia - O protesto desta semana, que vai até o próximo domingo, é uma má notícia para o governo de Fernandez a quase nove meses da eleição na qual se espera que ela tente a reeleição. A onda de protestos que começou em março de 2008 contra o aumento da tarifa nas exportações de soja abateu sua popularidade, atingiu os preços de ativos na Argentina e interrompeu embarques no pico da colheita da soja. Este protesto não deve causar o mesmo interesse público como a greve de 2008, e o impacto nos preços dos grãos será provavelmente pequeno porque a colheita da soja e do milho ainda não começou.
Clima preocupa - Nos principais portos de grãos de Rosario, a comercialização em geral é fraca nesta época do ano e os esmagadores e exportadores aumentaram as compras na semana anterior em antecipação à greve. "Quando a greve foi convocada, eles começaram a comprar para elevar estoques", disse Lorena D'Angelo, uma analista da bolsa de grãos de Rosario.
Chicago - Os operadores na bolsa de Chicago (CBOT) provavelmente estarão mais preocupados com o impacto da seca na condição das lavouras argentinas de milho e trigo do que com a greve de fazendeiros. Analistas de grãos começaram a cortar suas estimativas para a produção de grãos - para até 40 milhões de toneladas no caso da soja, ante uma projeção inicial de 52 milhões de toneladas. O nervosismo com o clima ajudou a puxar os preços do milho e da soja para as máximas de 2008 nas últimas semanas. O aumento dos preços é uma boa notícia para os fazendeiros, mas os solos secos agravam o sentimento na região dos Pampas da Argentina. "Os protestos são sempre mais fortes quando as coisas estão ruins", disse Mario Llambias, presidente da Confederação Rural Argentina, em entrevista à Reuters na semana passada. (Reuters / Gazeta do Povo)
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Balança comercial inicia 2011 com déficit de US$ 486 milhõesMercado eleva previsão para inflação em 2011 A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 496 milhões na segunda semana de janeiro, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Entre os dias 10 e 16, as exportações somaram US$ 3,883 bilhões, com média diária de US$ 776,6 milhões enquanto as importações chegaram a US$ 3,387 bilhões, com média de US$ 677,4 milhões.
Acumulado - No acumulado do mês até a segunda semana, a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 10 milhões. Nos dez primeiros dias úteis de janeiro, as exportações totalizaram US$ 6,664 bilhões e as importações somaram US$ 6,654 bilhões. Em relação à média diária de embarques de janeiro do ano passado, houve crescimento de 17,9%. Na comparação com dezembro, houve queda de 26,7%. No caso das importações, o valor foi 15,9% superior à média registrada no primeiro mês de 2010 e 1,6% inferior ao apurado em dezembro. (Agência Estado)
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A previsão do novo ministro de Desenvolvimento, Fernando Pimentel, de que o saldo na balança comercial brasileira pode atingir apenas US$ 10 bilhões neste ano - o pior desde 2001 - não está fora da realidade, segundo bancos e consultorias. Alguns agentes, como o Fator, estimam resultado um pouco melhor (US$ 13 bilhões). Outros, como o Barclays Capital, são mais pessimistas (US$ 7 bilhões). Já os economistas consultados pelo Valor avaliam, de maneira geral, que o resultado comercial de 2011 só será superior ao do ano que vem, quando o derretimento do superávit da balança brasileira atingirá seu ponto mais baixo.
Perspectivas - "De maneira geral, as perspectivas estavam piores no início de 2010, quando os preços das commodities estavam em baixa. Como os preços subiram muito no ano passado, ajudaram o saldo comercial, algo que deve ocorrer de novo este ano, mesmo com nova elevação das importações", explica José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Fator.
Exportações - Para Gonçalves, os preços das commodities continuarão impulsionando as exportações brasileiras, em valor, mantendo o saldo em US$ 13 bilhões neste ano, mesmo nível de 2002 - estimativa próxima aos US$ 14,1 bilhões calculados pelo departamento de pesquisas econômicas do Bradesco. As commodities têm preços negociados internacionalmente na Bolsa de Chicago (EUA), onde é calculado o índice CRB, que coleta a média de preços de itens básicos. Depois de subir 17,4% em 2010 - sendo 10,4% apenas no mês de dezembro - o CRB perdeu força na primeira semana deste ano, diante do otimismo quanto ao crescimento econômico americano e voltou a subir na semana passada, quando, em apenas sete dias, acumulou uma alta de 2,8%.
Abaixo do recorde - O nível atual, de 333 pontos, continua muito abaixo do recorde de 473,5 pontos, alcançado em julho de 2008, antes da crise mundial, mas muito acima do vale, de 200 pontos, atingido em março de 2009. "As commodities são o ponto de fuga dos investidores estrangeiros, que veem na enorme demanda chinesa para itens como minério de ferro e alimentos em grãos uma oportunidade de investimentos mais vantajosos que os títulos ofertados por países ricos em crise", avalia Marcelo Salomon, economista-chefe do Barclays.
Inflação - "Foram as commodities que fizeram ressurgir a inflação no ano passado, nos países emergentes, junto a um processo de aumento da renda, ao mesmo tempo que mantiveram os saldos comerciais, num cenário de valorização cambial e aumento das importações", diz Salomon, para quem o movimento de preços das commodities será "central" para entender o ano de 2011.
Certo - Para Gonçalves, do Fator, o novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior acerta ao se dizer "estupefato" com o avanço da China - exportando mais bens manufaturados ao Brasil e adquirindo, em doses cavalares, produtos primários. "O ministro é o primeiro, no cargo, que entende que a China existe e faz parte do jogo. Não vamos vender mais sapatos e roupas nas mesmas proporções aos países ricos, e o ímpeto chinês acaba sendo bom para a balança comercial ", diz.
Importados - Diante de um mercado interno aquecido, graças à queda do desemprego, alta nos salários e expansão do crédito, a demanda por importados continuará forte ao longo do ano, aposta Thaís Zara, economista-chefe da Rosenberg & Associados. Para ela, as exportações brasileiras ficarão concentradas em commodities e a uma melhora nas vendas de produtos industriais, que contarão com o mercado americano mais receptivo.
2012 - "Em 2012 o saldo comercial pode ficar próximo de zero, caso os preços das commodities caiam, com a melhora da economia americana. O saldo responde à nossa dependência das exportações de commodities. Hoje, os preços em alta ajudam. Mas quando a China começar a migrar para um modelo de crescimento focado no mercado interno, as coisas podem mudar", afirma Thaís. (Valor Econômico)
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A piora considerável do cenário inflacionário nas últimas semanas amplia o peso da decisão que será tomada nesta quarta-feira (19/01) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), em sua primeira reunião no governo Dilma e com o Banco Central (BC) sob o comando de Alexandre Tombini. O relatório Focus já aponta previsão de um IPCA de 5,42% neste ano, acima do centro da meta de 4,5%.
Alta - Há consenso no mercado de que o BC deve elevar o juro básico de 10,75% ao ano para 11,25% ao ano. Mas cresce o número de economistas que defendem um aperto maior, de até 2,75 pontos ao longo do ano. A curva de juros futuros, que responde mais rapidamente aos dados conjunturais, já projeta um aperto monetário maior, com alta de 0,75 em março.
Preços agropecuários - Depois de uma trégua em dezembro, os preços agropecuários voltaram a subir no atacado nos primeiros dez dias de janeiro. No IGP-10 deste mês, divulgado ontem, as cotações desses produtos subiram 0,6%, bem acima do nível de dezembro. O movimento reflete principalmente a renovada pressão sobre as commodities agrícolas, como café em grão, milho, trigo, açúcar e algodão. O café, por exemplo, teve alta de 8,63% em um mês. O impacto das chuvas neste começo do ano, que afeta os alimentos in natura, foi pequeno, porque esses produtos têm peso bem menor no atacado.
Commodities industriais - Para complicar o cenário, algumas commodities industriais também retomaram a alta. O preço do minério de ferro no mercado à vista subiu de US$ 170,1 a tonelada no fim de dezembro para US$ 180,8 a tonelada ontem. Ou seja, uma alta de 6,4% nesse curto período, com impacto nos custos industriais. E os analistas preveem que a cotação pode chegar a US$ 200 a tonelada em fevereiro, caso a demanda mundial continue crescendo por conta das compras antecipadas das usinas chinesas.
Carvão metalúrgico - O carvão metalúrgico, que tem problemas de oferta em razão das inundações na Austrália, também subiu. Com a interrupção do fornecimento australiano, o preço do carvão chinês de alta qualidade já subiu de US$ 299 a tonelada para US$ 323 - uma elevação de 6%. Como o carvão é um importante insumo na produção siderúrgica, os preços do aço acompanharam a alta. Nos últimos dois meses, a elevação acumulada já alcança 35% no mercado internacional (Valor Econômico)
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Recuperar a competitividade do estado, investir em tecnologia e agregar valor à produção da casa. Esses são alguns dos principais pontos que serão "atacados" pelo novo time de gestores públicos do estado ligados à área econômica para que o Paraná saia da retranca e recupere seu espaço no cenário nacional. Jogando para o gasto (ou nem isso) nos últimos anos, o Paraná perdeu participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Sua fatia no bolo diminuiu de 6,4% em 2003 para 5,9% em 2010, segundo o novo presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço. O estado ficou para trás porque seu crescimento econômico no período - de 3,6% ao ano, em média - ficou abaixo da média nacional, de 4%. "O Brasil viveu um ciclo de crescimento, tendo sua maior fase de fortalecimento, e o Paraná não acompanhou. O governo anterior abandonou vários pontos importantes, como infraestrutura e atração de capital externo", aponta Lourenço.
Diagnóstico - A Gazeta do Povo ouviu os secretários da Fazenda, Indústria e Comércio, Ciência e Tecnologia, Agricultura e Planejamento, além dos presidentes do Ipardes e da Companhia Paranaense de Energia (Copel) para fazer um diagnóstico da situação econômica do estado e, também, identificar as áreas que vão receber atenção especial durante a gestão do governador Beto Richa. Há poucos dias nos cargos e ainda sem projetos consolidados, os sete são unânimes em apontar que o Paraná, digamos, se encontra na zona de rebaixamento. Mas dizem que ele pode, em breve, voltar a frequentar a parte de cima da tabela de classificação.
Cássio Taniguchi, secretário de Planejamento - Taniguchi assume o cargo trazendo na bagagem a experiência de ter sido ex-prefeito de Curitiba por dois mandatos e secretário de Planejamento no governo de Jaime Lerner. Segundo ele, é fundamental voltar a investir em áreas prioritárias, o que não teria ocorrido na gestão passada. "A ordem do governador para redução dos custos, no mínimo em 15%, é para sobrar mais dinheiro para investimento. A prioridade será infraestrutura e logística para que o Paraná volte a ter competitividade", destaca. Os primeiros investimentos, segundo ele, devem ocorrer em inovação tecnológica e na prestação de serviços, para que o Paraná volte a fazer pesquisa de ponta em algumas áreas, ultrapassando o Rio Grande do Sul nesse quesito. "O avanço da tecnologia vai qualificar a mão de obra parananense e ajudá-la a ter melhor remuneração", acredita Taniguchi. O secretário diz saber da importância do agronegócio e da indústria automobilística para o estado, mas defende que é preciso diversificar a matriz econômica.
Luiz Carlos Hauly, secretário da Fazenda - À frente da pasta responsável pela arrecadação estadual, Hauly vai administrar um orçamento de R$ 6,6 bilhões em 2011, um dos maiores do estado. A prioridade, segundo ele, é aumentar a competitividade do Paraná, trazendo mais empresas ao estado - o que, no futuro, vai resultar em mais arrecadação. "Dar condições de competitividade aos produtos daqui garante emprego, renda e tributos", afirma. O caminho, segundo ele, é agregar valor aos produtos primários - que hoje, em sua maioria, deixam o estado na forma "in natura". "Isso será feito através de investimentos em tecnologia", diz Hauly. Outros pontos importantes, segundo o secretário, são diminuir o custo dos encargos e "cobrar o tributo justo" - algo que, contudo, ele não revela como será feito. Entre as heranças deixadas pelo último governo, o secretário da Fazenda destaca como positivo os benefícios tributários dados a micro e pequenas empresas. "O Paraná teve política adequada para beneficiar essas empresas."
Lindolfo Zimmer, presidente da Copel - Apesar da mudança de governo, o novo presidente da Copel - que entrou na empresa em 1965 e se aposentou em 2003 - promete manter a postura arrojada adotada pela gestão mais recente quando o assunto é a participação em leilões por concessões de transmissão e geração de energia, inclusive fora do Paraná. Outro assunto prioritário é a renovação do contrato de concessão da Copel Distribuidora, que expira em 2015. Ele pretende reforçar o pedido de apoio da bancada paranaense de deputados federais e promover uma ação integrada com outras empresas que também estão na dependência de renovação. Zimmer assume o cargo com R$ 1,8 bilhão nos cofres da empresa para iniciar a execução dos seus projetos. Em 2011, o plano de investimento é de R$ 2,06 bilhões, o maior da história da companhia. Um dos projetos mais ambiciosos foi anunciado pelo executivo em sua posse - segundo ele, até o fim do ano a estatal vai oferecer internet banda larga em todos os municípios aonde chega a rede de fibra ótica da empresa.
Gilmar Mendes Lourenço, presidente do Ipardes - "O Paraná perdeu uma série de referências e oportunidades. Ficamos absolutamente estagnados. Precisamos rapidamente recuperar essa capacidade", diz Lourenço. Para isso, afirma ele, o governo deve trabalhar com uma linha gerencial de recuperação. E, a partir de agora, os estudos e pesquisas fornecidos pelo Ipardes ganham status de "bússola", sendo o ponto de partida para a tomada de decisões futuras, tanto públicas como privadas. Outro ponto crítico que precisa ser combatido imediatamente, segundo o novo presidente do instituto, é a falta de representatividade do estado no plano nacional - o Paraná tem pouco mais de 1% do Orçamento da União. "Um exemplo é o Programa de Aceleração do Crescimento [PAC], do qual o Paraná está à margem", diz. Para Lourenço, outras medidas importantes são o ajuste fiscal, para reverter a deterioração da máquina pública, e a recuperação da competitividade das empresas do estado.
Norberto Ortigara, secretário da Agricultura - Após muito tempo de insatisfação, produtores rurais e profissionais da área parecem finalmente ter concordado com o titular da pasta, que atende a um setor que responde por um terço do PIB do estado. O secretário Norberto Ortigara, técnico agrícola e funcionário de carreira da secretaria desde 1979, é especialista na sua área. Ciente da responsabilidade e dos desafios, ele diz esperar eliminar os gargalos que afetam o desenvolvimento e a competitividade dos produtos paranaenses.Uma das prioridades é fazer com que o Paraná conquiste o status de estado livre da febre aftosa sem vacinação - depois dos casos da doença, em 2005, o estado acumulou perdas de US$ 1 bilhão. "Essa e outras doenças inibem a presença dos produtos paranaenses no mundo, pois existe retaliação", afirma. Uma das medidas previstas é reforçar as barreiras interestaduais, hoje precárias. O secretário também espera melhorar a vida de quem mora no campo. A promessa é construir 10 mil habitações em quatro anos, entre outras benfeitorias. Ortigara também prevê investimentos em conservação das estradas rurais, e anuncia o retorno do investimento em pesquisa, com concurso para contratar de cerca de 450 técnicos.
Ricardo Barros, secretário da Indústria e Comércio - Barros planeja apresentar ao governador, dentro de 30 dias, o programa "Paraná Competitivo". O objetivo é fazer um raio-x das condições para investimento e novos negócios no estado através da análise dos concorrentes em cada setor. "Precisamos criar um bom ambiente de negócios e investimentos, para ficarmos competitivos. Nos últimos anos, a política e os esforços de atração de empresas foram baixos. Por exemplo, o Porto de Paranaguá precisa saber o que os outros portos estão oferecendo para definir as prioridades por aqui. Queremos buscar investimentos no Brasil e no Mercosul", diz. O programa, articulado pela pasta de Ricardo Barros, reúne esforços da Secretaria de Fazenda, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Compagas, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), aeroportos, Copel, Lactec e Agência de Fomento. A secretaria também quer "interiorizar" as novas indústrias e dar suporte para o desenvolvimento das atividades preponderantes em cada região do estado.
Alípio Leal, secretário de Ciência e Tecnologia - A Secretaria de Ciência e Tecnologia será uma espécie de "mãe de todas", já que uma das diretrizes do governo é o investimento em tecnologia. Por isso, o novo secretário quer trabalhar em parceria com as outras secretarias, para aplicar a tecnologia adquirida e também otimizar a aplicação dos recursos. "A secretaria sempre estará com as portas abertas. Não vamos trabalhar de forma restrita, como era antes", afirma. Leal trabalha com três prioridades iniciais: estabelecer um conselho de reitores das universidades públicas, para que os projetos envolvam todas elas; criar uma rede estadual de ensino superior para integrar as instituições; e implantar o sistema estadual de educação. "Precisamos ver a educação como um todo, desde o ensino infantil até a pós-graduação. Isso evitará ações sobrepostas."O secretário também planeja investimentos na ampliação do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). "Nos últimos anos, o Tecpar não foi bem tratado. Hoje ele depende do estado, mas antes era autossuficiente. Precisamos fazer com que ele volte a ser uma referência nacional." (Gazeta do Povo)
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A Associação dos Funcionários da Ocepar e Sescoop/PR (Afoca) está arrecadando, entre os funcionários das duas entidades, doações para as vítimas das enchentes que afetam o Rio de Janeiro e São Paulo. Os donativos serão recebidos até a manhã desta quarta-feira (19/01) e depois encaminhados ao Corpo de Bombeiros.
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A Aliança Cooperativa Internacional - ACI (ou, em inglês, ICA) divulgou em seu último Boletim Informativo (ICA Digest 70) informações importantes sobre o cooperativismo mundial. A publicação traz notícias sobre o cooperativismo brasileiro, como o discurso do presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, no Senado, a participação do Dr. Eudes Freitas de Aquino no Seminário das Cooperativas de Saúde, realizado em Washington-EUA, além de uma homenagem prestada pela OCB ao ex-Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Clique aqui e acesse. (Informativo OCB)
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A febre aftosa tem dado o que falar há alguns anos no Paraná. Em 2010 foi assunto por conta da tentativa do Estado em se tornar área livre da doença sem vacinação. Sem sucesso, principalmente, pela deficiência de fiscalização nas barreiras sanitárias do Paraná. Mas além das questões que envolvem a febre aftosa, a melhoria da vigilância sanitária é importante para atender todas as cadeias e impulsionar os negócios. ''Precisamos de sanidade e qualidade na produção'', afirma João Paulo Koslovski, presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).
Defesa Agropecuária - Segundo ele, um dos pedidos do setor é a criação do órgão de Defesa Agropecuária, responsável por controlar todas as questões que envolvem a sanidade do setor. ''Temos que ter muita responsabilidade nessa área, pois medidas fortes de controle sanitário valorizam nosso produto'', afirma Koslovski.
Exportações - E a responsabilidade da nova administração é grande se for observado que as exportações do agronegócio do Estado crescem ano a ano. Dados da Ocepar dão conta de que em 2009, somente as cooperativas foram responsáveis por movimentar US$ 1,450 bilhão. Em 2010, a exportação cresceu e a expectativa da organização é ter fechado o período com um volume de exportação de US$ 1,7 bilhão.
Momento - O presidente da Sociedade Rural do Paraná, Gustavo Andrade e Lopes, afirma que o momento pede a criação desse órgão de vigilância sanitária para trabalhar especificamente em prol do setor. Quanto à transformação do Paraná em área livre de aftosa, Lopes observa que os pecuaristas sempre estiveram ao lado do governo, respeitando as campanhas de vacinação, executando-as da melhor forma possível e que assim deverá continuar. Ele considera muito responsáveis até o momento as atitudes do governo no sentido de tornar o Estado área livre da doença sem vacinação. ''Tudo tem sido feito com muito cuidado, dialogando com outros estados'', afirma.
Prioridade - Na opinião de Ágide Meneguette, a criação da Agência de Defesa Sanitária, também é prioridade para o setor. ''Vai garantir a qualidade sanitária de nossos produtos pecuários e agrícolas e abrir novas perspectivas de mercado'', reitera.
Requisito básico - A sanidade plena é requisito básico, para o representante da Seab, Norberto Ortigara. ''É a base para sermos mais competitivos'', afirma. Para isso, confirma a criação da Agência de Defesa Agropecuária. Segundo ele, o projeto já está pronto e só falta tramitar pelo governo e seguir para a Assembleia. Atualmente, acrescenta Ortigara, o setor tem muitas deficiências, principalmente no quesito pessoal. ''Vamos recompor as equipes das barreiras sanitárias e adequar a capacidade física dos locais'', adiantou. O secretário reforça, por exemplo, que voltará a pleitear ao Ministério da Agricultura o status de área livre de febre aftosa quando essa medidas de adequações forem tomadas. ''Vamos gastar o ano para isso''. (Folha Rural / Folha de Londrina)